Sou omo as águas dum rio,  deslizando com placidez entre as margens na planície,
           Sou como a lava dum vulcão percorrendo com fragor a encosta da montanha
           Sou como a máquina obediente aos seus botões e ao homem que os acciona
           Sou como o felino mais feroz que, saciada a fome, despreza tudo à sua volta e dorme
           Se sou rio caminho sempre para o mar imenso como destino
           Se sou lava nada me faz mudar de intenção, vergar ou não vergar a maldade
           Se sou máquina não me perturbo com o ambiente, não me importa quem me usa
           Se sou felino, só a fome me mobiliza, antes que o sexo,que o amòr, que o tempo
           Mas continuo sem saber qual o caminho que percorro e que me norteia
           Mas continuo a percorrer todos os caminhos agrestes desta montanha da vida       
           Mas continuo a não me importar com tudo o que se passa à minha volta      
           Mas continuo sem saber o que mais vale, se o tempo, se o sexo, se o amôr
           E não sei, não sei se me importa continuar..
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