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quinta-feira, 30 de junho de 2016

A essência da vida

Por acaso já repararam num botão que emerge dum ramo e que se amplifica numa flor?
Eu tenho uma planta, uma orquídea que, como todas as orquídeas, no nosso clima, florescem uma vez por ano. Que fantástico poder que teve esse embrião - como todos os embriões têm desde o que provem da semente duma sequoia ao que contem a semente duma erva vulgar - que enorme e maravilhoso programa está ali armazenado e contido. Isso é outra forma de vida, muito diferente da nossa, da das mulheres e dos homens. Não sei se o embrião de que resultou o meu corpo e a minha mente continha um programa mais complicado, mais perfeito e mais completo que o que contem o embrião duma planta, Ninguém, de forma imparcial o poderá afirmar. Porque desconhecemos, estamos talvez a atingir o limiar dessa descoberta, desconhecemos os micro-quantas da vida, esse conjunto de ínfimas partículas que está agarrado ao corpo e em comunhão com ele, conjunto a que chamamos mente. Temos a pretensão de pensar e dizer que somos superiores às plantas, alegando que evoluímos a partir delas. Sei lá ! Sei lá se as plantas não pensarão o mesmo de nós. Sei lá se não serão elas a evolução de nós. Compreendemos as metamorfoses que observamos na vida de certas espécies, não poderão as plantas observar as  metamorfoses que se dão na nossa?  E que não sentimos tal como uma lagarta dum bicho de seda não sente quando passa a borboleta dentro do casulo que construiu?
A ciência pretende tudo explicar mas quando chega à essência, ao centro, ao âmago da vida, nada explica.

Como criança

Já octogenário, Picasso disse que estava aprendendo a pintar como pinta uma criança. Não o dizia com a vaidade de proferir uma "blague", com o intento de ser original, com a pretensão de ser diferente. Exprimiu apenas o desejo de melhor expressar, na pintura que deixava, o amago, a  essència da juventude. E talvez até alguma saudade dessa fase da vida que, como todas as fases da vida, não se repete.  

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Saude

Descobrir a alavanca invisível e ténue da saúde, esse poder que nos dá resistência ao esforço. Encontrar a fonte desse poder que nos permite ir mais álem sem aumentar a pulsação, sem sentir o cansaço inesperado, que a respiração não compensa e que invade todos os músculos. Impedir que diminua e se esgote em pouco tempo a reserva que é a saúde e que a sua recuperação não demore ao mesmo tempo que conserva essa reserva em nível elevado. O coração, secundado por  todos os outros órgãos, desde o fígado até à pele conjugados e actuando em uníssono com a mente são os obreiros . O coração, como músculo independente da vontade mas em íntima colaboração com a mente, deve ser auxiliado para a conservação da sua pureza, traduzida na vitalidade que demonstra.
Tal como nos acontece com a respiração, ao longo da vida vamos criando hábitos que implicam dia a dia menores esforços. Reparar na actividade de qualquer criança saudável de forma geral implica em nós alguma inveja, aliada a uma  subtil indiferença. Pouco a pouco vamos dando menos passos, se repararem, até vamos, dia a dia, usando menos os olhos para reparar no que nos envolve- nos pássaros, nas flores, no mar, na brisa, na lua e no sol, nas estrelas.
Tentemos agora caminhar um pouco e pouco a pouco, no sentido inverso.
Tentemos voltar a sentir curiosidade e aprender um pouco mais.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Mistérios que talvez nem sejam mistérios

E reparei que o tempo defluía por entre os sonhos fustigados pela insensatez.
Derreti as ideias que me sobraram no cadinho das preocupações.
Nascemos quando abrimos a porta do tempo. Passamos a vida procurando quem a abre e fecha. O que vai sucedendo todos os dias quando adormecemos e quando despertamos.
Gostaria de  conhecer quem nos regula o tempo quem nos põe e quem nos tira de lá. Se é o mesmo, que trabalhão terá. Sem sindicato a que obedecer. Sem salário nem sequer o mínimo.

