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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Daqui a cem, daqui a mil anos o que mais se recordará de qualquer individuo, que vive hoje  ou que pertence ao passado, o que mais se recordará foi o que fez de valioso, de perdurável de importante para a vida dos seus semelhantes, para a natureza, para o ambiente. Mas alguns também serão recordados pela maldade, pela participação em grandes crime, outros pela bondade, pelo estabelecimento de belas doutrinas e religiões, pela divulgação na Terra da boa  e superior vontade do ente nosso Criador.
Dos corruptos a história vai esquecendo. Ainda recorda os piores, como o Nero, da Roma antiga como Stalin, Hitler, Mao Tse Tung.
O nome desses indivíduos superiores servirá para recordar as suas obras.
Eu julgo que a mulher ou o homem que um dia nos deixe um contributo decisivo para acabar com o dinheiro, será uma dessas figuras que perdurarão na história.



terça-feira, 28 de novembro de 2017

*
      Segundo noticia, de ontem, da estação de televisão CM, no dia 29 de Junho passado, o senhor Salgado, antes conhecido por dono daquilo tudo, ao chegar ao aeroporto de Lisboa, vindo duma viagem à Suiça, acompanhado pela sua esposa, foi revistado pelas autoridades do aeroporto.
        1- Julgo que esse senhor tem estado impedido de se deslocar ao estrangeiro. Pelo que me parece estranho que fosse autorizado para essa viagem.
        2.- Revistada a bagagem pelas autoridades do aeroporto, bagagem com mais de cincoenta quilos de peso, foram encontradas provas da compra por esse casal de muitos quilos de ouro, de diamantes e outras pedras preciosas no valor talvez superior a seis milhões de dólares.
         3 - Também foram encontrados extractos de três contas bancarias em off shores.
      Aos costumes disse nada, como na tropa terminavam os relatórios.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

*   Vingança
     Dirijo-me devagar para a fronteira que separa a fantasia do cansaço, e da saudade ofuscada e esquecida pelo Sol inclemente,  acautelando-me com os penhascos que atiram lâminas rochosas cavadas pelo mar, ao meu encontro. O mar está perto, sempre meu amigo, atira-me com espuma refrescante na calma consciente da força das suas ondas, impelidas pelos ventos suões. Aviva-se-me a memória com a saudade da companheira perdida há um mês, naquele grupo de moços e moças, bêbados, entrando a bailar no mar e  que o mar, vingativo, arrastou quando o conspurcavam com as latas de cerveja, garrafas de coca-cola e sacos de plástico.

domingo, 26 de novembro de 2017

*  Esforço
    Todos nos esforçamos em maior grau. Para diversos fins, por motivos variados. E todo o esforço, físico ou mental, por menor que seja, implica um consumo de energia. E esta existe em maior quantidade e intensidade de acordo com o estado físico do nosso corpo e da condição espiritual da nossa mente. E ambos, corpo e espírito, actuam. Todo o esforço demasiado provoca cansaço. Mas este poderá aparecer mais cedo que desejamos ou mais tarde como ansiamos. Mas a mente, bem preparada para um trabalho ou exercício, poderá retardar o cansaço. Retardar o cansaço muscutolar, por meio dos alongamentos e exercicios moderados de aquecimento. Retardar o cansaço mental utilizando e praticando o hábito da percepção espiritual do esforço.
   A prática leva-nos a uma condição natural, em qualquer exercício físico ou mental, de estabilidade, de quase descanso do nosso corpo, moderando automaticamente todo os esforço.
        
