Passei por mais um dia, igual aos outros: de 24 horas e alguns segundos, de acordar e fazer tudo o resto que uso fazer todos os dias . O que quase toda a gente faz todos os dias.
Mas a excepção no que faço é que traz o encanto de alguns dias.
Recordo pouco o que fiz noutros dias durante a vida. Por exemplo, o que fiz, o que aconteceu de relevante e que conheci no dia 28 de Junho de 1954? Apenas sei que vivia em Luanda, casado com a mesma senhora que hoje me acompanha, que criávamos então dois filhos, que trabalhava na Junta do Algodão de Angola. Pouco mais me lembro do que me aconteceu nesse dia, do que aconteceu no mundo nesse dia e que tive conhecimento então, pela imprensa, pela radio, pelas conversas com amigos, o que almocei, o que jantei, a que horas me deitei. Ao contrário dessas oito pessoas que descobriram, por anúncio nos Estados Unidos e que têm a faculdade de recordar tim-tim por tim-tim tudo o que lhes aconteceu e do que tiveram conhecimento em qualquer dia das suas vidas. O que indica uma memória especial nessas pessoas e talvez uma nova etapa na evolução humana.
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