A notiicia de ontem sobre a educaçao em Portugal : :ficou a nossa juventude muito bem classificada apos os testes efectuados na comunidade europeia . Os estudantes portugueses ficaram muito bem classificados ! Sem ironia, parece que houve um grande salto no ensino.Das me´dias na matematica e no portugues, abaixo do mau, conseguimos o milagre de que os nossos estudantes melhorassem de forma extraordinaria. em pouco mais de um ano.
Mas para que fiquemos bem convencidos, gostariamos de saber : como foram efectuados esses tais testes, como forma escolhidas as escolas frequentadas por esses alunos, como foram escolhidos esses alunos, quais as perguntas ou temas postos para desenvolvimento, qual a forma de avaliaçao e classificaçao das respostas. Tragam isso a publico, para que niinguem tenha duvidas !
Que diriam se alguns estabelecimentos de ensino em Porrtugal, chamados de forma abusiva, universidades - nao todas, mas algumas - onde os alunos fossem aconselhados nas secretarias, antes dos exames, a receber, pagando e bem pagando,claro, explicaçoes dadas pelas professores das cadeiras ? .
Esta historia fez-me lembrar outras duas .Uma, passada ha poucos anos, a dum universitario que conseguiu passar, apos ser examinado pelo professor e na casa deste, num domingo, em conversa particular sobre a materia. E. imaginem, passou com distinçao. Outra, passada ha sessenta e cinco anos, duma aluna que copiou todo um exame pelo exame dum seu colega, O professor da cadeira, bom apreciador dos dotes fisicos da aluna, classificou-a com quinze valores (quando as classificaçoes iam de zero a vinte),O aluno esse teve de contentar.-se com um doze.
Enfim, para terminar : entraram para o primeiro ano do meu curso, 18o alunos ( com exame de admissao). Terminaram o curso, sessenta. Dizem-me, custa-me acreditar, que agora, se entram para um curso uniiversitario cem alunos ( sem exame de admissao, embora, no curso de medicina com numero clausus), terminam o curso cento e cinco ou mais.
Nnada mais facil que apresentar explicaçoes destes milagres em entrevistas bem preparadas.
comentários, poemas, situações e circunstâncias da vida, escrtos e da autoria do que escreve neste blog
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
Quando rebentará esta onda ?
Tantos colóquios, tantas conferências, tantos frente a frente, tantas mesas redondas e não se discute a democracia, não se discute o dinheiro, não se discute a corrupção.Sempre ou quase sempre com os mesmos argumentos : não há outro sistema melhor, não há outro meio económico melhor, não há justiça capaz. E assim se vai degradando a democracoa, assim vai aumentando a pobreza, assim se degradam mais os governos.
Assim se vai perdendo Portugal.
Mas provavelmente bastarão trinta, como em 1640, para nos libertar.
Teremos de esperar outros quinhentos anos, mais trinta desde agora, até 2140 ?
Assim se vai perdendo Portugal.
Mas provavelmente bastarão trinta, como em 1640, para nos libertar.
Teremos de esperar outros quinhentos anos, mais trinta desde agora, até 2140 ?
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Estou disponível
Estou disponível para enviar o meu livro a quem o desejar ler( 15 euros, incluindo o porte). Baseia-.se no tema : acabar com o dinheiro e erradicar a pobreza. Assunto muito controverso, lancem-me argumentos e comentários para a dialética, debate ou polémica.
Estará à venda na livraria "Les enfants terribles", no edifício onde se situava o antigo cinema "King" , na Avenida de Rima, em Lisboa, e a patir do dia 15 deste mes, e das quinze horas..
Estará à venda na livraria "Les enfants terribles", no edifício onde se situava o antigo cinema "King" , na Avenida de Rima, em Lisboa, e a patir do dia 15 deste mes, e das quinze horas..
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Lançamento do meu livro
O livro que escrevi "Sonho com sorte" vai ser apresentado e lançado à vendo no próximo dia 15 de Dezembro.
Baseia-se na ideia : acabar com o dinheiro e erradicar a pobreza.
É um livro que eu espero que fique nas prateleiras das bibliotecas até ao século em que a mulher e o homem não necessitem do dinheiro, terminando com os seus malefícios.
Que no presente, em todo o mundo, vão sendo dia a dia, maiores.
Baseia-se na ideia : acabar com o dinheiro e erradicar a pobreza.
É um livro que eu espero que fique nas prateleiras das bibliotecas até ao século em que a mulher e o homem não necessitem do dinheiro, terminando com os seus malefícios.
Que no presente, em todo o mundo, vão sendo dia a dia, maiores.
domingo, 28 de novembro de 2010
Os sinistros
-" Estavam ali reunidos todos os sinistros", o que um locutor da nossa televisão,chamou,por lapso, (?)aos ministros..
Isto passou-se em pleno PREC, deve constar dos arquivos.
Isto passou-se em pleno PREC, deve constar dos arquivos.
A verdadeira generosidade.
A verdadeira generosidade nao e´ como a minha, que dou porque posso dar alguma coisa. A verdaeira geanerosidade tem-na quem oferece o que tem e que lhe faz falta..Dar o casaco aquele que tem frio e nao pode comprar outro. Comprar um p~ao quem tem fome e oferece-lo a outro ou outra que pro0cura restos de comida, no contentor ou nos sacos do lixo expostos na rua.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Quem acredita que esta tudo legal
Quem acredita que um governante possa entregar a uma empresa de publicidade a maior parte de cinco miilhoes de euros gastos em propaganda, a uma unica empresa, sem concurso publico, e sem que se justifiquee a urgencia ?
Quem acredita que um governante possa encomendar sem concurso, a compra de carros blindados para a policia, com urgencia justificada pela realizaçao da cimeira da Nato e que um desses carros blindados, o primeiro tenha sido entregue, e tenha chegado a Lisboa depois da cimeira realizada ? Porque nao constava no contrato de compra a anulaçao da com pra caso o fornecedor nao entregasse os blindadosantes da cimeira ?
Quem acredita que um ministro necessite do apoio de doze assessores ?
Quem acredita que o governo de Portugal necessite de dezasseis (julgo que temos dezasseis) ministros, quando um pais como o Chile tem no seu governo apenas oito (julgo que sao oito)?
Temos um pais rico, com 700.000 (julgo que talvez sejam mais) desempregados.
Quem acredita que um governante possa encomendar sem concurso, a compra de carros blindados para a policia, com urgencia justificada pela realizaçao da cimeira da Nato e que um desses carros blindados, o primeiro tenha sido entregue, e tenha chegado a Lisboa depois da cimeira realizada ? Porque nao constava no contrato de compra a anulaçao da com pra caso o fornecedor nao entregasse os blindadosantes da cimeira ?
Quem acredita que um ministro necessite do apoio de doze assessores ?
Quem acredita que o governo de Portugal necessite de dezasseis (julgo que temos dezasseis) ministros, quando um pais como o Chile tem no seu governo apenas oito (julgo que sao oito)?
Temos um pais rico, com 700.000 (julgo que talvez sejam mais) desempregados.
Juli Cesar disse
-" Os portugueses sao um povo que nao se governa nem se deixa governar"
de Julio Cesar
de Julio Cesar
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Greve geral de amanha
Ouvi, mais do que uma vez, num dos canais da televisao, anunciar que a greve geral de amanha, dia 24 de Novembro de 2010, vai custar a Portugal, mais de 500 milhoes de euros. Os promotores dessa greve, anunciam objectivos que a crise actual nao vai permitir, com certeza. Pensam nisto os dirigentes dos partidos? E as gentes da nossa terra, incluindo o sr. Presidente da Republica, o que pensam disto ?
Eu, sinceramente nao consigo pensar nas vantagens que a greve vai trazer.
Nem ouvi os senhores que convocarem esta greve geral, apresentarem argumentos convincentes.
Fica portanto o prejuizo, e muito prejuizo.
Sem que os responsaveis sejam responsabilizados.
Eu, sinceramente nao consigo pensar nas vantagens que a greve vai trazer.
Nem ouvi os senhores que convocarem esta greve geral, apresentarem argumentos convincentes.
Fica portanto o prejuizo, e muito prejuizo.
Sem que os responsaveis sejam responsabilizados.
domingo, 21 de novembro de 2010
Mais agradável
Gostar de dar é para mim muito mais agradável que gostar de gastar. Quando gasto dinheiro trocando-o pelo que necessito para viver, ou para outro qualquer fim qie o dia a dia me exige, nada sinto na troca.. Quando uso o dinheiro para o oferecer, aí sim tenho uma compensação muito superior.Resumindo, sem vaidade, nem petulância : gosto mais de dar do que gastar,em meu proveito.
Talvez que os governantes que assim pensem, tenham menos problemas com as crises.
Talvez que os governantes que assim pensem, tenham menos problemas com as crises.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Esta mania de chegar antes
A vida ´´e (c´´a est´´a este malandro, o meu computador com a a gracinha do costuma, do duplo acento antes das vogais t´´onicas, se eu escrevesse apenas tonicas o que n~~ao iriam pensar, os pensamentos alheios tamb´´em s~~ao sempre o recheio duma caixinha de surpresas, a prop´´osito, quantos pensamentos caber~~ao numa caixinha com um cemt´´imetro c´´ubico?(,outra gracinha deste traste agora em vez de fechar o parentesis, abre/o outra vez . Parece-me que o percebin n\ao gosta deste teclado, ha simpatias e ha frustracoes.agora embirrou com a cedilha do c e espeta-me no blogue com palavras comprometedoras, antes que lhe de para pior, voucomprar outro teclado.
O tal do coreano era melhor, pelo menos fez rir a minha filha ca;cula- ate aqui a cedilha veio antes.Esta mania de chegar antes, dos "records"...
Agrsde;c a vossa paciencia.
O tal do coreano era melhor, pelo menos fez rir a minha filha ca;cula- ate aqui a cedilha veio antes.Esta mania de chegar antes, dos "records"...
Agrsde;c a vossa paciencia.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
do p.A.Vieira- no sermão da exaltação da Santa Cruz
-" A outra circunstância, que faz pesada a cruz do religião, dissemos que era ser uma cruz, em que não se vê, nem se fala. E eu o entendo tanto ao contrário, que digo, qoe se no mundo não se falasse, nem se visse, foram mais toleráveis as suas cruzes. E senão pergunte-o cada um a si mesmo e à sua experiencia. Para falar ao mundo, que tão mal responde, não fora melhor ser mudos ? Oh bem aventurados os mudos ! porque o mudo está desobrigado de falar talvez a um ministro incapaz, que dá a má resposta ; e desobrigado de lisonjear ao príncipe, que não quer ouvir a verdade ; desobrigado de fazer bom quanto ouve, sustentando a vida à custa da consciência. Finalmente, porque não está obrigado a mil desgostos, e a mil arrependimentos ; que de haver calado ninguém se arrependeu, e de haver falado, sim. Oh bem aventurados os cegos, porque estais livres de ver a cara ao mundo, e tantas falsidades e erros, como nele se vêem ! Que cousa é ver ao ignorante no lugar do `sábio ? Ao covarde comendo a praça do valente? Ao entremetido com valimento, ao murmurador bem ouvido, aos bons gemendo, aos maus triunfando ; a virtude a um canto, e o vício com autoridade ? Oh que entremezes da fortuna ! Oh que tragédias do mundo !"
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Falar em publico ou para um publico
Temos que dizer, e sabiamos que iamos ter de o fazer, temos de dizer algumas palavras para os que se dispuseram a nos ouvir. Devemos preparar previamente essas palavras : se nos sujeitamos ao improviso certo sera que gaguejaremos, os lugares comuns serao frequentes, com dificuldade diremos algo de interessante, salvo se temos muta pratica ou se somos um "diseur" acostumado a tais andanças. Portanto devemos preparar o discurso antes, selecionando frases para o tema principal a referir, escolhendo as metaforas apropriadas e, se possivel, entremear alguma anedota curta ou frase espirituosa que desperte um pouco mais a assistencia. Devemos smepre lembrar-nos antes que quem vai ouvir-nos, se nao pagou para nos ouovir, ´´e mais provavel que seja uma assistencia benevolente. Mas com forte tendencia para a sonolencia se o que dizemos desperta pouca curiosidade, pouco interesse. E nada mais descorçoante para quem fala ou discursa que ver pender algumas cabeças ou at´´e um ou outro ressonar.
A televisao tem o incinveniente de que, quem discursa, fala para uma maquina pelo que se torna impossivel avaliar em cada momento, a reacçao dos telespectadores.E quantos comentadores ou entrevistados vemos e ouvimos na televisao usarem e abusarem da nossa paciencia e disposiçao para os ouvir. Procuram preencher o tempo de que dispoem para falar repetindo o mesmo que disseram cinco minutos atras, dizendo banalidades e lugares comuns sem se perturbarenm. E a reacçao quase sempre muito lenta. Assinam um contrato para dez ou mais sessoes ou comentarios e por vezes repetem o mesmo todos os dias que aparecem.
Raramente sao bons profissionais, porque raramente se corrigem..
A televisao tem o incinveniente de que, quem discursa, fala para uma maquina pelo que se torna impossivel avaliar em cada momento, a reacçao dos telespectadores.E quantos comentadores ou entrevistados vemos e ouvimos na televisao usarem e abusarem da nossa paciencia e disposiçao para os ouvir. Procuram preencher o tempo de que dispoem para falar repetindo o mesmo que disseram cinco minutos atras, dizendo banalidades e lugares comuns sem se perturbarenm. E a reacçao quase sempre muito lenta. Assinam um contrato para dez ou mais sessoes ou comentarios e por vezes repetem o mesmo todos os dias que aparecem.
Raramente sao bons profissionais, porque raramente se corrigem..
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Manipulação - citação de Avram Noam Chomaky
Hoje não posso deixar de vos enviar uma citação:
-" A qualidade da educação dada às classes sociais inferiiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de eliminar" (ver "armas silenciosas para guerras tranquilas" em "Chomsky e a estratégia de manipulação medática", de Avram Noam Chamsky).
Mais uma das leis do poder além daquelas "Quarenta e oito leis do poder", ´de que já vos falei há uns quantos blogues atráz..
-" A qualidade da educação dada às classes sociais inferiiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de eliminar" (ver "armas silenciosas para guerras tranquilas" em "Chomsky e a estratégia de manipulação medática", de Avram Noam Chamsky).
Mais uma das leis do poder além daquelas "Quarenta e oito leis do poder", ´de que já vos falei há uns quantos blogues atráz..
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
O muito de que gosto e de que não gosto
Não gosto de adormecer e não ver nada,
Nem gosto de acordar e saur do sonho.
Gosto de te olhar, de sentir as tuas mãos nas minhas.
Mas não gosto que saias, se eu tenho de aqui ficar .
Nem gosto de acordar e saur do sonho.
Gosto de te olhar, de sentir as tuas mãos nas minhas.
Mas não gosto que saias, se eu tenho de aqui ficar .
Não me chega de gostar
Gosto de me pôr a jeito por cima das convicções ou por debaixo da realidade.
