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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Os carapaus

A senhora do primeiro direito deu um arranjo no cabelo, envergou o robe amarelo de trazer por casa, encostou-se ao corrimão da varanda pondo o cotovelo no queixo, ajeitou os óculos no nariz adunco, e continuou a observação do dia anterior à mesma hora das dez da manhã.E vendo o marido na rua : - Ó Eleutério, encontrastes os carapaus? - Siiim,siiim - uns sins displicentes, carregados de resignação. - Atão porque não trazes já p'ra casa o pêxe ? - Vou jáaaa, mulher - com um encolher de ombros,levantando as sobrancelhas e olhando para o amigo com quem continuou a conversar. Mas ela não desarmava : - Olha lá, Elutério traz-me tambem duas caxas de fósforos, tás a ouvilr? - Siiim, Odete - o peso dos 32 anos de casamento arrastando a resposta. E o amigo Salvador: - Olha eu também tenho de passar pela venda, vou contigo. E Odete levantando mais a voz : - Ó homem na te vás embora traz-me primero os carapaus ! - Mas atão queres os fósforos ou queres os besugues ? - Cais besugues ? - as palavras dela caindo como um raio, da varanda. - Ná havia carapaus, só besugues,Odete - e os besugues e os carapaus saindo da garganta do Elutério e subindo a custo até à varanda. - Tá bem, vai lá buscar os fósforos. - Ó Salvador tás a ver com'e ela é , ora quer iste, ora quer aquilo ! - Quéque tás prá'i dezendo, vê lá se t'avias, anda pr'a cima ! - Já agora, Odete, vou comprar os fósforos... E o Eleutério começou a descer a rua com o amigo. Mas a Odete não se deu por vencida : - Ó Salvador, dexa ai os besugues na porta q'eu vou-me lá abaxo . Mas os amigos já se afastavam depressa. E a Odete, chegando à porta: - Naquerem lá ver, raisparta o homem, nem carapaus, nem fósforos, nem besugues, más ca grande sina a minha ! Pub

domingo, 29 de setembro de 2013

Em cada minuto

Cada minuto que vivemos foi mais um minuto que vivemos.Aproveitemo-lo Nem que seja somente gozando o despertar Cada minuto que vem aí, será mais um minuto que a vida nos dá.Não o desperdicemos . Nem que seja somente para gozar a água que nos cai do chuveiro Cada minito que está a decorrer, são 60 segundos de vida. Sintamo-los bem . Nem que seja somente para recordar um abraço E dentro de cada minuto, aproveitemos e agradeçamos a oferta Nem que seja somente retribuindo um beijo. E pelo menos com um sorriso. .

sábado, 28 de setembro de 2013

Permitam-me interrogar(outra vez sem acentos tonicos) Tera grande importancia que sejamos seres inteligentes ou seres amorfos, seres emtisiastas ou seres tristonhos, seres de principios ou seres insensiveis ? se aqui fomos colocados com a missao de propagarmos a especie e os que nao a podem propagar terao aqui maior significado ? o que e mais importante, ser-se mosca ou ser-se leao. qual se sentira mais realizado, o passaro ou a flor, a gazela ou o crocodilo? E no fim (ou seja, talvez no principio de tudo o que e importante), onde se encontrarao todos ? Que iimporancia tem a nossa apreciaçao de todos eles, quais serao as virtudes que serao apreciadas, se o leao mais forte mata o mais fraco para so ele ficar com a femea e so ele poder propagar a especie ? E porque continuamos todos os que vivem no universo, continuar a viver, depois de propagar a especie ate onde possam ? E terao alguma importancia, daqui a alguns minutos, todas estas interrogaçoes, ainda que alguns as leiam ?

