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quarta-feira, 3 de julho de 2013

carta do dr. Portas

Apresentei hoje de manhã a

minha demissão do Governo

ao primeiro-ministro.

2. Com a apresentação do



pedido de demissão, que é

irrevogável, obedeço à minha

consciência e mais não posso

fazer.

3. São conhecidas as



diferenças políticas que tive

com o ministro das Finanças.

A sua decisão pessoal de sair

permitia abrir um ciclo político

e económico diferente. A

escolha feita pelo primeiroministro

teria, por isso, de ser

especialmente cuidadosa e

consensual.

4. O primeiro-ministro



entendeu seguir o caminho

da mera continuidade no

Ministério das Finanças.

Respeito mas discordo.

5. Expressei, atempadamente,



este ponto de vista ao

primeiro-ministro, que,

ainda assim, confirmou a sua

escolha. Em consequência,

e tendo em atenção a

importância decisiva do

Ministério das Finanças,

ficar no Governo seria um

acto de dissimulação. Não é

politicamente sustentável, nem

é pessoalmente exigível.

6. Ao longo destes dois



anos protegi até ao limite

das minhas forças o valor da

estabilidade. Porém, a forma

como, reiteradamente, as

decisões são tomadas no

Governo torna, efectivamente,

dispensável o meu contributo.

7. Agradeço a todos os meus



colaboradores no Ministério

dos Negócios Estrangeiros

a sua ajuda inestimável que

não esquecerei. Agradeço aos

meus colegas

de Governo,

sem

distinção

partidária,

toda a

amizade e

cooperação.


                  Comparem esta carta com a do dr. Vitor Gaspar. Lembrem-se quem atraiçou o dr. M.Rebelo de Sousa, dr.  Monteiro, mais recentemente D.Barroso  e agora o dr. Passos Coelho e Portugal.(pelas complicações que pode gerar na economia, etc..)

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