Gosto de ir para a frente das dificuldades e deixar para trás a maldade.
Gosto de me envolver de fantasia.
E de sentir a leveza da sabedoria.
Gosto de ir para a frente das dificuldades e deixar para trás a maldade.
Gosto de me envolver de fantasia.
E de sentir a leveza da sabedoria.
Conversa entre o cem e o noventa e nove
- Nós somos gente grande - diz o !00 para o 99.
- Porquê ? - pergunta o 99, entusiasmado.
- Então ainda não deste por isso ? Ollha à tua volta, não vês que eu tenho uma multidão agarrada a mim, que à direita me tenta aumentar, e aproximar-me daquele malandro do 101 ?
- Mas porque é que os deixas que te aumentem ?
- Eu não iimporto que me aumentam, o que não quero é passar é a ser um malandro de um cento e um, o que me vale é que eu tenho entre mim e eles um senhora eficaz, a senhora vírgula, que eu posso usar à vontade, mas só uma de cada vez, a lei mais não me permite. É uma senhora que é um escudo eficaz cotra outros trastes que por aqui e por aí andam a pastar, o Dois Pontos, o Ponto e Vírgula, o Trema, que dizem que está morto, eu não acredito, andam pr'ái uns sujeitos que tendo a mania de mudar tudo para dizer que fazem alguma coisa, qualque dia chamam o velhote do Trema e põem-no outra vez a trabalhar.
- Mas olha cá, e à esquerda ninguém te chateia ?
- Por acaso não, mas olha que são os mesmos que a ti te chateiam à direita.
-.Ó cem sabes que mais? não quero falar mais de política !
- Porquê ? - pergunta o 99, entusiasmado.
- Então ainda não deste por isso ? Ollha à tua volta, não vês que eu tenho uma multidão agarrada a mim, que à direita me tenta aumentar, e aproximar-me daquele malandro do 101 ?
- Mas porque é que os deixas que te aumentem ?
- Eu não iimporto que me aumentam, o que não quero é passar é a ser um malandro de um cento e um, o que me vale é que eu tenho entre mim e eles um senhora eficaz, a senhora vírgula, que eu posso usar à vontade, mas só uma de cada vez, a lei mais não me permite. É uma senhora que é um escudo eficaz cotra outros trastes que por aqui e por aí andam a pastar, o Dois Pontos, o Ponto e Vírgula, o Trema, que dizem que está morto, eu não acredito, andam pr'ái uns sujeitos que tendo a mania de mudar tudo para dizer que fazem alguma coisa, qualque dia chamam o velhote do Trema e põem-no outra vez a trabalhar.
- Mas olha cá, e à esquerda ninguém te chateia ?
- Por acaso não, mas olha que são os mesmos que a ti te chateiam à direita.
-.Ó cem sabes que mais? não quero falar mais de política !
Escolher
Escolher um facto, um acontecimento, um heroi desconhecido. Comecemos por um heroi desconhecido. Quando criamos um heroi para um conto, estamos criando um herói. Fictício? Porquê fidtício ? O universo é tão grande, não poderá existir nele o que quer que seja trazido pela nossa imaginação. Se resultou da nossa fantasia, houve uma razão para tanto. Tão poucos têm imaginação e fantasia porquê? se essa criação do nosso espírito surgiu temos de admitir ou podemos admitir, que surgiu porque um poder supremo a fez brotar de nós. Poderíamos ter imaginado um infinito mar de ilusões, de fantasias, de ideias novas, originais. A probabilidade de nos surgur para revelar um heroi, entre todas as ideias que nesse segundo me poderiam aparecer, é inferior a um milésimo de milésimo. E daqui a um segumdo poderei criar um seu adversário e descrever a trama em que os envolveram outros inimigos .E basta por um nome a cada um e partir dessa primeira página para a aventura que culminara na 300ª ou 400ª com a morte do traidor inimigo do heroi, e a vitoria dos bons, se me resignar a um finel feliz ao modo dos filmes americanos de meados do século passado e assim toda a gente saia feliz no fim do livro ou do fillme que o adaptou e o colocou à vista com a animação do livro ou da película.
Escolher ou imaginar um facto ou um acontecimento.A única diferença é que os actores principais serão diversos, poderão ou não ser humanos, ser ou não ser herois ou vilões, poderão ser tudo o que a natureza e as circonstâncias nos proporcionarem para construir mais uma outra história.
Real ou imaginária. Terminando por reticências ou "et cetera".
Escolher ou imaginar um facto ou um acontecimento.A única diferença é que os actores principais serão diversos, poderão ou não ser humanos, ser ou não ser herois ou vilões, poderão ser tudo o que a natureza e as circonstâncias nos proporcionarem para construir mais uma outra história.
Real ou imaginária. Terminando por reticências ou "et cetera".
uma achega mais sobre as importaçoes
Uma lembrança que nao se ve em nenhuma noticia, em nenhum frente a frente : em 2009 Portugal importou 6.100.000.000 ( sim ! seis mil e cem milhares de milhoes de euros de mercadorias do estrangeiro e pagou ou vai pagar com lingua de palmo os transportes de tudo isso ate Portugal. Num total de mais de 440 (mais de quatro mul e quatrocentos) artigos diferentes.
Porque nao se faz um inquerito a industria para conhecer se nao havera gente em Portugal que queira fabriacar alguns dos quatro mil produtos,que se iimportam, e que aqui poderao ser fabricados? ( supondo que os outros quatrocentos nao os podemos produzir, como os produtos petroliferos, etc)
Porque nao se faz um inquerito a industria para conhecer se nao havera gente em Portugal que queira fabriacar alguns dos quatro mil produtos,que se iimportam, e que aqui poderao ser fabricados? ( supondo que os outros quatrocentos nao os podemos produzir, como os produtos petroliferos, etc)
Permitam-me interrogar(outra vez sem acentos tonicos)
Tera grande importancia que sejamos seres inteligentes ou seres amorfos, seres emtisiastas ou seres tristonhos, seres de principios ou seres insensiveis ? se aqui fomos colocados com a missao de propagarmos a especie e os que nao a podem propagar terao aqui maior significado ? o que e mais importante, ser-se mosca ou ser-se leao. qual se sentira mais realizado, o passaro ou a flor, a gazela ou o crocodilo? E no fim (ou seja, talvez no principio de tudo o que e importante), onde se encontrarao todos ? Que iimporancia tem a nossa apreciaçao de todos eles, quais serao as virtudes que serao apreciadas, se o leao mais forte mata o mais fraco para so ele ficar com a femea e so ele poder propagar a especie ? E porque continuamos todos os que vivem no universo, continuar a viver, depois de propagar a especie ate onde possam ?
E terao alguma importancia, daqui a alguns minutos, todas estas interrogaçoes, ainda que alguns as leiam ?
E terao alguma importancia, daqui a alguns minutos, todas estas interrogaçoes, ainda que alguns as leiam ?
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
À superior consideração de vossas excelências
Continuo nesta minha polémica. Gostaria de ter um opositor ou companheiro da ideia.
O facto, já o disse algumas vezes neste blogue, o facto é que se ouve falar muito de produzir para exportar e se ouve falar qiase nada de produzir o que se impota, para impotarmos menos e diminuir a dívida nacional. Até no tempo de Salazar, se dizia e recomendava "produzir e poupar". Esqueçamos, por agora, o poupar.
Produzir tanta coisa que se umporta e que a nossa indústria poderia fabricar .Com igual ou melhor qualidade, com melhores preços, com propaganda adequada .
Cada milhão de euros desses produtos que se fabriquem em Portugal poderá significar a curto prazo menos um mulhão de euros de importações e mais um milhão de euros do prodito bruto nacional.É ou não é verdade ?
E os nossos governos e governantes aplicariam as finanças do nosso país num investimento, reprodutivo e recuuperável a curtoo ou a médio prazo : apoiando incentivando e propagando essas novas indústrias ou a ampliação das existentes..
Digam cá se isto não é verdade..Discutam !
Ofereço esta proposta a qualquer ilustre ou desconhecido deputado.
O facto, já o disse algumas vezes neste blogue, o facto é que se ouve falar muito de produzir para exportar e se ouve falar qiase nada de produzir o que se impota, para impotarmos menos e diminuir a dívida nacional. Até no tempo de Salazar, se dizia e recomendava "produzir e poupar". Esqueçamos, por agora, o poupar.
Produzir tanta coisa que se umporta e que a nossa indústria poderia fabricar .Com igual ou melhor qualidade, com melhores preços, com propaganda adequada .
Cada milhão de euros desses produtos que se fabriquem em Portugal poderá significar a curto prazo menos um mulhão de euros de importações e mais um milhão de euros do prodito bruto nacional.É ou não é verdade ?
E os nossos governos e governantes aplicariam as finanças do nosso país num investimento, reprodutivo e recuuperável a curtoo ou a médio prazo : apoiando incentivando e propagando essas novas indústrias ou a ampliação das existentes..
Digam cá se isto não é verdade..Discutam !
Ofereço esta proposta a qualquer ilustre ou desconhecido deputado.
Em cada minuto
Cada minuto que vivemos foi mais um minuto que vivemos.Aproveitemo-lo
Nem que seja somente gozando o despertar
Cada minuto que vem aí, será mais um minuto que a vida nos dá.Não o desperdicemos
. Nem que seja somente para gozar a água que nos cai do chuveiro
Cada minito que está a decorrer, são 60 segundos de vida. Sintamo-los bem
. Nem que seja somente para recordar um abraço
E dentro de cada minuto, aproveitemos e agradeçamos a oferta
Nem que seja somente retribuindo um beijo.
E pelo menos com um sorriso. .
Nem que seja somente gozando o despertar
Cada minuto que vem aí, será mais um minuto que a vida nos dá.Não o desperdicemos
. Nem que seja somente para gozar a água que nos cai do chuveiro
Cada minito que está a decorrer, são 60 segundos de vida. Sintamo-los bem
. Nem que seja somente para recordar um abraço
E dentro de cada minuto, aproveitemos e agradeçamos a oferta
Nem que seja somente retribuindo um beijo.
E pelo menos com um sorriso. .
os carapaus
A senhora do primeiro direito deu um arranjo no cabelo, envergou o robe amarelo de trazer por casa, encostou-se ao corrimão da varanda pondo o cotovelo no queixo, ajeitou os óculos no nariz adunco, e continuou a observação do dia anterior à mesma hora das dez da manhã.E vendo o marido na rua :
- Ó Eleutério, encontrastes os carapaus?
- Siiim,siiim - uns sins displicentes, carregados de resignação.
- Atão porque não trazes já p'ra casa o pêxe ?
- Vou jáaaa, mulher - com um encolher de ombros,levantando as sobrancelhas e olhando para o amigo com quem continuou a conversar.
Mas ela não desarmava :
- Olha lá, Elutério traz-me tambem duas caxas de fósforos, tás a ouvilr?
- Siiim, Odete - o peso dos 32 anos de casamento arrastando a resposta.
E o amigo Salvador:
- Olha eu também tenho de passar pela venda, vou contigo.
E Odete levantando mais a voz :
- Ó homem na te vás embora traz-me primero os carapaus !
- Mas atão queres os fósforos ou queres os besugues ?
- Cais besugues ? - as palavras dela caindo como um raio, da varanda.
- Ná havia carapaus, só besugues,Odete - e os besugues e os carapaus saindo da garganta
do Elutério e subindo a custo até à varanda.
- Tá bem, vai lá buscar os fósforos.
- Ó Salvador tás a ver com'e ela é , ora quer iste, ora quer aquilo !
- Quéque tás prá'i dezendo, vê lá se t'avias, anda pr'a cima !
- Já agora, Odete, vou comprar os fósforos...
E o Eleutério começou a descer a rua com o amigo.
Mas a Odete não se deu por vencida :
- Ó Salvador, dexa ai os besugues na porta q'eu vou-me lá abaxo .
Mas os amigos já se afastavam depressa.
E a Odete, chegando à porta:
- Naquerem lá ver, raisparta o homem, nem carapaus, nem fósforos, nem besugues, más ca grande sina a minha !
- Ó Eleutério, encontrastes os carapaus?
- Siiim,siiim - uns sins displicentes, carregados de resignação.
- Atão porque não trazes já p'ra casa o pêxe ?
- Vou jáaaa, mulher - com um encolher de ombros,levantando as sobrancelhas e olhando para o amigo com quem continuou a conversar.
Mas ela não desarmava :
- Olha lá, Elutério traz-me tambem duas caxas de fósforos, tás a ouvilr?
- Siiim, Odete - o peso dos 32 anos de casamento arrastando a resposta.
E o amigo Salvador:
- Olha eu também tenho de passar pela venda, vou contigo.
E Odete levantando mais a voz :
- Ó homem na te vás embora traz-me primero os carapaus !
- Mas atão queres os fósforos ou queres os besugues ?
- Cais besugues ? - as palavras dela caindo como um raio, da varanda.
- Ná havia carapaus, só besugues,Odete - e os besugues e os carapaus saindo da garganta
do Elutério e subindo a custo até à varanda.
- Tá bem, vai lá buscar os fósforos.
- Ó Salvador tás a ver com'e ela é , ora quer iste, ora quer aquilo !
- Quéque tás prá'i dezendo, vê lá se t'avias, anda pr'a cima !
- Já agora, Odete, vou comprar os fósforos...
E o Eleutério começou a descer a rua com o amigo.
Mas a Odete não se deu por vencida :
- Ó Salvador, dexa ai os besugues na porta q'eu vou-me lá abaxo .
Mas os amigos já se afastavam depressa.
E a Odete, chegando à porta:
- Naquerem lá ver, raisparta o homem, nem carapaus, nem fósforos, nem besugues, más ca grande sina a minha !
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
A minha prosa
h Desculpem.A minha prosa esta(com acento no a) pobre, sem chama, chata e sem acentos. Mas tenho este gosto de escrever,,que procuro satisfazer todos ou quase todos os dias. Se pudesse editava panfletos para que alguns milhares a lessem. Ou alugaria uma duzia de autdores(nao sei como se escreve em ingles, nao interessa tambem Shakespeare nunca escreveu essa palavra e era muito mais ingles que eu um nascido e em Portugal e que so passou quinze dias em Inglaterra apanhando maças,enchendo caixas de maças, elevando as caixas para os reboques e mais uns dias de turista.Mas se ate aqui leram desculpem, nesta hora,sem acentos nem tis, nao cosigo encontrar o que me inspire e portanto nao vos contemplo com as perolas da minha sabedoria, com a descriçao em verso dos meus amores, nem com as minhas altas consideraçoes filosoficas sobre a metempsicose ou sobre as origens virtuais dos politicos, uma coisa que ainda ninguem descobriu.
No dia que eles as descobrirem, acabam com a crise.
No dia que eles as descobrirem, acabam com a crise.
