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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Não gosto de esperar Nem gosto de estar à espera
Dum comboio, dum animal racional, dum prémio
Nem sequer estou gostando de escrever isto
Não gosto de muitas outras coisas
De batatas fritas moles, de azeitonas duras amargas
De lâmpadas fundidas, de lâmpadas encarnadas
De cadeiras de quatro pés, com um partido
De tormeiras de água quente sempre com água fria
E também de muitas dessa coisas a que chamam de iguarias
Mas acima de tudo não gosto de me sentar
E não conseguir pensar.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Por vezes isto me acontece

Não posso abstrair do meu pensamento as ideias insensatas que me afluem, que me transportam a paraísos desconhecidos, que me elevam a cumes esplendorosos, que me perturbam pela gritaria dentro de mim pelo  que sinto de revolta, de asco, de tédio na solidão encontrada pela ausência de companheiros que me acompanhem e que partilhem do que encontro onde chego. As entranhas revoltam-se-me pela fatuidade desta procura, vejo-me perseguido pelas cores que odeio, o vermelho e o cinzento e vejo ao longe arcos-íris incompletos, só de verdes, azuis e amarelos que se me escapam por mais que lance os braços para os agarrar e arrancar do céu.
Por vezes tudo isto acontece no meu deserto.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Conversa de vizinhas ou as linguas de gato

Pois é, Celestina, eu fui naquele supermercado que me dissestes. -Qual deles Maria, o que abriu no verão? - Não, mulher, o que está na esquina, lá ao fundo da minha rua, ao pé da casa da Quitéria, atão na talembres? - Ah, já sei, fui lá, fui, p'ra pagar as contas da água e da electricidsde e comprar um repolho para o meu marido, ele gosta muito do repolho com alhos, coentros, salsa e chouriço de sangue. - O meu, de couves na quer saber nada só quer carne de vaca e agora deu-lhe para me sarrazinar a cabeça com o bolo de bolota ca mãe dele faz cande vamos lá a casa dela, eu não gosto nada de bolota acho ca bolota é prós porcos, a marafada daquela minha sogra cando lá vamos à casa dela na passa duma vez que na me venha ca receita da bolota.- Olha Celestina, a minha tamém tem que se lhe diga, essa então não põe no meu prato outra coisa sem ser língua de vaca eu nunca como e passo lá fome, penso sempre por onde andou aquela língua e eu um dia até lhe perguntei se não gostava das línguas de gato, desatou numa gritaria, dizia que eu é que comia o que a língua dum gato lambia, eu desatei a rir, não imaginas como se pôa, o meus marido só lhe dizia, mão na tofendas olha que há línguas de gato de chocolate e doutra coisas, mas ela nada, continuava a mandar comigo e eu que não +arava de me rir, até chorei a rir.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Num melhor resumo do que foi dito no último programa do dr, Medina Carreira: - Como de costume, a apresentadora/moderadora do programa interrompeu por diversas vezes os entrevistados. Atropelava com frequência e desfaçatez as respostas do dr.Medina Carreira e do jornalista Costa, o convidado. Deveria observar mais e melhor a forma como fazem e moderam entrevistas os jornalistas que são considerados exemplares nesse trabalho profissional - Ao comentar a opinião do dr.Medina Carreira de que bastariam vinte ou trinta deputados na nossa assembleia, o jornalista Costa referiu que eram necessários os actuais duzentos deputados porque assim bem representam os votantes e bem contribuíam para a democracia. Ao que o dr.Medina Carreira respondeu que todos sabemos que aqueles deputados são escolhidos a dedo pelos chefes dos partidos e portanto não representam o povo, nem contribuiem para a democracia porque ali só obedecem à voz do chefe do partido. - O outro ponto importante, que o dr.Medina Carreira referiu; para iniciar uma discussão séria e obter um projecto para a crise actual, deveria ser apresentado ao nosso país um relato completo da actual situação económica, de forma que todo nos apercebêssemos como está a situação económica e financeira, as suas causas . E que dentro das soluções a primeira deverá ser o alongamento do prazo para liquidação do que devemos. E eu acrescento: tal como faz qualquer chefe de família sério que é devedor duma quantia que não pode liquidar em dois ou três meses, mas poderá faze-lo em dez ou doze.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Hoje, na TV1

Grande programa o de hoje, na TV 1. Contra os outros dois, Medina Carreira o mais importante que disse foi que , enquanto o país, todos os portugueses não forem informados da situação económica e financeira em que Portugal se encontra, a crise não se resolverá e só e se agravará.

domingo, 10 de novembro de 2013

Anedota.- uma das muito antigas

Não costumo contar anedotas. Mas, como excepção à regra, hoje conto uma, dos meus tempos de estudante. Houve um professor de biologia,da politécnica que se chamava,se nãoerro, Moises Bensabat Amzalak. Era zarolho, com um olho torto de nascença, a olhar para a direita com o outro a olhar para a esquerda.E nessa época, reprovar numa cadeira dizia-se chumbar, apanhar um chumbo. Um dia, num exame oral, perguntou a um aluno, conhecido pelo seu descaramento, qual era a classificação das aves. E o aluno respondeu: pássaros, passarinhos, passarocos, aves de gaiola e cucos. Retruca-lhe o professor: e um chumbinho para matar essa passarada toda? E o descarado do aluno: e um olhinho vesgo para errar a pontaria? Claro que o aluno chumbou.

Mais uma visão sobre o projecto Venus

Transcrevo um pouco mais sobre o projecto Venus: "Resumidamente o projecto Venus é uma organização que propõe um plano factível para a mudança social, ue trabalha por ume civilização global pacífica e sustentável". E eu passo a acrecentar: representa uma economia baseada em recursos, diminuindo e anulando os efeitos prejudiciais do sistema monetário, que nos domina e subjuga actualmente. Consultem, na Internet, tem lé todo o projecto Venus.

sábado, 9 de novembro de 2013

O projecto Venus.E o dinheiro acabará.

Conheci ontem, através da Internet e por indicação do meu neto Tomaz, o que é o projecto Venus que se está realizando em Venus, cidade dos Estados Unidos, na Flórida. Aconselho a sua leitura a todos os que leiam esta mensagem. Que vem ao encontro do que eu venho apregoando desde que publiquei o meu livro: que o dinheiro acabará e que a pobreza será erradicada. Transcrevo algumas palavras do artigo que descreve o que é o projecto Venus: "O projecto Venus aoresenta uma visão alternativa para uma civilização mundial sustentável diferente de qualquer sistema político, económico ou social que já tenha existido. Ele visiona um tempo no futuro propósito quando o dinheiro, a política, o interesse próprio e o nacionalista forem deixados para trás. Embora essa visão possa parecer idealista, ela é baseada em anos de estudo e pesquisa experimental. Ela abarca o gambito da educação, transporte e fontes limpas de energia par sistemas urbanos completos". Leiam e aconselhem a sua leitura aos vossos amigos.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Continuando, sobre a educação

A professora dos juvenis, deverá ter uma formação apropriada para não descurar os objectivos que ontem indicámos como essenciais: aprender a estudar, aprender a pensar ( supondo que na pré-primaria aprenderam a ler e escrever). Comecemos por aprender a pensar. A professora deverá contar uma história que desperte a atenção de todos os jovens. Um conto simples, com pormenores desconhecidos, começando a aula com algumas perguntas. P.ex.:"há alguém aqui na sala que não nasceu nesta terra?". Levanta-se um braço. "Então onde nasceste, José Luiz?". E o José Luiz responde- " Em Alcácer do Sal, senhora professora". W esta pega na deixa e faz uma série de perguntas a todos dirigidas, se alguém já esteve em Alcácer do sal, por que será que essa terra tem esse nome, onde fica no mapa que está na parede. E tendo sempre o cuidado de manter bem viva a atenção dos alunos e fazendo perguntas a diversos, se possível a todos. Irão surgindo motivos para por os miúdos a pensar, a raciocinar e a perder o medo e a vergonha de responder. Ficando bem atenta aos mais calados, não os esquecendo, respeitando a sua timidez. Mas ainda na primeira aula pedindo aos alunos que tragam fichas, explicando o que são, para que servem como se podem fazer, em casa. E já será tempo de intervalo e recreio. Amanhã continuo.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Estudar e pensar

E sobre a educação. Em meu parecer desde que eu frequentei a escola primária pouco se adiantou. No primeiro ano a professora ou o professor dos seus vinte ou trinta alunos deveria começar nas primeiras aulas por ensinar a estudar e a pensar. Servindo-se de histórias simples deveria ensinar para que servem as fichas, o que são os sumários das lições, como estudar, para que serve. Amanhã continuarei neste tema, peço as meus leitores que pensem nalgumas ideias que lhes possam surgir sobre estes temas..

domingo, 3 de novembro de 2013

COnheci hoje(pelo telefone, mais uma minha sobrinha bisneta. A nossa árvore genealógica vai-se ampliando apesar de que, nestes tempos, cada ano que passa há menos jovens. Quando vejo um bébé ao colo duma mamã penso sempre: que bicho raro!

sábado, 2 de novembro de 2013

Porque não se discute esse grande mal do dinheiro ou do seu sistema? Somos indiferentes perante o que sofre com ele uma grande parte, senão a maior, da humanidade.

Pobreza de espírito

"A pobreza de espírito da classe dirigente portuguesa- do Psd, do Ps, do Cds...". Cito Pulido Valente, na sua crónica de hoje no Público, que aconselho a ler. O escritor Pulido Valente deveria ser muito mais lido pelos portugueses. Pela sua forma escorreita, por vezes humorística, por vezes um pouco cruel mas sempre, em minha opinião, de forma equilibrada e imparcial. E expõe muitas vezes assuntos que podemos considerar patrióticos porque revelam falhas graves da nossa política e do nosso sistema de partidos. Se eu lhe pudesse falar, pedir-lhe-ia que desenvolvesse o tema que está oculto naquela citação.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Escrevi um texto, uma página inteira, que desapareceu do "ecran", quando a revisava. Falava dum ser tão grande que não o podemos ver (como uma pulga que não nos vê de tão grandes que somos para ela). Não deve ter gostado e eliminou-me essa mensagem, talvez por descobrir algo que ele não quer ser descoberto. E terminava o artigo dizendo que para ele talvez que o dinheiro fosse igualmente um mal infinito. Talvez porque lá, como cá, muita gente não gosta de falar na sua eliminação ou substituição por outro sistema menos cruel para grande parte da humanidade.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Morrendo, lambia-me a mão

