Os que visitam este blog são avarentos nas críticas. Digo-o porque gosto de as ler quando elas, muito raras, surgem. Não para me preocupar se são desfavoráveis, nem me envaidecer, se me elogiam. Atingi a idade em que avisadamente, com pouco me preocupo e com nada me envaideço.
Quando escrevo uma mensagem obsoleta, anacrónica, louca( as duas últimas...) estou dando liberdade a muito que não presta que tenho dentro da imaginação, esta o miolo duma caixa incómoda, inútil, bastas vezes insensata, quase sempre sem a luz, o brilho e o vigor que tudo o que escrevemos deve conter.
Lendo conhecemos muitas realidades alheias. Escrevendo, expomos muito que desconhecíamos de nós e que salta da caixa da memória aberta e camuflada pela imaginação e pela fantasia.
Mais ou menos há sessenta anos comecei a escrever. Um pequeno poema "Carta ao menino Jesus", que então publiquei numa revista (e que se chamava"Revista" ) em Luanda e agora no meu segundo livro que acaba de ser editado. Foram esses primeiros versos, o início desta actividade tão maravilhosa que é escrever - maravilhosa como a de ler - para mim bem complementando e com mais valor, satisfação e resultado, que a leitura.
Em sessenta anos foi muito pouco o que li e ainda menos o que escrevi. Vou tentando agora aproveitar melhor o tempo que disponho.
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