Nos meus passeios, medito. Para o futuro, para o passado. Hoje, poucos passos andados, senti-me numa paz imensa, como nos sentimos dentro, ,dentro de água morna, não sentindo a água, mas apenas a sensação agradável duma paz confortável, mais que isso ainda, sentindo a alma pairar como se o meu corpo desaparecesse. Parece-me então estar envolto num universo de estrelas, de chispas cintilantes, a pouco e pouco amalgamadas e transformando-se num nevoeiro, primeiro denso, muito escuro, depois mais ténue, mais ténue, principiando-se então a desenhar-se, a definir-se alguns contornos, no meio daquela névoa. Surgem então algumas sensações que a mente vai comparando com as seguintes, sempre diferentes, sempre agradáveis.
O grasnar de gaivotas que seguem na traseira duma traineira que sobe o rio, interrompe-me o devaneio, puxa-me para a realidade.
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