Vejo a vela. Ora sossega, ora tremeluz , ora se eleva, ora se reduz. Pára num torpor suave,começam aa imagens, primeiro uns traços caóticos que, a pouco e pouco se arredondam gerando contornos suaves, nuvens brancas e rosadas num pôr de Sol, sinto a brisa na face, vejo as nuvens adensarem-se, tomar a forma dum animal, parece o cãozito de quatro meses que me morreu nos braços , lambendo-me a mão que o segurava. Vem a tristeza, passa a imagem, abro os olhos, apago a vela.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Julgo que perco altura, quando não penso. Porque quando saio do estado letárgico do não pensar, levanto a cabeça e tenho a sensação que subi. Aí, quando me aparece a primeira ideia, a primeira imagem, o primeiro pensamento, sinto que entro noutro mundo. E mais adiante, se realizo o que sempre desejo que é o de entrar num cenário que desejo, abre-se um leque de alternativas de situações diversas em que me vejo. Até, acreditem, se fecho os olhos aparecem-me caras sempre desconhecidas, feias ou bonitas, paisagens extensas sempre agradáveis, florestas esplendorosas, lagos rodeados por verde e denso arvoredo. Se abro os olhos, se não estou a sonhar, tudo o que via, desaparece e vau-.se o encanto da q8ele momento. O mesmo me acontece se fito uma vela, em particular se não há outra luz no quarto. Experimentem!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Responda-me quem souber

Ando buscando tristezas que me paguem as dívidas Ando procurando alegrias que me virem a casaca da vida Ando procurando o que nunca alcanço E ando num labirinto sem entrada nem saída Mas, se dentro dos meus sonhos tudo alcanço Se as alegrias são o meu bom viver Se alcanço sempre, por acaso, o que não espero Se o labirinto da vida é uma equação com X incógnitas Qual foi a razão por que me pespegaram aqui na Terra?

domingo, 27 de outubro de 2013

Vou tentar abandonar os meus devaneios, as minhas suspeitas, e a tristeza que por vezes me invade, sem saber porquê. Claro que isso pouco interessa à multidão que não lê este blog e é provável que faça afastar alguns dos poucos leitores das mensagens que escrevo. Mas para mim e ju7lgo que para todos os que gostam de escrever, as palavras que vou deixando no blog diminui-me a tristeza, o marasmo, a apatia que me invade, se nada obrigatório tenho para fazer. Que não é muito, mas que também me ajuda a disfarçar os maus momentos. Gostaria agora de escrever algo melhor, talvez alguns versos simples. Tentemos: Sinto a alma assaz perdida Sinto o coração fechado Isto é a minha vida Não seja este o meu fado

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Ainda sobre diferenças

Muito mais há a referir sobre diferenças. As diferenças, como tantas outras coisas, abarcam um sem número de situações, incidem paradoxalmente sobre assuntos semelhantes com diferenças profundas, perturbam a vida de muita gente, podem constituir malefícios para um grupo, uma família, uma povoação. Abstenho-me de dar exemplos, seria uma ofensa à inteligência para os que me leem. Termino aqui este arrazoado (continuação do que expus no blog de ontem) , que Platão ou qualquer outro autor clássico classificaria de retórica pura e inutil. E que tanto se escuta em diversos programas das estações televisivas(não todos, não todos) e em reparamos a forma como embrulham o que querem dizer os autores e tornam a embrulhar, mais embrulham o que está dentro que não é nada, é apenas um disfarce para os erros, as mentiras e os dislates que expuseram no princípio daqueles inúmeros minutos da sua diatribe. Desculpem o tempo lhes ocupei a lerem as...diferenças.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Diferenças

A opinião geral sobre diferenças radica-se no seu significado: distinções, posições diferentes relativas a qualquer tema, não semelhanças, etc.. No entanto um pouco de especulação sobre diferenças poderá levar-nos a assuntos interessantes, dúvidas inesperadas, situações compro9metodoras. Ou ainda poderá conduzir-nos a assuntos áridos, de pouco interesse. Um exemplo: a diferença entre escrever com os parágrafos separados ou sem a sua separação no escrito que apresentamos. O que aliás vem acontecendo com o que tenho escrito, por birra deste computador(o que representa talvez uma dose grande da demência desta máquina). Mas vejamos(comecei nesta linha um novo parágrafo e claro este meu amigo não o separa porque já perdeu alguns neurónios fundamentais).

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Gosto de conversar

Ontem, depois dum belo caril e massala no melhor restaurante do mundo(aqui, na nossa casa) eu,a minha esposa e a Paloma, a professora de sevilhanas, passamos uma hora falando da relatividade, desde a das relações humanas até à da desvendada por Einstein. Pela minha parte falei-lhes da diferença que existirá entre a nossa visão duma formiga e a visão de nós por uma formiga: para ela somos tão grandes que não nos vê e, se lhe tocamos sente isso como nós sentimos uma lufada de vento e continua no seu caminho, seguindo as companheiras à procura do sustento. Tal como nós procedemos com a lufada do vento. E por aí, no mesmo tema, mantivemos a conversa com a nossa filha Paloma, a professora de sevilhanas.

A feira anual

Chegou a ´´epoca da camisa p'ra dentro das calças e do pulover mais a camiseta,mais a camisacom mangas, da feira a gritar l´´a perto da estação dos comboios, de levar os miudos ao circo, dos seringonhos, de pedir as feiras aos namorados, da chuvinha chatinha, das barracas de concorrência com os chineses, dos turistas das redondezas, da lenga-lenga em som amplificado dos vendedores de cobertores, de elixires pr'o colesterol, se comprar dois leva tres, uma senhora da minha terra,com noventa anos, experimentou e casou no outro dia com um rapaz de vinte e quatro e já está grávida e passaram-lhe os soluços que tinha já´há cinco anos.

domingo, 20 de outubro de 2013

Esclarecimento

À minha ideia que apresentei ontem, devo acrescentar, para esclarecimento dos leitores e também para que eu não me esqueça: 1- Pelo que observo, nos meus conhecidos, no que reparo à minha volts, vejo que a maioria das mulheres e dos homens, ao longo dos seus anos de vida, a pouco e pouco, sem dar por isso e não porque lhes faltem as forças ou a saude, vão diminuindo as suas actividades físicas e mentais. Vida mais sedentária em particular os que entram na condição de reformados, manos interesse por visitar outros lugares e por conhecer melhor o que está à sua volta. Menos interesse por conversar, por ler, por participar em reuniões ou colóquios, por pensar. 2- Essa atitude (repito: se não é devida a problemas de saúde), vai silenciosamente, diminuindo essas faculdades físicas e mentais, como qualquer um de vós poderá verificar no local onde vivem. Um ser humano que deixa de fazer um determinado exercício físico, ao fim de não muito tempo não o fará tão bem, com a mesma facilidade. Cada dia que passa o fará pior, cada dia que passa terá menos vontade de o fazer. O ser humano que, dia a dia se desinteressa mais pela leitura, pela investigação do que lhe interessava, pela conversa, pelo convívio, começa a pouco e pouco e também sem sentir, a deixar de pensar, 3- Escrevi ontem que devemos sempre procurar fazer o que fazíamos na juventude, Mas claro, não com a mesma intensidade. Mas que essa perda de intensidade em determinadas actividades, seja substituída pela maior intensidade doutras que vamos descobrindo e que igualmente nos interessem. 4- Dou exemplos. Na actividade física: podemos não conseguir correr mais que vinte ou trinta metros, mas podemos andar muito mais do que andávamos, podemos andar e descobrir o que pouco conhecíamos, na nossa cidade, na natureza à nossa volta. ´Não temos o mesmo equilíbrio que tínhamos aos vinte anos, mas podemos caminhar seguindo sem esforço a berma do passeio, fixando um ponto vinte ou trinta metros. Podemos, de pé,vestir-nos, despir-nos, secar-nos com o lençol depois do banho. Na actividade mental: podemos ler e cultivar mais ao gosto pela leitura, lendo os clássicos que nunca lemos, os autores nobéis ou não, cujas obras desconhecemos; podemos jogar xadrez, fazer sudokus, escrever uma mensagem no blog, todos os dias, nem que seja para ensinar a vs dentes ou relatar o que vê na rua em frente da sua casa. E, quando não podemos fazer nada disso, pensar, pensar, pensar. E não encontremos desculpas, podemos pensar sobre qualquer coisa, pessoa ou animal, que esteja na nossa frente: nem que seja, por exemplo no prato ou na porta que vemos: essa porta, onde foi feita, de que material é , como está pintada, quando se inventaram as portas, quem foi o maduro que teve a ideia de por portas numa casa, etc. Julgo que quem o não faz caminha para o estadp de permanente sentado num banco do jardim, sem pensar, absorto. Por isso, muitos, a partir de certa idade começam a dizer, a dizer cada vez mais: o tempo parece passar muito mais depressa.

sábado, 19 de outubro de 2013

O poder de ti próprio

Da forma, intensidade e modo que te for possível, faz as mesmas coisas que fazias na tua juventude. Retornarás assim à mocidade, com a experiência que adquiriste nos teus anos de vida. Pensa nisto. Sem ideias preconcebidas, sem pensar nos impossíveis, lembrando-te que uma parte do todo pode ter as mesmas ou quase as mesmas virtudes.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Os carapaus

senhora do primeiro direito deu um arranjo no cabelo, envergou o robe amarelo de trazer por casa, encostou-se ao corrimão da varanda pondo o cotovelo no queixo, ajeitou os óculos no nariz adunco, e continuou a observação do dia anterior à mesma hora das dez da manhã. E vendo o marido na rua : - Ó Eleutério, encontrastes os carapaus? - Siiim,siiim - uns sins displicentes, carregados de resignação. - Atão porque não trazes já p'ra casa o pêxe ? - Vou jáaaa, mulher - com um encolher de ombros, levantando as sobrancelhas e olhando para o amigo com quem continuou a conversar. Mas ela não desarmava : - Olha lá, Eleutério traz-me também duas caxas de fósforos, tás a ouvir? - Siiim, Odete - a resposta arrastando o peso dos 32 anos de casamento. E o amigo Salvador: - Olha eu também tenho de passar pela venda, vou contigo. E Odete levantando mais a voz : - Ó homem na te vás embora traz-me primero os carapaus ! - Mas atão queres os fósforos ou queres os besugues ? - Cais besugues ? - as palavras dela caindo como um raio, da varanda. - Ná havia carapaus, só besugues, Odete - e os besugues e os carapaus saindo da garganta do Elutério e subindo a custo até à varanda. - Tá bem, vai lá buscar os fósforos. - Ó Salvador tás a ver comela é , ora quer iste, ora quer aquilo ! - Quéque tás prá'i dezendo, vê lá se t'avias, anda pr'a cima ! - Já agora, Odete, vou comprar os fósforos... E o Eleutério começou a descer a rua com o amigo. Mas a Odete não se deu por vencida : - Ó Salvador, dexa ai os besugues na porta q'eu vou-me lá abaxo . Mas os amigos já se afastavam depressa. E a Odete, chegando à porta: - Naquerem lá ver, raisparta o homem, nem carapaus, nem fósforos, nem besugues, más ca grande sina a minha !
dinheiro: porque não se discute?

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Delinqiente

Delinquente: quem comete um delito, uma falta grave, Um senhor que disse; "os retornados? Atirem-nos ao mar!". Esse senhor, não é um delinquente, ou pior que isso ?