O destino deles
E agora voltamos de novo ao "ca vamos cantando e rindo" ou contando e rindo .Parece que foi ontem que eu , com a farda da mocidade portuguesa, sim, nao tenho vergonha de o dizer e repetir, com a farda da mocidade portuguesa alinhava com os meus companheiros do primeiro ano do liceu de Portimao, na parada do promontorio de Sagres, no dia de Portugal, no dia dez de Junho de 1938, numa homenagem ao Infante dom Henrique. Neste seculo XXI, parece que o esqueceram, desde que o sr. Hermano Jose disse sobre ele aquelas barbaridades, passados foram uns quarenta anos, barbaridades com que pretendeu ornamentar as suas chalaças sem chalaça alguma e apenas com o desejo de ser original.Devia ter aprendido e ainda est´´a a tempo de o aprender vendo todos os filmes do Charlot, nem se lembrando porque nunca soube ler na historia o que foi de grande eesse senhor Infante dom Henrique que se reencarnasse nestes tempos talvez descobrisse agora a forma de rebentar com a crise que vai desfazendo o Portugal que ele, o infante, nao oHermano, tanto engrandeceu e que agora outros filhos de Portugal, estes bastardos, vao escrevendo uma historia de triste decadencia. Conseguiram anular a juventude,as excepçoes emigram, e os que aqui decidem o destino da naçao, de papo cheio, qualquer um dia tambem emigram nao se esquecendo aqui do que entesouraram.
Mas eu tenho esperança que os meus netos, auxiliados pelos meus bisnetos e pelos netos e bisnetos e ajguns de nos, descubram um novo Portugal.
Ainda numa ultima tentativa para explorar o seu Portugal, ate querem acabar com o ensino particular.Para continuarem sem resistencia para o saque.
Nao os invejo. Eles nao acreditam. Mas como todos os que estamos vivos, eles tambem morrerao um dia.
Consolados, porque morrerao ricos.
Mas eu tenho esperança que os meus netos, auxiliados pelos meus bisnetos e pelos netos e bisnetos e ajguns de nos, descubram um novo Portugal.
Ainda numa ultima tentativa para explorar o seu Portugal, ate querem acabar com o ensino particular.Para continuarem sem resistencia para o saque.
Nao os invejo. Eles nao acreditam. Mas como todos os que estamos vivos, eles tambem morrerao um dia.
Consolados, porque morrerao ricos.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
A invas~~ao silenciosa
Nesta ninha cidade, em 1964 existiam, vinte e tr^^es f´´abricas de conservas de peixe a trabalhar e a dar emprego a milhares de trabalhadores.
(Este meu computador est´´a a precisar de reforma.A mania agora em moda ´´e p^^or os acentos antes das vogais a acentuar.Ser´´a virus ? ser´´a velhice ? Ficam as frases rid´´iculas...)
Mas, continuando.Agora, nesta terça-feira de outono, neste princ´´ipio do s´´eculo XXI, n~~ao existem mais f´´abricas de conservas de peixe. .Cessou por completo a sinfonia matinal das sirenes das f´´abricas, cada qual com a sua nota e timbre diferentes, chamendo pelos trabalhadores. O edif´´icio maior da La Rose, foi comprado pelo miunic´´ipio e adaptado para museu da cidade. A f´´abrica Fialho e os terrenos anexos foram vendidos ao Estado e ali est´´a o pomposamernte chamado de porto dos cruzeiros, enfim todos os edif´´icios das antigas fabricas tiveram destino diferente da ind´´ustria. E agora os chineses v~~ao conquistando alguns desses espaços, e muitos outros antes ocupados com oficinas de mec^^anica naval e automovel .
A invas~~ao chinesa, passo a passo, moderadamente, vai sendo cada dia mais intensa. Com lojas imensas recheadas com grande diversidade de artigos, que v~~ao desde os mais in´´uteis, "de "bric a brac", de"bijouterie", de confecç~~ao de senhora e de homem, de sapataria, de relojoaria, aos mais in´´uteis, daqueles que, a quem lhes sobra algum dinheiro, compram para ornamentar alguma divis~~ao de sua casa.E abrem todo o dia,das nove ou menos da manh~~a, at´´e que a noite vai avançada.E começam mesmo a ter empregados portugueses.
N~~ao sei, no entanto, se começaram a pagar os impostos devidos e a serem visitados pelas brigadas do fisco.
(Este meu computador est´´a a precisar de reforma.A mania agora em moda ´´e p^^or os acentos antes das vogais a acentuar.Ser´´a virus ? ser´´a velhice ? Ficam as frases rid´´iculas...)
Mas, continuando.Agora, nesta terça-feira de outono, neste princ´´ipio do s´´eculo XXI, n~~ao existem mais f´´abricas de conservas de peixe. .Cessou por completo a sinfonia matinal das sirenes das f´´abricas, cada qual com a sua nota e timbre diferentes, chamendo pelos trabalhadores. O edif´´icio maior da La Rose, foi comprado pelo miunic´´ipio e adaptado para museu da cidade. A f´´abrica Fialho e os terrenos anexos foram vendidos ao Estado e ali est´´a o pomposamernte chamado de porto dos cruzeiros, enfim todos os edif´´icios das antigas fabricas tiveram destino diferente da ind´´ustria. E agora os chineses v~~ao conquistando alguns desses espaços, e muitos outros antes ocupados com oficinas de mec^^anica naval e automovel .
A invas~~ao chinesa, passo a passo, moderadamente, vai sendo cada dia mais intensa. Com lojas imensas recheadas com grande diversidade de artigos, que v~~ao desde os mais in´´uteis, "de "bric a brac", de"bijouterie", de confecç~~ao de senhora e de homem, de sapataria, de relojoaria, aos mais in´´uteis, daqueles que, a quem lhes sobra algum dinheiro, compram para ornamentar alguma divis~~ao de sua casa.E abrem todo o dia,das nove ou menos da manh~~a, at´´e que a noite vai avançada.E começam mesmo a ter empregados portugueses.
N~~ao sei, no entanto, se começaram a pagar os impostos devidos e a serem visitados pelas brigadas do fisco.
Na feira anual
Chegou a ´´epoca da camisa p'ra dentro das calças e do pulover mais a camiseta,mais a camisacom mangas, da feira a gritar l´´a perto da estaç~~ao dos comboios, de levar os miudos ao circo, dos seringonhos, de pedir as feiras aos namorados, da chuvinha chatinha, das barracas de concorr^^encia com os chineses, dos turistas das redondezas, da lenga-lenga em som amplificado dos vendedores de cobertores, de elixires pr'o colesterol, se comprar dois leva tres, uma senhora da minha terra,com noventa anos, experimentou e casou no outro dia com um rapaz de vinte e quatro e j´´a est´´a gr´´avida e passaram-lhe os soluços que tinha j´´a h´´a cinco anos.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
O verde
Agrada-me o verde da copa daquele pinheiro. E o castanho da minha pele agradará ao pinheiro?
Quando aprenderei a saber a sua resposta?
Quando aprenderei a saber a sua resposta?
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Este primeiro meu livro
Ando assoberbado com o trabalho de revisão do meu livro.Devo terminá-lo amanhã.Já tirei quase todos os mente, os jás a mais, os por assim dizer e outras palavras ou expressões que quase sempre se podem eliminar, sem empobrecer o texto. Compreendo agora porque alguns autores nunca lêem o que escrevem, alguns até pagam para que os livrem desse trabalho, que nada tem a ver com a criatividade, com a imaginação ou com a fantasia. Que não nos dá nem um décimo do prazer que nos deu completar cada página de nossa origem,Tem, no entanto. uma utilidade grande: pode ajudar a autora ou o autor a reduzir ou mesmo eliminar os seus vícios e erros resultantes de má gramática, má construção das frases, pouca agilidade no diálogo, pouca bagagem filosófica.
Oxalá me tenha ajudado em tudo isso.
Oxalá me tenha ajudado em tudo isso.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Uma história vulgar.
Ela fora para Lisboa, para casa duns amigos do pai, para fugir á rotina da vida familiar. Sem o curso do liceu, pouco mais sabendo do que a mãe conseguira lhe ensinar: a fazer umas malhas, a fazer a cama sem deixar rugas, a uns cozinhados vulgares, a defender-se dos assédios dos namorados. Na capital procurou emprego, começou como mulher de limpeza num restaurante, resistindo bem às tentativas constantes dum dos comensais, que se dizia perdido de amor pelos seus cabelos frisados, (herança duma trisavó negra, de Angola, onde umas irmãs da mãe haviam herdado uma fazenda de café, no Quanza Sul), pela sua cor de canela e pelo seu corpo, como referia, de "miss" mundo.
Após um mês de trabalho, um dos gerentes do restaurante reparou mais nela, na sua maneira especial de falar, na maneira fina do trato com os colegas, na elegância natural do andar e na simplicidade das respostas. Mantendo distâncias sem ferir susceptibilidades e demonstrando com naturalidade uma personalidade firme e um profissionalismo consistente. Convidou-a então a aceitar a promoção para empregada de mesa. E passou, com certa frequência, a trocar com ela algumas frases, cada dia mais profundas, mais extensas, mais e mais íntimas. Ela aceitou o namoro, trocaram fotografias e recordações dos vinte e três anos de vida que ambos tinham.
E experimentaram a troca de um beijo.
Imaginem a continuação da história. Dá-la-ei um dia.
Quando quiserem, se para tanto vos falhar a imaginação.
Após um mês de trabalho, um dos gerentes do restaurante reparou mais nela, na sua maneira especial de falar, na maneira fina do trato com os colegas, na elegância natural do andar e na simplicidade das respostas. Mantendo distâncias sem ferir susceptibilidades e demonstrando com naturalidade uma personalidade firme e um profissionalismo consistente. Convidou-a então a aceitar a promoção para empregada de mesa. E passou, com certa frequência, a trocar com ela algumas frases, cada dia mais profundas, mais extensas, mais e mais íntimas. Ela aceitou o namoro, trocaram fotografias e recordações dos vinte e três anos de vida que ambos tinham.
E experimentaram a troca de um beijo.
Imaginem a continuação da história. Dá-la-ei um dia.
Quando quiserem, se para tanto vos falhar a imaginação.
Termino hoje
Termino hoje (faço tenção) com uma época de considerável preguiça. Na de escrever, de caminhar, de pensar. Como é que nos resignamos à insatisfação de fazer, de praticar, de usar o que nos agrada, apenas por preguiça, apenas ficando parado, nem sequer imaginando, nem sequer sonhando acordado. nem sequer contando vantagens como aquele brasileiro dizia para um amigo ainda mais pobre, sem um cêntimo para comer : "olha, hoje já vi os pasteis, as empadas e os croquetes que estão na montra daquela pastelaria".
domingo, 24 de outubro de 2010
Vulgaridade
Sevilha- activo de Índias
Foge à vulgaridade o que não é banal. Mas o termo é também é usado duma forma menos digna ou favorável, para apelidar o que se julga baixo, reles, indigno ou medíocre. Significados que podem pecar por defeito, outras vezes por excesso. E interessa referir que, como muitas outras palavras, pode depender do lugar, da circunstância, da época e por vezes até da moda vigente.
Pode ser atirado o termo como uma ofensa.Entre amigos pode ser aceite com um sorriso. Dentro do uso cobarde, na ausência do visado, pode reforçar a maledicência.
Sempre que oiço alguém apelidar outro de vulgar penso que se emprega essa palavra com pouco cuidado. Ninguém sabe o que vai na cabeça do outro com quem fala, ou que participa numa reunião.
Isto vem a propósito do que se passa nessas reuniões, colóquios, assembleias, com muitas dezenas de participantes. Num parlamento, como o europeu, de mais de quinhentos representantes dos países da união europeia, quantos exporão as suas ideias e opiniões? A nossa constituição tem, pelo menos, dez vezes mais artigos que a dos Estados Unidos. O número de indivíduos que participaram na sua discussão e feitura foi na mesma proporção. E quantas boas ideias e opiniões não se perdem quando o número de participantes é de centenas?
A tanto não chega a observação e a inteligência dos que nos governam.
Foge à vulgaridade o que não é banal. Mas o termo é também é usado duma forma menos digna ou favorável, para apelidar o que se julga baixo, reles, indigno ou medíocre. Significados que podem pecar por defeito, outras vezes por excesso. E interessa referir que, como muitas outras palavras, pode depender do lugar, da circunstância, da época e por vezes até da moda vigente.
Pode ser atirado o termo como uma ofensa.Entre amigos pode ser aceite com um sorriso. Dentro do uso cobarde, na ausência do visado, pode reforçar a maledicência.
Sempre que oiço alguém apelidar outro de vulgar penso que se emprega essa palavra com pouco cuidado. Ninguém sabe o que vai na cabeça do outro com quem fala, ou que participa numa reunião.
Isto vem a propósito do que se passa nessas reuniões, colóquios, assembleias, com muitas dezenas de participantes. Num parlamento, como o europeu, de mais de quinhentos representantes dos países da união europeia, quantos exporão as suas ideias e opiniões? A nossa constituição tem, pelo menos, dez vezes mais artigos que a dos Estados Unidos. O número de indivíduos que participaram na sua discussão e feitura foi na mesma proporção. E quantas boas ideias e opiniões não se perdem quando o número de participantes é de centenas?
A tanto não chega a observação e a inteligência dos que nos governam.
Um senhor carpinteiro
Resolvi dar um arranjo nas janelas da minha casa, umas fechando mal, outras desiquilibradas nas dobradiças outras com problemas nas fechaduras. Assunto trabalhoso para o qual me sobra tempo e me falta habilidade. Não saio ao meu pai, que, oficial da marinha na reserva, montou uma oficina de carpintaria na casa onde vivemos até sairmos para o colégio, O pai montou uma carpintaria exemplar onde não faltava uma bancada comprida, ferramenta variada, tábuas e tabuínhas de madeiras diversas, torniquete, pregos compridos, pregos curtos, dobradiças, cordéis, arames de cobre, de ferro e de aço. Tudo bem penduradinho nas três paredes da divisão, nunca nada espalhado nas mesas, ou esquecido no chão.
O desembaraço desenvolvido nos barcos e nas capitanias que comandara, revelava-se na feitura das marcenarias em que se empenhava. O quarto de dormir do meu padrinho, cunhado do meu pai, foi mobilado com um presente de casamento feito por ele naquela oficina. Lembro-me que eu, com seis ou sete anos e frequentando a escola primária, acordava ao som de marteladas, duma polaina alisando uma tábua ou da lixa eliminando imperfeições.
Foram necessárias três agressões duma angina de peito - nesse tempo, com essa doença, era sofrer e calar - para abandonar a oficina. Onde nunca mais entrou, durante os seus últimos três anos de vida.
Um dia, a caminho da escola, contei ao meu maior amigo de então, o Zé Santos, a história da oficina de carpintaria do meu pai. Do outro lado da rua onde morava o Santos, um marceneiro célebre em Portimão (era actor cómico amador, cheio de graça, de humor e de boa disposição), ao vê-lo, eu referia sempre a habilidade e a teimosia do meu Pai, nos trabalhos a que se dedicava. Até que um dia o Santos se voltou para mim e disse:
- Não me mostras essa oficina do teu pai?
