* Ramalho Ortigão
Vou relendo "As farpas", de Ramalho Ortigão .
Não necessitamos de paciência nem lastimamos o tempo que dedicamos a essa leitura. Porque nos cativa pela sinceridade, prende-nos pela beleza dos seus artigos, demonstra e desenvolve o rigor dos seus juizos a beleza das suas composições.
As suas "Farpas" são entradas no passado, amostras das realidades daqueles tempos, algumas previsões sem ironias ou atrevimentos, do futuro .
Sem bajular o que é grande nem amesquinhar o que é pequeno, inutil, vulgar.
Ao ler as "Farpas" parece que andamos num corroussell intelectual, num turbilhão de realidades, por vezes situando-nos nos segredos daquele século.
E sempre sem timidez hipócrita, com destemor natural, com rectidão na lingua.
Eça de Queiroz foi o nosso grande artista do romance. Ramalho Ortigão, o da palavra.
Sem comentários:
Enviar um comentário