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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Quando a tinta se acaba

Aquela madama do terceiro esquerdofrenteàminhajanela (palavra comprida que este computa inventou agora e que quer dizer o que lá está escrito pelas mesmas palavras) já não sei onde ia , os parêntesis tiraram-me do sensato, ah, já sei , falava daquela lady do terceiro esquerdo frente ao meio da minha janela, referia, não posso empregar o falava outra vez senão os bonzos do acordo ortográfico acordam, decidem pensar numa reunião, uma coisa que agora, com os gregos na ribalta, está na moda, mais que os bikinis, o fio dental e as armaduras medievais, mas onde é que eu ia, onde é que eu vou entranhando-me tanto na descrição das intenções daquela miss, um pouco entradota mas ainda saindo de casa bem decotada, bem intencionada, sim? como sabes? tens a mania menino de entrar na cabeça das pessoas para conhecer-lhes as intenções, as vãs e as outras por sinal a senhora ia bem intencionada no sentido do supermercado, já vou aqui não sei por  onde, quando eu chegar lá terei de voltar a ver-te menina, que bom seria voltar a ver-te menina, que bom eu voltar a ver-te ainda menino, de calções, de alpargatas, umas coisas que dantes se punham nos pés e que diziam que um patrício meu tinha enriquecido, importando-as da China, nesse tempo importavam-se muitas coisas, eu então ainda me importava muito pouco, imaginem, até se importavam chineses vendedores de gravatas agora tornamos a importar chineses vendedores de um ror de coisas em supermercados chineses que têm de tudo só não têm, ainda não vi lá, por mias que procure, uma colecção de fechos éclair uma coisa, segundo o poeta Girão, que o Felipe segundo espanhol (e, não sei por que carga de água, o primeiro de Portugal) não conseguiu ter.
Festa é festa, queridos. Acabou-se a tinta.

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