Pensei em escrever um dicionário de rimas, de palavras que terminam os versos, compondo a rima: filibusteiro com marceneiro, audaz com incapaz, raro com avaro, etc.. Mas se eu também gosto de escrever versos sem rima, para quê aquecer a cabeça só porque outros muitos gostam da rima? Mesmo num fado podem cantar-se versos livres, que o fado assim cantado não perde a virtude de encantar, na voz dum fadista com sentimento, alma, emoção. Não é desequilíbrio, a prosa também pode ser desequilibrada, nas ideias que expressa, na emoção que provoca, na fantasia que suscita.
Seja prosa, seja verso, se quem lê começa a pensar, a sorrir, a meditar, o autor merece elogio. Se sabe que os leitores sorriem com o que escreve, não pela piada mas pelo contenatamento que lhes provoca o que leem, cumpriu uma boa missão..
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