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domingo, 31 de janeiro de 2010

Azares e acasos

Só quem mais tempo perde com os problemas, como disse A.Einstein, se distingue pela inteligência. Só quem menos tempo perde com os azares, digo-vos eu, pode gozar mais as surpresas que o acaso proporciona. O que revela além de alguma inteligência, bastante sabedoria.

O meu tio Tomaz

O meu tio Tomaz era um homem extraordinário. Não por ir sempre à cozinha da minha avó cumprimentar a Chachão(a senhora cozinheira do minha avÓ)depois de comermos o explêndido arroz de pato que ela elaborava nos seus domínios, seguindo a sua própria receita que infelizmente ficou desconhecida; não por vestir de forma impecável e singular; não pelo seu dom da palavra que cativava sempre quem o ouvia; não porque era a pessoa da família que tratava melhor e demonstrava mais amizade pela minha Mãe,sua cunhada: mas principalmente porque era um homem muito avançado para o seu tempo, tratava de igual modo o humilde que o ricaço, era um homem que vivia no futuro, não imitava nada nem ninguém e aliava as descobertas da época à sua imaginação e creatividade. Como grande oferta de casamento, o meu avô presenteou-o com uma fábrica de conservas de sardinha, parada há muitos anos e de máquinas arruinadas. O magro capital dum pequeno empréstimo, permitiu-lhe conseguir que a fábrica funcionasse. Movimentou-se de forma a começar a exportar para o estrangeiro as conservas que saíam da fábrica. Obra notável, foi o primeiro industrial que no Algarve montou uma creche para os bébés das trabalhadoras.
- Morreu muito novo, tinha 57 anos. De certeza que o levaram tão cedo porque, onde chegou, fazia muita falta.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O acaso e a certeza

Oiço e leio muitas vezes a muita gente que detestam a incerteza. Quer dizer que detestam o contrário da certeza, que é o acaso.Não pensam no que dizem,exprimem-se mal ou não são capazes de se exprimir melhor. Senão vejamos: a que se deve termos sido gerados e portanto nascidos como somos naquele dia, onde nascemos, quando nascemos.Aos nossos pais nada lhes ter acontecido no dia em que nos geraram, foi um acaso. Os nossos pais, por acaso, naquele dia em que nos gerarem não se deslocaram por uma causa fortuita, para outro local. Foi o acaso que determinou nascermos naquele dia, porque ninguém consegue adivinhar nem o dia nem a hora em que irá nascer.Portanto quem gosta de viver - julgo que a maioria dos cidadãos - deverá portanto agradecer e não odiar o acaso.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Próximos aniversários

Além do meu,é no dia 5 de Abril que este blog completa um ano.Espero que os meus amigos o felicitem com algum comentário decente.
Há gente que desconhece
O que este blog contem
Só que a mim bem me parece
Que muito poucos o leêm

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Quando será que as mulheres ?

Durante a minha vida assisti ou foram notícias acontecimentos que marcaram o século passado.Muitos deles permanecerão na história por centenas ou milhares de anos.
A segunda guerra mundial, a queda do muro de Berlim, as independências de tantas colónias e povos subjugados, o progresso enorme dos transportes,da televisão e do ensino.Entre muitos outros. Mas até hoje, ainda não vi que as mulheres, em todos os domínios do ser humano, conquistassem o estatuto de igualdade plena em relação aos homens.
Vou viver mais uns vinte ou trinta anos, não se admirem, se cheguei até aqui dizem as estatísticas, que talvez passeie por cá mais esse tempo. Tenho esperança que as mulheres irão dentro em breve, ocupar o lugar que merecem e devem,na condução e nos destinos dos países onde nasceram.
Se elas têm sido bem capazes de suportar os homens; se têm sido e são capazes, ao contrário dos homens, de fazer várias coisas ao mesmo tempo; se se ocupam naquilo em que os homens não são capazes ou não desejam se ocupar; se continuam a ser capazes,de fazer e criar filhos, com prazer e em todas as condições : porque será que ainda se resignam às situações de favor na política e na resolução dos problemas do país ?
Para variar e sair deste marasmo,destes projectos genéricos e descomprometidos, só 33 por cento dos deputados,ministros,autarcas, poderiam ser homens.Ao contrário do que agora os nossos dirigentes, duma forma que se pretende generosa, concedem às mulheres.Seria o primeiro grande acontecimento do século XXI,a recordar por muitos anos.
Alternativa pior para Portugal, não seria com certeza.
Será que ainda teremos de esperar mais vinte ou trinta anos ?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O valôr de um minuto