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

dinheiro

Porque não se discute o dinheiro, o seu sistema, um modo de o eliminar ou substitui-lo por outro menos malévolo ?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dar

Gostar de dar é para mim muito mais agradável que gostar de gastar. Quando gasto dinheiro trocando-o pelo que necessito para viver, ou para outro qualquer fim que o dia a dia me exige, nada sinto na troca.. Quando uso o dinheiro para o oferecer, aí sim tenho uma compensação muito superior. Resumindo, sem vaidade, nem petulância : gosto mais de dar do que gastar em meu proveito. Talvez se os governantes assim pensassem, teriam menos problemas com as crises

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Generosidade

A verdadeira generosidade nao e´ como a minha, que dou porque posso dar alguma coisa. A verdadeira generosidade tem-na quem oferece o que tem e que lhe faz falta..Dar o casaco aquele que tem frio e nao pode comprar outro. Comprar um pão quem tem fome e oferece-lo a outro ou outra que procura restos de comida, no contentor ou nos sacos do lixo expostos na rua

sábado, 12 de outubro de 2013

-" Estavam ali reunidos todos os sinistros", o que um locutor da nossa televisão,chamou,por lapso, (?)aos ministros.. Isto passou-se em pleno PREC, deve constar dos arquivos. E agora, não se passa?
O bonito é p'ra se ver Lá diz o velho ditado O feio é p'ra se esquecer Não o quero nem pintado

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O dinheiro, mau como é, aparece sempre onde não nos interessa.
Só conto as histórias de que já não me lembro.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

- Procuramos a partícula mais pequena, o ser mais ínfimo da Terra. Centenas de investigadores a isso dedicados, milhões de euros investidos. Mas penso, com tristeza, que pouco investimos, poucos cérebros se dedicam a investigar sobre o Criador, sobre esse Ser tão grande que não o podemos ver ou enxergar. Como a formiga não vê nem sente a nossa presença, embora sinta e reaja quando a abanamos ou lhe tocamos, como sentimos o vento que nos abana ou fustiga. E não sabemos se o vento fax parte doutro ser. Como não podemos, pela sua grandeza, sentir a presença do nosso Criador.

Continuando na desfaçarez

- Pretendo seguir em frente, pelos caminhos sinuosos que a vida me põe debaixo dos pés. Será por isso que, como diz o povo " debaixo dos pés se levantam os trabalhos"? Não. Sinto que muito devo à vida que o destino me tem dado. Não sei é se estou retribuindo como deveria. - Qualquer vegetal, qualquer árvore tem vida. Durante muitos milhões de anos ningem abatia uma árvore a não ser por acaso, por uma tempestade, por acidente, por incêndio. Teremos nós, os homens, um castigo por não as respeitar, por as abater, por as triturar, por as incendiar, por transforma-las em muitas ocasiões em objectos de ostentação? Haverá alguem que não sinta dor, tristeza, revolta quando vê abater uma árvore? - Não me posso sentir confortável quando vejo uma mulher ou um homem a dormir, andrajoso, na rua.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

-Quando lhe diziam que deveria aprender a escrever, dizia que não queria. E justificava-se dizendo que não queria ensinar o que sqbia. . Os pássaros aprendem a voar porque têm a curiosidade de sair do ninho como saiem os seus pais. E assim aprendem a voar. ´R talvez um dos melhores métodos de ensino. - As vinhas da ira só produzem vinhos ácidos. - O Criador pôs todos os animais e todos os vegetais na Terra talvez pensando que contribuíam para o equilíbrio natural do planeta. O homem mata-os e come-os para se alimentar ou divertir ou por outros motivos. E se assim desfizer aquele equilíbrio? - Aprendemos na escola que o ano tem 365 dias, quem não o souber é reprovado. Mas temos que ensinar todos os professores que o ano, contado o tempo de cada um em horas, tem 365,25 dias. Façam as contas se não acreditam e ensinem todos os mestres. -

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

- Desfaçatez: "falta de vergonha, descaramento, atrevimento, cinismo, impudência", (do dicionário de Almeida e costa e Sampaio e Melo). Estou começando o meu "Livro da desfaçatez". -Eu conoto a toda a gente os meus segredos. Ah...mas também conto os segredos que já esqueci. - Palavres leva-as o vento, diz o ditado popular. Ando investigando para onde o vento levou as minhas. .

Aquele verde

Agrada-me o verde da copa daquele pinheiro. E o castanho da minha pele agradará ao pinheiro? Quando aprenderei a saber a sua resposta?

sábado, 5 de outubro de 2013

Não me resigno

Não me resigno. Não me resigno. Ter o destino de ficar parado, isolado do mundo pela perda das faculdades mentais, pela perda progressiva do espírito, da imaginação, da originalidade do que escrevo, como uma leoa jovem que partiu uma perna que não se pode alimentar e se vê rodeada pelos mabecos e pelas hienas, a pouco e pouco aproximando-se, a pouco e pouco aproximando-se, atrevendo-se à primeira dentada e prosseguindo lentamente até à morte provocada por aqueles predadores. Sinto-me como essa leoa, sinto que o meu espírito, que o que mais me agrada, escreves, não se livra dessa hiena que é o tempo, que espera pacientemente que se desvaneça o meu espírito, a minha vontade, o meu desejo de escrever e a habilidade de encontrar e escrever as palavras que exprimam com correção ideias novas para argumentos originais, os pensamentos poéticos para os meus versos, os projectos defenidos para as minhas histórias, as metáforas mais próprias para envolver as minhas fantasias. Não me resigno.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

E agora voltamos de novo ao "ca vamos cantando e rindo" ou contando e rindo .Parece que foi ontem que eu , com a farda da mocidade portuguesa, sim, nao tenho vergonha de o dizer e repetir, com a farda da mocidade portuguesa alinhava com os meus companheiros do primeiro ano do liceu de Portimao, na parada do promontorio de Sagres, no dia de Portugal, no dia dez de Junho de 1938, numa homenagem ao Infante dom Henrique. Neste seculo XXI, parece que o esqueceram, desde que o sr. Hermano Jose disse sobre ele aquelas barbaridades, passados foram uns quarenta anos, barbaridades com que pretendeu ornamentar as suas chalaças sem chalaça alguma e apenas com o desejo de ser original.Devia ter aprendido e ainda est´´a a tempo de o aprender vendo todos os filmes do Charlot, nem se lembrando porque nunca soube ler na historia o que foi de grande eesse senhor Infante dom Henrique que se reencarnasse nestes tempos talvez descobrisse agora a forma de rebentar com a crise que vai desfazendo o Portugal que ele, o infante, nao oHermano, tanto engrandeceu e que agora outros filhos de Portugal, estes bastardos, vao escrevendo uma historia de triste decadencia. Conseguiram anular a juventude,as excepçoes emigram, e os que aqui decidem o destino da naçao, de papo cheio, qualquer um dia tambem emigram nao se esquecendo aqui do que entesouraram. Mas eu tenho esperança que os meus netos, auxiliados pelos meus bisnetos e pelos netos e bisnetos e ajguns de nos, descubram um novo Portugal. Ainda numa ultima tentativa para explorar o seu Portugal, ate querem acabar com o ensino particular.Para continuarem sem resistencia para o saque. Nao os invejo. Eles nao acreditam. Mas como todos os que estamos vivos, eles tambem morrerao um dia. Consolados, porque morrerao ricos. Publicada

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A Terra, o planeta onde vivemos, formou-se há quatro mil e quinhentos milhões de anos e parece que a vida aqui começou um milhão de anos depois, mais milhão menos milhão. E parece ser provável que ainda a Terra ande à volta do Sol, a estrela que nos ilumina e dá calor e energia, por muitos mais milhões de anos. Rogo uma prece ao nosso Criador:que, se eu tornar a aparecer sob forma humana neste planeta, que seja daqui por alguns milhares ou milhões de anos quando: - Os homens e as mulheres evoluam na sua formação de forma a respeitar o planeta onde vivem, respeitar a água, os outros animais, a natureza, decidam acabar com as diversas poluições que estão infetando o planeta,não permitindo que o levem à sua destruição. Nem que seja com uma nova era glaciar, onde os poucos humanos que restarem, decidam não mais erguer indústrias poluidoras, construi máquinas poluidoras, servindo-se apenas do que a natureza lhes fornecer. - Que as gerações dessa época aproveitem os ensinamentos de Jesus Cristo, não necessitando do veneno do dinheiro para as suas vidas. Terão eliminado o pecado,que passará a constituir uma má recordação do passado longínquo. - Que a sua formação mental seja suficientemente intensa de forma a que, em solidariedade com os demais, ocupem a sua atividade nas artes, na união com todos os demais, na família, ocupando-se numa pequena parte do dia, duas ou três gora em ocupar-se,com praze0,na subsistência sua, da família e da comunidade onde esteja inserido. - Que as tecnologias existentes constituam auxiliares para a vida de todos não gerando riqueza acumulável para alguns mas sempre para as comunidades. - Que os governos nasçam do consenso entre os moradores de todos os países sem distinções da cor da pele, mas apenas pela diferenciação da formação dos indivíduos. Cada humano ou humana deverá ter a formação suficiente para sentir, com honestidade, a necessidade de exercer tal ou tal cargo. È uma utopia. Mas como tantas outras, poderá acontecer. No rumo actual, haverá a extinção da nossa espécie, na totalidade ou quase totalidade. O nosso Criador não nos ofereceu esta vida para nos matarmos uns aos outros, para gerar a pobreza de muitos, para aniquilar o que de bom nos ofereceu no planeta. Deu-nos o livre arbítrio, mas deu-nos o espírito,permite-nos que evoluamos em liberdade de forma a sentirmos responsabilidade no que fazemos e como tratamos o que pôs à nossa disposição na Terra.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A minha prosa( repetição dum antigo escrito)

Desculpem.A minha prosa esta(com acento no a) pobre, sem chama, chata e sem acentos. Mas tenho este gosto de escrever,,que procuro satisfazer todos ou quase todos os dias. Se pudesse editava panfletos para que alguns milhares a lessem. Ou alugaria uma duzia de autdores(nao sei como se escreve em ingles, nao interessa tambem Shakespeare nunca escreveu essa palavra e era muito mais ingles que eu um nascido e em Portugal e que so passou quinze dias em Inglaterra apanhando maças,enchendo caixas de maças, elevando as caixas para os reboques e mais uns dias de turista.Mas se ate aqui leram desculpem, nesta hora,sem acentos nem tis, nao cosigo encontrar o que me inspire e portanto nao vos contemplo com as perolas da minha sabedoria, com a descriçao em verso dos meus amores, nem com as minhas altas consideraçoes filosoficas sobre a metempsicose ou sobre as origens virtuais dos politicos, uma coisa que ainda ninguem descobriu. No dia que eles as descobrirem, acabam com a crise.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Os carapaus

