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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Alguns anos antes do fijm do século

Alguns, não muitos, anos antes dos fins do século XX, grupos de rapazolas dedicavam-se em quase todos os concelhos de Portugal, ao roubo por esticão e outras proezas similares e condenáveis. Para uma boa "caixa" um jornalista poderia investigar nos arquivos da polícia e dos tribunais muito do que na realidade se passou e que indivíduos exerciam tais actividades, ninguem sendo preso, julgado e condenado, salvo raras e deshonrosas excepções.
Ora, dir-me-ão alguns dos que me lerem: se desapareceram 785 toneladas de ouro( (se é que não deapareceram as últimas 15) e um volume de divisas de valor semelhante, sem que até hoje ninguem apresentasse contas, nem agora se poderá investigar tais ninharias?
Por curiosidade, 8oo toneladas de ouro valem hoje mais de 3o200(trinta mil e duzentos milhões) de euros.POrtanto em ouro e divisas tínhamos mais de 60800 milhões de euros.A pesada herança deixada por Salazar e o seu governo.
E em 1979 e em 1983, se não estou em erro, e como ouvi na televisão mais do que uma vez, chamámos o FMI.
Cantando espalhámos por toda a parte esse ouro e essas divisas.
E temos mais pobres, temos.

candidato

Será possível que um bom candidato a deputado reuna estas condições:
1.- Ser honesto
2.- Logo, verdadeiro.
3.- Logo, não corrupto.
3.- Não falar nem criticar os adversários
4.- Que pense, antes de falar, no que vai dizer.
5.- Que oiça os adversários.
6.- Que seja imune aos elogios.
7.- Que louve a boa vontade dos adversários, com provas de seriedade.
8.- Que pratique os deveres cívicos.
9.- Que estude os projectos dos adversários com isenção.
10.- Que admita os erros que lhe apontem, quando bem provados.
11.- Que se lembre primeiro dos mais prejudicados, quando projecta.
12.- Que só prometa o que tem a certeza de poder cumprir.Mas antes submeta as promessas à consideração dos seus colegas e dos adversários.
13.- Que não troque a verdade pela propaganda. Nem que, para esta, use da mentira, de falsos argumentos, em particular, dos que se apoiem na ignorância dos adversários.
14.- Que não se apoie na fraqueza, na pobreza e no nervosismo causado pelas dificuldades, para obter apoios de quem os sofre.
15.- Que preste contas do que gaste e do que faz, mesmo sem que as exijam. Em datas acordadas com os adversários.
16.- Que não se sirva da sua situação ou influência para beneficiar amigos ou familiares.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Xadres

Participei ontem num torneio de xadres, organizado pelo Clube de Xadres de Portimao, no museu desta cidadel.
Concorreram vinte e quatro jogadores dos quais apenas oito, se nao estou em erro, eram estudantes do ensino secundario.
Em Portimao, frequentam o liceu, escolas primarias particulares e oficiais, alguns mihares de estudantes.
O Clube de Xadres de Portimao, que existe desde meados do seculo passado, tem uma subnvençao de dois mil euros por ano, da camara municipal.E ainda esta´ por receber o subsidio relativo a 2010.Com tao pouco, pouco se pode fazer, apesar da carolice e dedicaçao do seu presidente.
Lembro algumas das vantagens da aprendisagem do xadres que beneficiam os estudantes:
- Melhoria da concentraçao
- Pontualidade
- Respeito pelas regras
- Respeito pelo silencio
- Controlo do tempo
- Respeito pelo adversario
- Saber ganhar
- Saber perder
- Entender as taticas nos movimentos e as estrategias nos planos de jogo.
- Desenvolver a memoria.
Nao e´por acaso que nos colegios e liceus onde se incentiva o xadres, os (poucos) alunos que o praticam, estao quase sempre, quanto a classificaçoes, na primeira metade das tabelas.
Lisboa, tem meia duzia, se tanto, de clubes de xadres. Sevilha, com menos habitantea que Lisboa, tem sessenta clubes inscritos e participantes.
Se os pais tivessem conhecimento disto, mais exigiriao das edilidades.

Sobre a pobreza no mundo

Segundo li na imprensa, Moçambique tem, no presente, igual indice de pobreza que tinha ha´ vinte anos. No entanto, recebeu nos ultiimos dez, mais de vinte mil milhoes de dolares de auxilio para o combate `a pobreza.
Se desses vinte mil milhoes tivessem sido desviados uma quarta ou uma quinta parte para a concretizaçao e realizaçao dum projecto semelhante ao que preconizo no meu livro ("sonho de sorte"), como estaria aquele pais?
E atirar dos avioes toneladas de farinhas ou outros produtos alimentares para regioes onde grassa a fome, nao resolve o problema! Durante uma semana ou duas, havera´ um pouco menos de fome.E depois? Nao sera´ mais logico convidar essas populaçoes para exercerem uma actividade util, como p.ex. plantar arvores em zonas deserticas ou a caminho da desertificaçao?
Quem planta uma arvore e a ve crescer, nunca se arrepende de a ter plantado.