- Sun, anda daí, anda lá a casa que eu mostro-te .
E lá fui mostrar ao Santos a carpintaria do meu Pai.Desse dia em diante, passámos muitos domingos na carpintaria.Sem fazer grandes obras mas sofrendo muitos entalões, cortes e feridas.
O desembaraço desenvolvido nos barcos e nas capitanias que comandara, revelava-se na feitura das marcenarias em que se empenhava. O quarto de dormir do meu padrinho, cunhado do meu pai, foi mobilado com um presente de casamento feito por ele naquela oficina. Lembro-me que eu, com seis ou sete anos e frequentando a escola primária, acordava ao som de marteladas, duma polaina alisando uma tábua ou da lixa eliminando imperfeições.
Foram necessárias três agressões duma angina de peito - nesse tempo, com essa doença, era sofrer e calar - para abandonar a oficina. Onde nunca mais entrou, durante os seus últimos três anos de vida.
Um dia, a caminho da escola, contei ao meu maior amigo de então, o Zé Santos, a história da oficina de carpintaria do meu pai. Do outro lado da rua onde morava o Santos, um marceneiro célebre em Portimão (era actor cómico amador, cheio de graça, de humor e de boa disposição), ao vê-lo, eu referia sempre a habilidade e a teimosia do meu Pai, nos trabalhos a que se dedicava. Até que um dia o Santos se voltou para mim e disse:
- Não me mostras essa oficina do teu pai?
- Sun, anda daí, anda lá a casa que eu mostro-te .
E lá fui mostrar ao Santos a carpintaria do meu Pai.Desse dia em diante, passámos muitos domingos na carpintaria.Sem fazer grandes obras mas sofrendo muitos entalões, cortes e feridas.
sábado, 23 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O orçamento para 2011
Também me sinto no direito de dizer algo sobre o orçamento para 2011, do governo que temos.Em resumo, todos os analistas políticos, o nosso presidente da república, os responsáveis dos principais partidos políticos - PS,PSD e CDS, e muitos economistas, dizem que a não aprovação do orçamento trará consequências desastrosas para a nação, será muito mau para o futuro da nossa economia, etc.. Eu apenas apresento uma pergunta, uma dúvida : e não será ainda pior para Portugal, se o orçamento for aprovado? Não vi discutida esta alternativa nem apresentadas as suas consequências.
A forma como este governo nos tem governado a economia e as finanças, levanta-nos suspeitas fortes de que piore ainda mais o estado a que chegaram.
Oxalá que eu esteja enganado no meu raciocínio.
A forma como este governo nos tem governado a economia e as finanças, levanta-nos suspeitas fortes de que piore ainda mais o estado a que chegaram.
Oxalá que eu esteja enganado no meu raciocínio.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O meu descaramento
Ainda não me sinto na idade em que o raciocínio me impeça o descaramento sincero, atencioso, sem maldade e sem ofensa.
Difícil de esquecer o imprevisto aparecido
É interessante olhar para o dia seguinte, sem pensar que isso é futuro. Não é futuro porque o futuro não se olha, não o contemplamos, não o podemos descrever como eu posso descrever a cena daquele polícia que aponta a matrícula dum automóvel, etc.. Isto é apenas o que nos diz a razão . Contudo, para lá da razão há outra razão que a nossa razão desconhece, mas que o nosso espírito ou outro espírito, o do anjo nosso amigo, nos está soprando para dentro ou por cima de nós e que nos invade como um fluido de sabedoria desconhecida e o aroma de um perfume inolvidável que se imiscui na consciência e provoca e faz nascer novas ideias, conceitos, definições. Entre elas , um filme sem bobina, um video sem "cassete" e uma realidade de amanhã que se sobrepõe à realidade de hoje. E ali vejo algumas vulgaridades já conhecidas do passado de hoje e de ontem e pouco mais, porque só por acaso o futuro de amanhã me trará algum insólito, algum improvável, algum fora da rotina duma quinta-feira deste outono tão igual a tantas quintas-feiras de tantos outros outonos.
É difícil encontrar o imprevisto no futuro do dia de amanhã.Seria difícil não o esquecer. Porem, só se o esquecer, amanhã serei contemplado com um imprevisto.
É difícil encontrar o imprevisto no futuro do dia de amanhã.Seria difícil não o esquecer. Porem, só se o esquecer, amanhã serei contemplado com um imprevisto.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Repórter dum momento
E eu mencionei antes a preguiça, porque não encontro o termo apropriado para faltar a um compromisso próprio, que se faz e satisfaz com gosto. Se uma constipação aguda me leva à cama, acompanhada por umas décimas de febre, não sinto a necessidade de escrever, que todos os dias sinto, se outra actividade importante não me preencha o tempo de que disponho. Porque, há tanto para descrever e encher e talvez enriquecer uma página! Arejar a imaginação, desfrutar do que o quotidiano nos oferece, imaginar o futuro daquele casal que cruza lentamente a rua, tão lentos que parecem querer poupar a sola dos sapatos, tão sérios que parecem ter esquecido que vivem, tanta resignação nas faces que parecem ter esquecido que há sempre futuro.
Pouco custa ser repórter dum momento.
Basta olhar.
Pouco custa ser repórter dum momento.
Basta olhar.
As preguiças
A preguiça é apelidada por alguns, de vício irreversível. É sustentada e afirmada por outros como reacção natural ao trabalho insano e intenso.E por terceiros, como um intervalo saboroso por entre as agruras da vida e outras desfaçatezas que se inventam para a justificar. Para mim, espreguiçarmos-nos, constitui uma boa e quase involuntária relaxação quando acordamos. A preguiça, invocada de espírito aberto, é hipócrita, não é mais que uma desculpa lançada à pressa quando deixámos de cumprir uma promessa ou quando não cumprimos com o que a vida nos impõe ou nos obriga. E também serve para justificar a ausência orgulhosa dum pedido de desculpa substituindo-o pelo "não tenho paciência para isso", ou por um "não estou virado para aí".
A preguiça é como um parente por afinidade: invocamo-lo quando nos dá jeito.
A preguiça é como um parente por afinidade: invocamo-lo quando nos dá jeito.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Continuam os imprevistos
Já cá estou, pairando, flutuando, submergindo-me com o ímpeto dum submarino nuclear, por entre o emaranhado do futuro, do meu futuro dentro do futuro do mundo. O ar está límpido. o azul domina, a brisa diz-me que tudo isto , afinal, é real., não é sonho, porque num sonho nunca pensamos se estamos a sonhar, num sonho nunca emendamos os erros que pespegamos na mensagem. Continuo a ver as mulheres que saem e entram na praça, aquela gorda do terceiro esquerdo que rebola atravessando a rua, qualquer dia...olha, olha um tipo que se cruza com ela consegue pará-la, segreda-lhe um sorriso e da bola sai um braço que afaga a cara do tipo, com uma carícia. E eu, vestido e apinocado com cheviote e gravata verde feno, sento-me no meu carro eléctrico e arranco. Sei para onde vou, vou para a apresentação do meu segundo livro, ainda não há um ano foi a apresentação do primeiro, que já começa a ser comentado, com críticas e apreciações desde duas linhas de indiferença até artigos de coluna inteira,, não sei se intentando alguma polémica construtiva ou por simples obrigação profissional e sem a tendência imposta pela política do periódico.
No futuro será sempre assim, encontramos realizados, os nossos desejo passados ? Seria um futuro muito simples, muito fácil. Não, não é assim, nem simples, nem fácil, os imprevistos continuam, felizmente, a suceder. E eu, de súbito entrei num deles e...
No futuro será sempre assim, encontramos realizados, os nossos desejo passados ? Seria um futuro muito simples, muito fácil. Não, não é assim, nem simples, nem fácil, os imprevistos continuam, felizmente, a suceder. E eu, de súbito entrei num deles e...
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Esse senhor
Esse senhor que, no programa "quadratura do círculo" de ontem à noite, disse, se bem ouvi, que a vida das pessoas no Chile nada vale, não sabia do que estava a falar, a barbaridade que dizia. Vá ao Chile, se puder com os seus companheiros naquele programa, que não reagiram quando ouviram aquela sua frase. Vá ao Chile fale com a gente que lhe for apresentada, e com gente da rua, que não conheça. E, porque no Chile tem um sistema político baseado numa democracia muito mais antiga que a nossa, interrompida por uma ditadura muito menos duradoura que a ditadura que interrompeu a nossa., repare o que aquele povo tem mais que o nosso,na educação, na saúde, na justiça.E não só.
E depois, quando regressar, comente o seu comentário de ontem à noite, na "quadratura do círculo".
E depois, quando regressar, comente o seu comentário de ontem à noite, na "quadratura do círculo".
Esperando
Ficamos tantas vezes à espera do que a vida nos dá que nos esquecemos muitas vezes do que estamos a viver. Procuramos tanto o que ansiamos sem confiar e respeitar o futuro. Não sabemos apreciar o que a vida nos concede e concedeu no passado. E preocupa-nos tanto com o que a vida nos dará para alem da vida sem a gratidão devida pelo que ela nos ofereceu.
Os cães, até quando estão a morrer, lambem as mãos dos donos.
Os cães, até quando estão a morrer, lambem as mãos dos donos.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Esse país, o Chile
, Que povo o desse país, o Chile! Como se mobiliza, como se galvaniza, como se une quando um acontecimento prejudica aquela gente, como se alegra quando um sucesso os beneficia! Uma filha nossa vive há muitos anos no Chile e conta-nos o que lá se tem passado, por todo o país, com aqueles 33 mineiros presos num buraco duma mina, a 700 metros de profundidade. As notícias de hora a hora que os jornais, as rádios e as televisões fornecem, com reportagens em todas as cidades desse país com mais de 3000 quilómetros de extensão, notícias que têm mantido durante os sessenta e muitos dias que tem durado a expectativa, os cuidados e os esforços.
É um país sujeito a tremores de terra fortíssimos, por vezes com intervalos menores que dez anos.
E a reacção desse povo é sempre a mesma: toda a população ajuda quanto pode, as autarquias e o governo, mobilizam tudo o que está ao seu alcance.
Nessas ocasiões ninguém repara nos custos, no bem estar, na sua condição social.Essa gente tem mostrado ao mundo o que é a verdadeira solidariedade. Não praticam "tendencialmente" o bem. Fazem, quando é urgente fazem, não discutem o que hão-de fazer,tendencialmente.
Nós por cá, neste jardim, bem estamos necessitando dum terremoto ou de qualquer acontecimento que nos faça acordar desta "apagada e vil tristeza", deste marasmo em que a política dos nossos políticos nos meteram.
Tendencialmente.
É um país sujeito a tremores de terra fortíssimos, por vezes com intervalos menores que dez anos.
E a reacção desse povo é sempre a mesma: toda a população ajuda quanto pode, as autarquias e o governo, mobilizam tudo o que está ao seu alcance.
Nessas ocasiões ninguém repara nos custos, no bem estar, na sua condição social.Essa gente tem mostrado ao mundo o que é a verdadeira solidariedade. Não praticam "tendencialmente" o bem. Fazem, quando é urgente fazem, não discutem o que hão-de fazer,tendencialmente.
Nós por cá, neste jardim, bem estamos necessitando dum terremoto ou de qualquer acontecimento que nos faça acordar desta "apagada e vil tristeza", deste marasmo em que a política dos nossos políticos nos meteram.
Tendencialmente.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Elogios
Que custa um elogio? nada custa, se é sincero. É um prego na consciência, se é hipócrita.
Esquecemos com frequência elogiar quem o merece: uma criança, uma filha ou um filho, um amigo. E até, por vezes o merece um desconhecido presente. E esquecemos.
Falamos muito da avareza vulgar, a do dinheiro ou dos bens materiais. Pouco referimos outras avarezas também importantes: a do elogio merecido, a do louvor devido, ou do aplauso sincero. Se não os usamos com as crianças, revelamos indiferença. Se não os referimos aos amigos ou aos desconhecidos, parecemos invejosos.
É um vício que se cria, se conserva, e difícil de arrancar. E que tira o prazer que o elogio nos proporciona.
Esquecemos com frequência elogiar quem o merece: uma criança, uma filha ou um filho, um amigo. E até, por vezes o merece um desconhecido presente. E esquecemos.
Falamos muito da avareza vulgar, a do dinheiro ou dos bens materiais. Pouco referimos outras avarezas também importantes: a do elogio merecido, a do louvor devido, ou do aplauso sincero. Se não os usamos com as crianças, revelamos indiferença. Se não os referimos aos amigos ou aos desconhecidos, parecemos invejosos.
É um vício que se cria, se conserva, e difícil de arrancar. E que tira o prazer que o elogio nos proporciona.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Raciocínios de criança(em 1934)
) Vou descrever o que se passava há um ano e quando eu ia para a escola. Saía do quintal da minha avó, pela porta ao lado da cavalariça, seguia pela Travessa do Capote, atravessava a Rua da Ribeira, onde estava sempre o mesmo homem a gritar o peixe que havia na praça, seguia pela travessa da mercearia do senhor Vicente um senhor que eu, sem perceber, ouvia dizer que ao fim de sete tentativas tinha sete filhas; prosseguia pela Travessa Do União, onde estava o clube onde a minha mãe ia, mascarada, dançar no carnaval, num dia em que eu não ia à escola, voltava à direita pela Travessa da Cidade a rua onde se juntavam todos os gatos e gatas da cidade , atravessava a Rua de Santa Isabel, aquela senhora que toda a gente dizia que oferecia rosas ao seu marido, que era rei, seguia pela Travessa das Duas Ruas, que me explicaram que assim se chamava porque a rua que vinha de cima desaguava na travessa, dividindo-a em duas,cruzava a Rua Cinco de Outubro, o dia em que diziam que tinham sido implantada a república, uma planta que nunca me sabiam dizer qual era, ia pela Travessa do Jardim Novo, que era muito mais velho que eu, já tinha uns dez anos passava pelo palácio Sarriá, o nome dum senhor que diziam que era um malandro dum espanhol que tinha deixado a família em Faro e o palácio aqui e também passava por aquele jardim onde num tanque uma cegonha estava sempre, sempre, a meter o bico comprido dentro da garganta dum lôbo e onde as pessoas se sentavam em muitos bancos com azulejos, um deles com o Mouzinho de Albuquerque prendendo o Gungunnhana e outro com um senhor lendo um livro para outros senhores e num azulejo, azul como todos os de todos os bancos, estava escrito 1820 e " primeira constituição", nunca cheguei a perceber o que é que aqueles senhores todos ali constituíam naquele banco enquanto o Gungunhana, no outro, não acabava de se vestir para acompanhar o senhor Mouzinho. E então começava a descer a Rua Direita, que outros chamavam Miguel Bombarda não sei porquê, talvez porque ao dono da minha escola, onde eu chegava depois de passar a chapelaria de homens e entrar, na primeira à esquerda, na Rua da Alfândega, talvez porque ao dono da minha escola, casado com uma senhora que tocava piano, a dona Clotilde, talvez, pensava eu, porque ao dono da minha escola, alguns lhe chamavam Zé Bomba .