Num minuto,em avião a jacto podemos percorrer quinze quilómetros, sentados comodamente.Num minuto faz-se um ovo estrelado,num minuto pode-se matar ou morrer,num minuto nos vestimos ou nos despimos,num minuto se faz uma caricatura,num minuto damos cem passos seguros, num minuto se faz um verso,se cria um pensamento ou uma futura citação,num minuto se pode fazer muita coisa inútil ou de algum valor.
Mas uma mulher, em nove meses,faz aquilo que nunca um homem fez nem fará no mesmo tempo.
Não há forma dos homens perderem o ciúme e a inveja e reconhecerem e louvarem o que todas as mulheres podem fazer em não muitos minutos das suas vidas.Por vezes nem agradecem a quem os fez.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Sorrisos

-"Ninguém precisa mais de um sorriso do que aquele que não tem um sorriso para dar" - de um anónimo.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Ajustamentos

Quando conduzimos e guiamos o automóvel, com pequenos movimentos efectuamos, de forma automática, no volante, pequenos ajustamentos que levam a que o carro se mantenha em linha recta ou faça uma curva com suavidade. De forma semelhante o nosso espírito efectua pequenos ajustamentos, ao longo da vida, levando-nos a reagir de maneira diversa hoje em relação à nossa reacção de ontem ou de há uns tempos atrás, a um acontecimento, acidente ou situação que agora nos surge.Por influência dos amigos,de circunstâncias imprevistas,do conhecimento da história do homem e da natureza, do que lemos ou do que ouvimos.
Se tudo isso cessa, e nos alheamos, sem o notar, envelhecemos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Uma análise

Quando poderia entrar

A senhora desceu do autocarro, ajudou a criança a descer e entrou na cabeleireira boa tarde dona Augusta mas que crescidinha que está a sua filha então hoje quer o costume, lavar e pentear,não dona Isaura hoje é aqui para a minha filha,à tarde vai fazer a primeira comunhão e não vê assim não pode aparecer defronte do padre oh mãezinha eu não quero lavar o cabelo a água está muito fria ai desculpe dona Augusta já não me lembrava há obras na rua cortaram a electricidade mas Mariazinha isto é um instante pronto agora pomos a toalha vais ficar com um cabelo lindo para mostrar ao senhor prior mas o meu paizinho disse-me ontem o teu paizinho 'tá sempre a dizer-te coisas já se sabe ele nunca pode trazer-te à dona Augusta mãezinha o paizinho diz sempre que não pode entrar numa cabeleireira e até me disse ontem que andava a pensar quando é que poderia entrar na dona Augusta cabeleireira e até depois de dizer isto desatou a rir às gargalhadas olhou para mim e ficou logo muito sério.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Menos gôrdo ou menos magro ?

- Pois é, ao fim de alguns anos de vida, se nos vemos com uma barriga bem proeminente, tentamos seguir as recomendações do médico que nos faz a revisão anual.Tem mais doze ou catorze quilos do que deveria ter, diz-me implacável,definitivo,ameaçador.Corte nas batatas,no pão,evite as gorduras,coma mais fibras e peixe,esqueça os doces e os aperitivos, continua ele sem se importar em saber a minha opinião ou os meus dramas gastronómicos. O problema é que ele nunca se dedica a medir o buraco da minha barriga quando me encontro em jejum, com fome! E também desconhece os cantos da minha casa. Mal dou um passo encontro-me com uma caixa de bombons que sobraram das festas. Se entro na copa para beber água - tem de beber pelo menos um litro e meio de água por dia, recomenda-me ele,terminante - então, lá na copa estão as bananas e o queijo tentadores e o frigorífico com uma data de fiambres, chouriços, e outros acepipes e iguarias que me provocam uma salivação intensa reforçada pelo vácuo criado pela buraco no estômago e pelo velho argumento de que uma vez não são vezes ou não é esta dentada que me faz criar mais barriga.Pense que leva nas mãos dois garrafões e meio de água e veja a diferença se não leva a água - discursa-me ele sem contemplações. Vou passar a não subir as escadas com os garrafões e meio que tenho a mais na barriga..Oh doutor, eu já tentei muitas vezes entrar nessa dieta, não percebo, será que terei de passar fome, fazer da minha casa um campo de concentração ? O problema é que a minha esposa ainda vive comigo,ela não desiste e ainda bem. Ela não precisa nem quer fazer dieta. O problema também é que constato que há um mistério insondável : sempre que faço dieta, passados alguns dias já tenho mais um quilo, ninguém me convence do contrário, por certo com medo de me ofender.Os argumentos do senhor apetite, como os do Senhor, são imprescritíveis e os que os contrariam, inexequíveis, a vontade não os aceita sem demonstrar o contrário.
Será que tenho a balança avariada ?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sossego