domingo, 24 de abril de 2011

Acabar com o dinheiro

Quando no blog anterior disse "ACABEM COM O DINHEIRO!" referia-me a que todos procuremos dialogar sobre a eliminaçao do maior mal da nossa economia, o dinheiro. Como preconizo no meu livro "Sonho de sorte", que enviarei gratis (so´ pagam os portes)a quem o desejar, desde que existe dinheiro que o mal que provoca vem aumentando contimuamente. POrtanto nao podeis deixar de concordar comigo que se e´ um mal indesejavel devemos pensar, discutir, dialogar sobre a forma de o elimninar,ou, pelo menos começar a deminuir-lhe as consequencias. Nao digais que tal e´ impossivel, que e´ uma fantasia, uma utopia. Lembrem-se que ja´ Cristo o queria eliminar, e foi essa uma das razoes por que o pregaram na cruz. Mas Deus, na sua infinita sabedoria decidiu depois que o homem ( e por tabela, a mulher) haveriam de sofrer-lhe os efeitos por alguns seculos ou milenios mais, ate´ que atingissem o discernimento suficiente para encontrar o remedio. Pensem, pelo menos e apenas nisto: as grandes mulheres e os grandes homens desprezavam o dinheiro, e pouco ou nada dele necessitaram para viver satisfeitos.
Poderemos começar a pensar nisto?
Quando uma pulga ou uma carraça nos quer sugar o sangue, que fazemos?
O senhor barometro fez-nos o favor de subir lentamente e neste domingo de Pascoa - BOAS E SANTAS PASCOAS PARA TODOS!- temos um dia radioso, ligeira brisa, luz intensa, calor de plena primavera algarvia e mais todos os lugares comuins usuais para celebrar o chamado bom tempo.
Mas faço uma recomendaçao: os trintoes, os quarentoes e muitos dos restantes preparem-se para ser comodamente centenarios, centenarios com boa pele, com agerasia notavel e planos para o futuro. Se muitos dos octogenarios que por ca´ andam, com boas pernas para andar e boa cabeça para pensar, ainda fazem projectos para o futuro, a evoluçao que se verifica na esperança de vida, diz-nos ser bastante provavel que num proximo futuro seja melhor aproveitada, pelos poderes vigentes, a experiencia e a sabedoria dos sexa, septua e octogenarios. Pela idade estabelecida para as reformas, domina a actual ideia de que, depois dos sessenta ou sessenta e cinco, as mulheres e os homens para pouco servem.E nao e´ nEcessaria grande imaginaçao para prever que a medicina e os avanços tecnologicos. aliados `a evoluçao da especie, nos proporcionem uma defesa maior dos nossos cerebros, atrasando muito ou ate´ porventura impedindo a sua degenerescencia.
Por isso, meninos dos 60, dos 70 e dos 80, mexam-se, ambicionem, façam projectos, aproveitem o que se passou para traz, e, nao se esqueçam:
ACABEM COM O DINHEIRO!

sábado, 23 de abril de 2011

Opiano vertical da casa dos meus pais

A minha Mae, que eu adorava sem o saber, so´ agora sinto que a adorava muito, quanto a adorava quando tinha cinco, seis, dez anos. A minha Mae todos os dias sentava-se ao piano, um piano vertidal negro duma marca alema de nome exquisito, escolhia uma musica do grande maço de papeis de musicas, escritas nas claves de sol ou de fa´, para piano. Muitas arias de operas que ela cantava sozinha. Outras vezes, quando se tratava de cançoes ligeiras de fado ou de operetas, era acompanhada ao piano pelo meu Pai, que tocava no piano o que havia aprendido a tocar na guitarra. Eu ficava impaciente porque nao sabia apreciar tais musicas. Quando eu tinha cinco anos a minha Mae ja´ passava dos quarenta, nessa idade ainda cantava muito bem, eu ouvia muito dizer "a Rosa canta muito bem" e ate´ ouvi cochixar mais que uma vez que "ela ate´queria ser cantora, apresentar-se no Sao Carlos, mas os pais da Rosa e´ que nao deixaram". Mas eu, nao tinha aprendido a aprecia-la. E sempre eu ficava aborrecido, birras de miudo, quando lhe pedia alguma coisa, se estava ao piano, nao me ligava nenhuma e seguia cantando imperturbavel ate´ ao fim da aria.
Poucos dias depois do meu Pai morrer, tinha eu dezasseis anos, apareceu la´ em casa o meu irmao Afonso, um dos filhos do primeiro casamento do meu Pai,tinha chegado de MOçambique, onde vivia, poucos dias antes. A minha Mae continuava inconsolavel e entregou-lhe tudo o que ele lhe pediu, umas louças da China e...o piano.
So´ passados alguns dias dei pelo deaparecimento do piano, o que minha Mae me confirmou, chorando.
So´ entao avaliei quanto gostava de ouvir a minha Mae tocar e cantar.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

As reformas na UE

Circula electronicamente uma noticia sobre as reformas dos funcionarios da UE. A imprensa nao se manifesta, as TVs nao relatam nada, sera´ verdade o que se relata naquela noticia? Começo a perceber porque se fala tanto dos perigos imensos de sairmos da moeda unica. Começo a fazer algumas contas.P.ex., admitamos que em toda a UE circule apenas um triliao de euros. A inflaçao actual, anunciada de cerca de tres por cento (mas que na realidade nao sera´ inferior a seis por cento ou mais), ja´ permitiu que aparecessem em circulaçao na UE, pelo menos trinta bilioes de euros a mais, emitidos pelo banco central europeu. Dinheiro que e´ ou sera´ "magnanimamente" emprestado aos paises da UE, a poucos por cento, o que eles quiserem.
Nao admira que destribuam a miseria duns milhoezitos em reformas catitas a quem la trabalhou exaustivamente durante poucos anos ( menos de quinze, muitos) reformando-se em tenra idade de quarenta ou menos anos, daquele trabalho insano que devera´ ser o dos que vao para la´ e voltam para ca´ e para todos os seus paises,todos os fins de semana(prolongados).
Nao admira que se encenem estas peças de teatro que sao as concessoes de ajuda aos paises membros da UE, com grande aparato `a chegada e `a partida dos senhores que vao aos paises onde se acabou a massa e que nao podem emitir moeda propria.
O que me admira mais e´ que outros paises nao arranjem forma de precisarem de ajuda...
E razao tiveram muitos dos nossos economistas quando ha´ tanto tempo que avisavam que era tempo de Portugal solicitar ajuda.
Depois, nao paguemos, seremos trouxas se pagarmos.
Penso que o nosso povo nao o permitira´.
Sera´ que isto e´ verdade?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Presumo

Há quantas primaveras não entram andorinhas pela minha janela,
Presumo que não morreram
Porque então também se acabariam todas as primaveras.