sábado, 18 de junho de 2016

Essa dinheirama nos bancos

O banco central europeu tem máquinas a trabalhar permanentemente para a obtenção de mais moeda e de mais papel moeda. Nunca vi escrito em qualquer jornal ou revista, ou anunciado nas rádios ou nas televisões, que o parlamento europeu - essa misteriosa entidade de quinhentos e muitos membros e mais muitas centenas de funcionários que recebem desse banco os seus vencimentos - que o parlamento europeu imponha regras ao banco central europeu (BCE) que lhes defina os limites para o fabrico de mais dinheiro nem que o estatuto da sua administração, presidente e quase três dezenas de vice-presidentes, o determine. Desta forma, a quantidade de dinheiro,  dos euros e das notas de euros, todos os dias aumenta numa progressão de limites desconhecidos. Penso que a maior fatia dessa imensa massa monetária se fará por via electrónica, doutra forma seria necessário manter um serviço de transportes por camionetass ou por aviões que, aliado ao intenso movimento dos parlamentares europeus e seus funcionários, de Bruxelas para os países da União Europeia e de  volta a Bruxelas,  provocariam engarrafamentos  todas as semanas, nos ares e nos aeroportos da Europa
Essa enorme massa de dinheirama, em espécie e em ondas electrónicas, dentro dos bancos, começou a provocar, desde alguns anos atrás, a cobiça dos que quase impunemente tentaram por-lhe as mãos em cima, arejando sempre muitos milhões em seu proveito e tanto mais que a dita electrónica muito ajuda a tais falcatruas aos que estão nas administrações bancárias.
Parece que isso tem sido muito fácil e sem grandes consequências, aqui em Portugal.
Desses a que me refiro, não sei de nenhum na prisão.
Mas um senhor  que colocou na Suiça setenta mil euros -  penso que de sua propriedade - , foi condenado pouco tempo depois, a dois anos de prisão efectiva.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Profecia sobre o dinheiro


   “ Quando for cortada e derrubada a última árvore, quando for envenenado o último rio, quando for pescado o último peixe, então o homem compreenderá que o dinheiro não é comestível”
, Dum profeta índio Greec

Versatilidade

Uma das personagens pode caracterizar-se pela versatilidade das opiniões, pela inconsistência das ideias, pela indefinição manifesta dos objectivos da sua vida. Daquelas pessoas que, sem motivo, dá o dito por não dito, que não mantem firmes as decisões, alterando-as ao menor argumento, por fraco que seja.  A falta de atenção, a leveza, a pusilanimidade que emprega no que diz, reflecte o seu caracter. Que conduz, na narrativa, a acções menos dignas. E essa versatilidade manifesta-se, com frequência, em aplicações práticas de propaganda pessoal como investimento para melhoria do carisma, na opinião de maiorias de fraqueza mental manifesta.
Os exemplos são bem conhecidos.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

As vidas por que passamos

Morrer, poderá ser como acordar noutra vida, pela primeira vez.
Mas talvez fiquem algumas reminiscências da anterior. Que poderão justificar tendências, impulsos, ou mesmo hábitos , vícios ou inclinações, que passamos no presente.
Sempre dentro da evolução das espécies.
E quase sempre sujeitos aos caprichos da sorte.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Confiança

A confiança em nós próprios poderá consegui-la, quem a não sente, meditando. Após a relaxação e o controle da respiração, sentindo-a, o passo seguinte será o de começar a concentrar a mente no corpo, começando por um dos dedos maiores dos pés, percorrendo depois a pele de todo o corpo, recordando sempre a zona anterior, como se as suas mãos percorressem com suavidade todas as zonas, desde os pés às pernas, recordando sempre a zona por onde a mão, em imaginação, passou antes.
  É difícil. Mas como quase tudo o que é difícil fazer, devemos aborda-lo pouco a pouco, sem pressas, deixando a mente livre, no seu passo a passo, perante a dificuldade.
No fim, verão, sentirão mais confiança na mente e no corpo. 

sábado, 11 de junho de 2016

Relaxar para não ter medo nem dúvida

Segundo a antiga ciência indu, o mais importante, ainda que difícil, é encarar as dificuldades, em primeiro lugar a doença, sem medos e sem dúvidas. Medos de contagio, das consequências, das dores; dúvidas das capacidades próprias, das contingências, das influências estranhas e maléficas.  E confiança, confiança, confiança. No seu corpo, na sua mente, na aliança entre o seu corpo e a sua mente.
É difícil, Mas fácil para quem aprende e consiga relaxar-se. Estado que todos podemos atingir se conseguirmos meditar.
Não será difícil, tentem.     

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Mais algumas frases minhas

Penso, logo persisto.
No poupar é que está o gasto
Promete a fartura,  cumpre se puderes
Gasta à vontade, depois se verá - onde estou vendo isto por aqui.
Tenho o primeiro prémio do euromilhões até ao dia em que souber o resultado do sorteio. Assim sou rico nalguns dias de todas as semanas.
São lindas todas as frases que não escrevo.
Jamais poderei revelar-vos o meu último dia de vida.

quarta-feira, 8 de junho de 2016


Fazendo força, a coisa concretiza-se.
Depois de tentar o impossível, puxar o autoclismo
Jamais pensar em ficar como estão
O resultado de pende muito da nossa vontade
...
Pensem disto o que quiserem
Não, não foi isso, não sejamos tão prosaicos
A vida são dois dias. E, como dizem os socialistas
Depois se verá, a obra que fizermos
Carpe diem
         A todos vós

Agradeço a quem me ensina
Nesta idade bem madura
A temperar a rotina
Com o sabor da aventura.

