Discorrer sobre a meteorologia e previsão do tempo não é privilégio, responsabilidade ou compromisso dos respectivos cientistas. Com tantos cursos que há nas universidades portuguesas não me consta, que uma universidade disponha dum que prepare e forme alunos em tal matéria. Posso estar enganado, o que me parece normal e justificado dado que julgo ser de algumas centenas os cursos superiores que as nossas faculdades dispõem para os que pretendem tirar um canudo. Na ilusão de que tal objecto os habilita com garantia, para um bom salário, constituir família e proporcionar aos filhos uma formação decente.
Uma das provas que não existe tal privilégio está no povo britânico. Nessa ilha, mais de cinquenta e três milhões de súbditos de sua majestade, começam por norma e bons costumes, as conversas referindo-se ao tempo meteorológico dos últimos dias, à previsão do tempo para os próximos tempos e ou às consequências das condições climatéricas que estão decorrendo. E, pelos mais eruditos, aos problemas que daí advirão para a agricultura, para a macroeconomia e para o desemprego e bem estar dos lares ingleses.
Na minha vida profissional, nos cinco anos antes de me reformar, dediquei a minha actividade dirigindo e executando um projecto que, entre outros trabalhos, incidiu na montagem de cinco postos meteorológicos na zona central do Algarve, para complementar as directrizes sobre a rega naquela zona. Embora o período de observações tenha sido curto, nesses anos e até dois mil e treze, sem excepção, o período em que se verificaram as temperaturas mais elevadas, foi o compreendido entre quatro e quinze de julho. Nesses dias sempre tivemos ceu sem nuvens,pouco vento, calor forte atraindo turistas. Neste Julho de 2014 temos a excepção, temperaturas amenas, dias, como o de hoje, de grande nebulosidade, ventos moderados.
O turista britânico está indignado!
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