Começo a entender

Começo a encontrar alguma alegria na chuva, a encarar uma pedra no caminho como um desafio da Natureza, a ouvir o som que solta a areia quando a piso, a descobrir para que servirão as minhas pégadas que deixo nela, a compreender porque muda o vento de direcção, a respeitar a arte das cegonhas, a vibrar com o silêncio numa noite serena, a entender as razões do sorriso duma criança.
Começo a perceber o desfiar da vida.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Liberdade à alma

Dia a dia, ano a ano, livro a livro, filósofo a filósofo, a muito custo na juventude, muito lento. muito hesitante dos trinta em diante, pouco persistente aos cincoenta, tenho aprendido, com suspresa crescente que, dar liberdade à alma, traz reais e profundas compensações. Quando temos vinte ou trinta anos, custa muito, custa mesmo muito, arrancar da alma pedaços do corpo que lhe estão agarrados como lapas à defesa. Custa muito encarar as preocupaçóes sem desassossego, ser indiferente a qualquer vício, raciocionar quando a tristeza nos ataca, tirar os problemas do corpo e passá-los para a busca racional de soluções, sentir a doença só no corpo porque este é matéria e a doença só ataca a matéria, só ataca a alma se esta ainda tem agarrada algum pedeaço da matéria do corpo.
Então a sabedoria aumenta, a serenidade invade-nos nas situações mais difíceis e começamos a encontrar cada dia menos situações difíceis.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

De Fernando Pessoa

Para variar, uma citação de Fernando Pessoa(no seu "O livro do desassossego):"Nunca se deve fazer hoje o que se pode deixar de fazer tambem amanhã".
Tenho de me decidir começar a fazer uma colectânea de citações de Fernando Pessoa.Procurarei amanhã deixar tambem de começá-la., seguindo aquele bom conselho.

Projectos para o passado

Todos fazemos projectos para o futuro, por vezes para o presente. Ninguem faz projectos para o passado, ninguem faz projectos para tempo nenhum.
Conheci um sujeitinho que quando iniciava uma tarefa dizia: estamos no ano menos um da rialização do meu projecto. Regra geral não existia projecto nenhum e por isso, quando ouvia críticas que lhe eram dirigidas eu argumentava que o sujeitinho estava certo. Porque se ele dizia que corria o ano menos um do projecto era porque se tratava dum projecto não necessariamente existente.É claro que o que ele esperava era que a inteligência dos ouvintes fosse suficiente para entender que o projecto teria uma realização antecipada de dois anos, o ano menos um e o ano zero. E assim, seguindo os costumes, um projecto para dois anos, duraria quatro.Entendem tudo?
Vim a saber que esse sujeitinho promoveu o desparecimento antecipado duns dlnheiritos públicos.
Mas esse, rara excepção em tantas trafulhices, foi punido, por um ministro sério e exigente, que infelizmente, despareceu da nossa cena política.

Somas inquietantes

Somem:
1- as dívidas das parcerias público-privadas. Transformadas em "prejuizos deduzíveis nos lucros dos anos seguintes".
2.- as dívidas às farmacias, consideradas debitos "para os exercícios seguintes".
4.- as dívidas a outros fornecedores, adiadas a troco de alguns favores, ou simplesmente por troca por facturas a cobrar posteriormente.
5.- as dívidas transformadas e empoladas em "trabalhos a mais".
Somem estas parcelas e mais tantas outras desconhecidas.
O pior é que não as somam, consideram cada uma de pequena importância.
Porque, ao contrário da economia familiar, não sofrem os efeitos.
E sem responsabilidade de qualquer espécie.

Economias

Cada dia que passa, mais semelhanças aparecem entre as macro e as micro economias. Cada dia que passa as crises mais nos apontam os artificios, as artimanhas,as habilidades empregues para distingui-las. Um chefe de familia que apenas considere as dividas que tem aos bancos e esquece as que tem aos amigos, ao senhorio,à farmacia, ao talho e a outros, mais dia menos dia sofre descontos noa ordenada, na reforma ou tem processos no tribunal, penhoras, vencimentos de hipotecas, e outros incómodos. Se, apesar disso, continua a gastar mais do que ganha, cortam-lhe o crédito, perde os bens que possui, a família passa dificuldades, chega a passar fome, cai na pobreza envergonhada ou desenvergonhada.
Quer queiram quer não, a macro economia, em tempo de vacas magras, se não segue as regras básicas da economia familiar, mais tarde ou mais cedo atira com os paises ou as empresas que assim procedem para problemas semelhantes. Com uma grande diferença: é que quem sofre com os erros, na macroeconomia, não são os que de forma leviana provocaram debitos e "deficits" , não são esses que sofrem as consequências. Quando muito poderá ser demnitido.O que em Portugal desde o 25/4/74 nunca aconteceu.
Essas regras básicas da econimia familiar deveriam constar na constituição para ser seguidas e com responsabilibidade ou antes RRRespoonsabilidade dos políticos eleitos.
É muito fácil meter a mão num saco cheio e de boca aberta. Pela boca sairá muito, pelo fundo a corrupção abre buracos e ainda vaza o saco mais depressa.

domingo, 17 de abril de 2011

E se ganhamos a guerra?

O senhor do mau tempo nao quer que nos esqueçamos dele e afinfa-nos hoje com um ceu carregado de nuvens ameaçadoras, ventania agreste, luz mortiça do dia. Bem, antes isso que um terramoto ou que rebente a central nuclear que nao temos, nem espero que algum dia apareça por ai. Os pobres japoneses, quanto mais trabalham, mais problemas teem, foi a guerra, foram as bombas de Hirosahima e Nagasaki, agora outro problema nuclear, graus 7 a mais de 9, em terramotos, maremotos. E de tudo isso, sempre saiem trabalhando mais, reconstruindo mais, retomando a vida como agora o irao fazer, saindo de mais uma crise esta sim, esta para a qual nada contribuiram. Cada desgraça que os atinge, revlitaliza-os.Cada nova catastrofe nao os faz baixar a cabeça.
Por ca´vamos sofrendo, cantando os nossos direitos e rindo-nos com as criticas duns e doutros. Inventando anedotas, destribuindo alegremente o que nao temos.
E resignamo-nos a continuar na modorra, no marasmo, na apatia. Outra vez nesta "apagada e vil tristeza".Como o raio do triste dia de hoje.
Precisamos na realidade de um grande encontrao, dum bruto safanao.Como dizia aquele ministro de antes do 25/4/74, precisamos de declarar a guerra `a Russia.O problema, poderia responder-lhe o nosso douto ministro da guerra, o grande problema sera´o que acontecera´ se ganhamos a guerra.

