"Vulpes pilum mutat, non mores" - a raposa muda de pelo mas não de costumes. Locução latina com a correspondente portuguesa "o que o berço dá a tumba o leva". E que muito se aplica e se aplicou entre as nossas gentes, nas relações familiares, nos usos e costumes, na política. Segundo os distintos especialistas da psicologia e da genética, não está provado que assim seja. Simples causalidades que a estatística não comprova, que a história não confirma, que os factos negam bastas vezes.
Não sei se algum tempo houve quem se dedicasse a analisar com honestidade, imparcialidade e sem omissões que a favoreçam ou desfavoreçam, a veracidade dessa locução. Mas na vida tenho constatado, em muitos domínios, essa relação entre o passado e o presente na personalidade de muitos indivíduos. No entanto não podemos generalizar, não existem, que eu saiba, inquéritos representativos dessa matéria. É provável que só atentemos aos casos em que se aplica essa locução, esquecendo o grande número em que não se verifica Sabemos que os genes transmitem caracteres físicos, tendências, fenótipos. Mas julgo que não está provado que transmitam facetas do caracter, hábitos, idiossincrasias.
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