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sábado, 31 de dezembro de 2016

    Entre os problemas e as ciências da célula, itaentretenho-me a escrever versos.
    Versos sem rima, reflectem liberdade.
     O acordo ortográfico é uma atentado à liberdade de milhões que amam a língua portuguesa.
Entre dois automóveis que por aqui passam, a minha amiga palmeirinha já chegou ao primeiro andar do prédio em frente. E agita as longas folhas recompostas, de contentamento por sentir que  o que escrevo  sobre ela.
      Hoje, 31 do doze do dezasseis, vai-se sumindo mais um ano. Ainda ninguém investigou para onde os anos desaparecem.
      A flexibilidade duma gerigonça iguala a relatividade duma coisa mansa. É como um calhambeque que é tão inutil como um pechisbeque. 
Em qualquer lugar se pode encontrar a sabedoria.
      A mulher e o homem, vestindo-se dos pés  à cabeça, num milhão de anos perderam quase todo o pelo, cabelo e juízo..
      Quase sempre, quem parte decidiu o destino e quem chega quase sempre sabe donde veio. Exceptuando as mulheres e os homens de menos de um ano de idade. Todavia, quando nascemos, nenhum de nós sabe de onde veio e durante a vida, para onde iremos quando a vida acabar.
*
Alimentos das células - 4
O oxigénio que o sangue transporta, se for suficiente, chega às células de todos os organismos do corpo. As células utilizam-no para transformar os alimentos que recebem em energia - para se reproduzirem, para transmiti-la a todos os órgãos do corpo, que a necessitam para exercer as suas funções. Todas as células, todos os órgãos do corpo, necessitam de energia..
Dentro das células, o oxigénio entra em processo muito complicado de trocas, oxidando todos os compostos nutritivos auxiliados por processos enzimáticos muito complexos resultando na energia que todos os amimais, em particular os mamíferos, necessitam. Destas reacções, resultam anidrido carbónico e água que o sangue vai transportando até aos pulmões, onde são eliminados através da hematose e da expiração.
   Será portanto, de fácil compreensão, o resultado, o efeito quase imediato de qualquer produto tóxico que ingerimos na alimentação, ou que introduzimos nos pulmões pela inspiração.
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016


Um celibatário ´
Não é um salafrário
É um solitário
Que eu não invejo
Não sou celibatário
Casei, há pouco tempo,
Há umas dezenas de anos
Nunca me senti solitário
Nem que seja salafrário
Quando era celibatário
Nunca recebi salário
Nem me senti ordinário
Nessa outra condição
De não ser celibatário

Nunca me senti perdulário
Que tanto tu me tens dado
Dessa riqueza imensa
Que me enche o coração

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016


 *
Alimentar as células
Não  obteremos de imediato tudo o que a prática da boa respiração pode proporcionar. Os efeitos começarão a sentir-se alguns dias depois, Aqui valerá muito a força de vontade, a perseverança, a teimosia de cada um, para conseguir bons resultados.
No passeio diário devemos exercitar a respiração, insistir nela quando nos deitamos, o que contribuirá para mais depressa adormecermos. Reparem que durante um dia inspiramos e espiramos entre catorze e dezasseis mil vezes. Nada vos custará fazer exercícios de respiração, durante pelo menos meia hora por dia, inspirando e expirando cerca de vezes. Pensem que a recuperação da vossa capacidade pulmonar aumentará a vossa esperança de  vida, todos os vossos organismos do vosso corpo - bexiga, rins, pulmões, coração , pele, ossos, etc. - obterâo para as suas células um melhor abastecimento de oxigénio, (que foi, insensivelmente, diminuindo ao longo da vossa vida),   resultando no futuro, em menos achaques, menos doenças, menos torturas, menos idas ao médico, menos compras na farmácia.
E confirmem o que disse, perguntando ao vosso médico e consultando a internet.
Mas os vossos triliões de células necessitam de outros alimentos, e de água.
Continuaremos num dia próximo.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

