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domingo, 17 de julho de 2016

A vida - 2

Quando, em que idade, na vida que vivemos, começámos a pensar no  tempo? Para além das frases feitas e triviais já referidas, só bem entrados nos anos pensamos no tempo como um ser vivo, sempre invisível, que a todos nos acompanha na vida, como lapa inamovível numa rocha. Sentimo-lo em íntima comunhão com a vida, parece-se com um balão que aumenta ou diminui de acordo com a atenção que lhe prestamos, que nos acompanha sem o sentirmos enquanto dormimos, que se deforma nos sonhos e na fantasia. Nesta expande-se ou contrai-se , parecendo desaparecer quando desaparece a fantasia. A forma mais imperfeita de o definir é pelo movimento dos ponteiros dos relógios. Para melhor o definir com um relógio, teremos de a este acrescentar-lhe um número infinito de ponteiros, incluir um número infinito de divisões no mostrador.
Foi precisamente olhando para o mostrador dum relógio, que além das horas minutos e segundos, também nos dava as fases da lua, um calendário perpétuo, que eu aí comecei a pensar que o tempo deverá ser muito mais do que aquele mostrador daquele relógio apresentava.       

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