Sempre que vejo flores num jardim
Sinto que há uma ténue diferença
Entre o que na verdade eu sinto
E o que sinto quando vejo uma flor igual
Com o caule cortado e um pouco enterrado
Na terra de um vaso de barro, ou de cristal
Lã fora, na terra dum jardim,
Seja dum palácio, seja duma cabana,
Da semente plantada com carinho
Sempre surge a maravilha duma planta.
Uma mulher, um homem, ou até uma criança
Sejam pobres ou sejam ricos, abastados ou remediados,
Sempre enterram uma semente cheios de esperança
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