*
*
Os alimentos das células - 2
Não pretendo que o que estou escrevendo ou antes, digitalizando no computador, o que recordo sobre alimentos das células do corpo humano, seja um tratado exaustivo sobre o assunto. Estou expondo o que sei e que julgo que é importante para as nossas vidas na Terra. Apresentarei decerto muitas imprecisões, talvez alguns erros, (que muito apreciaria ver corrigidos pelos leitores). Todavia,
 o que me .importa e mais pretendo, é levantar a curiosidade, o interesse e a atenção dos que leem o que exponho para um assunto que julgo ser vital . Para mais precisão, para completar ou melhorar o conhecimento sobre o assunto, a ciência dispões de inúmeras publicações que, com facilidade poderão ser consultadas  em qualquer biblioteca. E mais, também apresento o que sei, no meu blog e no FB para, de vez em quando, o recordar. A memória de qualquer um de nós, é limitada e por vezes  avara em recordar o que queremos lembrar.
Continuemos o que ontem disse aqui.
Dado que todos podemos constatar que, com a idade, a pouco e pouco, com lentidão, vamos perdendo capacidade pulmonar, aos cinquenta, sessenta, mesmo aos oitenta ou noventa anos de vidas, é sempre boa altura para procurarmos inverter essa tendência, essa perda. E portanto, a prática de exercícios de respiração deverá passar a ser diária. Aumentando-os e praticando-os todos os dias, aproveitando os vossos passeios diários, os vossos tempos de meditação, os minutos antes de adormecer, os minutos depois de acordar, etc.. Inspirando e respirando.
Inspiração - a maior parte de todos nós observou um bébé ou uma criança, quando dorme de barriga voltada para cima. Notámos que, quando inspirava, elevava a barriga,. baixando-a quando expirava. Durante alguns minutos façamos o mesmo, várias vezes ao dia. Com um pouco de persistência, ao fim de alguns dias começaremos a notar que o fazemos automaticamente. E estaremos a aumentar a hematose (a absorção do oxigénio pelo sangue, nos pulmões) todos os dias e a aproximar-nos dos benefícios da respiração em grau mais próximo do que obtínhamos, muitos anos antes. Aparece mais cor na face, sentimo-nos melhor.
Amanhã continuaremos.

 
     
 

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

*   
Os alimentos das nossas células
     O corpo dum humano de estatura media, tem mais de três biliões de células. Cada uma delas, para sobreviver e reproduzir-se necessita de alimento, água e oxigénio. A carência de qualquer um destes três elementos traduz-se em consequências graves para as células, impedindo-as de bem exercer, no corpo e no órgão onde estão inseridas, a sua missão. E ao longo da vida do corpo, os hábitos, os costumes, as tradições, os vícios, as contrariedades e dificuldades, a pobreza e outros factores,  contribuem com frequência que algum ou alguns desses três elementos rareiem ou estejam ausentes na alimentação das células.
      O oxigénio é o elemento que, com a idade do corpo, mais vai rareando. , Um humano de vinte anos, que levou vida saudável, poderá, com facilidade ter pulmões com um volume total de cinco ou mais litros. O mesmo individuo, com oitenta anos e que continuou com vida saudável, terá menos de dois litros, se a sua actividade física for normal e se nada fizer para contrariar a perda de volume pulmonar. Que se constata porque, ao longo da vida, insensivelmente, centímetro cúbico a centímetro cúbico, diminuirá nesses sessenta anos de vida, a capacidade pulmonar para míais ou menos de metade e isso se não é fumador nem tem outros vícios prejudiciais para a saude, se não vive em ambientes poluídos, se faz todos os dias , um mínimo de exercício físico. Portanto, aos vinte anos de idade, o corpo inspira à volta de duzentos e quarenta litros de ar por minuto contendo cerca de quarenta e oito de oxigénio; e aos oitenta anos, de não mais de vinte e quatro litros de oxigénio.
    Muitas células, de diversos organismos, terão de sofrer. Poderá ser o fígado, o estômago ou outro, mas algum terá muitas células em dificuldades, algum apresentará, cedo ou tarde, alguma anomalis.
    Então, o que fazer?
    Amanhã responderei.
 

sábado, 24 de dezembro de 2016











 O mar não é inimigo
O  não é inimigo dos barcos
É inimigo dos homens
Que vão nos barcos, a navegar,
E que deitam lixo no mar.
Mas os barcos não têm culpa
Do que os homens deitam no mar
A mulher, se deita algo no mar,
Só deita cinzas ou flores,
Para sentir ou celebrar
O que quer recordar
Porque sabe que o mar
As sempre guardará




Fingimentos
    Que coisa mais absurda
    Dizer que uma coisa é preta
    De cor preta, negra, azeviche, carvão, 

