Ainda o Josué
O meu amigo Josué entregava-se a outra actividade que mais amava que a pesca. Especializara.se em abelhas, apicultura, colmeias e mel. Inventara a colmeia de vidro, onde observava e descobria, durante muitas horas, segredos profundos da vida das abelha. Era condidado para dar conferências em diversos países.
Na primeira vez que me levou de visita ao seu apiário, na quinta do seu pai, aproximou-se sem qualquer proteção, das colmeias. Era junho, dia quente, de céu sem nuvens, as abelhas em plena campanha de recolha de pólen. E eu, confiante acompanhei-o atá às colmeias. Nessa época, eu tinha farta cabeleira, só usava chapéu na praia. E uma abelha emaranhou-se-me nos cabelos e, sentindo-se presa, emitiu gritos de guerra clamando por auxílio das suas companheiras de trabalho. Auxílio que não tardou. E eu sofri um ataque massivo ao meu pescoço onde elas deixarem cravados catorze ferrões. O Josué, incólume, ria a bom rir, dizendo:
- Não te mechas, que elas afastam-se - aconselhava-me, com gestos lentos para as abelhas que, pouco a pouco cessaram os ataques, E ele, acrescentando - e olha, está provado que até cinquenta picadas delas até é bom para a saúde.
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