Tudo e´ facil de exolicar, mesmo ate´ o inexplicavel

Tudo e´facil de explicar mesmo ate´ o inexplicavel, tudo e´ facil de atingir mesmo ate´ o infinito, tudo e´ facil de obter mesmo ate´ o que nao queremos. Deus determinou ou permitiu que os homens construissem a chmaine´ alta daquela fabrica para ser apenas uma chamine´com as suas funçoes bem defenidas, ou para que agora, hoje,quando da fabrica so´ ficou a chamine´, aquele casal de cegonhas construisse la´ na ponta da chamine´, o seu ninho?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Os bilhetinhos de Salazar

Salazar, quando um membro do governo se portava mal, enviava-lhe um bilhetinho seco, "agradeço-lhe os serviços prestados,..." despedindo-o. Naqueles 48 anos em que governou enviou dezenas desses bilhetinhos.
Nao consta que um unico ministro ou membro dos governos depois do 25/4/74 tenha sido despedido.
Deve ser porque todos, todos se portaram bem.
Evoluimos.

Sexta feira

Hoje e´ outra sexta feira.
Esperei muito pela semana em que a sexta-feira surja depois da segunda, em vez da terça.Agora, ja´ nao e´ possivel.
Deviamos ter feito como os gregos, que, antes de ir para la´o FMI, fizeram aquela reinvidicaçaozita dos tres subsidios, em vez dos poucos dois que tinham, como nos ca´ainda usufruimos.
Assim teriamos tido uma data de semanas com dois dias de trabalho, segunda e sexta.
Quem liquida oitenta mil milhoes, liquida noventa ou cem na mesma, sem dar por isso, nem dar satisfaçoes a ninguem.
O povo nao tem imaginaçao para tanta massa, tem uma soberana indiferença por tanto dinheiro, nao reage.
Por isso alguns o gastam sem pestanejar. Nem dar cavaco ou prestar contas.

"No era nada lo del ojo"

-Ai filha, tu ja´ ca´ viestes a Madrid tres vezes, convencestes-me desta vez a vir contigo, parece-me que ja´ estou arrependida !
-Julguei que gostasses, tambem tens umas exigencias !
-Olha Manela, o hotel escapa, a comida nao me cai bem, estes tipos dizem cada coisa, ouve o que este diz ao amigo...
E na mesa ao lado a conversa seguia alegre, anedotas seguidas de relatos entremeados de proverbios
- Manolo te acuerdas del periodista que dijo el refran "no era nada lo del ojo..."
E a Manuela sacundindo o braço da amiga
-Tu estas a oouvir, Manela, este agora fala de dar corda a um fadista.l.
-A um jornalista, filha, periodista e´jornalista em espanhol..
-Raio de lingua entao os jornalistas espanhois tem periodos...
E o amigo do Manolo continuou:
-"...pero lo llevaba en la mano"
Reaçao da Manuela
-Olha, olha ! Nao descansam, agora falam em peras lavadas na mao...e fala no ogo, o que e´isso?!
-Nao filha, pero nao e´ pera, significa mas...aquilo que ele disse e´ um proverbio, parece-me que vem no dom Quixote...e ogo quer dizaer olho na nossa lingua.

A Manuela nao se resignava:
-Ah! e´ um proverbio, mete peras e olhos, nao conheço nenhum em portugues que meta peras olhos, so´ me lembro agora daquele "agua mole em pedra dura..." , mas um com peras e olhos...Tu sabes que proverbio espanhol e´ esse de peras e olhos lavados na mao ?

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Se puderem...

Se puderem,antes de votar, leiam a mensagem deste blog escrita em 19/12/2009. "O diabo", por vazes, acerta.

Falar caro, falar esdruxulo

Tenho uma agnosia brilhante
Nao padeço de discrasia
Nem abuso de ditirambos
Pratico eglogas criteriosas
Mas nao digam que sou maçaruco
Nem que abuso do pabular
Antes prezo o faceirar-me
Nao me chamem de macacorio
Nem me acusem de aglossia
Nem sequer de cabotino
So´ me praz muito envidar
Em pacata sinecura

Valha-me Deus

Valha-me Deus,nao invocar o santo nome de Deus em vao, o roupao ja´ esta´ curto, sera´ que voltei a crescer? querias, cheira-me a favas com chouriço, a idade nao me tira o apetite, raio do sabonete que e´ mais escorregadio que um politico comprometido, nem me lembrei de trazer papel higienico ca´ p'ra cima, aquele meu amigo o Ze´Manel que dizia ontem que o irmao era uma economista muito especial, a sua concepçao da economia e´ que devemos poupar no papel higienico para poder gastar em Mercedes topo de gama, raio da gaivota que despejou ontem a caca mesmo em cima do meu carro,com tantos carros `a volta do meu, porque raio inventaram os relogios, as horas, o mau tempo e os politicos, perguntei ao meu vizinho jazebandista se cconhecia algum politico respondeu-me que os conhece a todos de jinjeira, raio do botao da barreguilha das calças agora e´ que havia de cair, tenho que pedir na loja que sobstituam esses botoes por um fecho "eclair", o tal fecho que Felipe II tinha, segundo dizia o poeta Giao.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Tudo por um tango

Por vezes vejo-me grego para escrever, outras vezes vejo-me russo para pensar, raras ocasioes me vejo israelita para oferecer, quase sempre dou comigo americano para discutir, ontem fiquei japones quando escorreguei na casa de banho, senti-me espanhol quando me enchi de coragem e bati com a porta na cara do vendedor que me queria oferecer um Mercedes se eu lhe comprasse uma enciclopedia em catorze volumes, baratissima, senti-me chines quando dei por mim oomprando um relogio por 5 euroa,com pilha incluida e funcionando, dei por mim orgulhoso, impavido, sentindo-me ingles para me acalmar.
E desejando dançar um tango como um argentino,sem envergar a gurka como um mussulmano.
Nao ha´duvida que os portugueses tem um grande poder de adaptaçao, misceginaçao e resignaçao.