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Escolher

Escolher um facto, um acontecimento, um heroi desconhecido. Comecemos por um heroi desconhecido. Quando criamos um heroi para um conto, estamos criando um herói. Fictício? Porquê fidtício ? O universo é tão grande, não poderá existir nele o que quer que seja trazido pela nossa imaginação. Se resultou da nossa fantasia, houve uma razão para tanto. Tão poucos têm imaginação e fantasia porquê? se essa criação do nosso espírito surgiu temos de admitir ou podemos admitir, que surgiu porque um poder supremo a fez brotar de nós. Poderíamos ter imaginado um infinito mar de ilusões, de fantasias, de ideias novas, originais. A probabilidade de nos surgur para revelar um heroi, entre todas as ideias que nesse segundo me poderiam aparecer, é inferior a um milésimo de milésimo. E daqui a um segumdo poderei criar um seu adversário e descrever a trama em que os envolveram outros inimigos .E basta por um nome a cada um e partir dessa primeira página para a aventura que culminara na 300ª ou 400ª com a morte do traidor inimigo do heroi, e a vitoria dos bons, se me resignar a um finel feliz ao modo dos filmes americanos de meados do século passado e assim toda a gente saia feliz no fim do livro ou do fillme que o adaptou e o colocou à vista com a animação do livro ou da película. Escolher ou imaginar um facto ou um acontecimento.A única diferença é que os actores principais serão diversos, poderão ou não ser humanos, ser ou não ser herois ou vilões, poderão ser tudo o que a natureza e as circonstâncias nos proporcionarem para construir mais uma outra história. Real ou imaginária. Terminando por reticências ou "et cetera".

terça-feira, 24 de setembro de 2013

No mar

Não me posso gabar de obter privilégios Nem de ser assistido pelos acasos benévolos Nem sequer de ser um que a sorte frequenta Nos seus devaneios, rebeldias e surpresas Sempre avaras para quem as anseia Sempre pródigas para quem as despreza Quem nos dirige, quem distribui os destinos Perdoa os que dele se alheiam Quem castiga os nossos desatinos Deu-nos olhos que o não veem Mas se tento esburacar o futuro Se pretendo reviver o bom passado E se me fico pelo meio dos dois Deito-me no mar da minha alma Sinto-me envolvido pela minha calma.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pois, COM FRNQUEAQA, EN NÃO SEI O QUE ACONTECEU aos autarcas da cidade onde nasci, PORTIMÃO. Da cidade limpa, razoavelmente em boas condições de habitabilidade, os meus patrícios razoavelmente contentes com a cidade, em poucos anos em particular nos últimos dois, passou a seu uma povoação onde não nos agrada passear, nem reparar no estado das ruas e dos passeios, o desleixo em que se encontram todos os canteiros e pracetas, a o lixo abundante em qualquer ponto, excepto por cima do alcatrão. E este semeado de buracos e irregularidades. Os senhores autarcas deveriam ir até São Miguel, nos Açores e indagar como ali os autarcas conseguem manter as povoações, os caminhos, todos os lugares públicos num aspecto exemplar. Neste fim de semana, estiveram dois paquetes, um o maior fundeando ao largo da Praia da Rocha, o outro ancorando no porta da cidade. Centenas de turistas desembarcaram e repararam decerto, com as ruinas do convento, logo um pouco para cá do porto e no estado eme que se encontra a cidade. Sendo a dívida do município, segundo é voz corrente, de muitas dezenas de milhões de euros, onde foi aplicado todo esse dinheiro?

sábado, 21 de setembro de 2013

Fui a São Miguel, essa ilha maravilhosa que o Atlàntico nos ofereceu. Em toda a ilha - percorremos a maior parte dela - vimos uma casa com as paredes sujas e um edifício, o edifício da alfândega, um edifício antigo e lindo mas com ar abandonado, pardes por pintar e reparar, De resto, em toda a ilha, nas estradas, nos caminhos, nas pracetas, nos canteiros, nem restos do que quer que fosse, nem papeis, nem sujidades de qualquer ordem. Só vendo se acredita. E aquilo não é só arte de quem ali dirige a cidade principal, Ponta Delgada e todas as povoações por onde passei. È também virtude das gentes de lá. O jardim botânico na zona das furnas, deve ser o melhor jardim botânico de Portugal; todas as árvores bem limpas, não se vê um ramo pelo chão. não passamos por um caminho mal conservado, parece que a mão dum gigante se encarrega de manter tudo impecável. E todas as estradas são ladeadas por maciços de hortênsias raramente interrompidos. Só indo lá se acredita naquela beleza tão bem conservada pela mão dos seus conterrâneos. (E não falei da beleza das suas lagoas, a das sete cidades, a do fogo, a das furnas, as nascentes de água fervente, o esplêndido cozido à portuguesa, feito em grandes panelões metidos na terra das furnas, durante seis horas.)