A senhora do primeiro direito deu um arranjo no cabelo, envergou o robe amarelo de trazer por casa, encostou-se ao corrimão da varanda pondo o cotovelo no queixo, ajeitou os óculos no nariz adunco, e continuou a observação do dia anterior à mesma hora das dez da manhã.E vendo o marido na rua : - Ó Eleutério, encontrastes os carapaus? - Siiim,siiim - uns sins displicentes, carregados de resignação. - Atão porque não trazes já p'ra casa o pêxe ? - Vou jáaaa, mulher - com um encolher de ombros,levantando as sobrancelhas e olhando para o amigo com quem continuou a conversar. Mas ela não desarmava : - Olha lá, Elutério traz-me tambem duas caxas de fósforos, tás a ouvilr? - Siiim, Odete - o peso dos 32 anos de casamento arrastando a resposta. E o amigo Salvador: - Olha eu também tenho de passar pela venda, vou contigo. E Odete levantando mais a voz : - Ó homem na te vás embora traz-me primero os carapaus ! - Mas atão queres os fósforos ou queres os besugues ? - Cais besugues ? - as palavras dela caindo como um raio, da varanda. - Ná havia carapaus, só besugues,Odete - e os besugues e os carapaus saindo da garganta do Elutério e subindo a custo até à varanda. - Tá bem, vai lá buscar os fósforos. - Ó Salvador tás a ver com'e ela é , ora quer iste, ora quer aquilo ! - Quéque tás prá'i dezendo, vê lá se t'avias, anda pr'a cima ! - Já agora, Odete, vou comprar os fósforos... E o Eleutério começou a descer a rua com o amigo. Mas a Odete não se deu por vencida : - Ó Salvador, dexa ai os besugues na porta q'eu vou-me lá abaxo . Mas os amigos já se afastavam depressa. E a Odete, chegando à porta: - Naquerem lá ver, raisparta o homem, nem carapaus, nem fósforos, nem besugues, más ca grande sina a minha ! Pub

domingo, 29 de setembro de 2013

Em cada minuto

Cada minuto que vivemos foi mais um minuto que vivemos.Aproveitemo-lo Nem que seja somente gozando o despertar Cada minuto que vem aí, será mais um minuto que a vida nos dá.Não o desperdicemos . Nem que seja somente para gozar a água que nos cai do chuveiro Cada minito que está a decorrer, são 60 segundos de vida. Sintamo-los bem . Nem que seja somente para recordar um abraço E dentro de cada minuto, aproveitemos e agradeçamos a oferta Nem que seja somente retribuindo um beijo. E pelo menos com um sorriso. .

sábado, 28 de setembro de 2013

Permitam-me interrogar(outra vez sem acentos tonicos) Tera grande importancia que sejamos seres inteligentes ou seres amorfos, seres emtisiastas ou seres tristonhos, seres de principios ou seres insensiveis ? se aqui fomos colocados com a missao de propagarmos a especie e os que nao a podem propagar terao aqui maior significado ? o que e mais importante, ser-se mosca ou ser-se leao. qual se sentira mais realizado, o passaro ou a flor, a gazela ou o crocodilo? E no fim (ou seja, talvez no principio de tudo o que e importante), onde se encontrarao todos ? Que iimporancia tem a nossa apreciaçao de todos eles, quais serao as virtudes que serao apreciadas, se o leao mais forte mata o mais fraco para so ele ficar com a femea e so ele poder propagar a especie ? E porque continuamos todos os que vivem no universo, continuar a viver, depois de propagar a especie ate onde possam ? E terao alguma importancia, daqui a alguns minutos, todas estas interrogaçoes, ainda que alguns as leiam ?

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Escolher

Escolher um facto, um acontecimento, um heroi desconhecido. Comecemos por um heroi desconhecido. Quando criamos um heroi para um conto, estamos criando um herói. Fictício? Porquê fidtício ? O universo é tão grande, não poderá existir nele o que quer que seja trazido pela nossa imaginação. Se resultou da nossa fantasia, houve uma razão para tanto. Tão poucos têm imaginação e fantasia porquê? se essa criação do nosso espírito surgiu temos de admitir ou podemos admitir, que surgiu porque um poder supremo a fez brotar de nós. Poderíamos ter imaginado um infinito mar de ilusões, de fantasias, de ideias novas, originais. A probabilidade de nos surgur para revelar um heroi, entre todas as ideias que nesse segundo me poderiam aparecer, é inferior a um milésimo de milésimo. E daqui a um segumdo poderei criar um seu adversário e descrever a trama em que os envolveram outros inimigos .E basta por um nome a cada um e partir dessa primeira página para a aventura que culminara na 300ª ou 400ª com a morte do traidor inimigo do heroi, e a vitoria dos bons, se me resignar a um finel feliz ao modo dos filmes americanos de meados do século passado e assim toda a gente saia feliz no fim do livro ou do fillme que o adaptou e o colocou à vista com a animação do livro ou da película. Escolher ou imaginar um facto ou um acontecimento.A única diferença é que os actores principais serão diversos, poderão ou não ser humanos, ser ou não ser herois ou vilões, poderão ser tudo o que a natureza e as circonstâncias nos proporcionarem para construir mais uma outra história. Real ou imaginária. Terminando por reticências ou "et cetera".

terça-feira, 24 de setembro de 2013

No mar

Não me posso gabar de obter privilégios Nem de ser assistido pelos acasos benévolos Nem sequer de ser um que a sorte frequenta Nos seus devaneios, rebeldias e surpresas Sempre avaras para quem as anseia Sempre pródigas para quem as despreza Quem nos dirige, quem distribui os destinos Perdoa os que dele se alheiam Quem castiga os nossos desatinos Deu-nos olhos que o não veem Mas se tento esburacar o futuro Se pretendo reviver o bom passado E se me fico pelo meio dos dois Deito-me no mar da minha alma Sinto-me envolvido pela minha calma.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pois, COM FRNQUEAQA, EN NÃO SEI O QUE ACONTECEU aos autarcas da cidade onde nasci, PORTIMÃO. Da cidade limpa, razoavelmente em boas condições de habitabilidade, os meus patrícios razoavelmente contentes com a cidade, em poucos anos em particular nos últimos dois, passou a seu uma povoação onde não nos agrada passear, nem reparar no estado das ruas e dos passeios, o desleixo em que se encontram todos os canteiros e pracetas, a o lixo abundante em qualquer ponto, excepto por cima do alcatrão. E este semeado de buracos e irregularidades. Os senhores autarcas deveriam ir até São Miguel, nos Açores e indagar como ali os autarcas conseguem manter as povoações, os caminhos, todos os lugares públicos num aspecto exemplar. Neste fim de semana, estiveram dois paquetes, um o maior fundeando ao largo da Praia da Rocha, o outro ancorando no porta da cidade. Centenas de turistas desembarcaram e repararam decerto, com as ruinas do convento, logo um pouco para cá do porto e no estado eme que se encontra a cidade. Sendo a dívida do município, segundo é voz corrente, de muitas dezenas de milhões de euros, onde foi aplicado todo esse dinheiro?

sábado, 21 de setembro de 2013

Fui a São Miguel, essa ilha maravilhosa que o Atlàntico nos ofereceu. Em toda a ilha - percorremos a maior parte dela - vimos uma casa com as paredes sujas e um edifício, o edifício da alfândega, um edifício antigo e lindo mas com ar abandonado, pardes por pintar e reparar, De resto, em toda a ilha, nas estradas, nos caminhos, nas pracetas, nos canteiros, nem restos do que quer que fosse, nem papeis, nem sujidades de qualquer ordem. Só vendo se acredita. E aquilo não é só arte de quem ali dirige a cidade principal, Ponta Delgada e todas as povoações por onde passei. È também virtude das gentes de lá. O jardim botânico na zona das furnas, deve ser o melhor jardim botânico de Portugal; todas as árvores bem limpas, não se vê um ramo pelo chão. não passamos por um caminho mal conservado, parece que a mão dum gigante se encarrega de manter tudo impecável. E todas as estradas são ladeadas por maciços de hortênsias raramente interrompidos. Só indo lá se acredita naquela beleza tão bem conservada pela mão dos seus conterrâneos. (E não falei da beleza das suas lagoas, a das sete cidades, a do fogo, a das furnas, as nascentes de água fervente, o esplêndido cozido à portuguesa, feito em grandes panelões metidos na terra das furnas, durante seis horas.)

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Conversa entre o cem e o noventa e nove

- Nós somos gente grande - diz o !00 para o 99. - Porquê ? - pergunta o 99, entusiasmado. - Então ainda não deste por isso ? Ollha à tua volta, não vês que eu tenho uma multidão agarrada a mim, que à direita me tenta aumentar, e aproximar-me daquele malandro do 101 ? - Mas porque é que os deixas que te aumentem ? - Eu não iimporto que me aumentam, o que não quero é passar é a ser um malandro de um cento e um, o que me vale é que eu tenho entre mim e eles um senhora eficaz, a senhora vírgula, que eu posso usar à vontade, mas só uma de cada vez, a lei mais não me permite. É uma senhora que é um escudo eficaz cotra outros trastes que por aqui e por aí andam a pastar, o Dois Pontos, o Ponto e Vírgula, o Trema, que dizem que está morto, eu não acredito, andam pr'ái uns sujeitos que tendo a mania de mudar tudo para dizer que fazem alguma coisa, qualque dia chamam o velhote do Trema e põem-no outra vez a trabalhar. - Mas olha cá, e à esquerda ninguém te chateia ? - Por acaso não, mas olha que são os mesmos que a ti te chateiam à direita. -.Ó cem sabes que mais? não quero falar mais de política !

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mais gostos

Gosto de me pôr a jeito por cima das convicções ou por debaixo da realidade. Gosto de ir para a frente das dificuldades e deixar para trás a maldade. Gosto de me envolver de fantasia. E de sentir a leveza da sabedoria

Do que gosto e do que não gosto, para me defenir

Não gosto de adormecer e não ver nada, Nem gosto de acordar e saur do sonho. Gosto de te olhar, de sentir as tuas mãos nas minhas. Mas não gosto que saias, se eu tenho de aqui ficar .

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Manipulação - citação de Avram Noam Chomaky Hoje não posso deixar de vos enviar uma citação: -" A qualidade da educação dada às classes sociais inferiiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de eliminar" (ver "armas silenciosas para guerras tranquilas" em "Chomsky e a estratégia de manipulação medática", de Avram Noam Chamsky). Mais uma das leis do poder além daquelas "Quarenta e oito leis do poder", ´de que já vos falei.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Falar para o público

Temos que dizer, e sabiamos que iamos ter de o fazer, temos de dizer algumas palavras para os que se dispuseram a nos ouvir. Devemos preparar previamente essas palavras : se nos sujeitamos ao improviso certo sera que gaguejaremos, os lugares comuns serao frequentes, com dificuldade diremos algo de interessante, salvo se temos muta pratica ou se somos um "diseur" acostumado a tais andanças. Portanto devemos preparar o discurso antes, selecionando frases para o tema principal a referir, escolhendo as metaforas apropriadas e, se possivel, entremear alguma anedota curta ou frase espirituosa que desperte um pouco mais a assistencia. Devemos smepre lembrar-nos antes que quem vai ouvir-nos, se nao pagou para nos ouovir, ´´e mais provavel que seja uma assistencia benevolente. Mas com forte tendencia para a sonolencia se o que dizemos desperta pouca curiosidade, pouco interesse. E nada mais descorçoante para quem fala ou discursa que ver pender algumas cabeças ou at´´e um ou outro ressonar. A televisao tem o incinveniente de que, quem discursa, fala para uma maquina pelo que se torna impossivel avaliar em cada momento, a reacçao dos telespectadores.E quantos comentadores ou entrevistados vemos e ouvimos na televisao usarem e abusarem da nossa paciencia e disposiçao para os ouvir. Procuram preencher o tempo de que dispoem para falar repetindo o mesmo que disseram cinco minutos atras, dizendo banalidades e lugares comuns sem se perturbarenm. E a reacçao quase sempre muito lenta. Assinam um contrato para dez ou mais sessoes ou comentarios e por vezes repetem o mesmo todos os dias que aparecem. Raramente sao bons profissionais, porque raramente se corrigem..

