O Joaquim Silva levou a bicicleta eléctrica para a estrada, desapertou o selim, colocou-o mais alto, apertou a porca subiu e abalou electricamente. Ia encontrar-se com Germana que lhe tinha telefonado antes do almoço, O Joaquim conhecia-a e namorava-a desde aquele ano do vendaval que arrancara as chapas de zinco da praça do peixe, uma das chapas caira sobre o vidro da frente do automóvel do presidente da câmara, um carro do tempo da Maria Castanha, que tinha uma colecção de carros antigos guardados no armazém do município onde o Marcelino, o guarda careca recebia delas uns cobres que lhe arredondavam o magro vencimento como contínuo, função contínua como a mais simples função contínua do cálculo diferencial, com a diferença que influía directa e não diferencilmente na economia familiar do Marcelino este, no entanto, sempre com boas informações de desempenho, o que se reproduzia na opinião dos vizinhos que teria no entanto ser relevada pelo povo da freguesia e revelada no diário local que sempre saia só uma vez por mês e quando não era feriado nem imperava o Carnaval. Naquele ano a terça - feira de carnaval fora à segunda, não por causa do mau cheiro mas porque não havia sardinha assada em qualquer restaurante que tivesse as portas abertas para a rua porque além da ventania, o calôr era intenso e chovia a càntaros partidos que é uma chuva muito incómoda, os cacos dos càntaros partidos levados pelo vento estampavam-se e estilhavam-se no quintal do Eleutério enquanto este lia o jornal da noite porque esse dia tinha amanhecido de noite apesar de ser um novo dia visto que era meia noite e um do dia seguinte ao anterior .
O Joaquim Silva, chegou ao portão da casa da Germana. Esta disse:+
- Não abras o portão, Fran...
Foi ´quando o pai da Francisca deu um tiro no Joaquim.
Esta notícia, como todas as notícias que dão as televisões, teria de ser dramática.
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