Eu tam bem faço de conta

Faço de conta que nao e´ nada comigo, mas pago a taxa da televisao disfarçada no recibo da EDP, e noticia seguida de noticia nada mais vejo que o P. Coelho e o P.de Souza debitando vantagens dum sobre o outro e desvantagens do outro sobre todos nos. Todos nos que nao lhe passamos procuraçao para nos representar neste simulacro de democracia que nada tem a ver com a sua definiçao de "governo do povo e para o povo", voces todos que sao povo e mais eu e os tantos da minha rua que tambem somo povo, que ja´ nem tem tempo para lavar no rio, porque lhe meteram na cabeça que as maquinas de lavar lavam malhor, onde e´ que eu ia, ah! ia na democracia, sim meus caros, os gregos julgo que a inventaram so´ para os homens, agora estes camaradas legislando a seu contento, dizem-nos que nao, as mulheres tem que estar a 30 por cento na assembleia, e p'ra ter filhos, lavar a louça, fazer o jantar a 100 porcento,
enquanto o marido, entretidissimo, escuta atento e obrigado o P.Coelho e o P.de Souza a conversar, repimpados e de pernocas cruzadas nos cadeiroes pagos por todos nos, (a este P.De Souza chamam Socrates, nao percebi ainda porque ao outro nao chamam de Aristoteles, ao menos assim a macriaçao seria democratica, se cada vez que se sentassem naqueles cadeiroes pagassem renda, outra galinha cacarejaria e as reparaçoes pesariam menos no erario publico e talvez nao fosse necessario cnhecer esses maganas do FMI que vem p'ra ca´ comer as nossas sardinhas e ouvir as nossas novas Amalias cantar o nosso fado que nos atirou para os braços desses amigalhaços que vem ca´ tratar da nossa saude, mas nao podem aqui ficar mais que uma semana senao aprendem a viver `a grande e `a portuguesa.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Por detras daquela fachada

Por detras daquela fachada do predio que eu avisto, cincoenta familias percorrem as suas vidas.
Levanto o tecto dum dos apartamentos do predio.A dona da casa repousa em sossego no sofa´ da sala enquanto o gato ronrona deitado a seu lado.A senhora nao consegue dormir atormentada com as contas a pagar, o marido que saiu porta fora sem dar cavaco, a preocupaçao com a torneira do lava louça que pinga pinga com um ploc ploc, que lhe massacra o cerebro, este meu marido tinha um amigo canalizador mas ja´nao tem, morreu, deu-lhe uma solipanta enquanto canalizava em casa da descarda da mina vizinha, o pior e´ que o marido nao entendeu que o dinheirito do dia nao chegou para mais favas, ficou com fome disse depois de comer as que eu lhe dei do meu prato, nao chegou para mais pao, para a garrafa do gaz, os da camara vieram ontem cobrar a renda, fiz de conta que nao ouvi a campainha, mas logo ali chegou este meu marido que se pos a discutir com o funcionario da camara...e em todos os apartamentos para onde olho deparo com problemas desta classe chamada de media baixa ou ainda duma media mais baixa, o homem eeta´ reformado vai para dez anos e ela tem de reforma metade do rendimento minimo garantido que mal chega para a renda, mas que o homem vai smpre receber e vai dali, usa aqueles miseros patacos como dinheiro de jogo, compra no supermercado dois pacotes de litro de tinto, um quilo de bananas e meio quilo de queijo de bola, chega a casa entrega o que sobra do minimo garantido, toma la´ mulher nao te esqueças de pagar a renda.
Decorrem assim, mais ou menos, as vidas daquelas cincoenta familias.

O mais egoista

O homem e´o mais egoista dos seres da Terra.
Muito mais que a mulher.
POucos concordam e o manifestam.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O muito e o tanto que devo

Sinto que pouco, pouco exprimo:
- O muito que devo a meus Pais.
- O muito que devo a quem me deu a vida.
- O muito que a Natureza me maravilhou.
- O muito que me deram as minhas amigas e os meus amigos.
-_O muito que devo `a falta de sorte
- Tanto que devo `a sorte.
- Tanto que devo `as minhas filhas e ao meu filho.
- Tanto que devo ao acaso.
- Tanto que devo ao passado.
- Tanto que devo ao muito que nao sei.

Mudanças

As montanhas transformam-se em plancies, muito dos vulcoes se promovem em lagos, ate os mares, por vezes, em desertos.
E as fantasias revelam-se em sonhos, a resignaçao por vezes esconde-se na dignidade, e o amor, quase sempre, numa saudade.

domingo, 10 de abril de 2011

Temos primavera !

Hoje e´ Domingo, temos Sol e primavera, ar limpo e saudavel aqui pela minha rua,aqui pela minha cidade, aqui pelo nosso Algarve. Os que lerem este meu blog nem imaginam o que respiram numa cidade de milhoes de habitantes ! Respiram sempre, sempre, mesmo conm algum vento, algum ar ja´ respirado por outros cidadaos, respiram sempre, uma parte dos gazes que oa automoveis,os autocarros, as fabricas e as indistrias, expelem para o ar.
Ha´ cidades, como Santiago do Chile, que tem zonas onde por vezes, em certos dias, o ar esta´ tao inquinado pelos gazes saidos dos escapes dos veiculos motorizados, que na zona baixa da Avenida Providencia quem esta´ dum lado dessa avenida custa a distinguir as fachadas dos edificios do outro lado. Nao exagero, constatei-o mais que uma vez (tenho ali uma filha, netos e bisnetos).
Por isso raro o dia em que nao agradeço a Deus a limpidez desta atmosfera, que me permite observar este azul puro e profundo do Ceu, os detalhes da serra de Monchique a trinta quilometros de distancia, e ate o rendilhado da camisa que a vizinha do 2º esquerdo do outro lado da rua, ostenta, pendurada, a secar. na "marquise".
Raramente agradecemos a quem nos deu tudo o que temos, sem nada exigir em troca.

