A minha mente vagueia perdida em crepúsculos
Entre as teclas desta máquina onde escrevo
E as perspectivas do almoço que me espera
Acompanhado por alguém que amo e adoro
Que vibra comigo nos bons e nos maus momentos
Com fulgores das lágrimas que sentimos
Ateados por vezes pela chama da paixão
Ou por arroubos que nos traz a indignação
Não é o peixe, o vinho ou os acepipes
Que me ocupam a fonte das preocupações
Nem a beleza daquelas flores aprisionadas
E a morrerem lentamente nessa jarra
Nem sequer a luz deste dia de quase primavera
Que entra em vivos borbotões pela janela
Mas é, sim, o profundo e ledo sentimento
De um dia perder-te, sem poder mais querer-te
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