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quinta-feira, 31 de março de 2016

Ontem, numa decisão drástica, fomos a Sevilha. Regressámos, a minha consorte e eu, sãos e salvos, renascidos, rejuvenescidos, alegres pela chegada ao lar., entusiasmados com as horas passadas.
Sevilha, uma cidade que nos atrai.
Não sei porquê, quando penso em ir, penso primeiro em Sevilha.
 

terça-feira, 29 de março de 2016

Meditando

Não se esqueçam da vela.
Não se esqueçam de meditar. Sentar-se, se possível marcar num despertador, o tempo para meditar, descontrair-se, relaxar-se, ficar quieta ou quieto, em silêncio, respirar, sentindo o ar entrar até aos pulmões, sentindo o som do ar a passar nas narinas, sentindo o ar a sair e o som do ar a sair, pensar apenas num som para o seu interior, sentindo a invasão da calma, sentindo cada centímetro quadrado do seu corpo, começando pelo dedo menor do pé esquerdo e subindo até à cabeça, não atenda os pensamentos que surgem, deixe um ligeiro sorriso permanecer na sua face, afaste os pensamentos que lhe surjam substituindo-os sempre pela imagem duma rosa ou doutra flor que mais prefira. Volte a relaxar-se . Continue, repita, repita, até que o despertador toca.
Apague a vela.
Está provado que cada ano meditando pelo menos uma vez por dia, meia hora, dá-nos mais um ano de vida.

domingo, 27 de março de 2016

Os mentas

Como apêndice ao  que ontem pespeguei neste blog; é natural que alem dos quantas ainda existam partículas ainda mais pequenas, os mentas.
Algumas percepções que nos atingem, pressentimentos que nos assolam, ideias bruscas que nos perturbam, tem origem no nosso cérebro vindas de onde e como ? A todos penso que já sucedeu que quando ligam o telefone ou o telemóvel, para uma amiga(ou amigo,claro) essa ou esse responderem, depois dos cumprimentos da praxe, "olha estava mesmo a pensar em te telefonar!". É o que vulgarmente chamamos de transmissão de pensamento. E de tão frequente passar-se eu penso que há qualquer coisa ínfima, uma partícula quase infinitésima que foi do meu cérebro para o daquele com quem falamos e antes da comunicação, partícula a que eu chamo menta. Termo que inventei hoje e que se o conseguir , irei comunicar ao escritor Deepak Chopra, que mencionei na mensagem de ontem.
E os mentas não precisam de nervos como estradas para as ordens do cérebro. A estrada dos mentas é o ar, o espaço que nos rodeia, não necessitam doutra estrada porque vão ou vêm seguindo uma linha recta entre uma pessoa que pensa e outra que pressente o que pensa a amiga ou  o amigo.

sábado, 26 de março de 2016

A acção dos quantas

Pensas mexer o dedo grande do teu pé direito e se consegues, o dedo mexe. O que se passou entre o momento em que pensaste mexer esse dedo e o momento em que o dedo mexeu?  Numa fracção mínima de  tempo, numa nanofracção dum segundo, talvez menos dum milésimo de segundo  a ordem do teu cérebro, a tua ordem, chegou ao dedo grande do teu pé direito e os músculos que activam, esse dedo obedeceram   à ordem vinda do cérebro. Mas, como foi transportada essa ordem?  Qual o meio de transporte que a fez ir e percorrer esse caminho ? Na medicina aprende-se que são os nervos e o sistema nervoso, os responsáveis. os nervos que  são constituídos por células. Portanto qualquer ordem do cérebro passa de célula para célula do nervo até chegar ao pé direito. E sob que forma passa essa ordem, em que  transporte? A resposta a esta questão dá-nos  um escritor, cientista indiano, Deepak Chopra: são os quantas os responsáveis, partículas mais pequenas que os quarks, ainda invisíveis para qualquer microscópio electrónico, dado que são milhões de vezes mais pequenas que os electrões. E que estão presentes em todas as acções e reacções do nosso corpo.

sexta-feira, 25 de março de 2016

O Criador de tudo

Acredito em Deus. Acredito no ser universal, que tudo criou, o princípio de todas as coisas, de todos os seres, de todas as vidas, de tudo o que está ligado a tudo. E que julgo que aguarda, contempla e vê o que resulta desta sua criação. Espectante, com bonomia, sem interferir, talvez curioso por ver até onde vão os seres vivos e não vivos que permitiu que evoluíssem para o que hoje são.
Aguarda, confiante que os tempos lhe darão razão.
Porque, como ser universal, tem toda a razão que conhecemos e toda a que o mundo desconhece.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Quando saio de uma igreja