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Do padre Antonio Vieira - sermão da exaltação de santa Cruz.

-" A outra circunstância, que faz pesada a cruz do religião, dissemos que era ser uma cruz, em que não se vê, nem se fala. E eu o entendo tanto ao contrário, que digo, qoe se no mundo não se falasse, nem se visse, foram mais toleráveis as suas cruzes. E senão pergunte-o cada um a si mesmo e à sua experiencia. Para falar ao mundo, que tão mal responde, não fora melhor ser mudos ? Oh bem aventurados os mudos ! porque o mudo está desobrigado de falar talvez a um ministro incapaz, que dá a má resposta ; e desobrigado de lisonjear ao príncipe, que não quer ouvir a verdade ; desobrigado de fazer bom quanto ouve, sustentando a vida à custa da consciência. Finalmente, porque não está obrigado a mil desgostos, e a mil arrependimentos ; que de haver calado ninguém se arrependeu, e de haver falado, sim. Oh bem aventurados os cegos, porque estais livres de ver a cara ao mundo, e tantas falsidades e erros, como nele se vêem ! Que cousa é ver ao ignorante no lugar do `sábio ? Ao covarde comendo a praça do valente? Ao entremetido com valimento, ao murmurador bem ouvido, aos bons gemendo, aos maus triunfando ; a virtude a um canto, e o vício com autoridade ? Oh que entremezes da fortuna ! Oh que tragédias do mundo !"

domingo, 15 de setembro de 2013

Gemerosidade

A verdadeira generosidade nao e´ como a minha, que dou porque posso dar alguma coisa. A verdaeira geanerosidade tem-na quem oferece o que tem e que lhe faz falta..Dar o casaco aquele que tem frio e nao pode comprar outro. Comprar um p~ao quem tem fome e oferece-lo a outro ou outra que pro0cura restos de comida, no contentor ou nos sacos do lixo expostos na rua.

sábado, 14 de setembro de 2013

A preguiça que nos arrasta

A preguiça afastou-me deste blog, é uma desculpa como outra qualquer. Porque a preguiça sendo imaterial, fácil de apresentar e justificação hipócrita para o desleixo, nada custa e serve para resolver perante o nosso eu crítico, muitas e variadas situações. Se um japonês, na sua língua, nos pregunta as horas com o seu sorriso permanente como todos os japoneses nas situações mais ou menos delicadas sempre empregam, não respondemos mas também sorrimos. O japonês sem hesitar fará a mesma pergunta em inglopones e nós, devolvendo o sorriso, respondemos e alem das horas ainda referiremos que Toquio is biuteful no nosso portingles adocicado com outro sorriso para o casal. Sim porque os japoneses, às reuniões só vão homens, como turistas levam sempre a esposa . Como acabam de ler, agora não me deu a preguiça para escrever tonterias, no dizer dos espanhois.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Qyen acredita?

Quem acredita que um governante possa entregar a uma empresa de publicidade a maior parte de cinco miilhoes de euros gastos em propaganda, a uma unica empresa, sem concurso publico, e sem que se justifiquee a urgencia ? Quem acredita que um governante possa encomendar sem concurso, a compra de carros blindados para a policia, com urgencia justificada pela realizaçao da cimeira da Nato e que um desses carros blindados, o primeiro tenha sido entregue, e tenha chegado a Lisboa depois da cimeira realizada ? Porque nao constava no contrato de compra a anulaçao da com pra caso o fornecedor nao entregasse os blindadosantes da cimeira ? Quem acredita que um ministro necessite do apoio de doze assessores ? Quem acredita que o governo de Portugal necessite de dezasseis (julgo que temos dezasseis) ministros, quando um pais como o Chile tem no seu governo apenas oito (julgo que sao oito)? Temos um pais rico, com 700.000 (julgo que talvez sejam mais) desempregados

domingo, 8 de setembro de 2013

Neuroplasticidade

Investigações recentes do neurologista Elkoton Goldberger provaram que o cérebro pode melhorar com a idade e que a actividade mental modifica o cérebro. Ao contrário do que se acreditava, o número de neurónios pode aumentar e o cérebro pode-se regenerar mediante o seu uso e potenciação.É o que chamam neuroplasticidade - que é moldar o cérebro através da actividade. Os taxistas, músicos e outros profissionais, pela prática contínua das suas profissões, mesmo em idades avançadas aumentam certas zonas cerebrais.E portanto: 1.- Podemos criar novos neurónios, ao longo de toda a vida. 2.- A capacidade para criar novos neurónios pode aumentar mediante o esforço cerebral. 3.- Os efeitos são específicos dependendo da natureza da actividade mental, os novos neurónios multiplicam-se com especial intensidade em diversas zonas cerebrais e de acordo com as actividades mais praticadas. Acredito . Há cerca de um ano comecei a aprender a escrever sem olhar para as teclas do computador, o que hoje já faço com regularidade. E, se repararem, a maioria das dactilógrafas, jovens ou não, ainda vão escrevendo usando apenas os dedos indicadores das duas mãos. Além de revelar pouca exigência, por parte de quem as contrata, revela também pouco profissionalismo.

sábado, 7 de setembro de 2013

 Ficam por realizar todos os projectos sonhados e por construir todos os palácios que o meu eu menino começou. Ficam por anunciar todos os milagres que a pobreza de todo este mundo está exigindo a gritos e que as riquezas desperdiçadas e inertes nos cofres de todo este mundo, apodrecem sem sentido nem utilidade alguma: ocupam espaço, num silêncio atroz, enchem paredes e prateleiras dos bancos, dos off-shores, dos cofres particulares,  apenas servem para despertar a cobiça dos funcionários que lá entram. A moedas em sacos e as notas em pilhas muito bem arrumadinhas aguardando a chegada de mais irmãs, fabricadas à pressa, cheirando às tintas e às máquinas mamãs que as deitaram na circulação. Para nada mais servem, quando muito para circular de prateleira em prateleira, para irem para dentro duma gaveta, doutro cofre, para acenderem um charuto, ou para dentro dum colchão. E a isto chamam dinheiro!
             Mas por vezes um ladrão dum sinaleiro desvia-as para outro destino.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Poesia gastronómica

Um palito
Uma alcaparra
Um pirolito
E uns tremoços,
Um salmonete
Que é um petisco
E algum fígado
Em belas iscas
Acompanhadas
Com batatas fritas
Dizem-me sempre
Que eu não resisto
A um bom almoço
A que eu assista

Continuando na futurologia

     Nos domínios da genética os progressos da investigação conduzirão ao controle
mais e mais profundo dos genes e do genoma. A descoberta da substituição dos genes levarão
ao controle de muitas doenças e tendências hereditárias. O segredo das células meristemáticas, no
reinos vegetal, muito contribuirá para libertar o homem da fome ; e no reino animal para o libertar
de algumas doenças, para melhorar a assistência hospitalar, e de também para diminuir a fome e a
pobreza universais. Descubrir-.se-ão novas espécies vegetais, algumas muito mais resistentes aos
incêndios, outras de desenvolvimento mais rápido, permitindo restaurar a cobertura florestal do nosso
planeta.
    A investigação do cérebro e sistema nervoso levará a um melhor conhecimento das
suas capacidades. A memória será melhor controlada e aproveitada, a transmissão de pensamento
será uma das primeiras descobertas logo que se defina por completo onde se localizam todas as
funções e todos os poderes cerebrais. Aparecerá um código de todo o sistema nervoso permitindo
a reconstrução das zonas afectadas, após a descoberta das causas de doenças, como o alzheimer
e as que provocam a demência e a senilidade. A reconstrução do sistema ou parte do sistema
será uma realidade.      .

Nãos e nens

      Não é por muito escrever que se endireitam as linhas da vida.
      Nem é por muito falar que se afina a linguagem.
      Não é por muito navegar que se chega a bom porto.
      Nem é por muito andar que chegamos aonde queremos.
      Não é comendo muito e do bom que alguém se torna melhor.
      Nem é vestindo um fraque que seu alcanças a elegância.
      Não é usando a lisonja que escondes o teu caracter
      Nem ouvindo a que te dizem que alcanças a sabedoria.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Futurologia

 Penso que seria de mais interesse para os leem este blogue, que a futurologia que apresentamos fosse substituída por um conjunto de novelas, como o fez Júlio Verne, com enorme sucesso em todo o mundo. Ainda hoje, os seus livros são lidos com avidez. Ou por um conjunto de ideias para novas descobertas, que se coloquem na prateleira dos impossíveis ou impraticáveis. Assim aconteceu com muitos projectos de Leonardo da Vinci. Mas para avançar com a primeira alternativa, teria de ter tempo, e, o mais importante, conseguir a colaboração de muitos especialistas e cientistas que me auxiliassem na procura e no estudo das diferentes matérias envolvidas. E tempo para escrever, rever e publicar, as novelas ou livros de aventuras que suscitassem o interesse suficiente dos leitores. Para a segunda alternativa, igualmente me falta o tempo e o saber, para estudar tanta especialidade necessária para induzir e gerar essas descobertas. Assim prosseguirei como até aqui, apontando uns resumos do que o futuro nos possa oferecer.
     E, se a tanto me chegar a inspiração, poderei até escrever um ou mais livros dedicados cada um a uma  aventura no futuro, com um tema principal, baseado em algo de valioso que daqui a alguns anos possa facilitar a vida do homem na Terra.
  

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que a razão nega

         Sem utilizar a razão nunca devo discordar.
         Com  convicção, combato o que a razão discorda.
         Utilizando a razão não devo admitir o que nego.
         Com o que nego não devo convencer a razão  

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Passam-se os dias
E pelo meio deles sigo flutuando
Passam-se as noites
E pela meio delas vou vagueando
Suporto os meus pesares
E pelo meio deles sinto a saudade
Alegram-se-me os humores
E pelo meio deles correm os meus sonhos
Sinto uns sons breves e leves
E pelo meio deles
Oiço risos de crianças.
Medos sem razão, apenas medos
          Quando nos ameaçam com chantagem, com argumentos sem prova nem consistência, apresentando propostas imbuídas de motivos políticos, de corrupção, ou apenas acenando com cautelas escusadas, só cedemos se a covardia nos vence. Aconteceu com as gravuras de Foz Côa, perderam-se muitos milhões na obra de parte da barragem já feita, muitos milhões nas indemnizações ao empreiteiro por cortar a finalização da obra, muitos milhões na electricidade que deixou de se produzir na barragem do Côa, cuja construção foi suspensa. E havia solução. Que custaria uma pequena percentagem do que se pagou e perdeu: as gravuras poderiam ter sido cortadas e colocadas num museu, lá por cima do rio.Tal como sugeriu um arqueólogo e cuja opinião até hoje não vimos contestada sequer de forma sofrível.Se se corta o granito, se se cortam os mármores e outras pedras que se retiram dos montes, porque não se cortaram aqueles xistos com as gravuras? Talvez porque estas eram falsas. Se sulcos talhados em granitos,se esbatem ao fim de algumas dezenas de anos, os sulcos gravados em xistos resistem a 5000 anos?Talvez o tempo acabe por provar quem tinha razão.Mas nessa altura, o que foi construído, daquela barragem (e que lá continua) já não poderá ser aproveitado. E alguém será responsabilizado ?

