Não. Esse romance fica para sei lá quando. Vou pensar noutro, noutra história, noutro enredo. Mais alegre, se possível, mais profundo, se a tanto me ajudar "o engenho e arte", mais actual, se a memória me facultar o suficiente.
Vejamos: um sujeito de 28 anos, Fernando, uma situação difícil, enredo-o numa trama, encho a sua vida de preocupações, faço dele o alvo preferido de inúmeros acasos, povoo a história de alguns acidentes aparatosos, relato os factos enriquecendo-os de complementos de alegorias algo filosóficas, e doutros que encontre no inusitado, no inesperado. Uns salpicos de humor ligeiro, alguma ternura em certos diálogos e um final convincente e, se possível, espectacular.
Uma esposa atractiva qb, dois filhos e um mais a caminho, ultrapassando a media da natalidade de Portugal, assunto meritório e patriótico.
- Ora, ora, dirão, há milhentos romances com enredos semelhantes!
- Sim - responderei - mas o meu ainda não saíu.
Tenho a impressão que o livro será lido, mas ainda me parece pouco convincente.
Porque faltam umas duzentas e cinquenta páginas.
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