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Conversa entre o cem e o noventa e nove

- Nós somos gente grande - diz o !00 para o 99. - Porquê ? - pergunta o 99, entusiasmado. - Então ainda não deste por isso ? Ollha à tua volta, não vês que eu tenho uma multidão agarrada a mim, que à direita me tenta aumentar, e aproximar-me daquele malandro do 101 ? - Mas porque é que os deixas que te aumentem ? - Eu não iimporto que me aumentam, o que não quero é passar é a ser um malandro de um cento e um, o que me vale é que eu tenho entre mim e eles um senhora eficaz, a senhora vírgula, que eu posso usar à vontade, mas só uma de cada vez, a lei mais não me permite. É uma senhora que é um escudo eficaz cotra outros trastes que por aqui e por aí andam a pastar, o Dois Pontos, o Ponto e Vírgula, o Trema, que dizem que está morto, eu não acredito, andam pr'ái uns sujeitos que tendo a mania de mudar tudo para dizer que fazem alguma coisa, qualque dia chamam o velhote do Trema e põem-no outra vez a trabalhar. - Mas olha cá, e à esquerda ninguém te chateia ? - Por acaso não, mas olha que são os mesmos que a ti te chateiam à direita. -.Ó cem sabes que mais? não quero falar mais de política !

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mais gostos

Gosto de me pôr a jeito por cima das convicções ou por debaixo da realidade. Gosto de ir para a frente das dificuldades e deixar para trás a maldade. Gosto de me envolver de fantasia. E de sentir a leveza da sabedoria

Do que gosto e do que não gosto, para me defenir

Não gosto de adormecer e não ver nada, Nem gosto de acordar e saur do sonho. Gosto de te olhar, de sentir as tuas mãos nas minhas. Mas não gosto que saias, se eu tenho de aqui ficar .

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Manipulação - citação de Avram Noam Chomaky Hoje não posso deixar de vos enviar uma citação: -" A qualidade da educação dada às classes sociais inferiiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de eliminar" (ver "armas silenciosas para guerras tranquilas" em "Chomsky e a estratégia de manipulação medática", de Avram Noam Chamsky). Mais uma das leis do poder além daquelas "Quarenta e oito leis do poder", ´de que já vos falei.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Falar para o público

Temos que dizer, e sabiamos que iamos ter de o fazer, temos de dizer algumas palavras para os que se dispuseram a nos ouvir. Devemos preparar previamente essas palavras : se nos sujeitamos ao improviso certo sera que gaguejaremos, os lugares comuns serao frequentes, com dificuldade diremos algo de interessante, salvo se temos muta pratica ou se somos um "diseur" acostumado a tais andanças. Portanto devemos preparar o discurso antes, selecionando frases para o tema principal a referir, escolhendo as metaforas apropriadas e, se possivel, entremear alguma anedota curta ou frase espirituosa que desperte um pouco mais a assistencia. Devemos smepre lembrar-nos antes que quem vai ouvir-nos, se nao pagou para nos ouovir, ´´e mais provavel que seja uma assistencia benevolente. Mas com forte tendencia para a sonolencia se o que dizemos desperta pouca curiosidade, pouco interesse. E nada mais descorçoante para quem fala ou discursa que ver pender algumas cabeças ou at´´e um ou outro ressonar. A televisao tem o incinveniente de que, quem discursa, fala para uma maquina pelo que se torna impossivel avaliar em cada momento, a reacçao dos telespectadores.E quantos comentadores ou entrevistados vemos e ouvimos na televisao usarem e abusarem da nossa paciencia e disposiçao para os ouvir. Procuram preencher o tempo de que dispoem para falar repetindo o mesmo que disseram cinco minutos atras, dizendo banalidades e lugares comuns sem se perturbarenm. E a reacçao quase sempre muito lenta. Assinam um contrato para dez ou mais sessoes ou comentarios e por vezes repetem o mesmo todos os dias que aparecem. Raramente sao bons profissionais, porque raramente se corrigem..

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Do padre Antonio Vieira - sermão da exaltação de santa Cruz.

