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sábado, 22 de outubro de 2011

A vida é isto
E aquilo e aqueloutro
O que vale a vida
Mais que aquilo ou que o aqueloutro
É o que encontramos entre o isto e o aquilo
Que nos faz vibrar, sentir e exaltar
Permanecer um pouco ou um muito dentro da luz
Pairar etéreo nesse entretempo

Não peço meças ao tempo
Nem lhe estabeleço primazias nem inferioridades
Não me satisfazem tais frivolidades
Pela mesma razão de que não conto as pedras do caminho
Só conto que não me abandone esta insatisfação
De encontrar no meio dele outra realidade
E descobrir e encontrar a capacidade
Do canto ou alguma arte destas palavras

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