Quando entro numa igreja sinto algo de diferente
Não é só a paz, nem o silêncio, nem a serenidade
Penso que ali o mesmo acontece a toda a gente
De qualquer condição, de qualquer idade

E quando saio não me sinto igual
Trago uma joia que me foi oferecida
Que tem um valor que é bem real
E que perdura no resto da minha vida

Joia que não é um seixo, ou pedra vil
É muito mais, é um sentimento
Em que se transformou o tempo que ali vivi
E que em mim ficou bem imanente

quarta-feira, 23 de março de 2016

computador pensante


Pois  estamos conversados, é muito agradável dizer que não fazemos isto ou aquilo, parece que será normal, corrente e fácil resolver sempre qualqquer problema que nos inquieta(como resolver este problema do aparecimento de dois quês em qualqquer) mas aqui eis que me lembra a anedota do alentejano que dizia que o  caracol é um bicho muito inquieto  e acabo ou continuo que será melhor encarar o que nos preocupa pensando devagar, encarando de mente aberta e em sossego o que nos traz preocupado ou nos leva para dentro da inquietação. Podemos sair desta e doutras formas, diversas da preocupação. Podemos pensar na poesia que nos recorda, na chateza da ida obrigatória ao supermercado, nas promessas que não cumpri, nas alternativas à social democracia ou na alimentação equilibrada dos mexilhões.
Ainda não me acostumei à ultima novidade introduzida nos computadores, que consiste em olharmos para quatro ou cinco linhas que escrevemos antes e aparecer lá entre duas palavras o que estamos teclando. Causa arrelia, não causa preocupação. Porque, como sempre penso positivo, julgo que estão no caminho de construir computadores sem teclado, que entendam o que penso e o que penso apareça de imediato escrito no "ecran" à minha frente. Será o desenvolvimento natural da exploração quântica do universo. Se estamos descobrindo a cura quântica qualquer dia chegaremos ao computador pensante.
  
 

terça-feira, 22 de março de 2016

Acabei com as preocupações

  Não me fazem falta quaisquer preocupações. Há tempo que deixei de me preocupar, com a saúde, com os meus deveres, com a economia, com os meus.
Com a saúde porque o meu corpo é mais inteligente do que eu, já se descobriu que cada célula do nosso corpo tem a sua inteligência.
Com meus deveres, porque estou em paz e quem está em paz não tem deveres, o tempo ensinou-me a não sentir que os cumpro.
Com a economia, porque sei que a mulher e o homem no futuro eliminará o dinheiro e portanto a economia será substituída por outra ciência passará a ser uma curiosidade histórica.
Com os meus, porque nos amamos.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Algum dia se discutirá o dinheiro

E se um dia, na escola, no liceu ou na universidade, o professor falar sobre o dinheiro, a sua origem, os males que vem ocasionando na humanidade, conseguindo despertar o interesse e promover uma discussão, penso que prestará um grande serviço.
A escravatura que ainda hoje existe, mais encapotada que antes mas já destituída dos seus aspectos e consequências mais cruéis, durante séculos ninguém queria ou ousava sequer, discuti-la. Tal como o dinheiro, hoje, ao fim de mais de vinte séculos.
Porém, talvez ainda neste século em que vivemos, se levantem algumas vozes conseguindo discuti-lo.