A minha cara no espelho
Estou na porta da sala e olho para mim, refastelado no sofá e vejo a minha cara que não recordo bem porque já a vi mais de trinta mil e quinhentas vezes no espelho da casa de banho mas esta cara que eu vejo, do corpo sentado no sofá da sala, não é a mesma que vi mais de trinta mil e quinhentas vezes lá dentro do espelho da casa de banho, não pode ser, eu não tenho nem tive esta cara, nem hoje, nem ontem, nem a que vi há trinta mil e quinhentas noites, nem a que vi dentro do espelho da barbearia da minha terra,quando me lembro de lá ter ido, por minha conta, por minha decisão inabalável e pela primeira vez na vida, cortar o cabelo :
- Quer que ponha água ou bilhantina ?
- Quer que ponha água ou bilhantina ?
domingo, 10 de outubro de 2010
Esquecendo
Sevilha - torre do ouro
Deitei contas à vida, esqueci as contas com a sorte.
Descontei o tempo que tive, sem pensar na conta futura.
Tive a sorte de ter esperança, no céu cinzento da realidade,
Sem contar o que perdi, os bons dias, os bons crepúsculos,
Fixando o olhar no quotidiano, esquecendo a tua presença,
Envolvido que estou, neste tempo, nesta saudade.
Deitei contas à vida, esqueci as contas com a sorte.
Descontei o tempo que tive, sem pensar na conta futura.
Tive a sorte de ter esperança, no céu cinzento da realidade,
Sem contar o que perdi, os bons dias, os bons crepúsculos,
Fixando o olhar no quotidiano, esquecendo a tua presença,
Envolvido que estou, neste tempo, nesta saudade.
Foi há doze anos
Sevilha
Vou andando pelas ruas do meu tempo, vou seguindo os passos do destino, fico parado esperando por esse tempo, deixo ficar os meus passos no teu regaço, e o tempo passa ficando aqui imperturbável, o destino cumprimenta-me e ri-se e volta-me as costas, abre o guarda-chuva da surpresa e veste-se com a gabardina do futuro pouco lhe importando os meus lamentos, porque te tragou naquele momento, como de costume sem aviso prévio, sem contemplações para com a minha dor.
E foi ontem. Foi há doze anos.
Vou andando pelas ruas do meu tempo, vou seguindo os passos do destino, fico parado esperando por esse tempo, deixo ficar os meus passos no teu regaço, e o tempo passa ficando aqui imperturbável, o destino cumprimenta-me e ri-se e volta-me as costas, abre o guarda-chuva da surpresa e veste-se com a gabardina do futuro pouco lhe importando os meus lamentos, porque te tragou naquele momento, como de costume sem aviso prévio, sem contemplações para com a minha dor.
E foi ontem. Foi há doze anos.
Don Quijote dela Mancha
Sevilha - placa com El Quijote
Que sonhos teria Miguel de Cervantes para imaginar os sonhos e a fantasia do seu "Don Quijote de la Mancha" ? A obra monumental de M. de Cervantes, alem de toda a fantasia e de tantas alegorias nela contidas, é também um glossário de provérbios, de conselhos e de máximas que nos fazem sorrir página a página. Com frequência, na conversa amiga, ouvimos uma espanhola ou um espanhol, adornar os seus argumentos com os "refranes" do don Quijote. Um exemplo, que o meu sogro, castelhano, citava, quando vinha a propósito, na sua conversa ou quando erguia o seu copo de tinto : " el vino, don divino: limpia el diente, brilla el ojo y sana el vientre"
Que sonhos teria Miguel de Cervantes para imaginar os sonhos e a fantasia do seu "Don Quijote de la Mancha" ? A obra monumental de M. de Cervantes, alem de toda a fantasia e de tantas alegorias nela contidas, é também um glossário de provérbios, de conselhos e de máximas que nos fazem sorrir página a página. Com frequência, na conversa amiga, ouvimos uma espanhola ou um espanhol, adornar os seus argumentos com os "refranes" do don Quijote. Um exemplo, que o meu sogro, castelhano, citava, quando vinha a propósito, na sua conversa ou quando erguia o seu copo de tinto : " el vino, don divino: limpia el diente, brilla el ojo y sana el vientre"
sábado, 9 de outubro de 2010
Medos sem razão, apenas medos
Quando nos ameaçam com chantagem, com argumentos sem prova nem consistência, apresentando propostas imbuídas de motivos políticos, de corrupção, ou apenas acenando com cautelas escusadas, só cedemos se a covardia nos vence. Aconteceu com as gravuras de Foz Côa, perderam-se muitos milhões na obra já feita, muitos milhões nas indemnizações ao empreiteiro, muitos milhões na electricidade que deixou de se produzir na barragem do Côa, cuja construção foi suspensa. E havia solução que custaria uma pequeníssima percentagem do que se perdeu: as gravuras poderiam ter sido cortadas e colocadas num museu, lá por cima do rio.Tal como sugeriu um arqueólogo e cuja opinião até hoje não vimos contestada sequer de forma sofrível.Se se corta o granito, se se cortam os mármores e outras pedras que se retiram dos montes, porque não se cortaram aqueles xistos com as gravuras? Talvez porque estas eram falsas. Se sulcos talhados em granitos,se esbatem ao fim de algumas dezenas de anos, os sulcos gravados em xistos resistem a 5000 anos?Talvez o tempo acabe por provar quem tinha razão.Mas nessa altura, o que foi construído, daquela barragem (e que lá continua) já não poderá ser aproveitado. E alguém será responsabilizado ?
Laços de ternura
Que filme ! talvez a melhor atribuiçao de um oscar para uma actriz . O olhar da filha para a mae no momento que antecede a morte, duplica o valor do filme.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
O que a razão nega
Sem utilizar a razão nunca devo discordar.
Com a convicção, combato contra o que a razão discorda.
Sem utilizar a discórdia não devo admitir o que nego.
Com o que nego não devo convencer a razão
Com a convicção, combato contra o que a razão discorda.
Sem utilizar a discórdia não devo admitir o que nego.
Com o que nego não devo convencer a razão
A nossa futurologia
Penso que seria de mais interesse para os visitantes, que a futurologia que apresentamos fosse substituída por um conjunto de novelas, como o fez Júlio Verne, com enorme sucesso em todo o mundo. Ainda hoje, os seus livros são lidos com avidez. Ou por um conjunto de ideias para novas descobertas, que se coloquem na prateleira dos impossíveis ou impraticáveis. Assim aconteceu com muitos projectos de Leonardo da Vinci. Mas para avançar com a primeira alternativa, teria de ter tempo, e, o mais importante, conseguir a colaboração de muitos especialistas e cientistas que me auxiliassem na procura e no estudo das diferentes matérias envolvidas. E tempo para escrever, rever e publicar, as novelas ou livros de aventuras que suscitassem o interesse suficiente dos leitores. Para a segunda alternativa, igualmente me falta o tempo e o saber, para estudar tanta especialidade necessária para induzir e gerar essas descobertas. Assim prosseguirei como até aqui, apontando uns resumos do que o futuro nos possa oferecer.
E, se a tanto me chegar a inspiração, poderei até escrever um ou mais livros dedicados cada um a uma
aventura no futuro, com um tema principal, baseado em algo de valioso que daqui a alguns anos possa facilitar a vida do homem na Terra.
E, se a tanto me chegar a inspiração, poderei até escrever um ou mais livros dedicados cada um a uma
aventura no futuro, com um tema principal, baseado em algo de valioso que daqui a alguns anos possa facilitar a vida do homem na Terra.
Continuando na futurologia
Terceiro.- nos domínios da genética os progressos da investigação conduzirão ao controle
mais e mais profundo dos genes e do genoma. A descoberta da substituição dos genes levarão
ao controle de muitas doenças e tendências hereditárias. O segredo das células meristemáticas, no
reinos vegetal, muito contribuirá para libertar o homem da fome ; e no reino animal para o libertar
de algumas doenças, para melhorar a assistência hospitalar, e de também para diminuir a fome e a
pobreza universais. Descubrir-.se-ão novas espécies vegetais, algumas muito mais resistentes aos
incêndios, outras de desenvolvimento mais rápido, permitindo restaurar a cobertura florestal do nosso
planeta.
Quarto.- a investigação do cérebro e sistema nervoso levará a um melhor conhecimento das
suas capacidades. A memória será melhor controlada e aproveitada, a transmissão de pensamento
será uma das primeiras descobertas logo que se defina por completo onde se localizam todas as
funções e todos os poderes cerebrais. Aparecerá um código de todo o sistema nervoso permitindo
a reconstrução das zonas afectadas, após a descoberta das causas de doenças, como o alzheimer
e as que provocam a demência e a senilidade. A reconstrução do sistema ou parte do sistema
será uma realidade.
Continuaremos.
que envolvem a demência
mais e mais profundo dos genes e do genoma. A descoberta da substituição dos genes levarão
ao controle de muitas doenças e tendências hereditárias. O segredo das células meristemáticas, no
reinos vegetal, muito contribuirá para libertar o homem da fome ; e no reino animal para o libertar
de algumas doenças, para melhorar a assistência hospitalar, e de também para diminuir a fome e a
pobreza universais. Descubrir-.se-ão novas espécies vegetais, algumas muito mais resistentes aos
incêndios, outras de desenvolvimento mais rápido, permitindo restaurar a cobertura florestal do nosso
planeta.
Quarto.- a investigação do cérebro e sistema nervoso levará a um melhor conhecimento das
suas capacidades. A memória será melhor controlada e aproveitada, a transmissão de pensamento
será uma das primeiras descobertas logo que se defina por completo onde se localizam todas as
funções e todos os poderes cerebrais. Aparecerá um código de todo o sistema nervoso permitindo
a reconstrução das zonas afectadas, após a descoberta das causas de doenças, como o alzheimer
e as que provocam a demência e a senilidade. A reconstrução do sistema ou parte do sistema
será uma realidade.
Continuaremos.
que envolvem a demência
Nãos e nens
Não é por muito escrever que se endireitam as linhas da vida.
Nem é por muito falar que a língua melhora.
Não é por muito navegar que um navio chega a bom porto.
Nem é por muito andar que chegamos aonde queremos.
Não é comendo do bom que alguém se torna melhor.
Nem é vestindo um fraque que tu alcanças a sabedoria.
Não é usando a lisonja que melhoras quem te ouve
Nem ouvindo a que te dirigem, se és pobre, ficas mais rico.
Nem é por muito falar que a língua melhora.
Não é por muito navegar que um navio chega a bom porto.
Nem é por muito andar que chegamos aonde queremos.
Não é comendo do bom que alguém se torna melhor.
Nem é vestindo um fraque que tu alcanças a sabedoria.
Não é usando a lisonja que melhoras quem te ouve
Nem ouvindo a que te dirigem, se és pobre, ficas mais rico.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Vamos ao futuro
Desenvolvendo o tema da futurologia : comecemos pelos avanços que teremos nos domínios da saúde nos próximos cem anos.
A investigação científica, na doença beneficiará a humanidade existente:
Primeiro : libertar-se-á de progresso em progresso, de revolta em revolta contra os monopólios, contra a corrupção, de campanha em campanha, contra a submissão da investigação aos grandes grupos económicos ligados à exploração dos resultados obtidos na investigação no século passado. Os diabetes por exemplo deixarão de afligir, como ainda afligem, dez por cento da população, constituindo uma doas pestes negras que atingiram as mulheres e os homens do século XX e princípios do XXI. A sua eliminação contribuirá para a diminuição doutros males que surgem com consequência dos diabetes, no coração, nos rins,etc.. A cura dos cancros dará passos decisivos, numa mais completa classificação e sua cura, na melhoria das condições de vida dos atingidos, e na descoberta de novos e mais baratos fármacos utilizados. As descobertas que surgirão nos domínios da genética, representarão uma alavanca decisiva no combate a esses males.
Segundo: a investigação no domínio da cirurgia, ligada à robotização que vai dando os primeiros passos, permitirá maior eficiência dos hospitais e menores custos para os pacientes. De descoberta em descoberta as intervenções cirúrgicas irão sendo simplificadas, os riscos de insucessos continuarão a descer, e os custos a diminuir, permitindo que as listas de espera diminuam. Aumentará a probabilidade dos grandes hospitais desaparecerem, surgindo em seu lugar clínicas mais pequenas, mais especializadas, com menores custos em pessoal por cada intervenção.
Seguiremos noutro dia
A investigação científica, na doença beneficiará a humanidade existente:
Primeiro : libertar-se-á de progresso em progresso, de revolta em revolta contra os monopólios, contra a corrupção, de campanha em campanha, contra a submissão da investigação aos grandes grupos económicos ligados à exploração dos resultados obtidos na investigação no século passado. Os diabetes por exemplo deixarão de afligir, como ainda afligem, dez por cento da população, constituindo uma doas pestes negras que atingiram as mulheres e os homens do século XX e princípios do XXI. A sua eliminação contribuirá para a diminuição doutros males que surgem com consequência dos diabetes, no coração, nos rins,etc.. A cura dos cancros dará passos decisivos, numa mais completa classificação e sua cura, na melhoria das condições de vida dos atingidos, e na descoberta de novos e mais baratos fármacos utilizados. As descobertas que surgirão nos domínios da genética, representarão uma alavanca decisiva no combate a esses males.
Segundo: a investigação no domínio da cirurgia, ligada à robotização que vai dando os primeiros passos, permitirá maior eficiência dos hospitais e menores custos para os pacientes. De descoberta em descoberta as intervenções cirúrgicas irão sendo simplificadas, os riscos de insucessos continuarão a descer, e os custos a diminuir, permitindo que as listas de espera diminuam. Aumentará a probabilidade dos grandes hospitais desaparecerem, surgindo em seu lugar clínicas mais pequenas, mais especializadas, com menores custos em pessoal por cada intervenção.
Seguiremos noutro dia
terça-feira, 5 de outubro de 2010
O mal do dinheiro
Ficam por fazer todos os projectos sonhados e por construir todos os palácios que o meu eu menino começou, ficam por anunciar todos os milagres que a pobreza de todo este mundo está exigindo a gritos e que as riquezas desperdiçadas e inertes nos cofres de todo este mundo, apodrecem sem sentido nem utilidade alguma. Ocupam espaço, num silêncio atroz, enchem paredes e prateleiras, apenas servem para despertar a cobiça dos funcionários que lá entram. A moedas em sacos e as notas em pilhas muito bem arrumadinhas aguardando a chegada de mais irmãs, fabricadas à pressa, cheirando às tintas e às máquinas mamãs que as deitaram para a circulação. Para nada mais servem, quando muito para circular de mão em mão, para irem para dentro duma gaveta, doutro cofre, para acenderem um charuto, ou para dentro dum colchão. E a isto chamam dinheiro!
Mas por vezes um ladrão dum sinaleiro desvia-as para outro destino.
