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sábado, 27 de setembro de 2014

Mensagens

No meu vício(ou virtude? Ou defeito?)de. quando abro o meu blogue, ver o "blogue seguinte", de parei hoje com mais um preguiçoso que desde 12 de Novembro não cria nem nos contempla com nova mensagem. Mas reparei agora, lendo esse blogue, que o seu autor iria casar-se dois dias depois. Que me desculpe, teve toda a razão para não se lembrar do blogue nesse dia.
Dois dias antes de me casar nem me passaria pela cabeça escrever e enviar qualquer mensagem por  qualquer meio à nossa disposição - nesse tempo, há mais de sessenta e dois anos - a Google estava no universo dos impossíveis, ainda se escreviam cartas, se trocavam mensagens de amor, de traição, de críticas ou de simples amizade, pelo meio mais comezinho do correio e dos carteiros.
Mas era muito menos complicado conservar as mensagens que se recebiam: bastava sermos possuidores duma gaveta e duma caixinha que se metia na gaveta, dum móvel da nossa casa e que permitia recordar as mensagens recebidas mediante simples passos dentro de casa. Só um incêndio poderia destrui-las, só um imenso desleixo poderia esquece-las, só grande perda da memória pessoal ou da família, poderia abandona-las.
Agora a memória do computador, duma "pen" ou dum gravador presta-nos serviço idêntico. Com algumas desvantagens: o computador, as "pen" e os gravadores avariam ou passam de moda, trocam-se por coisa mais moderna onde esquecemos de colocar o espólio da memória antiga, etc. haverão diversos fatores que poderão contribuir para que as mensagens se percam, a idade por vezes prega-nos dessas partidas, enquanto que a gaveta sempre aguarda pacientemente a nossa visita ao espólio que contem.
Os computadores trouxeram-nos imensas vantagens sobra a antiga tecnologia mas, tal como as gavetas, também ardem com os incêndios. E, nesse caso, poluem muito mais a atmosfera.
E mais: uma gaveta, sempre dura mais que um computador. Hoje a evolução da tecnologia em poucos meses se torna obsoleto qualquer dessas máquinas que adquirimos. Que, pouco tempo após a sua aquisição é destruída, os seus materiais pouco ou nada reciclados,  a sua destruição poluindo muito mais que a  destruição dum pedaço de madeira ou de papel.
Isto tudo para escrever sobre um dos meus vícios. Não restam dúvidas que sempre tentamos esquece-los.

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