Lançar-me-ei nos braços da fantasia
Enrodilhar-me-ei na esperança de dias passados
Ficando expetante, surpreso e admirado
Do âmago dessa águas passadas
Do brilho dos teus olhos que eu não atendia
Dos gestos sôfregos das minhas paixões ignóbeis
Das palavras que me disseste entremeadas de beijos
E pelos suspiros desta presente resignação
Mas sempre me assalta alguma dúvida
Sempre sofro o ferrete do arrependimento
Sempre volto a sentir a agudeza desse olhar
Onde eu sempre via a esperança não vencida
Onde não faltava a dose imensa de carinho
E um leve fulgor de branda censura
Pelo passado já sentido e compreendido
Pelo futuro que adivinhavas expectante
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