Mas por vezes um ladrão dum sinaleiro desvia-as para outro destino.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa, uma das grandes riquezas de Portugal, que nunca poderá ser atingida
pelas crises, deu-nos muitos versos por vezes bem prosaicos, e muita prosa sempre poética.
"O livro do desassossego é um bom exemplo, para mim o maior. Lê-lo afasta-nos o pensamento
das esquizofrenias e paranóias desta vida.
pelas crises, deu-nos muitos versos por vezes bem prosaicos, e muita prosa sempre poética.
"O livro do desassossego é um bom exemplo, para mim o maior. Lê-lo afasta-nos o pensamento
das esquizofrenias e paranóias desta vida.
domingo, 3 de outubro de 2010
Vão crescendo
Quanto mais vejo crescer os meus filhos, os meus netos e os meus bisnetos, maior é a esperança que me invade. De que o país onde vivam será melhor para eles, de que serão mais felizes do que nós fomos, de que estão no caminho da sabedoria que lhes permitirá levar uma vida dos seus espíritos, independente.
Daqui a cem anos
Neste e noutras mensagens, iremos especular um pouco ou um muito, se a tal nos ajudar a imaginação, sobre o que se passará neste mundo daqui por cem anos. Como evoluirá o mundo, como evoluirão a mulher e o homem, no conhecimento das suas origens, do seu mundo. na educação,
na sabedoria, na procura da felicidade.
Hoje procurarei apenas referir alguns pontos desta futurologia. Vamos a isso :
1.- Os avanços na medicina curativa e preventiva, continuando na progressão geométrica
que se observou nos cem anos passados, levarão a mulher e o homem a uma esperança de
vida próxima dos 130 anos.
2.- Depois da teoria de Darwin, pouco mais adiantámos na descoberta das nossas origens.
Parecemos ser primos afastados dos macacos, dos gorilas, dos chimpanzés. Mas alguns
milhões de anos antes da mulher e do homem aparecerem na face da terra, aqui viviam os
dinossauros e que muitos milhões de anos antes destes, só existiam plantas no mar e na terra.
Antes delas outros seres mais primitivos, algas, líquenes, musgos. E ainda antes, no princípio
da vida neste planeta, talvez apenas tenham aparecido alguns seres unicelulares.
3.- O conhecimento das origens da terra ainda não foi explicado duma forma convincente. Provavelmente a exploração do espaço levará a uma teoria mais bem fundamentada.
Hoje ficamos por aqui.
na sabedoria, na procura da felicidade.
Hoje procurarei apenas referir alguns pontos desta futurologia. Vamos a isso :
1.- Os avanços na medicina curativa e preventiva, continuando na progressão geométrica
que se observou nos cem anos passados, levarão a mulher e o homem a uma esperança de
vida próxima dos 130 anos.
2.- Depois da teoria de Darwin, pouco mais adiantámos na descoberta das nossas origens.
Parecemos ser primos afastados dos macacos, dos gorilas, dos chimpanzés. Mas alguns
milhões de anos antes da mulher e do homem aparecerem na face da terra, aqui viviam os
dinossauros e que muitos milhões de anos antes destes, só existiam plantas no mar e na terra.
Antes delas outros seres mais primitivos, algas, líquenes, musgos. E ainda antes, no princípio
da vida neste planeta, talvez apenas tenham aparecido alguns seres unicelulares.
3.- O conhecimento das origens da terra ainda não foi explicado duma forma convincente. Provavelmente a exploração do espaço levará a uma teoria mais bem fundamentada.
Hoje ficamos por aqui.
Saber
Tão bom é sabermos fazer e apreciar um bom cozinhado como ter a alegria de elaborar um pensamento sobre a vida. sobre a amizade, ou sobre a felicidade.
sábado, 2 de outubro de 2010
Neuroplasticidade
Investigações recentes do neurologista Elkoton Goldberger provaram que o cérebro pode melhorar com a idade e que a actividade mental modifica o cérebro. Ao contrário do que se acreditava, o número de neurónios pode aumentar e o cérebro pode-se regenerar mediante o seu uso e potenciação.É o que chamam neuroplasticidade - que é moldar o cérebro através da actividade. Os taxistas, músicos e outros profissionais, pela prática contínua das suas profissões, mesmo em idades avançadas aumentam certas zonas cerebrais.E portanto:
1.- Podemos criar novos neurónios, ao longo de toda a vida.
2.- A capacidade para criar novos neurónios pode aumentar mediante o esforço cerebral.
3.- Os efeitos são específicos dependendo da natureza da actividade mental, os novos neurónios
multiplicam-se com especial intensidade em diversas zonas cerebrais e de acordo com as
actividades mais praticadas.
Acredito . Há cerca de um ano comecei a aprender a escrever sem olhar para as teclas do computador, o que hoje já faço com regularidade. E, se repararem, a maioria das dactilógrafas, jovens ou não, ainda vão escrevendo usando apenas os dedos indicadores das duas mãos. Além de revelar pouca exigência, por parte de quem as contrata, revela também pouco profissionalismo.
1.- Podemos criar novos neurónios, ao longo de toda a vida.
2.- A capacidade para criar novos neurónios pode aumentar mediante o esforço cerebral.
3.- Os efeitos são específicos dependendo da natureza da actividade mental, os novos neurónios
multiplicam-se com especial intensidade em diversas zonas cerebrais e de acordo com as
actividades mais praticadas.
Acredito . Há cerca de um ano comecei a aprender a escrever sem olhar para as teclas do computador, o que hoje já faço com regularidade. E, se repararem, a maioria das dactilógrafas, jovens ou não, ainda vão escrevendo usando apenas os dedos indicadores das duas mãos. Além de revelar pouca exigência, por parte de quem as contrata, revela também pouco profissionalismo.
Cozinha, escrita e música
Uma nossa filha, que vive no Chile, e que agora nos visita, está contemplando-nos com umas iguarias de receitas que trouxe daquele país, rico de tudo o que se pode esperar de bom fora de Portugal. Ela aplica essas receitas melhorando-as com ideias suas. Assim devem proceder, julgo eu os bons cozinheiros, saindo da rotina de seguir sempre à risca uma receita que emprega. Por isso um bom cozinheiro é sempre admirado pela originalidade dos pratos cuja confecção dirige.
Também um bom escritor não deve seguir receitas, neste caso ideias, de outros. deve sempre acrescentá-las com mais condimentos, se a sua criatividade mais não lhe concede.
E também na música . Muitas obras que escutamos cantam as mesmas notas que muitos outros aplicaram nas suas composições. Mas a arte está em compor melodias diferentes, com as mesmas notas e por vezes até com alguns curtos trechos semelhantes.
Tal como eu agora, com esta desfaçatez estou comparando cozinhados,escritos e receitas com ´sinfonias, prosa e serenatas.
Também um bom escritor não deve seguir receitas, neste caso ideias, de outros. deve sempre acrescentá-las com mais condimentos, se a sua criatividade mais não lhe concede.
E também na música . Muitas obras que escutamos cantam as mesmas notas que muitos outros aplicaram nas suas composições. Mas a arte está em compor melodias diferentes, com as mesmas notas e por vezes até com alguns curtos trechos semelhantes.
Tal como eu agora, com esta desfaçatez estou comparando cozinhados,escritos e receitas com ´sinfonias, prosa e serenatas.
Voltei
Após todos estes dias (desde o dia 16 do mês passado) retomo as minhas funções,deveres e alegrias de mensageiro deste blog. Já faz parte da minha vida, e quando nele nada escrevo assalta-me o remorso e cada dia que passa sinto a falta desse prazer, que o escrever nos traz. Mas a entrega do meu livro --finalmente !-- a uma editora que o aceitou para publicação(a Chiado Editora) ocupou-me com a série de revisões a que tive de proceder. Alguns profissionais da escrita, em cujo grupo ainda não me incluo, libertam-se desse trabalho pagando essa revisão a outro profissional. A senhora Patrícia Reis fez-me o favor de me rever gratuitamente as primeiras vinte ou trinta páginas, aprendi e fiz a revisão do restante. Não sei se bem se mal, os que esportularem os 15 euros e adquirirem o livro, avaliarão a obra completa.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Melodia de muitos momentos
Quando alguém quer comunicar comigo pelo telefone, este avisa-me com uma melodia suave.Que me diminui a contrariedade pela interrupção da tarefa em que estava empenhado ou o temor pelo que me vão pedir, avisar ou incomodar. Pelas inúmeras "tangas" que me tentam impingir pelo telefone, criei essa esperança negativa, quando oiço o telefone "melodiar". O telefone deve servir-nos, não deve servir para que outros se sirvam de nós, explorando-nos ferindo a nossa boa fé e boa esperança, estragando o dia. Não deve servir para alimentar o nosso depósito de precauções, que, quanto mais cheio, mais preocupações
influenciam o nosso subconsciente.
Há dias uma menina de voz muito simpática, telefonou-me, disse chamar-se Ana Dias (aí começa a mentira, nunca dizem o nome verdadeiro), e depois de me perguntar se queria habilitar-me a ganhar dez mil euros (eu já estava avisado desta vigarice), pediu-me mais elementos e no fim com a justificação de que me enviariam o prémio para a minha morada, pediu-me os meus endereços, postal e de email. Entrei no jogo, dei-lhe um endereço falso de email e disse que morava na avenida das forças armadas 14-4º dt ou outra qualquer,diferente da minha, reforçando a resposta dizendo-lhe que não se enganasse, que muitas pessoas me enviavam correspondência para o 14 -4º-esq. . Agradeceu com evidente e maior simpatia pela vitória obtida sem muita resistência.
Evidentemente que forneci dados falsos. E a vigarice, pelo que me informaram, já consumada bastas vezes, é que daí a dias, depois de bem estudados os hábitos e horários da vítima e família, batem à porta do contemplado e um tipo disfarçado de polícia, de carteiro ou vestido como um executivo de alto gabarito, aponta-lhe uma pistola e assaltam-lhe a casa.E por vezes fazem pior.
Pagaria uma taxa adicional para evitar essas chamadas de patifes, vazando um pouco a minha caixa de preocupações.
influenciam o nosso subconsciente.
Há dias uma menina de voz muito simpática, telefonou-me, disse chamar-se Ana Dias (aí começa a mentira, nunca dizem o nome verdadeiro), e depois de me perguntar se queria habilitar-me a ganhar dez mil euros (eu já estava avisado desta vigarice), pediu-me mais elementos e no fim com a justificação de que me enviariam o prémio para a minha morada, pediu-me os meus endereços, postal e de email. Entrei no jogo, dei-lhe um endereço falso de email e disse que morava na avenida das forças armadas 14-4º dt ou outra qualquer,diferente da minha, reforçando a resposta dizendo-lhe que não se enganasse, que muitas pessoas me enviavam correspondência para o 14 -4º-esq. . Agradeceu com evidente e maior simpatia pela vitória obtida sem muita resistência.
Evidentemente que forneci dados falsos. E a vigarice, pelo que me informaram, já consumada bastas vezes, é que daí a dias, depois de bem estudados os hábitos e horários da vítima e família, batem à porta do contemplado e um tipo disfarçado de polícia, de carteiro ou vestido como um executivo de alto gabarito, aponta-lhe uma pistola e assaltam-lhe a casa.E por vezes fazem pior.
Pagaria uma taxa adicional para evitar essas chamadas de patifes, vazando um pouco a minha caixa de preocupações.
De novo o infinito
Conhecer o infinito (o positivo ou o negativo) é um dom de que Deus não abdica nem permite que conheçamos.E ainda bem.
Quando pensamos no infinito associamos logo a ideia dos números, dos conhecimentos da matemática ligados a ele. Mas há muitos mais infinitos, existem uma infinidade de coisas que contem infinitos: o amor infinito, a esperança infinita, a variedade infinita do que nos pode envolver., etc..Porém se tudo fosse infinito sofreríamos muito mais nesta vida, neste planeta onde nascemos. E Deus, na sua infinita sabedoria e bondade não o permite e limita muito do encontramos na vida.As razões, só o saberemos mais tarde, nunca nesta vida. Limita-nos a força, limita-nos o saber, limita-nos a inteligência, limita-nos a vida.
Não me atirem com os argumentos do costume contra o que disse atrás. Por exemplo, porque deixa castigar, violentar e morrer crianças ou jovens : dizem isto os mesmos que dizem que não se pode atingir o infinito : e como podem atingir, criticar e julgar a infinita sabedoria de Deus ?
Temos que nos resignar à nossa pequena condição, neste pequeno planeta. Se admitimos que tudo nasce com pais, não podemos deixar de admitir que tudo existe porque tem uma origem.
Seja pedra, seja alga, seja animal racional.
O nada é que julgo não ter uma origem.Contudo, ninguém, poeta ou sábio, já o demonstrou.
Quando pensamos no infinito associamos logo a ideia dos números, dos conhecimentos da matemática ligados a ele. Mas há muitos mais infinitos, existem uma infinidade de coisas que contem infinitos: o amor infinito, a esperança infinita, a variedade infinita do que nos pode envolver., etc..Porém se tudo fosse infinito sofreríamos muito mais nesta vida, neste planeta onde nascemos. E Deus, na sua infinita sabedoria e bondade não o permite e limita muito do encontramos na vida.As razões, só o saberemos mais tarde, nunca nesta vida. Limita-nos a força, limita-nos o saber, limita-nos a inteligência, limita-nos a vida.
Não me atirem com os argumentos do costume contra o que disse atrás. Por exemplo, porque deixa castigar, violentar e morrer crianças ou jovens : dizem isto os mesmos que dizem que não se pode atingir o infinito : e como podem atingir, criticar e julgar a infinita sabedoria de Deus ?
Temos que nos resignar à nossa pequena condição, neste pequeno planeta. Se admitimos que tudo nasce com pais, não podemos deixar de admitir que tudo existe porque tem uma origem.
Seja pedra, seja alga, seja animal racional.
O nada é que julgo não ter uma origem.Contudo, ninguém, poeta ou sábio, já o demonstrou.
Orgulho
O orgulho é a manifestação do conceito que cada um faz de si próprio, por vezes até desapercebida pelo próprio, e por vezes também pouco exibida pelas atitudes tomadas em resposta a provocações. Com frequência o vemos confundido com preconceito,que é um juízo antes formado sem uma fundamentação correcta. O orgulho é pessoal, formado durante parte da vida e fundamentado nos sucessos de quem o sente. Ao contrário do preconceito, não é a sociedade ou a convivência que o forma nem as regras que estas impõem .
As assembleias e os senados fornecem-nos bons e maus exemplos desses estados de espírito.
As assembleias e os senados fornecem-nos bons e maus exemplos desses estados de espírito.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Dicionãrio
O dicionário é uma das melhores ferramentas : para quem lê e para quem escreve. Tem poucos defeitos e muitas virtudes. O defeito maior, talvez o único, é em geral pesar mais do que um quilo. Tornando-se difícil de manusear para os mais jovens.
