O dicionário é uma das melhores ferramentas : para quem lê e para quem escreve. Tem poucos defeitos e muitas virtudes. O defeito maior, talvez o único, é em geral pesar mais do que um quilo. Tornando-se difícil de manusear para os mais jovens.
Os dicionários são muito mais antigos que a bíblia, parece que os primeiros apareceram na Mesopotamia, 2800 anos antes de Cristo !
Leva tempo adquirir o hábito de o consultar. Mas pouco a pouco, quem gosta de ler e de escrever, vai usando o dicionário com mais gosto e menor dificuldade.
Ao mesmo tempo, por vezes, diverte-nos. No final de cada página, normalmente aparece uma palavra cujo significado desconhecemos. O conhecimento básico, em qualquer idioma, é de cerca de duas mil palavras. E se na nossa língua, segundo dizem, existem mais de 90.000 vocábulos, se conhecermos metade, isto é 45.000, já não é mau. Portanto, muitos dos que figuram no fim das páginas consultadas são-nos desconhecidos.E eu, depois que conheci o sinónimo correcto da palavra procurada, adquiri o hábito de também conhecer a última palavra da página. Nada custa, por vezes é uma surpresa, outras um divertimento.
Dou um exemplo.
Procurando "relaxação", no fim da página encontrei para "relho" : um açoite feito de couro; uma fivela com que as senhoras apertam os cintos; e também, imaginem, uma espécie de truta, também chamada truta-marisca.
Experimentem dizer à vossa esposa, em dia de zangas : "não te esqueças de apertar bem o relho".
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