O sossego é a alma do negócio.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Outras análises

Alem das corriqueiras análises (as que muita gente faz a si próprias: de onde venho , para onde vamos ,etc.)chego à conclusão que, dentro de mim há muito ainda para analisar, não do corpo que a hereditariedade nos concedeu. As heranças que temos representadas no corpo, a cor da pele, do cabelo, as tendências para a obesidade ou magreza,etc. não abrangem nada do espírito, não explicam porque nos revelamos, na mesma família, uns mais abrutalhados no trato, outros mais generosos e sensíveis.Daí um rôr de perguntas que nos fazemos, quantas mais fazemos mais outras surgem , quanto mais ajuizamos uma, mais dúvidas surgem sobre a mesma, como se outro estivesse argumentando connosco. E não lhes podemos escapar. Se usamos do sofisma ou da mentira não prosseguimos, emendamos o juizo e só abandonamos a discussão com nós próprios quando pretendemos esquece-la, ficando a pairar na mente algum fumo incómodo de contrariedade ou de covardia.
Vou pensar nisto,de maneira sossegada. Até poderei começar pela análise do sossego.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Esquadrinhando

É assim mesmo.Consigo entrar dentro de mim e esquadrinhar o bom e o mau que por aqui anda. Do bom não vos falo, por humildade que me sustenta o ego e pelo respeito que me aguenta o blog. Queira ou não queira vejo-me com frequência metido nestas análises que me preocupam e desestabilizam. Não é bonito gabar-nos mas que querem ,por vezes deixo-me invadir por pensamentos que nada têm de humildes. Sou um fanático quando se trata do meu país, da minha família, dos meus amigos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

entrevista com a presidente do Chile

Não sei se assistiram à entrevista que a RTP fez à senhora presidente da república do Chile.Se não ouviram o que aquela senhora presidente respondeu às perguntas, algumas bastante insidiosas, perderam uma bela lição de serenidade, ausência de rancor, sensatez, verdadeiro e honesto programa de governação e de relação com os seus concidadãos e com os estrangeiros. Nunca se referiu com raiva, nunca enunciou qualquer desejo de vingança.Encaminhou sempre as respostas no sentido de melhorar o futuro enquanto o entrevistador de forma persistente e por vezes até deselegante procurava , através das perguntas, encaminhar as respostas para as maldições do passado. Sem papas na língua usou duma linguagem que toda a gente que a ouviu, a entendeu.
Importamos tanta coisa inútil e desnecessária, poderíamos procurar o milagre de importar gente desta.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Assertividade

-È um lugar comum (eu não gosto de lugares comuns,nego-me a comungar ou partilhar um lugar com o que quer que seja,seja uma indivíduo, seja um leão)confessar que os filhos todos os dias nos ensinam uma coisa nova. Em muitas disciplinas(será que ainda há "disciplinas" nas escolas?)como p.ex. o vocabulário. Hoje a minha filha Alexandra obriga-me a revelar que eu desconhecia a "assertividade", palavra que empregou com inteira justiça ao referir-se à senhora Patricia Reis, cujo blog leio quase todos os dias.Tenho esperança que esta filha, ela já uma senhora escritora, tenha a mesma opinião secreta sobre o que escrevo.
É bom, é mesmo agradável conservar as esperanças sobre os filhos, mesmo quando, depois de crescermos um bom bocado, eles têm quase a nossa idade. Não se admirem,eu tenho pr'ái uns trinta anos de vivência,já fiz as contas.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Hoje

- Hoje, nada. Nada me sinto capaz de escrever,vou para um sudoku dos mais difíceis, os de não mais de 22 algarismos conhecidos.E depois para umas duas ou tres partidas de xadrês com um parceiro/adversário que me ature.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Que sair ?