Realidades

Em Portugal não se vendem mais de quinhentos mil jornais diários, portanto não mais de um milhão de portugueses lê o que a imprensa relata. E a maior parte desse milhão raro se debruça sobre os artigos de opinião, outra parte apenas consulta os jornais para saber como vai a bola e ainda
outra parte considerável os consulta para ver os anúncios e a propaganda comercial.
A escola primária continua no nosso país a ser o meio de cumprir o ensino obrigatório.
Raros são os professores que  fogem à regra do bêábá, de que os alunos entoem a tabuada com uma música conhecida, em resumo, de conseguir que os alunos papagueiem alguma ciência. E, nas suas casas, os pais, que na infância seguiram na escola o mesmo método de ensino, em geral estão convencidos que é suficiente que os filhos frequentem a escola para aprenderem alguma coisa.
Noutros países, em que o ensino evoluiu num sentido mais favorável ,adquirindo conhecimentos sem esforço nem papagueios, a juventude sai da escola com outras ferramentas muito mais importantes para a vida. Começam por saber porque estudam, por aprender a estudar, por sentir interesse por estar na aula. Os professores começam por conseguir despertar-lhes o interesse e o gosto pelas aulas, através da curiosidade que existe em qualquer criança por uma novidade, pelo insólito.
Quando eram bébés se lhe penduravam uma bola no berço, procuravam tocar-lhe, agarra-la. Na primeira aula, o professor pode despertar o interesse dos alunos entrando na sala com uma bola e atirá-la lá para o fundo e depois de recuperar a bola, iniciar as perguntas relacionadas com o que aconteceu antes. E, se o professor é um verdadeiro mestre na difícil arte do ensino consegue manter a atenção e o interesse durante o tempo restante da aula , no dia seguinte, anseiam ir para a escola.

domingo, 20 de março de 2016

E mais, se tiverem paciência para ler

- Estas ignorâncias pesadas são fruto do desconhecimento de tudo o que não aprendi. Melhor é esquecer muito, sempre fica alguma coisa.
- Apontamentos que não distingo, passos perdidos na escuridão, a curiosidade diferente do leão perante o desconhecido ou a da cadela da minha vizinha quando me fareja as calças, o que está no meio da roupa suja acumulada na sobreloja da alma?
- Será possível, no futuro, efectuar a análise química ou física da alma, dos sentimentos, das emoções, das sensações, das percepções? Por enquanto ainda não se encontraram os reagentes devidos.

sábado, 19 de março de 2016

Uma futura grande figura da história

Daqui a cem, daqui a mil anos o que mais se recordará de qualquer individuo, que vive hoje  ou que pertence ao passado, o que mais se recordará foi o que fez de valioso, de perdurável de importante para a vida dos seus semelhantes, para a natureza, para o ambiente. Mas alguns também serão recordados pela maldade, pela participação em grandes crime, outros pela bondade, pelo estabelecimento de belas doutrinas e religiões, pela divulgação na Terra da boa  e superior vontade do ente nosso Criador. E o nome desses indivíduos superiores servirá para recordar as suas obras.
Eu julgo que a mulher ou o homem que um dia nos deixe um contributo decisivo para acabar com o dinheiro, será uma dessas figuras que perdurarão na história.
 


sexta-feira, 18 de março de 2016

Mais meus pensamentos

- O nascer do Sol sempre me lembra um bébé. O pòr do Sol traz-me tristeza.
- Não há criança que goste da escuridão.
- A amabilidade é uma virtude rara em muita gente, Tal como o agradecimento, nada custa. Continuamos muitos avarentos.
 - Custa muito menos descobrir palavras para as "palavras cruzadas" do que as melhores  para uma frase com algum sentido.
- Vejo melhor com os meus  óculos. Seria bom o invento dum binóculo para descobrir os teus pensamentos.
-  Quando não se entende, vai-se a inspiração.
- Só existirá ternura se dois a quiserem.
- Não tenho nem quero ter um telemóvel. Assim não preciso de saber quem me quer ligar.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Pensamentos meus

- Um cigarro é coisa que arde sem se comer
- Testa grande não avalia a inteligência. Quase sempre é apenas falta de cabelo.
- Uso o relógio da minha mente, Nunca preciso de o acertar.
- A virtude duma cabeça não depende do chapéu que usa.
- As duas margens dum rio nunca são iguais. Os dois lados do cérebro não actuam da mesma maneira
- Ninguém morreu de preguiça. Muita gente morreu no trabalho
- Foi um ditador que inventou a alegria no trabalho. Mas continuamos a ver a maior parte dos trabalhadores sem sorrir.
- A esperança de vida duplicou em menos de cem anos. Em quantos anos duplicará a bondade?
- Os que amam avida não se cansam de viver.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Ainda o sorriso

Mas o que ontem escrevi sobre o sorriso pressupõe que não exista hipocrisia, fingimentos, s desejo de alguém mostrar virtude que não possui.  Nem tão pouco o sorriso deve ser uma expressão constante na face de quem sorri, um estereotipo.
As crianças aprendem a sorrir com os pais. E os pais, quando lhes sorriem, é de alegria.
Mesmo os pais mais severos, quando sorriem para uma sua criança, nunca são hipócritas.   

