Penso que a todos os que me leem vos aconteceu mais que uma vez, entrarem num recinto ou numa sala onde se encontram alguns desconhecidos e não se sentirem bem, experimentando uma sensação de incomodidade, um despertar, um alerta na vossa consciência, como que um aviso interior. Ontem assim me sucedeu. Estava numa sala onde crianças lanchavam sentadas a diversas mesas e auxiliadas por uma assistente social. Dois ou três minutos depois de eu chegar, pela porta da rua entrou uma mulher dos seus cinquenta anos, vestida com farda daquele centro de apoio a crianças. Perguntou, em voz não muito alta, se seriam necessárias mais sanduiches, dois ou três miúdos levantaram os braços e ela disse no mesmo tom neutro de voz, então trago mais quatro. E largou para a cozinha. E nesse minuto ou dois que aquela senhora ali esteve, senti a tal incomodidade, o tal desconforto que atrás referi, um sentimento de coisa negativa que ali tivesse entrada, que não me impressionou os sentidos mas que me fez concentrar e desviar o espírito para algo que me desagradou. E quando ela abandonou a sala, senti alívio.+
Não sei se o mesmo vos ocorreu alguma vez. A mim já me sucedera em reuniões de trabalho ou de família. Vou tentar encontrar a explicação num tratado de psicologia
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