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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Daqui a cem anos

Vestia uma saia listada, com folhos negros, a amiga olhava para os folhos, Francelina adonde comprastes tu essa saia, a Francelina abanando a saia, olha, Augusta, eram a trinta euros no inverno o home da loja aquela loja de roupa na praça vendeu-ma por cinco mas na va´s la´ quera a ultema o autocarro parou adeus Franacelina tenho que apanhar este, adeus, ai esta Maria do O´ deixa-me la´ tamem tenho dirme pra casa passou uma moldava loura mais loura que todas as moldavas louras empurrava um carrinho de criança parece-me que modelo 1990, vazio com a displicencia de quem esta pensando no emprego que perdeu estes portugueses nem sabem a sorte que teem a sorte que tiveram nem sabem o que e´ parir um filho na Moldavia, traze-lo para ca´começar a apanhar o lixo que deitam na rua e que eu tinha de varrer no emprego que larguei para ir trabalhar para a Sonia russa passa um cigano palitando os dentes a cigana que vai com ele sempre sisuda como todos as ciganas sisudas pensando na barraca que a camara lhe deitou abaixo do outro lado da rua uma mulher com cara melancolica arrastada por um lulu incansavel na azafama de cheirar cada esquina ja´ olhando para a esquina seguinte dentro do seu territorio bem marcado do amarelo do seu inesgotavel xixi.
Nao tenhais duvidas. Daqui a cem anos seremos todos calvos.

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