Hoje passei duas horas entregue à esfregona, ao limpa-vidros, e à vassoura. Pelo meio da limpeza da escada e dos vidros das janelas a mente desconcentrou-se do balde e resolveu vaguear por outras paragens. Algumas conclusões a que me levou:
- O trabalho doméstico é mal pago. (Não admira: desconhecemos, na prática, o trabalho dos outros)
- Os homens, não dão o devido valor ao trabalho das mulheres.(Não admira: poucos limparam um prato, uma panela, uma escada, nenhuns pariram, o que é pena porque muito aliviariam as mulheres)
- Nunca conheci uma empregada de limpeza eficiente, gorda, daquelas de mais de cem quilos.(Não admira: quase todas podem ocupar-se, ao mesmo tempo, de mais que uma coisa, o circular traz-lhes a esbeltez)
- A esfregona ainda não foi contemplada com um premio Nobel.(Não admira: os que decidem a atribuição daquele prémio nunca pegaram numa esfregona, consta-me e não me custa acreditar).
- No dia em que surja uma lei que obrigue os deputados a trabalho com a esfregona, na assembleia uma vez por mês, melhores leis serão propostas.(O que não admira: a esfregona fá-los-á meditar).
Ainda obtive, no trabalho com o balde, a esfregona e a vassoura, outras ideias menos recomendáveis, que deixo ao raciocínio dos leitores desta mensagem.
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