*Gerontologia no futuro
     A realidade do aumento  da esperança de  vida para os 83 anos na mulher e  78 nos homens, em Portugal e segundo estatísticas da Pordata, o número de octogenários em Portugal passou de de quatrocentos mil em 2010 para cerca seiscentos mil em 2016. Esta realidade do aumento da esperança de vida fará surgir numa futuro próximo uma apreciavel quantidade de iniciativas na industria, no comercio e nas artes. Entre os sessenta e os oitenta anos, no futuro, serão nossos conterrâneos milhões de individuos com muitos tempos livres que quererão dedica-los a actividades diferentes do lazer apático.
    Deverá, dentro de pouco tempo, aparecer uma feira mundial dedicada a essas ocupações.  
   

sábado, 25 de novembro de 2017

*  Usar chapéu
Não uso chapéu porque não tenho nenhum.
Em Portugal há milhões de raparigas bonitas, que trabalhão teria para as cumprimentar se usasse chapéu ! E outro trabalhão que teria, o de tirar o chapéu antes de entrar nas mais de dez mil aulas que frequentei. E quantas vezes me roubariam o chapéu durante os exames.



Não gosto de ser obrigado a usar chapéu, não uso chapéu porque fui obrigado a usar chapéu durante seis anos no colégio e um, na tropa.
Não uso chapéu para não sofrer a gracinha frequente de me roubarem o chapéu.
Nem para suportar os comentários dos parentes e dos amigos: "fica-te mal", "um cor de rosa seria mais bonito", " então agora usas chapéu", "à banda fica-te melhor"etc..
E só o usaria se o parlamento o proibisse.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

*
Mais, de mim

Não guardo para amanhã o que posso escrever hoje. O problema é que não consigo respeitar a prioridade..

Procuro que as ideias entrem na fila. Mas na fila há ideias que não respeitam a fila. Dizem-se mais importantes. Como aquela senhora de idade avançada mas cheia de saúde,  que, perante os protestos, justificou passar para a frente da bicha dizendo: " olhem, eu  já esperei muito tempo na minha vida".

Eu penso que no céu não há censura. Só estrelas.

Sigo o sistema mais simples e mais complicado. O da vida.

Gosto de ensinar o jôgo do xadrêz, em espercial a uma criança. Gostaria que me ensinassem o jôgo do xadrêz da vida.Talvez uma criança possa ser a minha professora.
*
      Simplicidade
     Atiço as bizarrias da vida empurrando não com a barriga, isso está muito na moda e encaro as modas com indiferença, como moscas minúsculas. Mas empurrando, com o poder da mente, as circunstâncias desfavoráveis ou incómodas. Parece simples. Não. Porque tudo o que para nós é simples, exigiu, na prática, o poder do conhecimento, a habilidade da inteligência, o hábito da persistência. Nada é simples para quem é pasto do stress, para quem desconhece a serenidade, para os que se perturbam e se irrita com a chuva, com o vôo dos pássaros e até com o riso duma criança. Ou para os que não querem aprender mais.
    Tive um amigo que, quando queria iludir uma resposta, demorar ou protelar a sua opinião, empregava com frequência a expressão "isso é muito complicado".  Quase sempre pelo temor de revelar ignorãncia e demonstrar, na sua reticência alguns conhecimentos reservados, que não possua.
    Ser sagaz também implica encontrar a beleza das coisas simples.  




quinta-feira, 23 de novembro de 2017

 *
      Pespegando aqui e acolá  uma catadupa de frases com pretensões ilustrativas, preocupaando-me com a sobriedade do raciocínio, amparando-me na justeza e simplicidadee da razão, tento encontrar a saida da mediania. Sem me iludir com perspectivas de fama nem com esperanças de gloria ou dos bafejos da sorte ou dos bons acasos.
       

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

*  A economia que sofremos.
    Quando as arcas estão cheias ou a abarrotar , nada custa ao chefe de familia esbanjar o pecúlio que a familia possui, em particular se o enchimento da arca se fez por herança ou pelo bafejo da sorte. Mas, nessas circunstâncias, o chefe ou os que comandam os destinos da familia, se são prudentes, conservam uma boa parte do que têm, na perspectiva de tempos menos favoraveis. Se é sensato considera sempre que o que possui seja ouro seja outro qualquer bem,  pertence também à familia, aos outros membros da familia. Se é insensato, se gasta pelo prazer de gastar, de ostentação ou por vício, tarde ou cedo sofrem, ele e a familia, as consequências desses desvarios.
      O mesmo se passa com quem tem uma empresa e que, por razões que quase sempre distorcem a realidade, não pondera com rigor a aplicação dos capitais da empresa.
    A macroeconomia que o governo duma nação aplica não pode,não deve esquecer a economia familiar e a empresarial. E, como o sabe qualquer economista, deve sempre lembrar que , mais tarde ou mais cedo os credores batem à porta, que os artifícios da estatística, os malabarismos do"deficit", os recursos para justificar despesas inuteis ou esquecimentos reprovaveis, tarde ou  cedo se reflectem na economia familiar dos cidadãos.
     Sem responsabilidade real dos governantes.
   

