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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Ainda o senhor tempo

Deixei agora o meu blog, tinha escrito quatro linhas, começava a divagar sobre o tempo, e zás, desapareceu tudo o que eu tinha escrito. Vingança comezinha porque desde novembro do ano passado que não pespeguei lá uma linha, um pensamento, um verso. E sobre o tempo, ia dizendo que se trata dum personagem sondado levemente pelos assírios, inventado na amtiguidade clássical pelos gregos, investigado com algum pormenor pelos egípcios, inserido na geometria pelos gregos, expulso d...a Itália e gozado pelos romanos (que tanto falavam em mil anos do seu império como nos trinta de Jesus Cristo), desdobrado cientificamente por Einstein, criticado no século passado quando os críticos não tinham nada para criticar, parecendo que vai sendo um pouco esquecido neste século. Enfim, para mim é um mistério, um paradoxo, uma mistificação. Um mistério porque ainda ninguém, nenhum político nenhum tocador de harmónio e cantor, nenhum pedreiro deu uma definição diferente daquela que é uma definição mais que cretina porque nada define, o tempo é o espaço entre duas posições dos dois ou mais ponteiros do relógio. Um paradoxo porque o tempo não pode ser nem um espaço - não sabemos se andamos a passear por ele - , não é o que está entre o antes e o depois, porque então estaríamos sempre no tempo e não é o que dizem os sábios. E nem é sequer o intervalo entre o princípio e o fim dum espirro - porque nunca sabemos quando vai acontecer esse tal espirro.
Para mim a definição mais concreta foi a que me deu um pobre: "O tempo? sei lá o que é o tempo, senhor! O tempo é o que fica entre uma esmola e a seguinte, entre o prato cheio de sopa e esse prato vazio, entre isto e outra coisa, sei lá o que é o tempo !"

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