Os dicionários são muito mais antigos que a bíblia, parece que os primeiros apareceram na Mesopotamia, 2800 anos antes de Cristo !
Leva tempo adquirir o hábito de o consultar. Mas pouco a pouco, quem gosta de ler e de escrever, vai usando o dicionário com mais gosto e menor dificuldade.
Ao mesmo tempo, por vezes, diverte-nos. No final de cada página, normalmente aparece uma palavra cujo significado desconhecemos. O conhecimento básico, em qualquer idioma, é de cerca de duas mil palavras. E se na nossa língua, segundo dizem, existem mais de 90.000 vocábulos, se conhecermos metade, isto é 45.000, já não é mau. Portanto, muitos dos que figuram no fim das páginas consultadas são-nos desconhecidos.E eu, depois que conheci o sinónimo correcto da palavra procurada, adquiri o hábito de também conhecer a última palavra da página. Nada custa, por vezes é uma surpresa, outras um divertimento.
Dou um exemplo.
Procurando "relaxação", no fim da página encontrei para "relho" : um açoite feito de couro; uma fivela com que as senhoras apertam os cintos; e também, imaginem, uma espécie de truta, também chamada truta-marisca.
Experimentem dizer à vossa esposa, em dia de zangas : "não te esqueças de apertar bem o relho".
Os dicionários são muito mais antigos que a bíblia, parece que os primeiros apareceram na Mesopotamia, 2800 anos antes de Cristo !
Leva tempo adquirir o hábito de o consultar. Mas pouco a pouco, quem gosta de ler e de escrever, vai usando o dicionário com mais gosto e menor dificuldade.
Ao mesmo tempo, por vezes, diverte-nos. No final de cada página, normalmente aparece uma palavra cujo significado desconhecemos. O conhecimento básico, em qualquer idioma, é de cerca de duas mil palavras. E se na nossa língua, segundo dizem, existem mais de 90.000 vocábulos, se conhecermos metade, isto é 45.000, já não é mau. Portanto, muitos dos que figuram no fim das páginas consultadas são-nos desconhecidos.E eu, depois que conheci o sinónimo correcto da palavra procurada, adquiri o hábito de também conhecer a última palavra da página. Nada custa, por vezes é uma surpresa, outras um divertimento.
Dou um exemplo.
Procurando "relaxação", no fim da página encontrei para "relho" : um açoite feito de couro; uma fivela com que as senhoras apertam os cintos; e também, imaginem, uma espécie de truta, também chamada truta-marisca.
Experimentem dizer à vossa esposa, em dia de zangas : "não te esqueças de apertar bem o relho".
Divertimentos
Divertir-se, que é um dos contrários de se acabrunhar ou de se entristecer ou de se afligir, deverá constar do plano de cada um dos nossos dias de vida.
Diverte-se qualquer um fazendo o que gosta, participando na felicidade própria ou na dos que lhe são queridos, entrando em jogos de prazer e de alegria, ocupando-se actividades que lhe trazem contentamento ou até que lhe resolvem problemas na busca incessante da sorte.
Mas existe, para os afortunados como eu e a minha companheira, uma forma de diversão muito peculiar, muito pessoal e muito profunda.Muito peculiar porque contempla a poucos ; muito pessoal, porque ninguém a pode gozar senão quem a desfruta ; muito profunda porque só a sente quem tem bastante sensibilidade.
Refiro-me às mensagens que recebemos dos filhos, dos netos e dos bisnetos. Podem ser simples mensagens de circunstância, ou respostas breves a uma nossa pergunta. Mas sempre nos tocam, talvez porque reforçam os laços que nos unem. E sempre nos divertem.
Comecei a receber mensagens da nossa neta mais velha, que nasceu e vive no Chile. É escritora, vai no quarto livro (e na segunda filha..).
E é, também, poeta. Julgo que nada mais preciso dizer.
Todos os avós, de todo o mundo, me entendem.
sábado, 11 de setembro de 2010
"Capacidad de asombro"
"Sabes, a veces tengo la sensacion que las personas pierden - dia a dia - su capacidad de asombro". Cito a minha neta chilena Clarissa Mingo Quadros, que me enviou uma mensagem cheia de ternura e de sentido. Já é autora de dois livros,recheados de fotos, sobre a vida antiga no Chile, Livros que o município de Santiago do Chile editou, com fotos que, sem excepção, são agradáveis de ver. Mas fotos de desgraças passadas nesses tempos no Chile, nem uma.
Aqui, no nosso país, passa-se o mesmo, em relação com o assombro, com maior intensidade que no Chile. Perdemos dia após dia, o pasmo, a admiração pelo que nos acontece e aconteceu, pelo que se passa e se passou de bom à nossa volta, nas nossas vidas e na vida dos cidadãos.
Grande responsabilidade têm a imprensa, a televisão. Menos a rádio, conforme tenho reparado. Todos os dias leio e folheio páginas em diversos jornais, todos os dias vejo nas TVs notícias e entrevistas.E quase tudo o que leio ou ouço, são acidentes, desastres, furacões, terramotos, assassínios, corrupções, atentados. Um acidente passado na Malásia é transmitido pelas tvs e rádios passados poucos minutos. E até com frequência crescente, é transmitido ao vivo porque um amador armado de câmara de video estava presente no momento. Qualquer dia, se não existir uma má notícia para difundir, estará preparado um acidente ou desastre, montado e pensado para cumprir a necessidade de preencher esse espaço de tempo obrigatoriamente catastrófico.
E por todo o nosso mundo, por todo o universo, há em cada momento acontecimentos agradáveis de conhecer. Exposições, obras, sucessos, acasos felizes, acontecimentos que tornam a vida mais agradável ou de consequências favoráveis para a humanidade. Durante um ano realizam-se milhões de intervenções cirúrgicas. Uma que foi mal sucedida, em geral por uma causa fortuita ou desconhecida, é notícia de primeira página em quase todos os jornais e televisões. E, não sei se de propósito, nunca vi, nem vejo, referido em qualquer jornal ou televisão, a percentagem de sucessos nessas intervenções. Por respeito e consideração pelos profissionais que trabalham nessa especialidade, deveria ser obrigatória essa referência.
Quando fui operado e me beneficiaram com dois "by-passes", um cirurgião disse-me : 97% destas operações são sucessos.Não me disse, quando assinei a autorização para a operação : olhe que poderá não escapar, 3% dos operados não escapam.
Há excepções : a "Hola", a "Caras" e alguns periódicos por todo o país, dão-nos mais notícias agradáveis, que relatos de desgraças. E ambas essas revistas vendem mais que os periódicos dos países onde são editadas.
Será que os profissionais da imprensa e da televisão têm uma formação que os encaminha nesse sentido ? Que o que lhes ensinam é que a desgraça é o que aumenta e alimenta as vendas ?
Porque será que sobre isto não há uma discussão séria e profunda ?
Aqui, no nosso país, passa-se o mesmo, em relação com o assombro, com maior intensidade que no Chile. Perdemos dia após dia, o pasmo, a admiração pelo que nos acontece e aconteceu, pelo que se passa e se passou de bom à nossa volta, nas nossas vidas e na vida dos cidadãos.
Grande responsabilidade têm a imprensa, a televisão. Menos a rádio, conforme tenho reparado. Todos os dias leio e folheio páginas em diversos jornais, todos os dias vejo nas TVs notícias e entrevistas.E quase tudo o que leio ou ouço, são acidentes, desastres, furacões, terramotos, assassínios, corrupções, atentados. Um acidente passado na Malásia é transmitido pelas tvs e rádios passados poucos minutos. E até com frequência crescente, é transmitido ao vivo porque um amador armado de câmara de video estava presente no momento. Qualquer dia, se não existir uma má notícia para difundir, estará preparado um acidente ou desastre, montado e pensado para cumprir a necessidade de preencher esse espaço de tempo obrigatoriamente catastrófico.
E por todo o nosso mundo, por todo o universo, há em cada momento acontecimentos agradáveis de conhecer. Exposições, obras, sucessos, acasos felizes, acontecimentos que tornam a vida mais agradável ou de consequências favoráveis para a humanidade. Durante um ano realizam-se milhões de intervenções cirúrgicas. Uma que foi mal sucedida, em geral por uma causa fortuita ou desconhecida, é notícia de primeira página em quase todos os jornais e televisões. E, não sei se de propósito, nunca vi, nem vejo, referido em qualquer jornal ou televisão, a percentagem de sucessos nessas intervenções. Por respeito e consideração pelos profissionais que trabalham nessa especialidade, deveria ser obrigatória essa referência.
Quando fui operado e me beneficiaram com dois "by-passes", um cirurgião disse-me : 97% destas operações são sucessos.Não me disse, quando assinei a autorização para a operação : olhe que poderá não escapar, 3% dos operados não escapam.
Há excepções : a "Hola", a "Caras" e alguns periódicos por todo o país, dão-nos mais notícias agradáveis, que relatos de desgraças. E ambas essas revistas vendem mais que os periódicos dos países onde são editadas.
Será que os profissionais da imprensa e da televisão têm uma formação que os encaminha nesse sentido ? Que o que lhes ensinam é que a desgraça é o que aumenta e alimenta as vendas ?
Porque será que sobre isto não há uma discussão séria e profunda ?
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Relaxação
Estou entrando na relaxação, estou sentindo-me nessa classificação horrível de frouxo, relapso nas mensagens, dentro do meu compromisso que gosto de cumprir. Gosto que me leiam mas entristece-me que visitem os meus blogs e percam o tempo porque nada mais encontram. Isto é uma declaração de remorso que não apaga o pecado. É uma auto-censura pela desconsideração pelos visitantes deste blog. E deve envolver a promessa de que só por excepção, falharei a mensagem diária. Má ou boa, que vos agrade ou não, que me agrade ou não. Pois se a mim me agrada escrever, não posso ter a lata de me desculpar com as desculpas do costume : não tenho tempo, o que escrevo não presta, pouca gente me lê, não meditei hoje, etc., etc..
Nem cairei na asneira de auto elogiar-me, de bajular-me.
Porque já escrevi : quem bajula, desconsidera.
Nem cairei na asneira de auto elogiar-me, de bajular-me.
Porque já escrevi : quem bajula, desconsidera.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Acabar com o dinheiro e diminuir a pobreza
Vou, vou editar o meu livro. Sem interesse pelo lucro, apenas pelo interesse da mensagem que contem e que julgo original. Enviarei-o grátis a umas cinquenta a cem instituições e pessoas conhecidas e a outras que mo peçam, igualmente grátis. Pelo menos lerão a capa e algumas páginas. Talvez que alguém que o leia comece a pensar no assunto. E ficará na biblioteca nacional e noutras aguardando leitores curiosos .
Agora apenas digo, repetindo-me :
- Todos os dias o dinheiro origina mais problemas a muita gente.
- A inflação, declarada ou encapotada, é um roubo a quem trabalha.
- É uma grande fonte de preocupações, pela escassez e até pela abundância; como dizia sem ironia, uma senhora riquíssima da minha terra : "pobrezinho de quem tal alguma coisa".
- É uma grande fonte de conflitos entre herdeiros e familiares, entre amigos, entre sócios ou patrícios.
- Quem o falsifica - e são mais os que não se descobrem (como todos os crimes) - usufrui de um bem
prejudicando impunemente todos os outros cidadãos.
- Protege os ricos, pelas corrupções que ajuda a conseguir, desfavorecendo os mais pobres.
- É uma grande fonte de desemprego.
Mas só ouvimos e lemos até hoje, referências à falta de dinheiro (desemprego), ao "deficit" das contas públlicas (má gestão dos orçamentos), endividamento crescente (gastos excessivos) etc..
Agora apenas digo, repetindo-me :
- Todos os dias o dinheiro origina mais problemas a muita gente.
- A inflação, declarada ou encapotada, é um roubo a quem trabalha.
- É uma grande fonte de preocupações, pela escassez e até pela abundância; como dizia sem ironia, uma senhora riquíssima da minha terra : "pobrezinho de quem tal alguma coisa".
- É uma grande fonte de conflitos entre herdeiros e familiares, entre amigos, entre sócios ou patrícios.
- Quem o falsifica - e são mais os que não se descobrem (como todos os crimes) - usufrui de um bem
prejudicando impunemente todos os outros cidadãos.
- Protege os ricos, pelas corrupções que ajuda a conseguir, desfavorecendo os mais pobres.
- É uma grande fonte de desemprego.
Mas só ouvimos e lemos até hoje, referências à falta de dinheiro (desemprego), ao "deficit" das contas públlicas (má gestão dos orçamentos), endividamento crescente (gastos excessivos) etc..
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Uma citação
Apresento-vos uma citação, que julgo oportuna :
- " Os movimentos fanáticos estão muito longe de excluir entre aqueles que se fazem seus actores, o ódio, a rivalidade e a desconfiança : homens muito convictos e muito apaixonados suspeitam sempre uns dos outros quando se associam, e isto é uma força ; porque a suspeição recíproca faz nascer entre eles o terror, liga-os como por uma cadeia de ferro, impede as defecções e os momentos de fraqueza. É a política artificial e sem convicção que procede com as aparências da concórdia e da civilidade. O interesse faz nascer o espírito de partido ; os princípios, pelo contrário, dão origem à divisão, inspiram a tentação de dizimar, expulsar, matar os seus inimigos. " *
* de Renan em "O anti-cristo" .
- " Os movimentos fanáticos estão muito longe de excluir entre aqueles que se fazem seus actores, o ódio, a rivalidade e a desconfiança : homens muito convictos e muito apaixonados suspeitam sempre uns dos outros quando se associam, e isto é uma força ; porque a suspeição recíproca faz nascer entre eles o terror, liga-os como por uma cadeia de ferro, impede as defecções e os momentos de fraqueza. É a política artificial e sem convicção que procede com as aparências da concórdia e da civilidade. O interesse faz nascer o espírito de partido ; os princípios, pelo contrário, dão origem à divisão, inspiram a tentação de dizimar, expulsar, matar os seus inimigos. " *
* de Renan em "O anti-cristo" .
Nova tática
Quanto mais patifarias faz um malandro, é natural que haja mais vontade de o expulsar da sociedade. Quanto mais incomoda um governo, seja pela má gestão dos negócios do país, seja pelos transtornos e prejuízos que causa aos cidadãos, mais provoca a necessidade de eleições e a vontade de o expulsar do parlamento.
No tempo dos romanos, resolviam estes problemas apunhalando os senadores.
Agora não é possível recorrer a uma solução semelhante, é muito menos ortodoxa no nosso país.
Portanto só resta uma solução, resultante da táctica exposta nas primeiras linhas desta mensagem.
Que é a solução pretendida pelos seus autores.
Pouca sabedoria é necessária para se saber porquê.
No tempo dos romanos, resolviam estes problemas apunhalando os senadores.
Agora não é possível recorrer a uma solução semelhante, é muito menos ortodoxa no nosso país.
Portanto só resta uma solução, resultante da táctica exposta nas primeiras linhas desta mensagem.
Que é a solução pretendida pelos seus autores.