Eu sei cá lá que mais.
Mas no liceu ensinavam-nos
Que o branco é soma das cores
E o negro ausência delas
Então é cor ou não é?
Dizem: pintaram-me de negro a parede
Pintaram-na duma cor ou não?
Se é assim que falamos, então
Quando digo que barra  é de ferro
É de ferro ou não é?  
E se o ferro é preto, não tem cor?
Mas isto que escrevi não é verso?
Será poesia se não tem verso?
Ou serão versos sem poesia?
Pessoa teve razão: um poeta é um fingidor,
Finge que às vezes escreve versos,
Versos que nem versos são




quinta-feira, 22 de dezembro de 2016


Tanta conversa fiada
Tanta patacoada armada
Tanta tinta escorrida
Tanta retórica sofrida
Será que no teu país
Minha amiga que me lês
Também lá tens quem só escreve
Não com as mãos mas com os pés?
Deus escreve direito com linhas tortas
Parece-me que a Biblia assim reza
Para mim não há horas mortas
Em que escreva o que me desinteressa
Com um poucochito de humor
Vou oferecer-vos um exemplo
Para que apreciem o valor
Do  que às vezes oiço e contemplo:
Uma esfera, meus senhores, uma esfera
É um objecto redondo, liso,
Fora dela tudo existe
E por dentro, notem bem
Pode ser também de tudo
Feita de qualquer material
Que quem a fez num momento
Para ser um rolamento
Uma bola,

Ou um frasco de condimento
De suprema ou minúscula inspiração,
Resolveu que ela seja

De madeira, de ferro,
De prata, titânio

Ou de outra coisa qualquer
Pesa muito ou pesa pouco
Quem com ela na cabeça leva
Fica surdo, tonto e mouco
Se quiserem que eu continue
Com este exemplo bacoco
Pouco a pouco ficarei louco 
E estou farto. 

Depois destas  lérias
Vou escrever coisas mais sérias

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

* O exemplo de Arruda Um artigo de hoje no jornal digital Observador refere os extraordinários resultados dos alunos das escolas daquela região, apontando diversas causas prováveis, desde a genética, até à qualidade dos professores. Em minha opinião faltou referir mais, talvez a mais importante. Que reside na preparação das crianças, desde as primeiras aulas da escola primária no tocante a saberem estudar, aprenderem a pensar e a aproveitar a curiosidade natural de todas elas desde o primeiro dia que frequentam a escola primária. Eu tive um professor de ciências físico-químicas, no liceu que, para muitas aulas levava objectos diversos, desde escadas, diversos animais, autoclismos, banheiras, etc..de acordo com a lição que iria proferir. Nunca mais nos esquecemos de algumas leis da física, das fórmulas de alguns compostos químicos. Um dia a diversos de nós, fez-nos saltar de cima da mesa do professor para o chão, ao mesmo tampo que deixava cair uma maçã,para nos convencer que chegava tudo ao chão, ao mesmo tempo, explicando a gravidade.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Dinheiro Sabem para que serve o dinheiro? Dirão muitos que é  uma pergunta idiota, porque se calhar julgarão que toda a gente o sabe. Toda ou quase toda a gente sabe para que serve, em nosso proveito. .Algum  de vós pensará para que serve o dinheiro, em nosso prejuízo? Olhem os nossos prejuizos: - As moedas podem furar os bolsos. - Dão mau cheiro às carteiras e ás malas das senhoras. - Se é muito, o dinheiro, não cabe no colchão - Se é pouco, é muito comido pela inflação - Se é muito gera inveja, tentação, cobiça, falsas amizades - Se é pouco faz-nos passar fome, dormir debaixo da ponte, vasculhar os contentores - Se é muito temos que o pôr num banco. E lá, com frequência o perdemos todo. - Se há poco, todos os governos de todo o mundo se preocupam: com o "deficit", com os corruptos, com a pobreza, com o desemprego.  - Se têm muito, todos os governos de todo o mundo deixam de se preocupar com o "deficit", com os corruptos com a pobreza, com o desemprego E ninguém contente. Porque há muito mais que muitos não querem ver, falar ou conversar, sobre o vil papel e o vil metal.