Temos primavera !

Ainda no seculo XXI

Nesta segunda decada do seculo em que vivemos, aguardamos com ansiedade que os senhores governos que comandarem o nosso Estado, modifiquem as politicas no ssntido de que:
1º.- O ensino se restableça no sentido da aquisiçao do merito suficiente para que os que estao agora nascendo, obtenhham a preparaçao necessaria e suficiente para que, exerçam as suas futuras profissoes com uma base de isençao de espirito,e capacidade de avaliaçao dos problemas, utilizando o seu cerebro e raciocinio sem submissao cega seja a quem for. Sem cedencias no que respeita a aceitar seja o que for, sem a liberdade duma analise propria do que lhe for proposto.
2º.- A justiça devera ser exercida seguindo codigos independentes do poder politico. Ate que qualquer licenciado exerça a profissao de juiz, devera acompanhar um juiz, pelo tempo necessario, talvez nunca menos de dois anos, ate que demonstre que obteve, cimentou e possui as qualidades de caracter necessarias. E,antes de ser juiz, devera suibmeter-se a um exame, bem defenido na constituiçao e no codigo. De forma que esse exame mantenha a mesma exigencia ao longo dos anos.
3º.- O estado actual da justiça no nosso pais, como a maioria dos cidadaos o reconhece, contraria a evoluçao economica de Portugal em particular dificultando as iniciativas para o investimento e o sossego dos cidadaos. Portanto devera surgir a obrigaçao, ja muito sugerida, de escolhidos no maximo oito individuos,dar-lhes o prazo maximo de tres meses para que apresentem um projecto de reforma. Reforma baseada num projecto que permita resolver em tempo decente as centenas de milhar de processos acumulados nos tribunais e que permita que os futuros processos nao tardem mais que dois ou tres meses, com raras excepçoes, que poderao tardar ate seis meses.
Bastara, p.ex., que os processos sejam classificados em cinco ou poucas
mais categorias, de acordo com a gravidade dos delitos ou querelas apresentadas e nao que os processos entrem todos na mesma fila de espera. E que sejam eliminados muitas das causas de demora das decisoes. Causas que eu nao estou habiloitado a analisar e a indicar, mas que todos os que trabalham todos os dias nos tribunais, conhecem.
4º.- Em democracia nao entendemos nem sabemos quais as razoes por que os cidadaos e em particular os deputados, nao conhecem as propostas, os projectos, os numeros reais das finanças, do emprego e do desemprego, o que se passa em cada ministerio. A confidencialidade devera ser bem defenida. Bastara conhecer o que se passa nos paises mais democraticos e informar os cidadaos.
5º.- A segurança dos cidadaos devera evoluir no sentido duma maior consideraçao pelas policias, traduzida em codigo que tambem demonstrem o respeito que merecem.
Haverao ainda mais pontos a considerar. A corrupçao, o enriqucimento ilicito, os escandalos na atribuiçao de empregos altamente remunerados.
Mas os que indico ja constituirao grande tarefa.
E contribuirao para a soluçao de muito do que atraz se menciona, no ante penultimo paragrafo desta mensagem.

sábado, 9 de abril de 2011

No século XXIII

Nos proximos duzentos anos, isto é, em pleno século XXIII : - A esperança de vida será entre os 400 e os 500 anos (parece-me que estou sendo pessimista, há poucos dias um distinto investigador norte-americano disse, numa entrevista à nossa TV1, que é possível que alguns dos bébés nascidos este ano, atinjam os 1ooo( mil anos) de vida- e não o disse em jeito de anedota) . - Devido às grandes crises monetárias e económicas ocorridas desde que existe o dinheiro, cada vez mais frequentes, durante o século XXIII, após uma transição que durou algumas dezenas de anos encontrou-.se a fórmula simples e a forma prática para acabar com o dinheiro, obtendo-se um sistema de vida baseado na formação,na aquisição de conhecimentos, na educação, no ensino de todos os indivíduos, estabelecendo um sociedade em que o mérito individual e a sabedoria de cada um atinjiu um grau médio que permitiu estabelecerem-se democracias equilibradas, o sistema monetario sendo substituido ao longo do século XXIII por um outro que não necessitou do que em tempos anteriores foi chamado de "vil metal". Um novo sistema que nasceu da concordância geral de que o dinheiro representou, ao longo da sua existência, um mal crescente para a maior parte da humanidade, tendo-se sucedido grandes crises económicas após períodos de tempo cada vez menores, levando grande percentagem das populações de muitos paises a condições de pobreza extrema e, aumentando exponencialmente a fortuna duma pequeníssima parte das mesmas populações. - Cumprindo o objectivo do ponto anterior, durante o século XXIII o sistema bancario foi gradualmente sendo substituido em todos os paises por outras entidades, ligadas ao Estado, com estatutos próprios, dentro de princípios aceites por uma constituição própria, imposta a todos os governos e aproveitando os extraordinários avanços que se registaram na tecnologia. Já no século XXI , nos paises mais avançados foram lançadas as sementes, para esta mudança do sistema económico. Países que eram então os mais avançados na formação, educação, ensino, justiça e saude, ao dispor dos seus povos.

microgeraçao

No Algarve cerca de 3000 (tres mil) casas tem instalados paineis de microgeraçao aproveitando a energia solar que Deus nos da´. E em Portugal so´ a regiao de Lisboa tem mais instalaçoes semelhantes.A regiao de Braga vai em terceiro lugar. E no Algarve a produçao de energia por via eollica ja´ e´ suficiente para mais de 250.000(duzentas e concoenta mil) habitaçoes. O telhado da minha casa, a partir de terça-feira proxima, tambem ira´ capta energia solar para fornecer `a EDP. Se nao estou em erro, sou o terceiro a instalar esses paineis solares, em Portimao. E fui o primeiro, ha´ uns bons quinze anos, a instalar um painel solar para aquecimento de agua. Herdei do meu Pai este gosto pelas novidade. Na casa dos meus pais, na Praia da Rocha, havia uma maquineta na sala dos almoços e jantares, onde ele colocava uma garrafa com agua ou vinho branco , dava-se `a manivela da maquineta, e a agua ou o vinho congelavam. E o meu Pai tinha uma colecçao de maquinas de fazer cafe´, num tempo em que o cafe´ era todo feito "de saco". A hereditariedade manifesta-se de muitas formas. Ainda um dia construo uma fabrica de automoveis electricos...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Precarios

Alem da saude, da vaidade, da toleima, da fortuna, agora tambem os salarios sao precarios.

