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quarta-feira, 13 de junho de 2018

* Monarquia e republica
Há cento e oito anos a organização política de Portugal pela força duma revolução tíbia, incaracteristica e impessoal, passou a ser uma organização comandada por partidos, cada um com o seu comandante eleito mais pela força duma habilidade retórica que por bens fundamentais, contributos para o país. Substituiu um regime com quase oito séculos de existência, acção e utilidade, tendo por comando o fundador da nacionalidade e os seus seguidores, os descendentes do primeiro rei ou os descendentes da dinastia
seguinte, iniciada pelo rei que recuperou, pela força do seu braço e das armas, a independência nacional perdida durante sessenta anos.
Os últimos reis, após o ano de 1820 estavam subjugados por uma constituição tal como os que agora comandam o governo do nosso país.
Documento que tem sido alterado quando os parlamentares conseguem chegar a acordo. E, tal como os últimos reis, o chefe supremo da regime actual dispõe de poucos poderes e, como vem sucedendo há trinta anos, a sua acção baseia-se muito no interesse de conservar o cargo até onde a constituição o permite. Enquanto que os reis apenas se preocupavam em conservar a ´própria saúde.
O voto do povo elege os que irão empunhar o poder. O que continua a ser muito discutível. Pela razão soberana de que, tal como acontece agora em Portugal, a educação do povo continua a fazer-se a conta-gotas e a aceitação da elevada abstenção ao voto não é combatida com eficácia nem sequer reconhecida como prejudicial - se o fosse, o voto poderia ser obrigatório bem como uma educação real, profícua e eficaz.

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