Se nos dispomos a escrever com vontade de ver tudo risonho, de apreciar quem vemos sem ideias preconcebidas, sem faca afiada, sem desconfiança por dá cá qualquer palha, passamos as horas sem dar por isso, vêm surgindo ideias novas ou que nos parecem originais, respondemos, ao que nos solicitam seja o que for pelo menos com amabilidade, se puder ser com um comentário que faça sorrir quem nos fala ou com uma interpretação jocosa de alguma palavra que nos dirigem e que pode ter um outro sentido, se não for acompanhado do complemento que desfaça qualquer dúvida. A nossa língua é assim. Vejam só e p.ex. o que podem pensar quando vos dizem "vou sair!".Poderá ser sair de onde está, sair do problema, "sair da cepa torta",etc..Pode significar uma decisão inabalavel,com o auxílio do frasear mais moderno - "vou sair, pronto!", poderá significar um aviso - vou sair e não volto - ou uma ameaça - vou sair e vocês ficam sem mim, não se queixem.
Chega de sair,voltemos à quietude.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Imperativo pouco categórico

Tenho de procurar.Procurar tudo o que necessito para não me esquecer de nada.Tenho de procurar não encontrar nada do que procuro,não ceder à tentação de procurar a saudade,nem ceder ao imperativo categórico. que eu achei sempre ser uma coisa cheia de graça para ornamentar uma frase que se diz quando não se encontra nada de pior para dizer, nunca me convenci do que significa o tal imperativo. Que ainda por cima, para nos amesquinhar, deitar abaixo, reduzir a uma expressão mais complicada, ainda por cima , é categórico. Dizem que o línguajar português é traiçoeiro. O tanas, traiçoeiro não. Como nos estabelecemos, vivemos e fizemos filhos por todo o mundo,desde a Índia ao Brasil,pescámos palavras em todo o mundo,aprendemos artimanhas por onde passámos, misturámos os nossos genes com os dos morenos africanos, com os amarelos dos chinas e até com alguns brancos e louros da Europa.Foi o imperativo categórico que nos atirou para o que somos - não acham lindo dizer isto? Poderá ser uma grande asneira mas digam lá que não ficaria bem num desses discursos que ouvimos todos os dias cuja finalidade é não dizerem nada do que necessitamos ouvir.
A partir de hoje só trabalharei no imperativo, o categórico, só para o duche.

Suor

Passei a mão pela testa, e o que consegui foi isto que escrevi antes.Também temos o direito de o suor se traduzir numa enorme borracheira.Fiquem em "suspense", provávelmente amanhã será pior.

Quando elas deixam de ser paralelas

Não pode ser ! parece que esqueci as letras,as vírgulas,a fonética, as regras... Quais regras , estou farto de regras, justamente agora que náo tenho de obedecer a regras nenhumas e como estou a pensar em regras vem logo o pressentimento de que tenho de encontrar uma excepção decente, uma posição,um ângulo excepcional que me convença que tenho uma regra. É assim a vida,não nos contentamos nunca sem regras e sem excepções, o homem inventou aquela história das rectas paralelas que nunca se encontram e logo apareceu o chato que encontrou ,todo ufano, a excepção de que as paralelas encontram-se naquele sítio exquisito que é o infinito que é o tal sítio onde as paralelas têm de se encontrar, será para tratarem de algum negócio paralelo,será para namorarem paralelamente ou outra coisa menos interessante e menos paralela?Vou imediatamente sair com uma paralela, ela tem com certeza uma excepção para mim.Queres?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Que tal a experiência ?

Não acreditaram. Ninguém experimentou,parece-me. É claro que não vemos na rua os outros vocês que pretenderam sair de casa. Nem vocês me vêm a mim quando eu resolvo sair de casa e continuar sentado junto ao computador. Os corpos não saem quando ficam em casa, o que é o caso. Quando resolvo sair ficando o outro eu aqui, o que sai é o que gosta de apreciar o que há lá fora. Há pouco por exemplo estava junto a dois tipos que descarregavam morangos de Espanha,tomates de Faro e flores de Óbidos.Havia um "cocktail" de perfumes no ar que aspirei com delícia, embora sem a pituitária do corpo que deixei lá em cima, em casa, com o eu outro,o que gosta e aprecia mais toda a salgalhada da informática que o computador pôe à disposição do eu esse que lá está. Passam duas raparigas, com as mochilas dos livros e cadernos do liceu falando um algarvio cerrado que combina bem com o cheiro a peixe fresco que vem das caixas que agora entram no mercado.
Os perfume das flores e do peixe fresco são assim : não precisam que eu leve a pituitária do eu outro para junto delas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

De vez em quando dou saltos

De vez em quando dou saltos para fora da minha vida, vou p'rá rua eu ficando em casa descansado e o outro que mora em mim rindo-se do que ficou em casa e eu caminhando na rua entre assombrado e desvanecido com o que todos os sentidos lá fora me mostram.Se volto para casa e eu outro sai, que desilusão com o que sinto e que inveja sinto do que o eu outro gozou cá fora e que depois me descreveu lá em casa.Não acreditam ? experimentem deixar o vosso outro ir à rua, experimentem !