Pouca sabedoria é necessária para se saber porquê.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
O segundo livro meu
O segundo livro irá constar de parte das 527 mensagens que escrevi até hoje, neste blog. Com algumas excepções, de prosa ou de poesia, sempre referenciadas com as " " " " do costume, indicando o seu autor e com que pretendo amenizar e enriquecer o restante é tudo de minha autoria e responsabilidade.Excepções de autores já falecidos há muito.
O mais provável é que não seja editado por uma das editoriais da nossa praça e distribuído por alguma das empresas que a tanto se dedicam. Pediram-me seis mil euros pela publicação do primeiro que escrevi e que
intitulei #sonho com sorte# Quem quiser ler este,. peça-mo, farei como com o segundo, envia-lo-ei por email desde que me enviem o vosso endereço electrónico..E de graça, claro.
As mensagens seleccionadas para este segundo livro foram escolhidas entre as 527 mensagens, por pessoa amiga, que citarei no prólogo, se ela me autorizar.
Anunciarei a data em que estará ao vosso dispor
O mais provável é que não seja editado por uma das editoriais da nossa praça e distribuído por alguma das empresas que a tanto se dedicam. Pediram-me seis mil euros pela publicação do primeiro que escrevi e que
intitulei #sonho com sorte# Quem quiser ler este,. peça-mo, farei como com o segundo, envia-lo-ei por email desde que me enviem o vosso endereço electrónico..E de graça, claro.
As mensagens seleccionadas para este segundo livro foram escolhidas entre as 527 mensagens, por pessoa amiga, que citarei no prólogo, se ela me autorizar.
Anunciarei a data em que estará ao vosso dispor
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Ai o calor !
O calor dilata os corpos, diz a física, ensinaram-nos na escola e aprendemos também na vida. Torna-nos pachorrentos, sentados na vida, resignados com o que já está, observando e só vendo depois, escutando esta maravilha do nosso mundo, à nossa disposição, ainda sem termos de pagar imposto para olhar à volta.Sim, podeis crer que mais dia menos dia , depois do imposto sobre o ar que respiramos, sobre a sombra que fazemos, mais dia menos dia aparecerá o imposto sobre olhar : só olhar em frente terá a taxa menor, com dedução fiscal considerável para os que mantenham olhar em frente mais de 24 horas. Olhar à volta terá uma taxação complicadíssima (os inteligentes sabem porquê, não digo, já esqueci, não pretendo que me chamem reaccionário) , olhar para cima, sabemos, preveniram-nos, estará sujeito a uma grande taxa, salvo se acompanhada de assobio suave.
Pensar e manifestar pensamentos, terá a taxa máxima, E em muitas situações constituirá justa causa para instauração dum processo judicial, e provável prisão preventiva.
E será um dos delitos que permite a instalação de escutas e de "chips" em tudo o que o arguido use.
Consta que a união europeia propôs e aprovou com 99.9 % dos votos, essa medida.,Se esta é ou não salutar, desculpem, sou um cobardolas, não respondo. Isto até pode ser lido por alguns responsáveis(*) da nossa praça..
(*)vocábulo em vias de extnção, dada a raridade da espécie.
Pensar e manifestar pensamentos, terá a taxa máxima, E em muitas situações constituirá justa causa para instauração dum processo judicial, e provável prisão preventiva.
E será um dos delitos que permite a instalação de escutas e de "chips" em tudo o que o arguido use.
Consta que a união europeia propôs e aprovou com 99.9 % dos votos, essa medida.,Se esta é ou não salutar, desculpem, sou um cobardolas, não respondo. Isto até pode ser lido por alguns responsáveis(*) da nossa praça..
(*)vocábulo em vias de extnção, dada a raridade da espécie.
domingo, 29 de agosto de 2010
Sinais postiços
Lembram-se daqueles sinais postiços que as meninas e as senhoras de antigamente, há 40 ou mais anos, punham na cara ou noutras partes do corpo ? Era uma moda de então, agora substituídos pelos "pierce" , com muito menor originalidade. Pois essa moda iniciou-se há alguns séculos atraz, quando as raparigas e as senhoras, atacadas pela varíola, pretendiam esconder os sinais deixados na pele pela doença..O "rouge" e o pó de arroz, completavam e aprimoravam o processo.
Mais difícil então era ocultar os efeitos sudoríferos e a existência de certa fauna, motivados pela raridade dos banhos e pelas fartas cabeleiras postiças.
Mais difícil então era ocultar os efeitos sudoríferos e a existência de certa fauna, motivados pela raridade dos banhos e pelas fartas cabeleiras postiças.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Analisando
Analisando os meus interesses vou entrando numa conclusão. Parece-me inútil saber quantos frequentadores, visitantes têm as mensagens dos meus dois blogs. Se forem apenas quatro ou cinco e que sorriem ao lê-los, que apreciem a maior ou menor originalidade dos temas abordados, que tirem algum sumo do que lêem, que falem deles com o marido, com os filhos ou com os amigos, já é bastante.Em particular porque assim se começam as amizades, se cimentam os convívios, se desperta por vezes, a vontade de beber mais da mesma fonte.
E escrevendo um livro, alegramos-nos de forma semelhante.O prazer de encontrar na pesquisa o que procurávamos, viver a vida das personagens que criámos,
Talvez seja essa a razão porque leio um livro, qualquer livro por menos bom que seja, até ao fim : querer também partilhar um pouco do gozo de quem o escreveu.
E escrevendo um livro, alegramos-nos de forma semelhante.O prazer de encontrar na pesquisa o que procurávamos, viver a vida das personagens que criámos,
Talvez seja essa a razão porque leio um livro, qualquer livro por menos bom que seja, até ao fim : querer também partilhar um pouco do gozo de quem o escreveu.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Vou e vollta
Vou e volto
Dou voltas e reviravoltas
Saltos dentro de mim
Sem sentir se são voltas ou reviravoltas
Sei que vou andando, ou caminhando, nem ao físico obedecendo
Num bem estar de águas mornas
Sem sentir qualquer desgosto ou solidão
Sigo aquele apelo de procurar o que tenho de bom dentro da memória
E aquele desejo insano de escrever
Alguma daquelas "cartas de amor,como as outras, ridículas(*)"
Como disse o maior poeta do mundo
E a tamanha vontade de dar voltas e reviravoltas atrás, no tempo
E dar comigo sentado num café de Lisboa
E ler, em primeira mão uma quadra, que ele acabou de escrever:
"Há luz no tojo e no brejo
Luz no ar e no chão
Há luz em tudo que vejo,
Não no meu coração.(*)"
(*)Fernando Pessoa(1888-1935)
Dou voltas e reviravoltas
Saltos dentro de mim
Sem sentir se são voltas ou reviravoltas
Sei que vou andando, ou caminhando, nem ao físico obedecendo
Num bem estar de águas mornas
Sem sentir qualquer desgosto ou solidão
Sigo aquele apelo de procurar o que tenho de bom dentro da memória
E aquele desejo insano de escrever
Alguma daquelas "cartas de amor,como as outras, ridículas(*)"
Como disse o maior poeta do mundo
E a tamanha vontade de dar voltas e reviravoltas atrás, no tempo
E dar comigo sentado num café de Lisboa
E ler, em primeira mão uma quadra, que ele acabou de escrever:
"Há luz no tojo e no brejo
Luz no ar e no chão
Há luz em tudo que vejo,
Não no meu coração.(*)"
(*)Fernando Pessoa(1888-1935)
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Falando de gavetas
Na segunda mensagem que escrevi neste blog eu disse,de minha inteira autoria e responsabilidade : eu sou como aquelas gavetas, que quando as queremos abrir, à primeira encravam, à segunda entortam e à terceira lá vêm para cá.
Sempre gostei de abrir gavetas, em particular nos móveis antigos.E de pesquisar os lugares e recônditos das casas onde eu vivia. Os meus avós tinha um sótão enorme na sua casa. Subíamos para lá por uma escada íngreme, sem luz, de degraus muito altos, cada qual rangendo uma nota diferente. Lá em cima, por umas frestas finas entrava alguma luz por uns ténues raios povoados de poeira. E eu pesquisava o espólio existente começando sempre pelo berço de canas, como o chamavam lá em casa. Estava suspenso nas pontas em dois eixos assentes em duas colunas verticais de canas e sobre esses eixos o berço movia-se para embalar a criança. Um berço de um metro de comprimento, que sempre me fazia pensar porque o teriam feito tão comprido. Tinha sido o berço da minha avó, da minha mãe e eu e dois dos meus irmãos, também lá fomos embalados.
Um dia, com a costumada curiosidade infantil dos meus sete anos de idade, perguntei à minha avó :
- Oh avó porque é que aquele berço que está no sótão é tão comprido, é o maior berço que eu já vi?
- Olha menino, é muito comprido para caber lá a língua dos meninos, tão compridas como a tua !
O meu Pai, que sempre tinha uma resposta raziável para o que lhe perguntavam, disse-me que o berço de canas era assim de comprido para os bébés se mexerem e refastelarem à vontade.
A minha avô, como todas as avós que eu conheci, era orgulhosamente incapaz de dizer "não sei !".
Sempre gostei de abrir gavetas, em particular nos móveis antigos.E de pesquisar os lugares e recônditos das casas onde eu vivia. Os meus avós tinha um sótão enorme na sua casa. Subíamos para lá por uma escada íngreme, sem luz, de degraus muito altos, cada qual rangendo uma nota diferente. Lá em cima, por umas frestas finas entrava alguma luz por uns ténues raios povoados de poeira. E eu pesquisava o espólio existente começando sempre pelo berço de canas, como o chamavam lá em casa. Estava suspenso nas pontas em dois eixos assentes em duas colunas verticais de canas e sobre esses eixos o berço movia-se para embalar a criança. Um berço de um metro de comprimento, que sempre me fazia pensar porque o teriam feito tão comprido. Tinha sido o berço da minha avó, da minha mãe e eu e dois dos meus irmãos, também lá fomos embalados.
Um dia, com a costumada curiosidade infantil dos meus sete anos de idade, perguntei à minha avó :
- Oh avó porque é que aquele berço que está no sótão é tão comprido, é o maior berço que eu já vi?
- Olha menino, é muito comprido para caber lá a língua dos meninos, tão compridas como a tua !
O meu Pai, que sempre tinha uma resposta raziável para o que lhe perguntavam, disse-me que o berço de canas era assim de comprido para os bébés se mexerem e refastelarem à vontade.
A minha avô, como todas as avós que eu conheci, era orgulhosamente incapaz de dizer "não sei !".
Uma credora que eu tenho
Chama-se Marta.Estou pagando-lhe uma parte da minha dívida recomendando a quem gosta de ler boas mensagens que vejam o seu blog www.há vida em Marta.com Ficarão com mais uma credora.
O que ela escreve vale muito, não se lê todos os dias.
O que ela escreve vale muito, não se lê todos os dias.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
Muito referimos, muito empregamos na escrita, temas que em todas as épocas foram a base de dramas, comédias, novelas e poesias : o amor, a paixão,o drama, a felicidade,a traição, a fantasia, a criatividade.E outros, muitos outros.
No entanto existem assuntos que são desenvolvidos de forma mais rara no teatro e na literatura, nas telenovelas, embora por vezes apareçam como elementos que enriquecem algumas cenas dos filmes ou de situações nos enredos que o escritor cria.: as dificuldades sofridas pelos personagens, surpresas surgidas com maior ou menor oportunidade, atitudes insólitas e pouco prováveis modificando por completo o rumo da vida de cada um.
No fim de contas a vida que percorremos também, é assim mesmo. Que na aparência se resumiu, para os outros a uma história vulgar, de uma mulher ou de um homem vulgares, mas que na realidade foi recheada de acontecimentos só conhecidos dos próprios, e que quase sempre ocupam um lugar priveligeado e importante nas suas memórias.
E que raramente entra nas nossas conversas.
No entanto existem assuntos que são desenvolvidos de forma mais rara no teatro e na literatura, nas telenovelas, embora por vezes apareçam como elementos que enriquecem algumas cenas dos filmes ou de situações nos enredos que o escritor cria.: as dificuldades sofridas pelos personagens, surpresas surgidas com maior ou menor oportunidade, atitudes insólitas e pouco prováveis modificando por completo o rumo da vida de cada um.
No fim de contas a vida que percorremos também, é assim mesmo. Que na aparência se resumiu, para os outros a uma história vulgar, de uma mulher ou de um homem vulgares, mas que na realidade foi recheada de acontecimentos só conhecidos dos próprios, e que quase sempre ocupam um lugar priveligeado e importante nas suas memórias.
E que raramente entra nas nossas conversas.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Ainda Pascal
São com frequência muito empregues as expressões "grão de areia de Pascal" e "abismo de Pascal" . A primeira refere o grão de areia que se introduziu na uretra de Cromwell, provocando a sua morte e impedindo que desferisse um golpe profundo em toda a cristandade e na família real. A outra expressão, referindo-se às alucinações que Pascal sofria após um acidente que sofreu em Paris, usa-se hoje, para referir a dificuldade de alguns problemas sociais e morais.
E outra citação, de autoria de Pascal :
" Nenhuma outra religião, a não ser a cristã, conheceu que o homem é a mais excelente criatura, e ao mesmo tempo, a mais miserável".
Prometo não citar mais Pascal,deixo-o para o "Faço tenção" depois de ali terminar as citações do padre António Vieira. As por mim escolhidas nos seus sermões. Porque decerto ele pronunciou muitas mais, dignas de citar, durante a sua vida. .
E outra citação, de autoria de Pascal :
" Nenhuma outra religião, a não ser a cristã, conheceu que o homem é a mais excelente criatura, e ao mesmo tempo, a mais miserável".
Prometo não citar mais Pascal,deixo-o para o "Faço tenção" depois de ali terminar as citações do padre António Vieira. As por mim escolhidas nos seus sermões. Porque decerto ele pronunciou muitas mais, dignas de citar, durante a sua vida. .
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Pascal
Pascal foi um daqueles homens, mencionados numa mensagem deste blog, no dia 10 deste mês que morrendo muito novo, apenas com 39 anos de idade, certamente desapareceu porque seria muito mais útil noutro lugar do Universo. Foi um indivíduo excepcional nas matemáticas, descobriu as bases da geometria euclidiana : apenas com dezasseis anos escreveu um tratado que foi considerado o mais importante depois de Arquimedes, tendo-o Descartes elogiado profusamente. Aos dezoito anos de idade, inventou uma máquina de calcular, descobriu diversas leis da física, publicou matéria sobre o cálculo das probabilidades, e nas letras publicou pensamentos filosóficos e novidades, na lógica.
Eis uma citação de sua autoria, cujos dois primeiros períodos são muito conhecidos
:
" O coração tem suas razões, que a razão não conhece : sabe-se isso em mil coisas."
Eis uma citação de sua autoria, cujos dois primeiros períodos são muito conhecidos
:
" O coração tem suas razões, que a razão não conhece : sabe-se isso em mil coisas."
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