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Que sonhos teria Miguel de Cervantes para imaginar os sonhos e a fantasia do seu "Don Quijote de la Mancha" ?  A obra monumental de M. de Cervantes, alem de toda a fantasia e  de tantas  alegorias nela contidas, é também um glossário de provérbios, de conselhos e de máximas que nos fazem sorrir  página a página. Com frequência, na conversa amiga, ouvimos uma espanhola ou um espanhol, adornar os seus argumentos com os "refranes" do don Quijote. Um exemplo, que o meu sogro, castelhano, citava, quando vinha a propósito, na sua conversa ou quando erguia o seu copo de tinto : " el vino, don divino: limpia el diente, brilla el ojo y sana el vientre"
Vou andando pelas ruas do meu tempo, vou seguindo os passos do destino, fico parado esperando por esse tempo, deixo ficar os meus passos no teu regaço, e o tempo passa ficando aqui imperturbável, o destino cumprimenta-me e ri-se e volta-me as costas, abre o guarda-chuva da surpresa e veste-se com a gabardina do futuro pouco lhe importando os meus lamentos, porque te tragou naquele momento, como de costume sem aviso prévio, sem contemplações para com a minha dor.
   E foi ontem. Foi há doze anos.

Deitei contas à vida, esqueci as contas com a sorte.
         
Descontei o tempo que tive, sem pensar na conta futura.

Tive a sorte de ter esperança, no céu cinzento da realidade

Sem contar o que perdi, os bons dias, os bons crepúsculos,
        
Fixando o olhar no quotidiano, esquecendo a tua presença,
        
Envolvido que estou, neste tempo, nesta saudade

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A minha cara no espelho

            Estou na porta da sala e olho para mim, refastelado no sofá e vejo a minha cara que não recordo bem porque já a vi mais de trinta mil e quinhentas vezes no espelho da casa de banho mas esta cara que eu vejo, do corpo sentado no sofá da sala, não é a mesma que vi mais de trinta mil e quinhentas vezes lá dentro do espelho da casa de banho, não pode ser, eu não tenho nem tive esta cara, nem hoje, nem ontem, nem a que vi há trinta mil e quinhentas noites, nem a que vi dentro do espelho da barbearia da minha terra,quando me lembro de lá ter ido, por minha conta, por minha decisão inabalável e pela primeira vez  na vida,  cortar o cabelo :
         - Quer que ponha água ou bilhantina ?
  

         Deitei contas à vida, esqueci as contas com a sorte.
         Descontei o tempo que tive, sem pensar na conta futura.
         Tive a sorte de ter esperança, no céu cinzento da realidade,
         Sem contar o que perdi, os bons dias, os bons crepúsculos,
         Fixando o olhar no quotidiano, esquecendo a tua presença,
         Envolvido que estou, neste tempo, nesta saudade

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Pensando, entretenho-me.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Esperando

Ficamos tantas vezes à espera do que a vida nos dá que nos esquecemos muitas vezes do que estamos a viver. Procuramos tanto o que ansiamos sem  respeitar o futuro e nele confiar. Não sabemos apreciar o que a vida nos concede e concedeu no passado. E preocupa-nos tanto com o que a vida nos dará para alem da vida sem a gratidão devida pelo que ela nos ofereceu.
         Os cães, até quando estão a morrer, lambem as mãos dos donos.

domingo, 25 de agosto de 2013

Mais imprevistos

        Já  cá estou, pairando, flutuando, submergindo-me com o ímpeto dum submarino nuclear, por entre o emaranhado do futuro, do meu futuro dentro do futuro do mundo. O ar está límpido. o azul domina, a brisa diz-me que tudo isto , afinal, é real., não é sonho, porque num sonho nunca pensamos se estamos a sonhar, num sonho nunca emendamos os erros que pespegamos na mensagem. Continuo a ver as mulheres que saem e entram na praça, aquela gorda do terceiro esquerdo que rebola atravessando a rua, qualquer dia...olha, olha um tipo que se cruza com ela consegue pará-la, segreda-lhe um sorriso e da bola sai um braço que afaga a cara do tipo, com uma carícia. E eu, vestido e apinocado com cheviote e gravata verde feno, sento-me no meu  carro eléctrico e arranco. Sei para onde vou, vou para a apresentação do meu segundo livro, ainda não há muito tempo foi a apresentação do primeiro, que já começa a ser comentado, com críticas e apreciações desde  duas linhas de indiferença até artigos de coluna inteira,, não sei se intentando alguma polémica construtiva ou por simples obrigação profissional e sem a tendência imposta pela política do periódico.
         No futuro será sempre assim, encontramos realizados, os nossos desejo passados ? Seria um futuro muito simples, muito fácil. Não, não é assim, nem simples, nem fácil, os imprevistos continuam, felizmente, a suceder. E eu, de súbito entrei num deles e...

sexta-feira, 23 de agosto de 2013


       Ainda não me sinto na idade em que o raciocínio me impeça o descaramento sincero, atencioso, sem,, sem ofensa.
 
           É interessante olhar para o dia seguinte, sem pensar que isso é futuro. Não é futuro porque o futuro não se olha, não o contemplamos, não  o podemos descrever como eu posso descrever a cena daquele polícia que aponta a matrícula dum automóvel, etc.. Isto é apenas o que nos diz a razão . Contudo, para lá da razão há outra" razão que a nossa razão desconhece", mas que o nosso espírito ou outro espírito, o do anjo nosso amigo, nos está soprando para dentro ou por cima de nós e que nos invade como um fluido de sabedoria desconhecida e o aroma de um perfume inolvidável que se imiscui na consciência e provoca e faz nascer novas ideias, conceitos, definições. Entre elas , um filme sem bobina, um video sem "cassete" e uma realidade de amanhã que se sobrepõe à realidade de hoje. E ali vejo algumas vulgaridades já conhecidas  do passado de hoje e de ontem e pouco mais, porque só por acaso o futuro de amanhã me trará algum insólito, algum improvável, algum fora da rotina duma sexta-feira deste verão tão igual a tantas sextas-feiras de tantos outros verões, tão iguais que as esquecemos..
           É difícil encontrar o imprevisto no futuro do dia de amanhã.Seria difícil não o esquecer.  Porem,  se o esquecer, amanhã serei contemplado com a rotina..

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Evolução

        Talvez se aproxime uma nova era glaciar. Que, à nossa escala do tempo  poderá tardar muitos anos.
        Talvez se aproxime uma nova etapa da evolução mental do  homem. Que, dependendo da sua inteligência, poderá não tardar muito.
        Uma nova era glaciar poderá matar-nos a todos, surgindo, passados alguns milhões de anos  (o que nada será perante o grau infinito do tempo) uma nova espécie muito mais avançada mentalmente.
        Uma nova etapa na evolução do homem poderá acabar com a pobreza, logo que desapareçam os que não se importam com ela.
        Porque, segundo dizem os sábios actuais, ainda teremos Sol, para muitas centenas de milhões de anos.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

 Sem dedos
         Nesta situação, é provável que fiquemos sem os dedos. E quem fica com os anéis ?  E eles pensam que não morrem...

Pois é 

         Isto só vai com tiros.Pois é, o pior é se te calha a ti um tiro. 

domingo, 18 de agosto de 2013

Elogio e bom exemplo

         Em vida dos autores, coisa rara é o elogio das suas obras. Por inveja,  pela fraca avaliação das mesmas, por falta de visão. E uma obra que impede a degradação da natureza, que compõe a paisagem e, ao mesmo tempo, torna agradável o que antes era triste e irritante de ver, merece ser reconhecida e, prosseguida, se é útil a sua continuação.
        Vem isto a propósito daquele trecho da encosta, na Praia da Rocha, logo a seguir à fortaleza, avenida que ali  se inicia. Há uns cinquenta anos, quem caminhava por ali, via a encosta nua, com vegetação rala e avançada erosão.. O que acontecia e ainda acontece por toda a encosta ao Norte dessa praia e das que se lhe seguem, para oeste.
        Nos anos sessenta do século passado, um presidente do turismo regional, o dr. Pearce de Azevedo, por sua iniciativa, apresentou um projecto de revestimento vegetal e arbóreo dessa encosta. E conseguiu que fosse executado.  A obra lá está para quem a queira ver. Agrada à vista, evitou uma maior degradação da encosta, compôs a paisagem.
Mas, para minha surpresa, após o 25 de Abril, quem substituiu, na presidência do turismo regional o dr.Pearce de Azevedo, não prosseguiu essa obra, pela encosta. Até hoje o único revestimento ali feito foi uma revestimento horroroso num pequeno trecho  com reboco de cimento, junto ao mirante que se situa por cima do Buraco da Avó. Vão lá e comparem. Como seria hoje essa encosta se se houvesse feito obra semelhante, revestindo apenas cinquenta metros de encosta, por ano, pelo menos por cada dois anos, ao longo das praias, Toda a encosta até ao Vau, a praia a seguir à Praia da Rocha, estria revestida de cobertura vegetal e arbórea, evitando-se, como aconteceu, a erosão e alguns prejuízos, por ela motivados, como a destruição duma  das descidas para a praia.
        Esta democracia que temos ainda não impõe aos governantes que sigam os bons exemplos, venham donde venham..
          

sábado, 17 de agosto de 2013

Acabar com o dinheiro e diminuir a pobreza

         Editei o meu livro, "Sonho de sorte". Sem interesse pelo lucro, apenas pelo interesse da mensagem que contem e que julgo original. Enviei-o grátis a umas cinquenta a cem instituições e pessoas conhecidas e a outras que mo pediram, igualmente grátis. Pelo menos leram a capa e algumas páginas. Talvez que alguém que o haja lido comece a pensar no assunto. E ficará na biblioteca nacional e noutras aguardando leitores curiosos .
Agora apenas digo, repetindo-me :
        - Todos os dias o dinheiro origina mais problemas a muita gente, em particular aos mais pobres.
        - A inflação, declarada ou encapotada, é um roubo a quem trabalha.
        - É uma grande fonte de preocupações, pela escassez  e até pela abundância; como dizia sem ironia, uma senhora riquíssima da minha terra : "pobrezinho de quem tal alguma coisa".
        - É uma grande fonte de conflitos entre herdeiros e familiares, entre amigos, entre sócios ou patrícios.
         - Quem o falsifica - e são mais os que não se descobrem (como todos os crimes) - usufrui de um bem  prejudicando impunemente todos os outros cidadãos.
        - Protege os ricos, pelas corrupções que ajuda a conseguir, desfavorecendo os mais pobres.
        - É uma grande fonte de desemprego.
        - É um dos maiores e mais antigos  males do mundo. E que, segundo se constata, ninguém se importa discutir nem combater. Uma carraça que a maioria da humanidade suporta sem pensar em extirpa-la.
       Mas só ouvimos e lemos até hoje, referências à falta de dinheiro (desemprego), ao "deficit" das contas públlicas (má gestão dos orçamentos), à crescente dívida pública.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Relaxação

      Estou entrando na relaxação, estou sentindo-me nessa classificação horrível de frouxo, relapso nas mensagens, dentro do meu compromisso que gosto de cumprir. Gosto que me leiam mas entristece-me que visitem os meus blogs e percam o tempo porque nada mais encontram. Isto é uma declaração de remorso que não apaga o pecado. É uma autocensura pela desconsideração pelos visitantes deste blog. E deve envolver a promessa de que só por excepção, falharei a mensagem diária. Má ou boa, que vos agrade ou não, que me agrade ou não. Pois se a mim me agrada escrever, não posso ter a lata de me desculpar com as desculpas do costume : não tenho tempo, o que escrevo não presta, pouca gente me lê, não meditei hoje, etc., etc..
      Nem cairei na asneira de auto elogiar-me, de bajular-me.
      Porque já escrevi : quem bajula, desconsidera.        