terça-feira, 21 de novembro de 2017

* Coisas deste governo
   A televisão oficial, da responsabilidade(?) deste governo, informou-nos que na Tunisia estão sendo tratados e discutidos alguns problemas, alguns dos quais relacionados com fronteira.
   Curiosos, estes conhecimentos de geografia.
  
*  Coisas deste governo
    Ontem, na televisão do Estado, anunciaram-se penalizações para os hospitais oficiais que não cumprissem o que está determinado relativo aos tempos máximos de espera, para consultas. Mais uma vez os preclaríssimos membros do governo estão esquecendo que os hospitais oficiais são geridos, são da responsabilidade do governo e também esquecendo, não tendo em conta, que novas e necessárias contratações para os hospitais, não têm sido autorizadas.
     Procede como o pai de familia que corta no dinheiro que entrega à esposa e exige caviar a todas as refeições.   

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

 Nas minhas mensagens
   Se são citações assiná-las-ei com aspas e indicarei o autor. Só por traição da memória assim não procedo. E quem repare nessa minha falta, agradeço que me corrija o esquecimento..  

*   
      - Não necessito de alcool para me embebedar nem de fogo para me queimar
      - Mede-se a a velocidade na estrada, ainda não sabemos medir a velocidade da vida
      - Uma pedra não nos responde? Não sabemos se dentro de dez mil anos, pouco tempo para ela, nos responderá
      - Se eu soubesse donde vim talvez soubesse para onde vou. O que talvez não fosse bom.
      - Penso que as plantas falam connosco, respondem sempre às minhas perguntas. Nós é que ainda não entendemos a nossa linguagem. Entendemos um pouco com muitos animais mas com esses parentes mais antigos - as plantas - quase nada entendemos do que nos dizem

       - Os sabios muitas vezes sabem pouco das coisas mais importantes
       - Pensar que sabemos muito é quase sempre uma ilusão
       - Podemos andar muito todavia fica muito por percorrer 

* Desfaço os meus rancores lavando a louça
   Abrando os meus impulsos usando o aspirador
   Modero as tentações aplicando a esfregona na escada
  Sou, na nossa casa, também um homem a dias
  Mas sem moderar as gargalhadas
  Sem ocultar os devaneios
  Nem esquecer a fantasia
*   
      Li que em Portugal existem mais de trezentos cursos universitários. Na tropa existe o  curso para o generalato, na política deveria haver o curso para as funções de ministro e primeiro ministro. Como em todos os cursos superiores estaria implícita a deontologia profissional que seria aconselhada, ou mesmo imposta directa ou por diversas vias, ao longo dos anos de formatura dos alunos. E essa deontologia, como sabemos, inclui o conhecimento dos deveres especiais das diversas profissões e os deveres gerais de todos os indivíduos probos, que incluem a honradez, a dignidade e a lisura de procedimentos.  
   Atributos pouco existentes em muitos políticos. Lembram-se de algum ou alguns destes?
    
*
    Barbas
    Há os que têm barba por preguiça.

