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sábado, 27 de dezembro de 2014

Sobre "O capital no seculo XXI" de Thomas Piketty

         No passado Natal foi-me oferecido o livro "O capital no século XXI", da autoria de Tomas Piketty.
         A celeuma que parece ter sido levantada pelo livro entre os cientistas económicos, deve-se, segundo o que lemos, às conclusões a que aquele autor chega no livro, através da análise honesta dos dados estatísticos colhidos sobre a evolução da economia nos últimos três séculos em vinte países. Demonstrou que no século XIX não se verificaram as previsões apocalípticas previstas por Marx  no seu "Capital": concentração da riqueza numa pequena percentagem da população, tendência constante para o aumento da pobreza. Porém a análise que Piketty faz dos dados estatísticos que colheu, de dados de  vinte países, vem demonstrar que a economia, está sujeita a uma espiral viciosa e de efeitos crescentes de desigualdades, apontando que só talvez a política poderá contrariar essa tendência, o que não vem sucedendo no princípio deste século XXI. A política, no entanto (e este é um comentário meu), está demasiado subordinada ao dinheiro, para interferir a favor dos mais pobres e inverter aquela tendência.
           Julgo que Piketty, - talvez de forma involuntária, talvez por deformação profissional -, neste seu trabalho não se refere nem comenta o principal motor da economia, o sistema monetário a que estamos sujeitos. Não lembra as suas bondades nem os seus malefícios.
          Thomas Piketty, no entanto, no livro aflora o problema da meritocracia. Mas não o comenta nem o aprofunda. Se o fizesse, chegaria ao dinheiro. E sendo honesto, como é, teria de iniciar a discussão.

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