Penso que todos passamos pelo mesmo. Todos fazemos autocrítica, mais suave se somos auto complacentes, mais dura se somos menos egoístas, percorrendo o tempo que passámos a viver, se somos algo meticulosos, evitando os escolhos das tentações e as pausas que sabemos comprometedoras.
Há uma época da vida em que nem pensamos no assunto, talvez porque pouco nos dedicamos a pensar. Pensamos no que fazemos, naquilo a que nos dedicamos para ganhar o sustento e, se possível um pouco mais, pensamos nos vetores que influenciam o nosso dia a dia, pensamos na família, sim confessemos que é assim, pensamos na família em último lugar - depois da saúde, do sustento, dos amigos.
Eu julgo que um pouco de autocrítica é salutar, aproxima os dois eus que existem em todos nós, o mais ligado a Deus e o outro mais ligado ao diabo. Insistir em despreza-la, ignora-la como assunto inútil, esquece-la porque somos fortes, superiores, a vida não está para maçadas e outros brilhantes, costumados e excelsos argumentos, é aumentar aquela distância entre eles, tornando mais demorada a vitoria de quem sempre vence.
Deus, na sua infinita sabedoria, deita sempre água na fervura, a água é coisa odiada pelo diabo. E maior a distância, menos o efeito da água sobre a fervura. E menor a distancia do bombeiro, mais depressa se evita, se reduz.
Sem comentários:
Enviar um comentário