    Há os que têm barba por fingimentos
    Há os que têm barba para ter qualquer coisa onde pôr as mãos
   Há os que têm barba porque  a nomorada lhes disse que é bonito
             ou porque a outra ou o chefe embirravam com a barba
   Há os que têm barba porque o outro a usa
   Há os que têm barba para se entreter com alguma coisa depois do banho
   Há os que têm barba por economia
   E há muitos que não conseguem ter barba
   

sábado, 18 de novembro de 2017

*
     Para conseguir que o paciente liberte o que tem reservado a sete chaves no subconsciente, o psiquiatra terá de, com paciência e serenidade, seguir um programa de cura, mais ou menos demorado, a pouco e pouco adaptado ao progresso que vai sentindo, contornando as dificuldades que todo o exame lhe apresenta.
     Hora a hora o psiquiatra procura atingir niveis mais profundos, vai provocando reacções diferentes, mais complicadas, tenta descobrir sentimentos, provoca mais e mais.
     Uma das dificuldades com que pode deparar  é o aparecimento duma ligação mais afectuosa, mais  enamorada, resultante das conversas demoradas e íntimas que manteve com o/a paciente, restabelecendo uma maior comunhão de afirmações e sentimentos. Mas o resultado também pode resultar numa atitude negativista, hostil, de silêncio duro, persistente e frequente durante a entrevista/consulta.
    E mais dificuldades surgirão  
   

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

* Preconsciente
        Entre o consciente e o inconsciente existe uma zona, a do pré inconsciente, onde as recordações aguardam,  nos   primeiros lugares, como pessoas numa fila, esperando ser atendidos. Que poderão ser despertadas por qualquer acontecimento fortuito, por qualquer palavra inserida na conversação ou até por qualquer pensamento. Porém o que está mais distante, entrando decididamente nos domínios do inconsciente, só por meio duma psicanálise paciente, incisiva e progressiva, poderá ser desvendado.
        A sedução nos negócios, no namoro, no trato com os desconhecidos, implica a arte de bem entrevistar, com esse objectivo. Primeiras perguntas genéricas, fora do contexto, como o nome ou apelido, a idade, o local de nascimento. Seguidas doutras numa escala de intimidade progressiva, muito lenta, de pormenores evoluindo nesse sentido. Por isso os resultados mais interessantes tardarão muitas horas, muitos dias. E não sem que o entrevistador depare com muitas dificuldades.
         Destas comunicarei àmanhâ ou depois.
  

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

* No eu inconsciente
     Em muitos, senão em todos de nós, a partir de idade mais ou menos jovem, existe um eu consciente que nos traz em sintonia com a realidade. E existe um outro eu, inconsciente onde se situa uma soma maior ou menor de desejos inconfessáveis cujos travões, que impedem sua passagem para o eu consciente. É a teoria sobre este impedimento ou repressão, a base da psicanálise que Sigmund Freud seguia no tratamento dos seus doentes mentais.  

terça-feira, 14 de novembro de 2017

*
       Porque é  que nenhuma empresa se dispões a construir um avião eléctrico, ou seja com turbinas movidas a electricidade?
       Julgo que o rendimento do combustivel actual, queimado nas turbinas dos aviões actuais ,é muito inferior ao do rendimento duma turbina movida a electricidade.
       Se uma bateria de vinte quilos move um automovel  de setecentos ou oitocentos quilos de peso com uma autonomia de seis horas uma bateria de vinte mil quilos não poderá mover com autonomia de seis ou mais horas, um avião com o peso de duzentas toneladas ?
      Não será uma boa ocasião para um nosso governo apoiar uma empresa que se disponha a construir um avião com turbinas movidas a electricidade?
      Bastará pôr a concurso dando o Estado um apoio ao investimento.
      Dando emprego a uns milhares de trabalhadores.
      E menos poluição atmosférica, menos consumo de oxigéneo, mais segurança.