domingo, 18 de dezembro de 2016

O senhor obrigatório, dantes muito se falava dele. Hoje continua a ser infObrigatórioluente nos nossos costumes, hábitos, vícios Senão, vejamos algumas das obrigações, o que persiste de obrigatório na vida do cidadão comum, excluindo.se portanto os milionários, os pobres e os políticos:        - Andarmos vestidos. Os políticos também, mas com gravata, com excepção daquele pândego da Grécia, que tem a obrigação de não a usar e ainda não nos explicou porquê. Eu, sem ser político,  não a uso e sei bem porquê: não gosto de nada à volta do pescoço, talvez que me ficou  patente e permanente algum atavismo proveniente sei lá de que antepassado, muito antepassado meu, que foi enforcado em Sevilha, rezam os arquivos da Torre do Tombo.       - Só andar cá pela Terra depois de termos nascido. As excepções são desconhecidas, contrariando a regra. Os políticos por vezes parece que cá nas não nasceram. Os corruptos consideram-se bem nascidos.        - Alimentar-nos, bebendo líquidos. As excepções são para alguns malucos que acreditam nas dietas ou que pretendem ser grevistas da fome - quase sempre com uma ajudazinha alimentar à socapa. Os políticos são a excepção da excepção. Não se importam e sempre se resignam a comer e beber, mas do melhor.       - Escrever depois de pensar. Exceptuam-se os que escrevem transcrevendo a "cassete", moda que parece ter nascido depois os 25 de abril.        - Eliminar a merda. Obrigação também com algumas excepções e por vezes muitíssimo difícil, outras vezes altamente incómoda e inoportuna. Mas ninguém consegue fugir a tal obrigação, sujeitar-se-ia a consequências fatais. Os políticos esquecem-se, com frequência e sem consequências. Portanto entram na excepção à obrigação.. E lembrem-se, ninguém morre, mesmo os mais santos, sem alguma merda dentro. O que deverá contribuir para alguma simplicidade e modéstia de todos. Donde se conclui que por vezes é benéfica. - Proteger o que foi e continua a ser-nos concedido grátis: a Terra, a atmosfera, os mares e os rios, a Vida. Obrigações esquecidas por muitos que esqueceram o que lhes foi dado. Os políticos esquecem porque não querem ou não conseguem legislar nesse sentido. Só por excepção o fazem.      

sábado, 17 de dezembro de 2016

Surgirá Tenham cuidado, o meu supercérebro está surgindo. Veio das trevas e das alturas. Traz um grande saco de ilusões reais, de fantasmas de carne o osso, de prendas para todos, todos vão ficar ricos e aprender a ciência de enriquecer para quando os menos ricos os empobreçam. Não passarão sede, nem fome, não terão problemas a resolver, passarão a ter apenas programas de televisão sem anúncios, sem telenovelas,sem deputados,  surgirão mais alguns santos à nossa volta. Sem que Cristo volte de novo à terra e os convença a dar tudo aos pobres, o que é impossível porque não pode existir um mundo sem pobres, mesmo que Cristo o queira, porque antes o matarão de novo. E então os intelectuais lamentarão que isso aconteça porque então, diriam, o mundo passaria a ser uma grande chatice, sem problemas, sem sindicatos, sem alternativas, sem parlamentos, ,sem eleições, toda a gente feliz, cheia de saúde, o que representará uma nova chatice, sem inconvenientes, sem problemas o que seria da nossa vida, os templos e os hospitais  sempre vazios,  o desemprego subindo em flecha porque as bruxas, os adivinhadores, os espíritas, os oráculos e as pitonisas, os médicos, os enfermeiros,stc., perderiam toda a clientela. Não isso não pode acontecer, o mundo tem de continuar como está, imprevisível, inconstante, sujeito à meteorologia  e à diáfana subtileza das decisões dos governos, sujeito à porcaria dos livros que eu publico e ninguém lê. Já publiquei quatro, vou no quinto e mais meio, mais um, técnico, não sei o que fazer deles, ninguém os quer, mesmo oferecidos, pelo menos poderiam servir para alimentar as lareiras no próximo inverno, que é um destino digno, talvez mais digno que outro qualquer, o fogo pode  eliminar tudo, mesmo o que não presta. Não tenham cuidado, o meu supercérebro ainda não surgiu..     
Se o corpo morre, regressa à terra, decompondo-se, acabando em cinzas. Não mais  poderemos vê-lo vivo, como antes da sua morte, O nosso espírito não, pensamos que existe e que subsistirá após a morte do nosso corpo; que não é possível elimina-lo pelas chamas. Não  se pode queimar um pensamento, não se pode fazer um archote duma ideia, como um combustível que arde,  duma  tristeza, duma alegria, dum pressentimento. Mas o espírito, ainda que não se possa ver, terá forma de manifestar-se, qual será, tentamos  imaginar. Não por fantasmas, duendes, belzebus, mas duma forma que eu penso que pressentimos.  Manifesta.se. suponho, pelo que o nosso espírito atinge se se sintoniza com outro ou outros, tal um rádio ou uma televisão se sintonizam com as emissoras que queremos ver e ouvir.. Outros  espíritos manifestam-se como estações, que sintonizamos no nosso espírito, no teu, no dele, Qualquer  um poderá ser captado pelo nosso interesse, pela nossa atenção , pela nossa vontade, pela nossa vida. Manifesta-se portanto, por indícios não físicos: por pressentimentos, por intuições, por tendências, por certos empurrões da nossa vontade e que, com frequência,  não compreendemos..

