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sábado, 7 de setembro de 2013

 Ficam por realizar todos os projectos sonhados e por construir todos os palácios que o meu eu menino começou. Ficam por anunciar todos os milagres que a pobreza de todo este mundo está exigindo a gritos e que as riquezas desperdiçadas e inertes nos cofres de todo este mundo, apodrecem sem sentido nem utilidade alguma: ocupam espaço, num silêncio atroz, enchem paredes e prateleiras dos bancos, dos off-shores, dos cofres particulares,  apenas servem para despertar a cobiça dos funcionários que lá entram. A moedas em sacos e as notas em pilhas muito bem arrumadinhas aguardando a chegada de mais irmãs, fabricadas à pressa, cheirando às tintas e às máquinas mamãs que as deitaram na circulação. Para nada mais servem, quando muito para circular de prateleira em prateleira, para irem para dentro duma gaveta, doutro cofre, para acenderem um charuto, ou para dentro dum colchão. E a isto chamam dinheiro!
             Mas por vezes um ladrão dum sinaleiro desvia-as para outro destino.

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