       

*
     Tenho de comprar um carro eléctrico para poder conduzir de noite.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

*  Tempos favoráveis
     Também foram de evolução lenta, para muitos, No entanto, com frequência provocando o desagrado de muitos. Repare-se no que se passou com os transportes. Os automoveis aperfeiçoaram-se na comodidade, na segurança, na rapidez, na transição para os eléctricos;  os transportes aereos e marítimos melhoraram de modo semelhante. Mas todos são cada vez mais detestados por muitos, pela poluição do ar e das águas e por outros motivos.
      Os tempos também têm sido favoráveis na evolução da política principalmente na evolução de muitas governações, para a democracia. Na Europa desapareceram as ditaduras.Mas em muitos paises ainda subsiste uma democracia deformada, incompleta, com traços de desumanidade. Deformada porque muitos governos, apregoando-se de democratas, não representam a vontade do povo, alguns conservando nos seus parlamentos, partidos que defendem antigas ditaduras. Incompleta porque não estende a todos, os mesmos benefícios. Com traços de desumanidade, porque em diversos casos se alheia dos mais desfavorecidos.
      Os tempos têm sido favoráveis na evolução da educação, reduzindo ou anulando o analfabetismo, melhorando os sistemas de ensino.
      E também na economia.Tentando, em muitos países, diminuir a pobreza, melhorar as condições de vida, ainda que noutros, em particular onde ainda imperam ditaduras, as condições de vida da maioria das populações viva em condições miseraveis.  

   

domingo, 12 de novembro de 2017

*    Tempos contrários
       Tempos contrários, tempos de mudança. Mudanças com subtileza, mudanças progressivas, mudanças lentas. Não com a instantaneidade dum raio, nem  sequer nem sequer com a lentidão invasiva duma maré mas com a demora e  delicadeza necessária ao bisturi do cirurgião.
      Muito do que há muitos tempos era considerado perigoso, falso, suspeito como a meditação, a contemplação, a benevolência, hoje consideram-se boas práticas e virtudes de espíritos lúcidos, serenos, plácidos.
      Em tempos passados a crueldade foi considerada como prática usual, o sofrimento infligido, um  meio legal para atingir alguns fins, a ciência um perigo, a escravatura um direito, a paz, coisa suspeita.
      Tal como é considerado hoje, o dinheiro.
      Ambicionado e amado, hoje em dia.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

* Comemorações
     O Partido Comunista Portugues, comemorou, há poucos dias, com grande propaganda, o centenário da revolução russa, em 1917.
     Se num dia mais ou menos próximo, um partido político de Portugal, resolver organizar um comício para recordar a data da origem da ditadura de Salazar - 28 de Maio de1926 - não faltarão artigos nos jornais, revistas, radios e televisões recordando os malefícios da extinta  PIDE, atribuindo-lhe a morte de Humberto Delgado, a penúria da população, a emigração em massa, a aliança subterrânea com o nazismo.
    Lembrando algumas consequências da ditadura de Salazar, omitem a ferocidade da revolução russa e do modelo de comunismo implantado, na Rússia e noutros países que o adoptaram: centenas de milhões de mortes por liquidação sumária, por trabalhos forçados, pela deportação para a Siberia, pela fome imposta através da confiscação de todos os alimentos, do terror imposto a toda a população.
       De tal maneira que ainda hoje, falando com ucranianos e russsos, notamos, no seu trato, o medo que ainda subsiste, encoberto por essa reserva, reserva que se manifesta na expressão da face e nas palavras que proferem.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

* Encontrar-se
   Com alguma frequência, mais pela pena de muitos, ouvimos ou lemos dizer que andamos em busca do outro eu. O que a mim me levanta a dúvida: será que existe um outro eu, em cada um de nós? Ou ainda outra: será que todos sentimos que outro eu desperta em nós, alterando-nos a realidade, influindo na vida, perturbando as decisões? Será que esse outro eu é o que nos faz hesitar, nos apresenta alternativas, que nos move nas suspeitas logo após uma certeza? Ou será que esse outro meu eu é o que me faz pensar, sair da indiferença, da apatia, ou seja, do nada mental, demarcando-se do outro eu, apático e indiferente?
      Estou cheio de apetite, vou sentar-me à mesa, na companhia do outro eu.  
*
       Sonha primeiro.
       Ama depois