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Aquele senhor do 3º frente

Aquele senhor do terceiro frente que caminha,tropego,hesitante,puxando as mangas do casaco tão cinzento como a sua vida,vai andando,arrastando a vida,em passos curtos e lentos,para tráz e para diante na "marquise" ,cinco passos de vinte centimetros para diante,cinco passos de vinte e um centímetros para tráz,cada dois percursos um olhar indiferente para a rua em baixo,ageita o casaco na ida, afrouxa o colarinho duas voltas depois e de súbito pára,entrou a mulher a pendurar mais uma toalha amarela na "marquise" tapando a vista para a rua a cada dois percursos daquela vida.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

E agora , chegará finalmente a suina ?

É provável que se registem algumas conversões às diferentes igrejas espalhadas por todo o Portugal nos sentido de que finalmente essa gripe especial nos ataque e para que não se concretize o que o dr.M.Sousa Tavares anunciou no seu artigo de sábado passado no Expresso: a enorme burla à escala mundial da vacina contra essa gripe . Ninguem convence a srª ministra que será mais avisado seguir o exemplo da França e começar a recuperar alguns dos milhões gastos ? Como não somos um país pobre, como a crise só nos atingiu ao de leve ,já tudo são rosas, como somos um país outra vez rico, que importam menos umas dezenas de milhões de euros ? o problema é que nem sequer servirão de combustível para a coincineração.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Espero

Continuar gostando de escrever neste blog e no outro,(com citações do padre António Vieira) ("faço tenção") ou,como última alternativa, em qualquer pedaço de papel que me apareça a jeito.
Espero continuar recuperando os neurónios que me faltam, os sufcientes para emendar a preguiça com a criatividade, e substituir as desculpas de nada fazer pelo gosto de ver aparecer os meus desejos e sentimentos, ocultos sei lá porquê e recalcados no mar da indiferença.
Espero connntinuar a gostar dos blogs, ao contrário de alguns ilustres que poderão ser colegas no escrevinhar mas que ainda não descobriram o prazer das surpresas que eles,os blogs, nos trazem. É provável que nenhum desses senhores jamais tenha proporcionado a uma namorada o prazer de receber dele um bilhetinho de lembranças ou de amor, Se o fizeram, é provãvel que hoje disfarcem envergonhadamente esses devaneios.É ainda mais provável que não se lembrem nem acreditem que, se hoje escrevem algo de jeito, é porque leram q.b..
E p'ra acabar por hoje, desejo seguir o exemplo da minha irmã,que foi escrevendo desde os 18 até aos 94 anos, sem apontar os defeitos de ninguem.

sábado, 2 de janeiro de 2010

O que não prometo

Oo que não prometo para 2010 :
- virar a casaca em qualquer estação.
- esquecer os 6oo amigos que visitaram os meus blogs.
- atirar com os sonhos para o lixo,quaisquer que sejam.
- ter saudades do passado,fraco respeito pelo presente e temer ou tremer pelo futuro.
- hesitar ou ser avaro no sorriso.
O que este ano não farei :
-Acordado, deixar de ler,de escrever e de pensar.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Para 2010

Agora já tendo de novo um coração saudável vou passar a esfarrapar a vergonha, a aliviar-me de preconceitos sacanas, a aceitar de novo as asas da fantasia e a tratar de enriquecer a memória com a fortuna da minha biblioteca, com as pequenas e poucas notícias agradáveis deste mundo ou doutros que por aqui e ali aparecerem.
Prometo que procurarei não desenterrar os maus humores, prometo colocar-lhe em cima uma calçada de granito e um canteiro de flores sempre vivas.
Prometo que abrirei todos os dias a colecção dos passados dias felizes, manterei viva a saudade dos filhos e descendência, quer os que estão do outro lado do mundo quer dos que hoje podem vir bater à minha porta.
Por hoje não prometo mais nada,quando muito se promete ou quando se promete demais, mais fácil e corrente é esquecer a promessa.