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Se o corpo morre, regressa à terra, decompondo-se, acabando em cinzas. Não mais  poderemos vê-lo vivo, como antes da sua morte, O nosso espírito não, pensamos que existe e que subsistirá após a morte do nosso corpo; que não é possível elimina-lo pelas chamas. Não  se pode queimar um pensamento, não se pode fazer um archote duma ideia, como um combustível que arde,  duma  tristeza, duma alegria, dum pressentimento. Mas o espírito, ainda que não se possa ver, terá forma de manifestar-se; qual será, tentamos  imaginar. Não por fantasmas, duendes, belzebus, mas duma forma que eu penso que pressentimos.  Manifesta.se. suponho, pelo que o nosso espírito atinge, se se sintoniza com outro ou outros, tal um rádio ou uma televisão se sintonizam com as emissoras que queremos ver e ouvir.. Outros  espíritos manifestam-se como estações, que sintonizamos no nosso espírito, no teu, no dele, Qualquer  um poderá ser captado pelo nosso interesse, pela nossa atenção , pela nossa vontade, pela nossa vida. Manifesta-se portanto, por indícios não físicos: por pressentimentos, por intuições, por tendências, por certos empurrões da nossa vontade e que, com frequência,  não compreendemos..

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Essa minha tia Aquela mulher, viva, irreverente, destinada a ser bonita, não tinha 47 anos, nenhuma mulher tem 47 anos. De homem com 47, diz o seu biógrafo que, com 47 , estaria na plenitude da vida um Cesar, um Alexandre, um Napoleão. Duma senhora com 47 anos nada consta, não foi uma Cleópatra, Joana d'Arc, uma Tatcher, Nenhuma mulher, hoje viva, nasceu em 1969, nenhuma. Mesmo as mais reles, se alguma o é. Mesmo as mais bonitas, quase todas. Porque antes de morrer qualquer mulher enterra a sua idade, nenhuma diz que já teve 47, outras, muito mais velhas que elas, todas sentem a mocidade, todas são casadas com um marido muito mais novo que 47  . E assim , assim, caramba, assim é que está certo. Qual é o marido decente que é casado com uma mulher de 47 anos? Nem sequer há um homem casado com uma mulher de 47 primaveras. Os números não se inventaram para referir a idade duma senhora, nem a duma mulher, poucas gostam de ser chamadas de senhoras, todas apreciam que as chamem, familiarmente, pelo nome que consta do cartão de identidade. A não ser que seja um nome duma antepassada, posto à nascença, um nome irreverente, que dizem cómico, impróprio para o gosto da própria, Como uma tia minha que no cartão de identidade se chamava Ermengarda, o nome duma célebre minha tia avó. E que só queria que lhe chamassem Mimi. Faleceu com noventa anos, mas nunca teve 47. E com razão. Foi sempre bonita. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Disse Desfaço os meus problemas cozinhando-os com um ovo estrelado e batatas "au meunier" não se riam desta ignorância, mas essas batatas fritas são as  mais saborosas batatas fritas que eu ainda não comi porque doutra forma os meus problemas não ficavam em ponto espadana entrariam no rol da roupa suja daquele antigo primeiro ministro que o  proclamou aos cinco ventos, ele sempre gostou de apregoar a sua originalidade aos dois ventos, ou apresentar pizzas de computadores, microfones e televisões, sempre preparadas para que os deputados mais exigentes tenham todos os dias o prazer mundano de deitar qualquer coisa para o lixo. Derivado disso choveram os protestos dos media e dos treinadores contratados que se mostraram elegantemente enxofrados com esse gesto de puro desperdício, esquecendo-se das seiscentas sessões de esclarecimento a que obrigaram os primeiros ministros após o 25 de Abril e como consequência, o desaparecimento de toda a imaginaçsão dos pais e das mães da pátria amada, porque lá em casa já não há coragem, capacidade e destemor para amar  eternamente seja o que for. Disse. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Esta maquineta com que escrevo, em que digito Esta maquineta onde e com que escrevo, onde escrevi tanto e onde espero escrever muito mais, não passa duma maquineta, dum artefacto mais ou menos insensível, dum brinquedo mais ou menos útil e que possui como base, minúsculos pedaços de material,  que reagem de forma pretensamente parecida aos nossos neuróneos, os circuitos integrados, os "chips" os trasistores, etc. não me peçam explicações sobre o que são todos estes, a minha ciência não vai nem eu pretendo que vá mais longe, quem queira saber mais consulte a internet, escreva lá "chip" e aquela memória imensa da internet lança-lo ou lançá-la-á nos braços da informática. Mas a mim não me interessa saber mais o que sei sobre isso e o que me parece mais importante saber, é que um computador é uma maquineta que ainda precisa de muita sapiência, experiência e paciência dos inventores consagrados à informática, para conseguirmos construir uma maquineta dessas que  tenha um pedaço de alma, exprimia alguns ténues, vagos e titubeantes sentimentos, consiga abrir a porta da fantasia, da bondade e da sensibilidade e que sorria. Ou até escrever, sem copiar, uma carta de amor, uma daquelas ridículas cartas de amor referidas por Fernando Pessoa.  

