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quinta-feira, 30 de junho de 2016

A essência da vida

Por acaso já repararam num botão que emerge dum ramo e que se amplifica numa flor?
Eu tenho uma planta, uma orquídea que, como todas as orquídeas, no nosso clima, florescem uma vez por ano. Que fantástico poder que teve esse embrião - como todos os embriões têm desde o que provem da semente duma sequoia ao que contem a semente duma erva vulgar - que enorme e maravilhoso programa está ali armazenado e contido. Isso é outra forma de vida, muito diferente da nossa, da das mulheres e dos homens. Não sei se o embrião de que resultou o meu corpo e a minha mente continha um programa mais complicado, mais perfeito e mais completo que o que contem o embrião duma planta, Ninguém, de forma imparcial o poderá afirmar. Porque desconhecemos, estamos talvez a atingir o limiar dessa descoberta, desconhecemos os micro-quantas da vida, esse conjunto de ínfimas partículas que está agarrado ao corpo e em comunhão com ele, conjunto a que chamamos mente. Temos a pretensão de pensar e dizer que somos superiores às plantas, alegando que evoluímos a partir delas. Sei lá ! Sei lá se as plantas não pensarão o mesmo de nós. Sei lá se não serão elas a evolução de nós. Compreendemos as metamorfoses que observamos na vida de certas espécies, não poderão as plantas observar as  metamorfoses que se dão na nossa?  E que não sentimos tal como uma lagarta dum bicho de seda não sente quando passa a borboleta dentro do casulo que construiu?
A ciência pretende tudo explicar mas quando chega à essência, ao centro, ao âmago da vida, nada explica.

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