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

* Vida e espírito
           Sou crente em Deus. Creio que só de Deus, nome da entidade donde tudo deve provir, só de Deus pode provir o nosso espírito, Que, em comunhão com o nosso corpo resultou na nossa vida.
          Todavia subsistem em mim, na minha mente, no meu intelecto, muitas dúvidas. Algumas que poderei mencionar, outras que apenas sinto que  é provável que existam:
    - Será que, como um ôvo que se desenvolve para gerar outro ser, será que o espírito se formou com uma base igual para todos os espíritos?
    - Será que o espírito se revela, se  desenvolve ou evolui, ligado a diversos factores, externos ao nosso corpo? ou mesmo aos internos, como doenças, consequências de acidentes ou traumatismos?
    - Será que o nosso espírito, desaparece quando o nosso corpo desaparece?
    - Será que é o espírito que define e comanda a inteligência e as emoções?
    - Será que é o espírito que nos orienta no comando da busca da verdade?
    - Será que o espírito contem as emoções? E quando temos o controle destas, desaparece uma parte do espírito?
          Desde Aristótele e talvez doutro ou doutra mais antigo, que a mulher e o homem especulam sobre isto.
          Até quando?

terça-feira, 7 de novembro de 2017

*
      Quem sabe
 
    Pespegar aqui ou acolá uma catadupa de frases com pretensões de ilustração, encontrar a simplicidade da razão, virar-se ostensivamente para a modestia da expressão, tentar encontrar, a  saída da mediania, não se ofuscar com perspectivas de fama, esperanças de glória ou de bafejos da sorte.
Quem sabe se não é este computador o autor de coisas destas e eu o seu tradutor.
*  Responsabilidade
 
           Vemos e ouvimos muitos dos políticos da nossa terra apregoarem, não raro com sobranceria e arrogância, que assumem a responsabilidade por acontecimentos  dos quais resultaram prejuizos para o país, para propriedades  particulares,  mortes ou danos em pessoas.
    Vejamos o que significa responsabilidade, segundo os dicionários:
          - Obrigação de responder por actos próprios ou alheios.
          - Qualidade de quem está apto a responder pelos seus actos.
          - Obrigação moral, jurídica ou profissional de alguém responder pelos seus actos.
          - Responsabilidade civil: carácter daquele que deve, por força da lei, reparar os prejuizos feitos a outrem.
          - Responsabilidade política: obrigatoriedade de cumprir princípios e deveres derivados de um
cargo ou de uma posição política assumida na actividade militante ou partidária.
        Temos ouvido tantos assumirem as responsabilidades, não temos visto alguém responder pelos seus actos nem reparar os prejuizos feitos a outrem.
     Os impostos pagos por todos, que reparem. 

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

*     Vício do mesmo    
        Muitos indivíduos que andam por este mundo dedicam- se quase a cem por  cento  a uma única actividade. Fora doutras obrigatórias como dormir e alimentar-se, a pouco mais se dedicam durante muito tempo da sua vida, caso dos funcionários públicos, empregados do comércio,jogadores de futebol profissional. Se não se interessaram por outra ocupação, desde o dia em que cessam ou são obrigados a terminar com essa actividade principal, por reforma ou por qualquer outra razão, com frequência caem na apatia, sentem-se desgraçados na sua nova condição, perdem o interesse por outras formas de preencherem, com gosto, as horas de descanso que têm durante os dias.
       Um primo dum ex meu cunhado, foi internacional, como  jogador de futebol profissional tendo também sucesso na conquista das belas do belo sexo. Quase quarentão teve de arrumar as botas quer no futebol, quer nas conquistas. Passado pouco tempo, meteu-se na cama onde, até hoje permaneceu, a dormir, inerte e absorto, só saindo dali para satisfazer as necessidades diárias.Quando alguém lhe fala responde com monossílabos, com um "não me interessa" ou outra expressão de apatia ou desânimo.
      Sente-se desgraçado, inerte, desinteressado de tudo. O resultado de não poder seguir o vício do mesmo.