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

     Divertir-se, que é um dos contrários de se acabrunhar ou de se  entristecer ou de se afligir, deverá constar do plano de cada um dos nossos dias de vida.
      Diverte-se qualquer um fazendo o que gosta, participando na felicidade própria ou na dos que lhe são queridos, entrando em jogos de prazer e de alegria, ocupando-se actividades que lhe trazem contentamento ou até que lhe resolvem problemas na busca incessante da sorte.
      Mas existe, para os afortunados como eu e a minha companheira, uma forma de diversão muito peculiar, muito pessoal e muito profunda.Muito peculiar porque contempla a poucos ; muito pessoal, porque ninguém a pode gozar senão quem a desfruta ; muito profunda porque só a sente quem tem bastante sensibilidade.
Refiro-me às mensagens que recebemos dos filhos, dos netos e dos bisnetos. Podem ser simples mensagens de circunstância, ou respostas breves a uma nossa pergunta. Mas sempre nos tocam, talvez porque reforçam os laços que nos unem. E sempre nos divertem.
       Comecei a receber mensagens da nossa neta mais velha, que nasceu e vive no Chile. É escritora, vai no quarto livro (e na segunda filha..).
       E é, também, poeta. Julgo que nada mais preciso dizer.
      Todos os avós, de todo o mundo, me entendem.
      E lástima dos que perderam a capacidade de assombrear-se.           

 

 

         

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Dicionário

O dicionário é uma das melhores ferramentas : para quem lê e para quem escreve. Tem poucos defeitos e muitas virtudes. O defeito maior, talvez o único, é em geral pesar mais do que um quilo. Tornando-se difícil de manusear para os mais jovens.
         Os dicionários são muito mais antigos que a bíblia, parece que os primeiros apareceram na Mesopotamia, 2800 anos antes de Cristo !
         Leva tempo adquirir o hábito de o consultar. Mas pouco a pouco, quem gosta de ler e de escrever, vai usando o dicionário com mais gosto e menor dificuldade.
         Ao mesmo tempo, por vezes, diverte-nos. No final de cada página, normalmente aparece uma palavra cujo significado desconhecemos. O conhecimento básico, em qualquer idioma, é de cerca de  duas mil palavras. E se na nossa língua, segundo dizem, existem mais de 90.000 vocábulos,  se conhecermos metade, isto é 45.000, já não é mau. Portanto, muitos dos que figuram no fim das páginas consultadas são-nos desconhecidos.E eu, depois que conheci o sinónimo correcto da palavra procurada, adquiri o hábito de também conhecer a última palavra da página. Nada custa, por vezes é uma surpresa, outras um divertimento.
 Dou um exemplo.
         Procurando "relaxação", no fim da página a #relaxação#, encontrei a palavra "relho", que é um açoite feito de couro; ou uma fivela com que as senhoras apertam os cintos ou ainda, imaginem, uma espécie de truta, também chamada truta-marisca.
         Experimentem dizer à vossa esposa, em dia de humor : "não te esqueças de apertar bem o relho"...

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sobre o orgulho

O orgulho é a manifestação do conceito elevado que cada um faz de si próprio,  por vezes até desapercebida por quem o exibe.  Por vezes também pouco exibida pelas atitudes tomadas em resposta a provocações. Com frequência o vemos confundido com  preconceito,que  é um juízo antes formado sem uma fundamentação correcta. O orgulho é pessoal, formado durante parte da vida e fundamentado nos sucessos de quem o sente. Ao contrário do preconceito, não é a sociedade ou a convivência que o forma nem as regras que estas impõem .
       As assembleias e os senados fornecem-nos bons e maus exemplos desses estados de espírito.
       E pasma-nos continuarmos a ouvis na nossa Assembleia Nacional muitos deputados, que continuam bem orgulhosos a dissertar, seguindo obedientemente as "cassetes" a  que o partido os obrigas.
       Em minha opinião uma clara - obscura para eles - manifestação de pouca inteligência.

domingo, 11 de agosto de 2013

Mais sobre o infinito

          Conhecer o infinito (o positivo ou o negativo) é um dom de que Deus não abdica nem permite que conheçamos.E ainda bem.
          Quando pensamos no infinito associamos logo a ideia dos números, dos conhecimentos da matemática ligados a ele. Mas há muitos mais infinitos, existem uma infinidade de coisas que contem infinitos: o amor infinito, a esperança infinita, a variedade infinita do que nos pode envolver., etc..Porém se tudo fosse infinito sofreríamos muito mais nesta vida, neste planeta onde nascemos. E Deus, na sua infinita sabedoria e bondade não o permite e limita muito do encontramos na vida.As razões, só o saberemos mais tarde, nunca nesta vida. Limita-nos a força, limita-nos o saber, limita-nos a inteligência, limita-nos a vida.
           Não me atirem com os argumentos do costume contra o que disse atrás. Por exemplo, porque deixa castigar, violentar e morrer crianças ou jovens : dizem isto os mesmos que dizem que não se pode atingir o infinito : e como podem atingir, criticar e julgar a infinita sabedoria de Deus ?
           Temos que nos resignar à nossa pequena condição, neste pequeno planeta. Se admitimos que tudo nasce com pais, não podemos deixar de admitir que tudo existe porque tem uma origem.
           Seja pedra, seja alga, seja animal racional.
           O nada é que julgo não ter uma origem.Contudo, ninguém, poeta ou sábio, já o demonstrou.  
   

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Tangas e outras efemérides

          Quando alguém quer comunicar comigo pelo telefone, este avisa-me com uma melodia suave.Que me diminui a contrariedade pela interrupção da tarefa em que estava empenhado ou o temor pelo que me vão pedir, avisar ou incomodar. Pelas inúmeras "tangas" que me tentam impingir pelo telefone, criei essa esperança negativa, quando oiço o telefone "melodiar". O telefone deve servir-nos, não deve servir para que outros se sirvam de nós, explorando-nos ferindo a nossa boa fé e boa esperança, estragando o dia. Não deve servir para alimentar o nosso depósito de precauções, que, quanto mais cheio, mais preocupações
influenciam o nosso subconsciente.
          Há dias uma menina de voz muito simpática, telefonou-me, disse chamar-se Ana Dias (aí começa a mentira, nunca dizem o nome verdadeiro), e depois de me perguntar se queria habilitar-me a ganhar dez mil euros (eu já estava avisado desta vigarice), pediu-me mais elementos  e no fim com a justificação de que me enviariam o prémio para a minha morada, pediu-me os meus endereços, postal e de email. Entrei no jogo, dei-lhe um endereço falso de email e disse que morava  na avenida das forças armadas 14-4º dt ou outra qualquer,diferente da minha, reforçando a resposta dizendo-lhe que não se enganasse, que muitas pessoas me enviavam correspondência para o 14 -4º-esq. . Agradeceu com evidente e maior simpatia pela vitória obtida sem muita resistência.
          Evidentemente que forneci dados falsos. E a vigarice, pelo que me  informaram, já consumada bastas vezes, é que daí a dias, depois de bem estudados os hábitos e horários da vítima e família,  batem à porta do contemplado e um tipo disfarçado de polícia, de carteiro ou vestido como um executivo de alto gabarito, aponta-lhe uma pistola e assaltam-lhe a casa.E por vezes fazem pior.
          Pagaria uma taxa adicional para evitar essas chamadas  de patifes,  vazando um pouco a minha caixa de preocupações.

 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Observar, encontrar e eliminar as sujidades da loiça e das panelas, é muito fácil.
Observar, reconhecer e eliminar as sujidades do nosso caracter, é muito mais difícil.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Sinto que começo a atingir um estado, talvez o chamado "estado de graça". Sinto que estou a perder o desinteresse, a cobiça, quase toda a gula, enfim, alguns dos sete pecados capitais.. A minha vela interior continua a ajudar-.me nesses esquecimentos, a lançar-me nos braços da fantasia, não para de cintilar nas alturas da memória, revivendo com agrado muitos momentos esquecidos que surgem encadeados, que brotam espontaneamente.
Não me desagrada pensar no futuro, no meu e no da minha família, e nas famílias das rosas, dos ventos, das auroras, das maravilhosas tardes dos entardeceres, dos poentes multicolores em qualquer estação , aqui, no nosso Algarve.  Tão pouco cantado, que apreciamos tão pouco, que esquecemos mas que a vela ajuda a reviver e a respeitar.
         
