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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

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      Porque ensinar não é papaguear a lição do dia.
      Resulta do que se aprendeu, resulta no sedimento intelectual que sobrou e a memória assentou de tudo o que lemos, de tudo o que ouvimos, de tudo o que observamos. Por isso é importante que desde bem cedo, quanto mais cedo melhor, a criança entenda o que lê, atente no que ouve, interessa-se no que observa. Em casa, na gente, na natureza.
      Lembrou-me das primeiras aulas, no liceu de Portimão que frequentei para cumprir o primeiro ano liceal. Escutava sem medo todos os professores que ali fui conhecendo, ainda hoje me lembro de parte de algumas das suas lições. Mas no segundo ano liceal, frequentando o colégio militar, rara foi a aula onde não estive carregado de medo, de receio dos professores o que se aliava à idiotice do marchar e marcar passo a caminho das salas de aulas, das salas de estudo, do refeitório, do recreio, até para o banho íamos a marchar. Ano a ano perdendo esses medos e rotinas imbecis, fui melhorando as minhas classificações, mas ano a ano cortando os dias no calendário aguardando com ansiedade o dia em que me libertasse do colégio.
      E levou tempo a encontrar professores com a arte de ensinar.   

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