As minorias astutas
As minorias astutas continuam a dominar as maiorias ingénuas.
Dantes, antes de Leonardo da Vinci, o homem tratava-se a si próprio, Depois, apareceram aa bruxas, as curnadeiras, as comadres com as suas mezinhas. Sucedeu a acumulação dos conhecimentos da arte de curar até que os governantes começaram a exigir o estabelecimento desses conhecimentos em escolas próprias e em universidades. Passos dados durante algumas centenas de anos. Até hoje que ´já não se permite que qualquer indivíduo diagnostique doenças e prescreva medicamentos: para tanto exigimos queá seja doutor com seis ou mais anos de estudo intenso e aplicado, numa universidade. Mas no entanto, para governae, dirigir e comandar a administração dum país, invocando a democracia, um cidadão que só aprendeu a fazer chouriços, a pintar paredes ou a ensinar cavalos, pode pela decisão do chefe do partido, ser nomeado deputado. E só para ser presidente da república se lhe condiciona a idade e ter curso superior, mas limitando-lhe os poderes que são muito menores que os dos que são indicados pelos chefes dos partidos.
Que se deverá impor, portanto? Que quem comenda a administração do país possua os conhecimentos suficientes para tanto. E para tanto, tal como sucedeu com a medicina, para tanto faz falta a educação respectiva, um curso universitário que a tanto se dedique, que impeça o amadorismo, a ignorância, o desconhecimento sobre a administração pública. Tardará, esperemos que menos do que tardou para a medicina e para outras ciências onde hoje a universidade define os mais aptos.
Acresce que as mulheres e os homens que, durante a juventude, optaram pela dureza de cinco ou mais anos de estudos árduos e aturados são menos propensos à desonestidade e á corrupção. A universidade da administração pública Tardará mas lá chegaremos, como disse ontem.
E porque é que não vemos os senhores políticos actuais decidirem, nem sequer apresentar â discussão, o estabelecimento desse curso? Porque representam a tal minoria astuta que decide sobre a maioria ingénua e ignorante, ignorante porque não há quem a faça entender que essa educação é necessária. Como os curandeiros nunca aconselhavam os médicos que a universidade foi formando.
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