-" A outra circunstância, que faz pesada a cruz do religião, dissemos que era ser uma cruz, em que não se vê, nem se fala. E eu o entendo tanto ao contrário, que digo, qoe se no mundo não se falasse, nem se visse, foram mais toleráveis as suas cruzes. E senão pergunte-o cada um a si mesmo e à sua experiencia. Para falar ao mundo, que tão mal responde, não fora melhor ser mudos ? Oh bem aventurados os mudos ! porque o mudo está desobrigado de falar talvez a um ministro incapaz, que dá a má resposta ; e desobrigado de lisonjear ao príncipe, que não quer ouvir a verdade ; desobrigado de fazer bom quanto ouve, sustentando a vida à custa da consciência. Finalmente, porque não está obrigado a mil desgostos, e a mil arrependimentos ; que de haver calado ninguém se arrependeu, e de haver falado, sim. Oh bem aventurados os cegos, porque estais livres de ver a cara ao mundo, e tantas falsidades e erros, como nele se vêem ! Que cousa é ver ao ignorante no lugar do `sábio ? Ao covarde comendo a praça do valente? Ao entremetido com valimento, ao murmurador bem ouvido, aos bons gemendo, aos maus triunfando ; a virtude a um canto, e o vício com autoridade ? Oh que entremezes da fortuna ! Oh que tragédias do mundo !"

domingo, 15 de setembro de 2013

Gemerosidade

A verdadeira generosidade nao e´ como a minha, que dou porque posso dar alguma coisa. A verdaeira geanerosidade tem-na quem oferece o que tem e que lhe faz falta..Dar o casaco aquele que tem frio e nao pode comprar outro. Comprar um p~ao quem tem fome e oferece-lo a outro ou outra que pro0cura restos de comida, no contentor ou nos sacos do lixo expostos na rua.

sábado, 14 de setembro de 2013

A preguiça que nos arrasta

A preguiça afastou-me deste blog, é uma desculpa como outra qualquer. Porque a preguiça sendo imaterial, fácil de apresentar e justificação hipócrita para o desleixo, nada custa e serve para resolver perante o nosso eu crítico, muitas e variadas situações. Se um japonês, na sua língua, nos pregunta as horas com o seu sorriso permanente como todos os japoneses nas situações mais ou menos delicadas sempre empregam, não respondemos mas também sorrimos. O japonês sem hesitar fará a mesma pergunta em inglopones e nós, devolvendo o sorriso, respondemos e alem das horas ainda referiremos que Toquio is biuteful no nosso portingles adocicado com outro sorriso para o casal. Sim porque os japoneses, às reuniões só vão homens, como turistas levam sempre a esposa . Como acabam de ler, agora não me deu a preguiça para escrever tonterias, no dizer dos espanhois.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Qyen acredita?

Quem acredita que um governante possa entregar a uma empresa de publicidade a maior parte de cinco miilhoes de euros gastos em propaganda, a uma unica empresa, sem concurso publico, e sem que se justifiquee a urgencia ? Quem acredita que um governante possa encomendar sem concurso, a compra de carros blindados para a policia, com urgencia justificada pela realizaçao da cimeira da Nato e que um desses carros blindados, o primeiro tenha sido entregue, e tenha chegado a Lisboa depois da cimeira realizada ? Porque nao constava no contrato de compra a anulaçao da com pra caso o fornecedor nao entregasse os blindadosantes da cimeira ? Quem acredita que um ministro necessite do apoio de doze assessores ? Quem acredita que o governo de Portugal necessite de dezasseis (julgo que temos dezasseis) ministros, quando um pais como o Chile tem no seu governo apenas oito (julgo que sao oito)? Temos um pais rico, com 700.000 (julgo que talvez sejam mais) desempregados

domingo, 8 de setembro de 2013

Neuroplasticidade

Investigações recentes do neurologista Elkoton Goldberger provaram que o cérebro pode melhorar com a idade e que a actividade mental modifica o cérebro. Ao contrário do que se acreditava, o número de neurónios pode aumentar e o cérebro pode-se regenerar mediante o seu uso e potenciação.É o que chamam neuroplasticidade - que é moldar o cérebro através da actividade. Os taxistas, músicos e outros profissionais, pela prática contínua das suas profissões, mesmo em idades avançadas aumentam certas zonas cerebrais.E portanto: 1.- Podemos criar novos neurónios, ao longo de toda a vida. 2.- A capacidade para criar novos neurónios pode aumentar mediante o esforço cerebral. 3.- Os efeitos são específicos dependendo da natureza da actividade mental, os novos neurónios multiplicam-se com especial intensidade em diversas zonas cerebrais e de acordo com as actividades mais praticadas. Acredito . Há cerca de um ano comecei a aprender a escrever sem olhar para as teclas do computador, o que hoje já faço com regularidade. E, se repararem, a maioria das dactilógrafas, jovens ou não, ainda vão escrevendo usando apenas os dedos indicadores das duas mãos. Além de revelar pouca exigência, por parte de quem as contrata, revela também pouco profissionalismo.