    




   

  
*
          Injustiças
      Mas então ? Se eu fui para aqui chamado, mandado ou enviado, não tenho direito a saber porquê, qual a razão ? Porquê me chamaram, fazendo passar essas doures do parto à senhora minha mãe, eu bem a ouvia protestar e gritar quando me trouxe ao mundo bem nu, carregado de banha que roubei à senhora minha mãe, sem me avisarem do que iria encontrar e, ainda por cima, aquele indivíduo dando-me umas quantas palmadas logo que cheguei! Então vocês quando vão a qualquer parte recebem-vos com bofetadas no rabo, como se tivessem  feito alguma diabrura?  Eu estava noutra vida bem sossegado, obrigaram-me a vir para cá e dão-me palmadas no traseiro? Que raio de maneira de receber as visitas ! E depois, tive que gritar, soltar berros sempre que a fome me assaltava  e às vezes até gritavam comigo  quando tinha de fazer cócó ou xixi, outras vezes nunca me mudavam a fralda e eu  lá tinha de berrar outra,vez, sentia-me borrar todo.
   Que faltas de consideração! Que raio de democratas que vocês são.

domingo, 5 de novembro de 2017

*
Ainda a propósito do pânico
Desejando conhecer um pouco sobre o pânico, consultei algumas fontes. O pânico, resulta duma ansiedade sentida resultando numa forma de medo,dizem os especialistas .
Quando penso sobre qualquer assunto que interfere na minha vida tento conhecer o que provocou a minha reacção a tal interferência. Qual a razão do estado mental consequente, porquê esse medo, porque actuou nesse momento, o que levou o meu espírito a essa reacção?
Nesse dia, consegui chegar a casa, ainda que muito perturbado. Conseguindo recomeçar a pensar resolvi escrever sobre o que me viesse à cabeça. Saiu a mensagem de ontem.
Como disse acima, sei, na generalidade, do que resulta o pânico. Do que resultou aquele meu pânico.
Mas, no fundo, ainda estou por saber porque o pânico, essa forma de ansiedade, me assaltou.
Terei de seguir, mentalmente, uma das formas de tratamento do pânico, para chegar lá. Quando abrimos uma ostra sabemos o que vamos encontrar. Mas agora ainda não sei como abrir esta ostra , a do pânico.       

sábado, 4 de novembro de 2017

*Estar consciente
      Saí com sucesso do pânico que ontem me assaltou conspurcando-me um dia de vida. Felizmente que resolvi escrever aquela mensagem de ontem. E vejam, quando terminei essa mensagem, senti-me outro, pareceu-me que um banho de prazer, de exaltação, de engrandecimento me caíra em cima. Foi como se tivesse arrancado de mim uma excrescência incómoda, inutil. Pareceu-me ficar mais consciente, saí daquele pânico.
            Ficar mais consciente implica estar mais apto ao conhecimento, mais sensivel aos afectos, mais capaz de obedecer à vontade. E a nossa conduta bastas vezes não é consciente, entra nos domínios da irreflexão, do deixa p'ra lá, do não te importas, do tanto se me dá, do quero lá saber. O que é diferente do pânico sentido.
Estar inconsciente, acordado, como após uma bebedeira, é uma estupidez. Nem seque podemos sonhar.
        
*    Vendaval antes da bonança
      Hoje embrenhei-me no passado, senti o refluxo da vida invadir   todas as fibras do meu ser. Embalado pela tristeza, sacudi os grilhões da saudade, virei as costas á esperança, perdi a rota da  fantasia. Sem inspiração que me engalanasse os desejos já sentidos, torturei-me na análise do meu sangue, senti o pó dos meus ossos ocupar  o lugar dos pensamentos. Uma verborreia macabra e falaz,  invadiu, recheada de elação, e arrogância, o domínio doutras vidas passadas. A tortura da dúvida confundia-me o juîzo, o matagal das recordações sujeitava-me passo a passo, impedindo-me de avançar para a luz, cada liana que corto transformava-se num elo de aço, de cada ramo que desvio surgiam sanguessugas que se prendiam ao meu corpo, como lapas numa rocha.
     Porém, passando ao meu lado, uma criança deu-me um sorriso.