Nunca se atrasa

O salario do medo nunca se atrasa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ausencias

Uma tia avo´ minha, a minha tia Berta, que todos voces quando forem para onde ela foi, de certeza que a conhecerao,essa minha tia avo´era uma mulher muito especial. Cheia de azares na vida, mantinha um humor que todos os da minha familia encaravam com ternura. Por exemplo quando festejavamos um aniversario ela sempre era a primeira a brindar, dizendo o mesmo que muitas vezes a ouvi dizer: "`a saude dos presentes e dos ausentes pertencentes aos presentes". A isto me refiro por me apetecer hoje falar de ausencias. Nao sei qual foi o senhor terraqueo que inventou o "facebook". Que para mim tem o imenso merito de ter renovado a pratica da correspondencia por carta. Tem as vantagens de nao necessitar de papel, de tinta e caneta, nem dos envelopes nem de selos de correio; nao pode ser violada, pode recordar-se com facilidade. Representa mais um passo no avanço para um futuro em que poderemos ser teletransportados para onde nos der na burguesa gana. E ainda com a grande virtude de, se esta maquineta onde escrevo decidir eliminar a memoria, antes sempre poderei, se for previdente q.b., guardar e conservar tudo daquela sua memoria, numas caixinhas prontas a transmiti-las para a memoria doutro colega computador; deste, se for reparado ou para outro, se substituido. Traiçao que duvido eu cometa. Voltando `as ausencias: se respeitam aos animais racionais, as ausencias sao as faltas de comparencia que, por vezes, tanto lamentamos . So´ destas, as que lamentamos me interessa falar ou estaria aqui ocupando "per secula seculorum" (o meu latim continua vivo, como veem) o espaço deste blog. E o "facebook" traz-nos as grandes alegrias de receber mensagens de amigos, de familiares amigos, de amigos distantes e ate´de amizades que criamos e desenvolvemos por pessoas que nunca nos foram apresentadas. Lemos uma frase interessante de autoria dum desconhecido, lemos um artigo escrito por uma escritora que so conhecemos de nome, lemos um comentario escarrapachado por uma Maria ou por um Joao que nunca vimos mais gordo ou mais feio, ficamos interessados, enviamos-lhe uma mensagem, recebemos resposta e ai´ podera´estar lançada a semente duma amizade. Que podera´ constituir mais um bom credito para a vida.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Pasteis de nata

Quando eu tinha cinco anos, numa festa de benificencia no Pavilhao da Praia da Rocha a minha Mae vestiu-me de alentejano e entregou-me uma bandeja cheia de pasteis de nata para os vender a cinco tostoes(cincoenta centimos do escudo, a nossa moeda de entao) cada um e entregar o produto da venda `a comissao da festa. Claro que eu, goloso como era, fui comendo alguns, como propaganda para a venda. A minha Mae fazia os melhores pasteis de nata do mundo, muito melhores que os de Belem, e agora apenas conheço uma pastelaria (a "Casa da Isabel", em Portimao) que os faz tao bons, suponho que pela mesma antiga receita que a minha Mae seguia. O meu Pai apreciava-os muito, e contou-nos que, quando era guarda-marinha, tinha ganho uma aposta por comer nada menos que cinco duzias de pasteis de nata. A nossa filha que vive no Chile, que na sua vida tem feito inumeras coisas, com a particularidade que sempre as estuda e as faz bem, desatou a fazer e a vender pasteis de nata, com sucesso. Tem dias que faz e vende cem pasteis de nata. E ha alguns dias disse-me: pai, agora os pasteis de nata ja´ estao perfeitos, a vovo Rosa segredou-me ao ouvido o ultimo segredo que eu ainda nao empregava. Em diversas ocasioes, tambem tenho ouvido mensagens, julgo provenientes de algum dos meus antepassados, mensagens que tem modificado a minha vida. O que julgo que acontecera´ a toda a gente. Embora muitos nao lhes liguem qualquer importancia.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

pEgo numa peça

Pego numa peça da minha alma, deixo-a vaguear em liberdade, sigo a sua sombra no resto da minha alma, vejo-lhe os contornos, alcanço-a, reparo como mudou, o que me acrescentou, por onde se imiscuiu, por onde sondou, que segredos desvendou, ate´ onde nao foi. Vejo dum modo mais que perfeito as ilusoes que nao me quer comunicar, dum modo condicional as esperanças que teima em nao me conceder, dum modo conjuntivo como o da unha com a carne, como o da virtude com a castidade, como o da raiva com a ira. O que eu nao chego aperceber e´ porque as peças da minha alma me rodeiam como os lados dum poligono e quando passeiam para fora de mim gritam-me de muito longe, e eu aqui nao as oiço porque estou ouvindo-as la´, ou estou ouvindo-as em mi ou em re´, ou em fa´. Por favor vejam se sao capazes de pensar nisto, sem me agredir. Sao verdades como calcanhares. Com estas coisas nao se brinca Penso eu.

domingo, 3 de abril de 2011

Plano inclinado

Podera´ alguem elucidar-me o que aconteceu ao programa da Sic "Plano inclinado" ? aparte uma pequena noticia aparecida num semanario referindo que o program nao fora para o ar naquele sabado, com uma explicaçao muito pouco explicita, nunca mais se soube nada dum dos melhores programas, com mais audiencia, da televisao. Um programa util, com a verdade apresentada sem peias. Quase tenho a certeza que, mais uma vez, o dinheiro venceu. E nao aparece um jornalista que consiga do dr-Medina Carreira uma entrevista? Porque esta´ tudo calado, todos calados, ate´os companheiros do dr.Medina Carreira naquele programa, nada pronunciaram! Sera´ uma mafia, sera´ uma seita , sera´um poder mais alto...?

