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terça-feira, 11 de maio de 2010

Para a mãe dos nossos filhos

          Estou pensando na desorganização dum livro de versos.
          Se é para ser organizado, não será um livro de versos.
          Poderá cantar a lua,as estrelas, as carícias de mãe, o amor da mulher.
          Misturando-as numa desorganização bem organizada
          Com os sonhos, as fantasias, os devaneios
          Que eu vou colhendo por aí, num lado qualquer

           Um livro que acabe não se saberá bem onde,
           Que tenha algum pó das estradas que percorri,
           E  pitadas de sal dos mares que cruzei.
           Que a primeira página tenha o numero 127
           Ou outro mais bonito que é o 87
           E entre duas folhas, o retrato da mulher que sempre amei
          

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