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domingo, 11 de janeiro de 2015

Ódios e ganância

Não quero sentir que nada eu sinta
Não quero ficar na chamada paz de alma
Nem quero ficar aguardando o ódio
Como esse escritor que odiava tudo
Odiava a paz, odiava amigos, odiava o seu país
E quando mais não tinha que odiar
Nada mais encontrou, senão a Biblia,
Para mais odiar, para  blasfemar.


Não interessa quem foi, perder-se-á nos tempos
Tanto valeu o seu ódio como o de tantos outros
Não foi para odiar que nos deixaram na Terra
Nem para blasfemar que a Terra nos deram
Os únicos animais vivendo connosco aqui
Os únicos seres que ferem pela palavra
São os mesmos que agridem a Terra
Poluindo os ares, conspurcando os mares


Quem nos pôs cá, quem nos deu tudo
Entregando-nos uma joia de valor imenso
Sem exigência nem qualquer condição,
Vai permitindo que lhe tiremos o brilho.
Segue observando toda esta incúria,
Toda a injúria à beleza que nos foi dada
Toda a indiferença com que agredimos
Com tanta rudeza a joia oferecida.


Mas o que mais, decerto, espanto lhe causa
É o motivo desse desaforo e grande desafio
É a razão para essa tanta ingratidão
É o motivo para tanta indiferença
De tão poucos, pelo mal que causam a tantos,
Motivo apenas fundado na ganância,
Na avidez e nas ansias de mais riqueza
Quase sempre construída com o mal de outros
  

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