sábado, 7 de setembro de 2013

 Ficam por realizar todos os projectos sonhados e por construir todos os palácios que o meu eu menino começou. Ficam por anunciar todos os milagres que a pobreza de todo este mundo está exigindo a gritos e que as riquezas desperdiçadas e inertes nos cofres de todo este mundo, apodrecem sem sentido nem utilidade alguma: ocupam espaço, num silêncio atroz, enchem paredes e prateleiras dos bancos, dos off-shores, dos cofres particulares,  apenas servem para despertar a cobiça dos funcionários que lá entram. A moedas em sacos e as notas em pilhas muito bem arrumadinhas aguardando a chegada de mais irmãs, fabricadas à pressa, cheirando às tintas e às máquinas mamãs que as deitaram na circulação. Para nada mais servem, quando muito para circular de prateleira em prateleira, para irem para dentro duma gaveta, doutro cofre, para acenderem um charuto, ou para dentro dum colchão. E a isto chamam dinheiro!
             Mas por vezes um ladrão dum sinaleiro desvia-as para outro destino.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Poesia gastronómica

Um palito
Uma alcaparra
Um pirolito
E uns tremoços,
Um salmonete
Que é um petisco
E algum fígado
Em belas iscas
Acompanhadas
Com batatas fritas
Dizem-me sempre
Que eu não resisto
A um bom almoço
A que eu assista

Continuando na futurologia

     Nos domínios da genética os progressos da investigação conduzirão ao controle
mais e mais profundo dos genes e do genoma. A descoberta da substituição dos genes levarão
ao controle de muitas doenças e tendências hereditárias. O segredo das células meristemáticas, no
reinos vegetal, muito contribuirá para libertar o homem da fome ; e no reino animal para o libertar
de algumas doenças, para melhorar a assistência hospitalar, e de também para diminuir a fome e a
pobreza universais. Descubrir-.se-ão novas espécies vegetais, algumas muito mais resistentes aos
incêndios, outras de desenvolvimento mais rápido, permitindo restaurar a cobertura florestal do nosso
planeta.
    A investigação do cérebro e sistema nervoso levará a um melhor conhecimento das
suas capacidades. A memória será melhor controlada e aproveitada, a transmissão de pensamento
será uma das primeiras descobertas logo que se defina por completo onde se localizam todas as
funções e todos os poderes cerebrais. Aparecerá um código de todo o sistema nervoso permitindo
a reconstrução das zonas afectadas, após a descoberta das causas de doenças, como o alzheimer
e as que provocam a demência e a senilidade. A reconstrução do sistema ou parte do sistema
será uma realidade.      .

Nãos e nens

      Não é por muito escrever que se endireitam as linhas da vida.
      Nem é por muito falar que se afina a linguagem.
      Não é por muito navegar que se chega a bom porto.
      Nem é por muito andar que chegamos aonde queremos.
      Não é comendo muito e do bom que alguém se torna melhor.
      Nem é vestindo um fraque que seu alcanças a elegância.
      Não é usando a lisonja que escondes o teu caracter
      Nem ouvindo a que te dizem que alcanças a sabedoria.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Futurologia