domingo, 11 de dezembro de 2016


Há paradoxos da nossa linguagem que lhe fornecem a dose de ridículo que deve exAí está ele, dirão, entrando nos domínios do inusitado, da fantasia, do obnóxio, do insensato.istir em tudo . Ainda bem, Eu não ato com um nagalho os meus desejos de comunicação, os meus pensamentos não se situam dentro de qualquer esfera de orgulhos, deveres, regras, artes de bem viver, Naranãonão, como dizia a minha avó, a materna que a paterna,com grande pesar meu, foi-se embora antes de eu chegar. Aquele candeeiro amarelo não fala comigo, eu sei, sempre soube que os candeeiros amarelos necessitam de companhia, sós, acabam por se endividar - o que, para um patriota é criar riqueza - e querer sair do euro o que, sem sabermos bem porquê, nos lançaria nos braços da ruina, por isso eu tenho dois candeeiros - às vezes, para que se envaideçam, chamo-lhes  candelabros, lustree, castiçais -   valem, são notáveis, pela inveja que têm um do outro,, apagados lutam por parecer mais apagados que o outro; acesos, coisa curiosa, lutam por iluminar mais o que vejo, o que leio; nunca lutam imaginem, nunca lutam por iluminar mais a minha mente, por trazer clarões imaginativos à minha escrita, por encher de luz a minha existência. São, em resumo, uns egoístas, o que lhes interessa são as suas manifestações de sombra e de iluminação.
Até porque perdi o rolo de cordel com que costumo atar os embrulhos que não faço.

sábado, 10 de dezembro de 2016



A razão da minha razão confunde-se com a ração do meu pequeno almoço, hora de comer alguns tremoços. Da mesma forma como uma almotolia se utiliza para nos confundir a fantasia de cavalgar uma nuvem: regando a nuvem com a almotolia cai a chuva da fantasia . Mas  tão diferente dum palimpsesto  como um cesto de costura é diferente dum protozoário. Ainda que este viva num aquário.
São picuinhas provenientes dalgumas sensaborias, dalgumas fumarolas que saem do vulcão das minhas adversidades, sem tradução para o coreano.


Apregoei virtudes, qualidades, condecorações.
Desprezei amores, amizades, sortes
Entreguei-me a vícios, preguiças, ilusões
Virei-me do avesso, ao não amar, ao não te importes
Tirei os cursos da tristeza e o da sensaboria
Faltando às aulas práticas  do mar, do vento, da terra
Esquecendo as qualidades da sabedoria
Nunca pensando que só Deus é que não erra

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016


Só me encontro quando não me procuro, só não penso quando desvario, só não vivo quando não estou, quando me entrego na agonia da apatia ou do tédio, quando não alcanço. E só me entrego quando me querem , nunca quando me querem comprar, nunca quando insistem em elogiar-me. Mas sempre que me abrem alguma porta da fantasia.
A vida tem de ser uma grande patuscada, não deve ser uma pequena história. dentro das convenções, dos horários, dos carimbos, do obrigatório,  dos tempos dos faz de conta, dos lugares comuns. Quero lá saber dos lugares comuns. Irritam-me os lugares solitários, chateiam-me os semáforos, as artimanhas, as reticências, os pontos finais. Basta-me, pelo menos, estando sozinho,  pensar no ponto e virgula,na importância complexa de estarem unidos, o pontos por cima da virgula, sempre machista.
    Não é por escrever muito que fica escrito alguma coisa de jeito. As palavras estão lá, na memória de cada uma ou de cada um. A arte de as selecionar,eleger e figurar numa frase elegante, contendo alguma sabedoria e de expressão concisa, é rara, é privilégio de poucos. Simples, preciso e conciso, deve ser a falação, dizia o meu pai.