         Porque qualquer um de nós ou de vós

Como uma barca perdida,
Que parece abandonada
Saltamos do nada à vida
Caímos da vida no nada.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Ler, escrever e as palavras

A minha irmã Maria Fernanda, conhecida por Fernanda de Castro, dizia "não leias muito o que os outros escrevem para que possas escrever o que os outros leiam". O excesso de leitura, como todos os excessos, conduz quase sempre à falta de simplicidade naquilo que escrevemos. No vocabulário da língua portuguesa encontramos sempre diversos significados para uma mesma palavra. Mas os diversos significados não querem dizer o mesmo, há pequenas diferenças, diferenças subtis que exprimem a riqueza da nossa língua. Entre tais significados quase sempre um deles é a palavra base da ideia que todos pretendem comunicar de forma genérica. P.ex.: a palavra pai, que todos conhecem, pode ter os significados: autor, fundador, progenitor masculino, criador, chefe, protector, cacique, causa, origem. E a simplicidade do que escrevemos está na arte de encontrar a palavra que melhor exprime o que pensamos e que todos os que a leiam percebam.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

O melhor de TV, ontem : o espectáculo, no Porto, de artista Zambuja. Com um estilo próprio, um digno sucessor do recentemente falecido Infante da Câmara.

Mais doutras coisas

- Procuro sempre as obrigações a que ninguém me obriga. - Trabalhar um texto, escrever um conto, não é o mesmo que pintar uma parede. Para esta basta a tinta duma côr. - Quem inventou o trabalho, descobriu uma companhia do tempo. Porque nunca acaba. - Todo o homem aprende a andar com sapatos, a nadar com um fato de banho e deve aprender a lavar os pratos as panelas. - O inventor da esfregona é um génio ignorado. Como o da saudade da e o da fantasia.

domingo, 5 de junho de 2016

Fiz mais estas

- Enterrei três telemóveis aqui, ali e acolá. Continuo à espera que algum dos meus antepassados ilustres faça uma chamada para mim. - Um pentavô meu, um Castro, cujo retrato está numa sala da câmara municipal de Mormugão, em Goa, Índia, não há meio de cumprir a promessa que me fez, quando ali passei há dez anos, promessa de me visitar aqui, na minha cidade. - Tenho de consultar aquela bruxa para adivinhar onde é que eu estou. - Estou viajando em primeira classe, por dentro de mim. - E desprezei ontem todos os livros que não encontrei.

sábado, 4 de junho de 2016

A tristeza que ele sente

 Não vejo nem verei no congresso do PS alguém agradecer à União Europeia a baixa taxa de inflação . Que é uma das piores imposições aos mais pobres dos contribuintes e resultando num imposto encoberto nunca compensado com aumentos de salários dos trabalhadores e dos reformados. E ainda de salientar o discurso do dr. Pacheco Pereira, discurso, como de costume, sempre influenciado pela tristeza perante o abandono politico a que foi votado pelos dirigentes do anterior governo. Por outras palavras: não consegue, disfarçar, nos seus discursos e comentários, a dor que sente por não ter feito parte do governo anterior. 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Auxílio aos refugiados

Entendo louvável o que o nosso governo vem fazendo em relação aos refugiados que estão desembarcando em grande número na Europa e provenientes da Síria e de diversos países africanos. Julgo que a União Europeia apoia Portugal nessa acção. Os que chegam a Portugal, segundo o que os media nos informaram, encontram um apartamento mobilado à sua disposição - até com brinquedos no quarto das crianças - salário mínimo durante dez meses e outroa apoios sociais. Não sabemos qual o montante monetário ou doutra natureza, desse apoio. Seria bom que fosse conhecido, através dos jornais, revistas, rádios e televisões. E, para tanto, se o nosso país não está contribuindo e em que proporção,se o está, para essa acção benemérita. Porque, em qualquer dos casos julgo que o governo também deveria acompanhar essa acção com outra, pelo menos nas mesmas condições, para número igual de cidadãos portugueses em condições, na actualidade, de penúria - os que dormem de noite enrolados em papel de jornal ou em carões, os que têm que viver do rendimento mínimo garantido, em resumo: os portugueses mais pobres. Será que o governo nos esclarecerá?

quinta-feira, 2 de junho de 2016

antivirus e conversa

Um problema neste meu amigo computador - necessidade de ser alimentado com um anti vírus provocou esta demora no envio de mensagens. Recomeço hoje. E tive uma conversa interessante com o técnico que me atendeu. Que é daquelas pessoas que marginalizam as respostas. Porque desconhecem o assunto em questão, porque querem desviar a conversa para um tema que melhor conhecem. porque não se querem domprometer com a resposta. Será interessante analisar melhor este assunto