Avizinham-se melhores tempos. Não que os passados tenham sido maus não sei nem quero saber disso. Para quê? Para quê pensar em maus tempos? Nem sequer pensei alguma vez que esse tempo que estava passando seria mau. Nem quando me serraram o externo, nem quando passei por algumas das chamadas contrariedades. Sempre acabei pensando, concluindo que todas fazem parte da vida. Quer as simples e normais como no banho, o sabonete escorregar-nos das mãos ou num dia de chuva o carro que passa veloz ao nosso lado nos salpicando e molhando com a água. Quer as mais contundentes: sempre penso que se assim nos contemplou o supremo ser que nos governa, lá terá as suas razões, que não posso nem quero discutir e- que termino quase sempre por compreender.
E serão melhores tempos os que se avizinham porque reconhecendo que a curva da minha,,,, satisfação tem sempre vindo a crescer, por vezes mais, por vezes menos, não penso que possa ser ao contrário. A vela que contemplo quase todos os dias, diz-me o mesmo - não compreendo porque ouço tanta gente dizer que se passa o contrário nas suas vidas. Talvez seja porque quem caminha às cegas sempre bate numa parede, entra no mar ou cai num precipício. Ou talvez seja porque essas pobres almas muito se entretêm a falar dos defeitos dos outros, como aqueles intervenientes que vemos e ouvimos em certos programas televisivos e que são incapazes dum louvor, duma apreciação favorável, duma crítica entusiástica (no bom sentido).
O não. o nunca, o jamais, devem ser evitados, não é difícil, tentem. Devem ser substituídos pelo talvez, pelo tacto, pelo agrada-me doutra forma, pelo penso doutra maneira.
Quem pensa só em desgraças cai-lhe sempre a desgraça em cima. É o que sempre verificámos durante a nossa vida.
("Desgraça atrai desgraça", dizem os brasileiros. )
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