Espero ter mais sabedoria que a que possui um ponto final.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

      *
Nascer não fez de mim um devedor   
  Parecerá pura insensatez ou parvoíce contumaz opinar sobre um escrito de Nietsche. Mas não posso deixar de expressar a minha discordância sobre uma teoria que esse autor  nos apresentou e deixou nos fins do século dezanove, e que figura em escritos que agora tenho relido com o mesmo interesse de sempre. Na sua "Genealogia da moral", destaca entre muitos outros assuntos e com insistência, a sua teoria de que todos e em particular os cristãos, somos e sentimos-nos devedores para com o nosso criador para com o grande credor que é Deus. Parece-me que mais não faz que confundir dívida com gratidão..
      Eu não me sinto devedor perante os meus pais, perante qualquer um dos meus antepassados, Todavia não deixo de agradecer-lhes a sua contribuição para a vida que tenho usufruído. Não posso considerar uma dívida o amór que resultou do meu agradecimento, que sinto desde que me sinto.  
      *
Nascer não fez de mim um devedor    
  Parecerá pura insensatez ou parvoíce contumaz opinar sobre um escrito de Nietsche. Mas não posso deixar de expressar a minha discordância sobre uma teoria que esse autor  nos apresentou e deixou nos fins do século dezanove, e que figura em escritos que agora tenho relido com o mesmo interesse de sempre. Na sua "Genealogia da moral", destaca entre muitos outros assuntos e com insistência, a sua teoria de que todos e em particular os cristãos, somos e sentimos-nos devedores para com o nosso criador para com o grande credor que é Deus. Parece-me que mais não faz que confundir dívida com gratidão..
      Eu não me sinto devedor perante os meus pais, perante qualquer um dos meus antepassados, Todavia não deixo de agradecer-lhes a sua contribuição para a vida que tenho usufruído. Não posso considerar uma dívida o amór que resultou do meu agradecimento, que sinto desde que me sinto.   

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

*
Sobre o que me vem à cabeça
Oxalá que à minha cabeça não venha mais que o normal: cabelo, pequeno almoço , almoço  e jantar, ar puro na medida do possível, água do banho e da chuva, aos ouvidos a conversa de quem me queira bem. E que não me cheguem à cabeça coisas mais importunas, agressões de vária ordem, inclusive a conversa dos políticos na assembleia e muito menos as que eles, os mesmos nos pespegam fora dela.
Desde que eu soube que Rousseau, o Jean Jaques, nos convenceu, (para muitos senvenceu) que o que importa são as ideias, mais o espírito, mais o intelecto que se traduz, que eu aprecio, com constância modelar, as ideias que me vêm à cabeça, essa parte fundamental do corpo humano que tanto gostamos de proteger da chuva, das correntes de ar, dos maus cozinhados e das falações desvairadas, insensatas e relapsas duns tantos chatos a que a misericórdia divina, a delicadeza e a democracia nos obrigam a suportar.
Reza a anatomia que nas pontas ou cabeças dos dedos se reúnem  diversos feixes de terminais de nervos daí que essas zonas são de grande sensibilidade ao tacto..Eu julgo que a cabeça que ostentamos, mais ou menos bem tratada, reúne, no interior, a maior concentração de nervos de todo o corpo, no fim da espinal medula. Daí resultam o conhecimento das, sensações, dos juízos, das ideias e das decisões que afluem ao nosso bestunto ou ao nosso genitunto.

Vou ali e já venho

Salta-me a boca para a mentira, tenho uma língua de trapos que vou usar para proteger os estofos poídos do meu carro, já os virei, como dantes faziamos aos casacos e aos sobretudos, naqueles tempos precisávamos de algo que puséssemos sobre tudo, inclusive os tapetes que se usavam igualmente para cobrir tudo, cruelmente e com desfaçatez. Aqui há uns trinta anos apareceu um político a fazer propaganda com o "slogan" " vou tirar o que está debaixo do tapete",  as intenções desse cavalheiro eram as mais sinceras.  até hoje ele continua tirando, não conseguiu  acabar de cumprir a promessa, até hoje continua a encontrar o que está debaixo do tapete .No dia em que um político cumpra as promessas, acaba-se a paródia ou acaba a política. Não queremos nem uma coisa nem outra, isso de alternativas democráticas estamos conversados, mas os grandes inventores da democracia, os gregos mais veneráveis, nem pensavam em alternar, por isso é que o alterne doutros assuntos é uma invenção do século XX, conservadora no XXI.










terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Sobre a responsabilidade
Quando virá o tempo em que surgirá um código simples, prático e eficaz sobre a responsabilidade incluindo a de quem ocupa um cargo político?
Numa família normal e sã, o pai e a mãe poderão agir,  segundo um código voluntário baseado na honestidade, lealdade, interesse pela harmonia e bem estar. E se os chefes da família gastam mais do que ganham e do que podem, se participam em actividades ilícitas, se entram e participam nas acções de grupos considerados perigosos pela lei e pela sociedade, se cedem à corrupção, são apontados como irresponsáveis e, o pior de tudo, põem a família em condições degradantes ou caminhando para a ruina.
Julgo que duma grande família como a dum país, poderemos pensar de forma semelhante sobre os seus governantes e procurar um código decente para a sua actividade na condução dos negócios do
país que governam.
Se qualquer responsável por um cargo público sofresse uma sanção severa quando prejudicasse muita gente, a política seria diferente. Errar é humano. Mas ser corrupto, não deverá ser. Todos podemos seguir, por vezes, o pior caminho. Mas quem vai decidir o destino, melhorar ou piorar a pobreza, projectar e executar as mudanças no país, deverá conhecer quais os limites que a responsabilidade lhe impõe. Nem que seja por decreto. Pruncipalmente por decreto.
Quem duvida da responsabilidade e a não quer, ou não a tem, que pensaremos deles?          