 Penso que seria de mais interesse para os leem este blogue, que a futurologia que apresentamos fosse substituída por um conjunto de novelas, como o fez Júlio Verne, com enorme sucesso em todo o mundo. Ainda hoje, os seus livros são lidos com avidez. Ou por um conjunto de ideias para novas descobertas, que se coloquem na prateleira dos impossíveis ou impraticáveis. Assim aconteceu com muitos projectos de Leonardo da Vinci. Mas para avançar com a primeira alternativa, teria de ter tempo, e, o mais importante, conseguir a colaboração de muitos especialistas e cientistas que me auxiliassem na procura e no estudo das diferentes matérias envolvidas. E tempo para escrever, rever e publicar, as novelas ou livros de aventuras que suscitassem o interesse suficiente dos leitores. Para a segunda alternativa, igualmente me falta o tempo e o saber, para estudar tanta especialidade necessária para induzir e gerar essas descobertas. Assim prosseguirei como até aqui, apontando uns resumos do que o futuro nos possa oferecer.
     E, se a tanto me chegar a inspiração, poderei até escrever um ou mais livros dedicados cada um a uma  aventura no futuro, com um tema principal, baseado em algo de valioso que daqui a alguns anos possa facilitar a vida do homem na Terra.
  

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que a razão nega

         Sem utilizar a razão nunca devo discordar.
         Com  convicção, combato o que a razão discorda.
         Utilizando a razão não devo admitir o que nego.
         Com o que nego não devo convencer a razão  

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Passam-se os dias
E pelo meio deles sigo flutuando
Passam-se as noites
E pela meio delas vou vagueando
Suporto os meus pesares
E pelo meio deles sinto a saudade
Alegram-se-me os humores
E pelo meio deles correm os meus sonhos
Sinto uns sons breves e leves
E pelo meio deles
Oiço risos de crianças.
Medos sem razão, apenas medos
          Quando nos ameaçam com chantagem, com argumentos sem prova nem consistência, apresentando propostas imbuídas de motivos políticos, de corrupção, ou apenas acenando com cautelas escusadas, só cedemos se a covardia nos vence. Aconteceu com as gravuras de Foz Côa, perderam-se muitos milhões na obra de parte da barragem já feita, muitos milhões nas indemnizações ao empreiteiro por cortar a finalização da obra, muitos milhões na electricidade que deixou de se produzir na barragem do Côa, cuja construção foi suspensa. E havia solução. Que custaria uma pequena percentagem do que se pagou e perdeu: as gravuras poderiam ter sido cortadas e colocadas num museu, lá por cima do rio.Tal como sugeriu um arqueólogo e cuja opinião até hoje não vimos contestada sequer de forma sofrível.Se se corta o granito, se se cortam os mármores e outras pedras que se retiram dos montes, porque não se cortaram aqueles xistos com as gravuras? Talvez porque estas eram falsas. Se sulcos talhados em granitos,se esbatem ao fim de algumas dezenas de anos, os sulcos gravados em xistos resistem a 5000 anos?Talvez o tempo acabe por provar quem tinha razão.Mas nessa altura, o que foi construído, daquela barragem (e que lá continua) já não poderá ser aproveitado. E alguém será responsabilizado ?

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Que sonhos teria Miguel de Cervantes para imaginar os sonhos e a fantasia do seu "Don Quijote de la Mancha" ?  A obra monumental de M. de Cervantes, alem de toda a fantasia e  de tantas  alegorias nela contidas, é também um glossário de provérbios, de conselhos e de máximas que nos fazem sorrir  página a página. Com frequência, na conversa amiga, ouvimos uma espanhola ou um espanhol, adornar os seus argumentos com os "refranes" do don Quijote. Um exemplo, que o meu sogro, castelhano, citava, quando vinha a propósito, na sua conversa ou quando erguia o seu copo de tinto : " el vino, don divino: limpia el diente, brilla el ojo y sana el vientre"
Vou andando pelas ruas do meu tempo, vou seguindo os passos do destino, fico parado esperando por esse tempo, deixo ficar os meus passos no teu regaço, e o tempo passa ficando aqui imperturbável, o destino cumprimenta-me e ri-se e volta-me as costas, abre o guarda-chuva da surpresa e veste-se com a gabardina do futuro pouco lhe importando os meus lamentos, porque te tragou naquele momento, como de costume sem aviso prévio, sem contemplações para com a minha dor.
   E foi ontem. Foi há doze anos.

Deitei contas à vida, esqueci as contas com a sorte.
         
Descontei o tempo que tive, sem pensar na conta futura.

Tive a sorte de ter esperança, no céu cinzento da realidade

Sem contar o que perdi, os bons dias, os bons crepúsculos,
        
Fixando o olhar no quotidiano, esquecendo a tua presença,
        
Envolvido que estou, neste tempo, nesta saudade