Na assembleia nacional
Há por lá alguns malandros
Vão esquecendo o essencial
E falam do sexo dos anjos

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Nos jormais que folheei

Nos jornais que folheei e nos mil livros que já li,
Ninguém escreveu sobre o sorte ou má sina,
De ter nascido nesta condição humana,
De não ter nascido cobra, leão, ou simplesmente flor.
E neste princípio de século em que muito se escreve,
E quase só de incómodos, de economia, de crises,
Nunca vejo ninguém parar para pensar,responder e escrever
Qual seria a melhor forma de nascer,
Se homem, cobra, leão, pássaro ou flor.
Mas hoje estou bem convencido,
Que a minha Mãe, quando eu nasci,
E como todas as mães dos homens, das mulheres,
Das cobras, dos leões, dos pássaros e das flores,
Soube a resposta.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Procuro sempre cumprir
Usando a minha razão
Melhor por vezes é calar
A voz do meu coração










Se qualquer problema me passa
Bem eu tento que a não lembre
Quem pensa só em desgraças
Na desgraça fica sempre

domingo, 28 de julho de 2013

Ainda sobre Pascal

São, com frequência, citadas frases de Pascal, como  "grão de areia de Pascal" e
abismo de Pascal" . A primeira refere o grão de areia que se introduziu na uretra de Cromwell, provocando a sua morte e impedindo que desferisse um golpe profundo em toda a cristandade  e na família real. A outra expressão, referindo-se às alucinações que Pascal sofria após um acidente que sofreu em Paris, usa-se hoje, para referir a dificuldade de alguns problemas sociais e morais.
         E outra citação, de autoria de Pascal :
            " Nenhuma outra religião, a não ser a cristã, conheceu que o homem é a mais excelente criatura, e ao mesmo tempo, a mais miserável".

sábado, 27 de julho de 2013

Num outro passeio

            Passados umas centenas de passos, na minha caminhada diária de hoje, entrei de novo a meditar. Repetiram-se as imagens do anterior devaneio. Lentamente foram-me surgindo algumas sensações, primeiro a de agrado, logo a seguir uns ruídos muito ténues, seguidos pelo sentir de qualquer coisa dentro de mim, depois, descobrir que podia mover diversas partes do meu corpo e ainda sentir que encontrava, sentia de vez em quando,  uma parede mole. A minha alma começava a instalar-se, revelando-me hora a hora mais sensações, agora eram outras provenientes do corpo, depois os tais ruídos que se ampliavam e se interrompiam ou continuavam em intensidades e alturas  diferentes. E constatava que os movimentos de partes do meu corpo culminavam, por vezes, num movimento suave de todo o meu corpo aumentando o agrado já sentido.
            A buzina dum carro que subia a rua despertou-me. Estava chegando a casa.
            Tinha caminhado mais de dois quilómetros em meia hora, o que verifiquei pelo relógio.                
            Porque pensava que tinham passado cinco minutos ou pouco mais.    

sexta-feira, 26 de julho de 2013

           Nos meus passeios, medito. Para o futuro, para o passado. Hoje, poucos passos andados, senti-me  numa paz imensa, como nos sentimos dentro, ,dentro de água morna, não sentindo a água, mas apenas a sensação agradável duma paz confortável, mais que isso ainda, sentindo a alma pairar como se o meu corpo desaparecesse. Parece-me então estar envolto num universo de estrelas, de chispas cintilantes, a pouco e pouco amalgamadas e transformando-se num nevoeiro, primeiro denso, muito escuro, depois mais ténue, mais ténue, principiando-se então a desenhar-se, a definir-se alguns contornos, no meio daquela névoa. Surgem então algumas sensações que a mente vai  comparando com as seguintes, sempre diferentes, sempre agradáveis.
         O grasnar de gaivotas que seguem na traseira duma traineira que sobe o rio, interrompe-me o devaneio, puxa-me para a realidade.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A força do espírito

Começo a conseguir que o meu espírito só incida no futuro, não sirva para me distrair do que se passa à minha volta, não sirva para pensar noutras pessoas, não sirva para projectos de fazer fortuna. Aproveito o tempo dos meus afazeres diários, os meus passeios, para deixar o espírito vaguear no que mais lhe interessa. Os "flashes" que surgem ma minha mente, provocados pelo espírito. surgem envoltos em nevoeiro denso que se esbate aparecendo os contornos de ideias, de pensamentos, de juízos em "placards" brancos ou por vezes marcados, escritos ou delineados .no meio dum arco-íris de cores vivas. Não é uma fantasia do realidade porque me sinto impelido a perscrutar mais e mais, sinto mais e mais ansias por desvendar o que está lá por detrás ou por dentro, visto que as imagens que surgem não me convencem que o meu espírito não vá mais longe. Mas o reciocínio perturba-me o espírito, dado que para onde ele me continua a querer transportar nada tem de racional, o raciocínio é coisa diferente e não é para aqui chamado, a pouco e pouco cada dia me custa manos a não o deixar ocupar a minha mente.
Mas agora entrei na realidade, sem prosseguir, e espanto-me porque se passaram duas horas!      

terça-feira, 23 de julho de 2013

Pesca

Há homens que pescam com o anzol, há homens que pescam com a espada, há homens que pescam com a política. Uns iscam, outros matam, outros engordam.
             Acontece muitas vezes que enquanto fazes os trabalhos caseiros de colaboração com a esposa, começas a pensar nas vantagens e nos inconvenientes desses trabalhos. Não são remunerados por isso parece que agora se chamam de "prosumers", não te envenenam a vida, ocupa-te com agrado uma parte das horas disponíveis, faz-te esquecer algumas senão muitas preocupações, afastam-te- de tentações inconvenientes, dão prazer se acabas com o rigor desejado o que projectaste fazer. Não sentes qualquer pena ou raiva por não ser remunerado, não te envenenam a vida porque efectuas esses trabalhos com prazer, afastam-te. durante o tempo nessa ocupação dalguns pensamentos ignóbeis, dão-te prazer sem sentires que deves ser condecorado pela obra feita. Sem te irritar pela repetição todos os dias  dalgumas dessas ocupações, sem sentires injustiça nem exigir retribuição.
           Mas dantes, enquanto a mulher criava e cuidava dos filhos e da palhota ou do buraco na pedra onde viviam, o homem andava, durante o dia, a colher fruta, erva, caça ou pescado durante doze ou mais horas. sem férias. . Hoje o homem passa os dias a trabalhar, sentado a  uma secretária, ou numa fábrica, a fazer o que lhe ordenam, trinta seis horas por semana, descansa aos sábados e domingos, tem trinta dias de  férias todos os anos e ainda recebe subsídios de férias e de Natal.
          Digam-me neste e noutros pontos que conhecemos, há igualdade entre os sexos?
          E acresce que quem gera e cria os humanos, é a mulher. Num "prosumer" que salvo raras  e esquisitas excepções, lhe dá prazer, sem exigir condecoração, nem retribuição.

domingo, 21 de julho de 2013

Vocês dão-me licença?

Esta é das tais perguntas que alguns, mal formados em diplomacia, apresentam no meio da conversa ou da discussão.
É uma pergunta que pressupõe resposta afirmativa, que indica um desejo irrecusavel sob pena de incorrecção, que apresenta um pedido duma licença grátis(se se apresenta o custo respectivo,como é próprio de todas as licenças,constituirá uma ofensa paradoxal).
É uma pergunta hipócrita porque quem a faz sabe qual a resposta, só espera pronta anuência de quem o ouve, só aceita a resposta que lhe convem.
É uma pergunta deselegante porque o objectivo primeiro é calar os que estão falando.
É uma pergunta pretensiosa porque julga que vai dizer "verdades como punhos" e de importância sem limites..
Se me dão licença...

sábado, 20 de julho de 2013

Não me perguntem

Não me perguntem pelos fins
Pelos meios, nem pelos quartos às escuras
Nem me façam perguntas idiotas
Às quais eu não quero nem sei responder
Dêem-me seja o que for,
Que me vire a vida do avesso
Para ver o que lá tenho, o que lá conservo.
Como eu queria, em menino
Ver a outra face da lua
Que o severo professor
Dizia que estava sempre,sempre
E sempre às escuras.
Eu não acreditava
Na minha ingenuidade
Podia lá acreditar.

Por isso, um dia
Ele deu-me uma nota baixa
Porque eu lhe perguntei
No meio da sua lição,
Quando tinham apagado a luz
Do outro lado da lua.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Continua aumentando a praga do dinheiro

          E segue a tortura deste sistema que o dinheiro comanda. Pelos problemas que o país está atravessando "tudo devido ao dinheiro", como disse o dr. Manoel Alegre, cada dia há mais uns milhares que entram no desemprego, cada dia há mais pobres, cada dia aumenta a classe média baixa. Porque que é que nenhum dos duzentos e tantos depurados na nossa assembleia legislativa não convida os colegas a discutirem o dinheiro e o seu sistema? Têm medo do riso dos colegas ? O partido não o autoriza ? Têm medo de perder a fortuna? Não querem levantar problemas? Têm medo que os bancos os assassinem?
            Pensem. Não seria melhor um sistema que substituísse  o actual sistema monetário? Talvez os chineses o descubram, o que é cada dia mais difícil em particular porque estão abraçando o sistema capitalista. Ou talvez um pequeno país, cujos governanrtes amam o seu país iniciem a discussão e um sistema que os liberte da pobreza. 
            Ficará na história o primeiro que puser a questão num jornal, na televisão, numa assembleia. na
              FAVORES DE QUEM NOS GOVERNA
            
Desditas mais descrenças e enganos
Acidentes na vida bem sentidos
Eivados de não raros desenganos
Por vezes atingindo os mais queridos

Se algum poder estranho me assistir
Evitando-me os males referidos
Sereno, confiante vou retribuir             
Muito agradecendo os bens recebidos

E mais agradeço ao que nos governa
Aquele que decide o nosso fado
Com a sua infinita sabedoria

Por me afastar de tudo o que me enerva
Por sempre se encontrar em qualquer lado
Por muito me indicar a recta via

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Vou e volto


       Vou e volto
       Dou voltas e reviravoltas
       Saltos dentro de mim
       Sem sentir se são voltas ou reviravoltas
       Sei que vou andando, ou caminhando, nem ao físico obedecendo
       Num bem estar de águas mornas
       Sem sentir qualquer desgosto ou solidão

       Sigo aquele apelo de procurar o que tenho de bom dentro da memória
       E aquele desejo insano de escrever
       Alguma daquelas "cartas de amor,como as outras, ridículas(*)"
       Como disse o maior poeta do mundo
       E a tamanha vontade de dar voltas e reviravoltas atrás, no tempo
       E dar comigo sentado num café de Lisboa
       E ler, em primeira mão uma quadra, que ele acabou de escrever:      
                
       "Há luz no tojo e no brejo
            Luz no ar e no chão
        Há luz em tudo que vejo,
            Não no meu coração.(*)"

                                                                  (*)Fernando Pessoa(1888-1935)

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Quando estou contente não me preocupo com outras coisas.
Falando de gavetas
        Como referi há tempos eu disse, de minha inteira autoria e responsabilidade :  eu sou como aquelas gavetas, que quando as queremos abrir, à primeira encravam, à segunda entortam e à terceira lá vêm para cá.
        Sempre gostei de abrir gavetas, em particular nos móveis antigos. E de pesquisar os lugares e recônditos das casas onde eu vivia. Os meus avós tinha um sótão enorme na sua casa. Subíamos para lá por uma escada íngreme, sem luz, de degraus muito altos, cada qual rangendo uma nota diferente. Lá em cima, por umas frestas finas entrava alguma luz por uns ténues raios povoados de poeira. E eu pesquisava o espólio existente, começando sempre pelo berço de canas, como o chamavam lá em casa. Estava suspenso nas pontas em dois eixos assentes em duas colunas verticais de canas e sobre esses eixos o berço movia-se para embalar a criança. Um berço de um metro de comprimento, que sempre me fazia pensar porque o teriam feito tão comprido. Tinha sido o berço da minha avó, da minha mãe e  eu e dois dos meus irmãos, também lá fomos embalados.
        Um dia, com a costumada curiosidade infantil dos meus sete anos de idade, perguntei à minha avó :
              - Oh avó porque é que aquele berço que está  no sótão é tão comprido, é o maior berço que eu já vi?
              - Olha menino, é muito comprido para caber lá a língua dos meninos, tão compridas como a tua !
        O meu Pai, que sempre tinha uma resposta razoável para o que lhe perguntavam, disse-me que o berço de canas era assim de comprido para os bébés se mexerem e refastelarem à vontade.
        A minha avô, como todas as avós que eu conheci, era orgulhosamente incapaz de dizer "não sei !".