terça-feira, 15 de março de 2016

De borla

Nada me desgosta. Tudo me conforta. Mas porque haveria de sofrer desgostos  e desconfortos? Se duns ou de outros sinto a aproximação, afasto-me sorrindo. Dirão, não podes evitar a morte dum amigo, um acidente inoportuno, a caca da gaivota que passa sobre ti. É verdade. Mas não é menos verdade que todos temos diferentes formas de sorrir, desde o da plena alegria até ao da máxima comiseração - este quando encaramos uma ou um grande amigo no caixão, aquele quando vemos nascer uma filha ou um filho.
Uma mente com alguma sabedoria, nem dá gargalhadas, nem chora com gritos.
Sorri, sempre.
Ah, e tudo me conforta porque não sei o que está por detrás da vida, desta vida, nem pela frente. Porque vejo tanta gente de olhar vago, tristonho, inerte, agradeço a quem me colocou aqui na Terra e tudo o que aqui disfrutei e vou disfrutando.
De borla.

segunda-feira, 14 de março de 2016

O blogger informa-me que tenho leitores de França, do Alasca, dos Estados Unidos do meu blog. Os meus livros estão publicados, tudo o que eles contem está neste blog, em mensagens anteriores. Mas se pretenderem algum dos meus livros poderei enviá-los à cobrança.

E continuo a gostar

              Dentro do meu destino aqui continuo.
Com prazer
Com ilusão
Com um sorriso para ti,  outro para a vida, outro para quem passa ao meu lado
Direito ou esquerdo
Para o soprão, em francês "souffle", que a minha adorada me serve já ao almoço
Soprão é uma palavra que eu inventei para dizer "soufle" em português
Eu também tenho direito a inventar palavras
Se uns certos senhores que não são do povo têm o desplante de modificar as palavras portuguesas
Sem consultar o povo português
Modificando a seu belo prazer
Palavras que nos legaram os gregos e os latinos
E que o povo português adoptou
Sem consultar a senhora do segundo direito
Nem sequer a do quinto esquerdo
E continuo sorrindo para o soprão que já está na mesa

sábado, 12 de março de 2016

Gosto de estar aqui

Não me tirem daqui, senhores.
Não me tire daqui senhor nosso Criador.
Porque estou bem, bem me sinto.
O que não justifica que deixe de agradecer-lhe conservar-me  aqui estes anos que aqui tenho passado.
 Dizem, continuam a ensinar na escolas, que um ano é um espaço de tempo. Espaço ainda entendo o que seja, ensinaram-me que  é a área que ocupo, digo antes que é o volume do meu corpo ou de qualquer outra coisa, que confusão, ajudem-me nesta definição, eu sei qual o espaço que ocupo, qual o espaço que ocupas ou que ele ocupa que não há uma unidade definida, tanto posso dizer que eu ocupo um metro cúbico ou que ocupo um metro quadrado, no entanto é mais difícil dizer que ocupo um metro, a não ser aquele comboio que anda debaixo da terra e ali ocupa uma data de espaço.
Estão vendo porque eu gosto de aqui continuar?

sexta-feira, 11 de março de 2016

Há um ror de tempo - tempo perdido

Mas tem sido tempo perdido, esse ror de tempo ?
O que é isso de tempo perdido? Mas o que isso do tempo? Salvo a honrosa e genial definição de Einsten, o Albert,  definição que eu e os outros cinco ou seis biliões de terráqueos não entenderam (exceptua-se aquela minha bisneta a Margarida, que aos seus dez anos feitos há poucos dias, já compreendeu tudo)  mas que sim senhor , não tenham dúvidas, é muito fácil de entender essa coisa do tempo, depois de entender as leis da relatividade, o sexo dos anjos, a circulatura do quadrado e a maneira de pendurar as calcinhas na varanda de forma que não possam ser violadas por algum gaivotão. Aliás, é a opinião douta daquela senhora do terceiro esquerdo à minha frente.
Portanto, se o tempo coisa é mal definida, não se pode perder. Um escritor bem conhecido, Marcel Proust, entreteve-se durante sete romances a buscar o seu tempo perdido. Todavia, apesar de muito esforçado, de muito aplicado,  não o encontrou e penso que ainda o continua procurando lá para onde foi há mais de cem anos. E fez história na mente de quem teve a paciência, como eu, de ler os sete  tomos numa péssima tradução, inculto como sou, incapaz de os ler na língua do Marcel.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Há um ror de tempo