Mil anos de vida

Ontem, de noite a TV1 deu nos uma entrevista que um investigador americano, filho de pais potugueses, concedeu `a TV1. Informou-nos que no centro de investigaçoes onde trabalha, se nao estou em erro situado em Boston, obtiveram resultados surpreendentes, conseguindo que ratos envelhecidos retornassem para a juventude, recuperando todas as faculdades perdidas no caminho para a velhice. Nao informou que produtos empregou para conseguir tal resultado, ou as praticas usadas para tanto obter. Que a investigaçao ainda ira demorar alguns anos, talvez poucos, talvez muitos. E que a investigaçao tinha como base contrariar a degradaçao do topo dos cromossomas, degradaçao tida como factor principal do envelhecimento. Quasi no fim da entrevista, disse que e´ possivel que estejam nascendo os primeiros bebe´s que atingirao mil anos de vida Pelo que dentro de poucos(ou muitos)anos sera´ possivel quando nos encontrarmos com um amigo que nao vemos ha´ uns cincoenta anos, dizer-lhe: -Estas com um belo aspecto, olha la´, que idade ja´ tens? E ele respoinder: - Olha fiz anteontem 547 anos ! Mas surgirao grandes e gravissimos problemas, se nao mudarmos profundamente o nosso sistema de vida. P.ex. se nao acabarmos com o dinheiro, se continuarmos a necessitar de moeda seja para o que for. Ja´ repararam, se sao amantes da historia universal, ja´ chegaram `a conclusao que , desde que existe o dinheiro, este trouxe sempre cada vez mais problemas para a mulher e para o homem? e que sempre as crises que provocou o uso desbragado e sem controlo do dinheiro, sempre apos essas crises, surgiram mais pobres, e todos os muito ricos ficaram mais ricos ? Os das classes medias altas e baixas, baixaram de classe, os ricos, medianamente ricos com alguma inteligencia, ficaram mais ricos e suicidaram-se muitos dos mais estupidos, durante ou apos as crises. Ainda nao apareceu a iniciativa de começar a pensar e a discutir isso. Utopia? Porque nao leiem o meu livro "Sonho de sorte". Qualquer governo de qualquer pais pode seguir a soluçao que la´ esta´ descrita. E ganhara´ as eleiçoes seguintes.

sábado, 2 de abril de 2011

O meu parque

A minha memória é um grande parque de estacionamento onde chega tudo o que se passa na minha vida, as ideias que me assaltam, que me tentam, que me comunicam. Saiem muitas coisas do parque , todos os dias e todas as noites. Que muitas vezes entram noutros parques, sei lá quantas vezes causaram acidentes à entrada e à saida, sei lá quantas vezes causaram reboliços, preocupações, engarrafamentos de ideias, induziram manifestações, provocaram esperanças, desalentos, resignações. Não pago renda, mas há muito tempo que estou avisado que um dia o parque terá de desaparecer. Será que o Grande Chefe o entregará a outro ou a outro para armazenar artigos do mesmo género ? E que fará com o espólio que eu deixarei?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Dia das mentiras

Como hoje e´ o dias das mentiras, vou contar-vos umas quantas verdades. Portugal e´ um pais que ja saiu da crise, uma crise que nunca existiu, porque essa palavra, ja´ a esquecemos, caiu em desuso ha´ um ror de tempo, o povo portugues e´ um povo feliz, alegre, bailador , amante terno e sem reticencias, com um bom governo que nos governa que e´ um primor, com um presidente da republica que nos presidencia sem o sentirmos , sem darmos por ele, so fala quando ha´ aquela coisa presente e manifestando-.se, nao, nao e´ aquela coisa da senhora Lidia Jorge, que e´ uma coisa muito respeitavel tal como e´ respeitavel aquela coisa que quando existe faz o nosso presidente falar, coisa que tambem e´ muitissimo respeitavel em qualquer parte deste nosso mundo, deste nosso planeta cada vez mais cheio de coisas, tanto que agora parece que o eixo da terra se moveu uns milimetros sabe-se la para onde, eu nao notei nada, vossas merces notaram ? Adivinhem do que estou falando, dou pistas : pode ser o bom nosso povo, pode ser o conselho supremo da naçao, podem ser as exportaçoes ou as importaçoes, os partidos, o Estado Novo, o estado a que chegamos. a dilataçao dos materiais,as propriedades dos esporos das fanerogamicas, a circulatura do quadrado, as leis que ainda nao sairam, nao se preocupem vao sair aos milhares, `as catadupas sem aguas mas com muita sabedoria, a que deriva sempre dum bom tinto...

Sobre patilhas

Desculpem-me os 1400857643 viciados neste meu blog. Uma avaria daquelas muito simples mas que nao conseguimos resolver por mais chamadas, conselhos, testes, ajustes que trabalhemos, por mais agressoes, imprecaçoes, ameaças que fizermos. Ate que conseguimoa que a empresa a quem pagamos as mensalidades da TV, da Internet, do telefone, nos envie um tecnico para concertar descobrir e resolver a avaria. Deixando-nos humilhados e ofendidos e danados, chamando-nos biurros a nos proprios porque afinal " ve o senhor foi so empurrar estapatilha um pouco mais para baixo e ja´ esta, experimente agora a internet e a televisao....ve^?, foi simples, muito bom dia!. Mas eu, que nao sou adepto de mecher em patilhas quando sei que nada sei dessas patilhas e de patilhas em geral, apesar de tudo fiquei com uma depressao de elefante enraivecido, quando afinal era so´ mover a patilha um pouco para baixo.... Ou sera´ que ele a moveu um pouco para a direita ?..