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quarta-feira, 1 de maio de 2013
Em aperto de tempo
O jogador de xadrês não conseguia concentrar-se. A discussão com a sogra durante o almoço, sogra que em serenidade reconhece quase sempre cheia de razão, a avaria do carro que provocara falta de pontualidade, os problemas monetários que a crise trazia. Olhou para o relógio de controlo do jogo, tinha apenas mais dois minutos e ainda estavam no jôgo médio, quando mais havia que pensar e decidir, o cansaço invadia-o como no meio duma corrida de fundo. O adversário ainda tinha seis minutos, sentia-se incómodo e pensou, utilizando mais tempo, que era mais agradável quando só faltavam seis minutos para ver a namorada, eram seis minutos de tempo de vida nos dois casos, mas aqui no jógo os minutos passam muito mais depressa do quando espera o seu amôr. Mais um minuto perdido, fez a jogada e o adversário, olhou-o com ar admirado e deu-lhe cheque-mate,
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