Estou assim a pairar
Bem só e dentro de mim
Porque não hei de ficar
Se eu fica bem mesmo assim
Essa flor é doirada
Pela luz do teu olhar
E a minha alma magoada
Por não me quereres amar
Custa-me passar a vida
E a vida por mim não passar
Não sei se me é querida
Se gosto por ela andar
Parece-me que sinto a dor
Dessa pedra que eu pisar
Julgo sentir o amor
Da que agora estou a amar
Dizes-me coisas bem lindas
Mas a mim tu não me enganas
Sejam de oiro ou pratas finas
Da mais pura filigrana
Pouco me queres ouvir
O que te quero dizer
Vou passar dizer a rir
O que dizes tu querer
Mas o que me importa fora de tudo o que não me importa
O que prevalece dentro de tudo o que me envaidece
Sempre que as circunstâncias do momento forem circunstanciando
È a finura do trato do animal que aparece à minha porta
Seja macaco, crocodilo, leão, elefante ou cidadão
Que eu tenho sempre a porta aberta p'ra quem vem por bem
Sempre tenho a mesa coberta de acepipes e outras iguarias
Sempre prezo a convivência de quem me traz outras alegrias
(da autoria do, mais conhecido, outro eu)
Sem comentários:
Enviar um comentário