Há um ror tempo que ando à procura de coisas mais esquisitas que a vida, que esta vidinha que não sabemos donde veio, com que intenção aqui apareceu, para que veio e porque veio. O esquisito, como dizem os espanhóis, é o que é especial, que se destaca pela diferença favorável, que sobressai de dentro da vulgaridade, que é apreciado porque sai fora da rotina, do lugar comum, do sítio onde vão todos, do prato do dia, dos problemas fáceis. Mas uma, entre muitas das conclusões a que chego, é que nos puseram aqui como o relojoeiro tem que pôr a roda dentada que falta no relógio, para que este trabalhe. Será esta a triste nossa condição? Não creio. Mas, como os governantes que impantes de sabedoria dizem sempre que têm outra alternativa, eu penso que o nosso Criador não necessita de alternativas sábias, ele que representa e tem a caixa de toda a sabedoria cheia de alternativas muito para além do entendimento.
Não entendemos porque aqui estamos partilhando o espaço, o ar, o mar, a lua e o Sol com todas as outras espécies, com o cão, com o gato, com o leão, com o elefante, com a cobra e com muitas outras espécies que ainda desconhecemos. Os cientistas e os investigadores explicam-nos a evolução das espécies, os segredos anatómicos dos corpos, a razão das virtudes e dos defeitos. Estudam, avaliam e catalogam as reacções de diferentes animais a estímulos. Mas nenhum ainda descobriu o que vai na mente de cada um dos diferentes de nós, sobre este mundo em que nos pespegaram, a nós e a eles.
De pois continuarei, Amanhã, se ele quizer.

A vida é fácil se...

A vida nunca é difícil para os que têm. Para o que tem saúde, saldo positivo no banco, frigorífico cheio, carro à porta, um marido exemplar, uma esposa amiga, uma família carinhosa, uma mente sã. E para conseguir tudo isso, basta ter dinheiro suficiente, ter herdado um bom pecúlio, sair-lhe a sorte grande. Sempre o maldito, nefando, maquiavélico dinheiro. Maldito porque, desde que existe tem causado grandes males, nefando porque sempre atinge os mais pobres, maquiavélico porque dele se servem muitos para causar males infindos.
 Porque não se discute? Porque ninguém quer ou não se atreve a discuti-lo a coloca-lo na sua condição verdadeira, a condição de diabo infernal?
Será que este século será o século da redenção e da rendição do dinheiro a outro valor mais alto, a outro sistema mais humano,  que se imponha ?

domingo, 6 de março de 2016

É fácil...é dificil

É fácil acomodar-nos dentro do nosso sobretudo sobre uma camisola de lã, o termómetro da sala nos vinte e dois graus, um pratinho ao lado com o petisco e segurando o copo com o tinto escolhido.
É fácil esquecer o que refere com profusão a escritora Svetlana Aleksievitch, no seu livro "O fim do homem soviético". É fácil, quando o comodismo em que vivemos empalidece, esquece e borra completamente todos os horrores que o homem em feito sofrer muitos homens do seu país, todas as torturas que tem permitido e provocado sob a capa da legitimidade política ou da ditadura obtida pelo populismo oportuno, por sufrágios falsificados, pelo ilusório,  cínico e hipócrito amor pátrio. e
É muito diferente e difícil, suportarmos vinte graus negativos, na rua, sem abrigo, tendo por camisa e calças apenas umas folhas de jornal e ao lado os cadáveres da família assassinada. 

sábado, 5 de março de 2016

De desejos

Um tema interessante, penso eu, para um livro, seria a análise dos meus desejos. Não dos teus, dos dele ou dos dela, ou dos dum personagem criado e imaginado. Não, Apenas os dos meus. Julgo que será mais que uma revelação, mais que uma confissão, será talvez uma das melhores provas de isenção, de honestidade, de modéstia. De isenção por  revelar aquilo que  evito comunicar pelos comprometimentos que poderá envolver. De honestidade por não esquecer o que sempre estou colocando atrás do biombo da vergonha. De modéstia por usar todos os   nagalhos que me for possível para atar e por ao fumeiro todas as vaidades,  digerindo-as sem contemplações.