Divirto-me rindo de mim. A memória dá-me esse prazer, do ridículo de certas situações em que me meto. E  ainda mais, das que criei, pensando. Por vezes, quando passeio, desato à gargalhada provocando e aguardando o sorriso condescendente, piedoso, comiserativo e compreensivo, da sujeita que se cruza comigo. Entre a crítica das minhas atitudes e a análise das minhas opções, pretendo sentir a vaidade das certezas, o acerto das decisões, alguma grandeza nos ideais que sinto. Uma atitude necessita do amparo da vontade para concretizar-se,  uma opção precisa de alguma sabedoria para firmar-se. E a certeza com vaidade situa-se ao lado da petulância, do descaro, é insolência.

domingo, 4 de dezembro de 2016


Aos bons entendedores
Vou ver se me entendo. Porque isto de entender-me não é para qualquer um. Curiosamente acontece que é só para um. Um único, indubitável, um só, indiscutivelmente só, em resumo: um chato. Porque, concordarão que todos os solitários são chatos. Os elefantes solitários, os leões solitários, as pobres das pacaças solitárias e feridas, todos esses animais são chatos, perigosos.no trato e na compreensão da nossa presença. E os senhores que aqui me observam já encontraram, por acaso, um homem solitário que não seja chato, inerte e inerme dentro dos putativos (palavra na moda, tinha que a meter aqui) reputados cavalheiros da nossa praça? Eu, fico-me na minha, entendo-me bem! Pois é, dizem que por vezes sou chato, por isso é que não evito os erros chatos.

sábado, 3 de dezembro de 2016

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O óbvio e o ilusório
        O óbvio, ,para muitos, compreensivo para tantos, que parece evidente a quase todos, com frequência se transforma em ilusório, na presença dum facto subtil que poderá provocar uma reacção inesperada; por vezes bastará uma mudança ténue no clima para o passar à categoria de ilusório, de falso, de enganoso - como o prestidigitador que parece serrar a rapariga que se encontra dentro da caixa fechada.  É também o caso do governante que se serve de estatísticas falsas e tendenciosas, de promessas a prazo, de retórica clamando ao patriotismo, de apoios ambiciosos e oportunistas com pele de cordeiro.
       A a imagem, o conhecimento, a consciência  do obvio é ofuscada muitas vezes na mente da maioria do povo, pela ignorância, pela fraca cultura, pela fraqueza mental da muitos. Porque a liberdade é encarada por muitos como ausência de responsabilidade, como um poder que permite a demagogia, como uma arma que seduz os mais desprevenidos, estes pouco atentos ao ilusório canto de sereias.           

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016


Será?

Já me sinto capaz de não pensar. Será isto o "trânsito nas alturas" ou será o "embalar cabisbaixo e meditabundo"ou ainda o "poder inusitado do inútil"?

O que a vida nos



Se a vida é uma coisa, um assunto, um problema sério, temos de nos resignar a ser sérios, circunspectos, sisudos, concentrados no além, escolhendo experiências  mais ou menos ditosas do passado, engendrando situações mirabolantes para o futuro, lamentando a chateza do presente? A vida, em resumo, é uma coisa séria?  Foi-nos concedida pensando o Criador que a passaríamos com seriedade, sisudez, pacatez, vergonha pelos pecados cometidos, raivazinhas pelas perdas de tempo no passado, ansiedades pelo que  passaremos no futuro, nervosismos pelo que o destino nos concederá ?  Não, nunca me convencerei de nada disso, nunca aceitarei que o destino é um pôço de artimanhas, que somos fantoches em experiências miríficas, inesperadas, obrigatórias. Antes creio que aqui nos colocou o criador dando-nos a alegria de viver, o sorriso de te ver, o agrado de sentir e por vezes, o amor.
Nem nos gorilas, nem em todos os outros animais, desde a alforreca ao elefante e à baleia, vemos um sorriso. Poderão ter manifestações de agrado, como um cão abanar o rabo ou o ronronar do gato. Mas nem dos macacos obtemos um sorriso.
Provas de amizade de alguns, pela lealdade, sim. O que é muito, mas daí pouco passam. Talvez.