Estou pensando na desorganização dum livro de versos.
Se é para ser organizado, não será um livro de versos.
Poderá cantar a lua,as estrelas, as carícias de mãe, o amor da mulher.
Misturando-as numa desorganização bem organizada
Com os sonhos, as fantasias, os devaneios
Que eu vou colhendo por aí, num lado qualquer
Um livro que acabe não se saberá bem onde,
Que tenha algum pó das estradas que percorri,
E pitadas de sal dos mares que cruzei.
Que a primeira página tenha o numero 127
Ou outro mais bonito que é o 87
E entre duas folhas, o retrato da mulher que sempre amei
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