Hoje é dia dos nossos netos mais pequenos. E é difícil escrever com emoções a alterar a criatividade.
Isto não é mais que uma desculpa para a minha timidez.
Que me prende a língua, a razão e a espontaneidade.
comentários, poemas, situações e circunstâncias da vida, escrtos e da autoria do que escreve neste blog
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Os malmequeres da minha Mãe
A casa de jantar da nossa casa na Praia da Rocha : casa que já não existe, hoje está ali em desses horrendos edifícios tipo caixote chinês, como os existentes em Pequim e que eles enchem lá na China com o proletariado submisso e resignado. A casa de jantar tinha as paredes pintadas com malmequeres, desde o rodapé até um metro de altura. Quando destruiram a casa para construir o tal caixote de nove andares, a dor que senti foi comparável à de uma pedrada no coração. Aqueles afrescos davam frescura e alegria contagiantes. A minha Mãe pintava muito bem, tenho um quadro dela, de um molho de papoilas, que tem sido gabado por mestres da pintura, mas que não me faz esquecer os malmequeres amarelos e brancos da casa da praia.
Tenho esperança que algum dos meus netos e netas construam canteiros de flores, nem que seja só em caixotes pequenos.
Tenho esperança que algum dos meus netos e netas construam canteiros de flores, nem que seja só em caixotes pequenos.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
0 aniversário da filha caçula
A minha filha caçula teve o seu dia de anos.Não são muitos nem poucos os anos que já tem. Mas os suficientes para que eu lhe dissesse que qualquer dia em qualquer ano, tem a minha idade. Não pensem os inteligentes ao compreender isto, que eu o disse brincando. Não. Não costumo brincar com coisas comuns, às sérias já não lhes ligo, nem para pensar brincar com elas. Do que gosto mais é de brincar com as outras.Se os inteligentes compreendem isto, não dou mais explicações.
Mas sigo com o aniversário da filha caçula . É todos os anos, sem falhar, dois dias depois do meu. E aí está a resposta para algumas dúvidas que ainda subsistam : se eu fiz oitenta e tres ( diz o bilhete de identidade, que só serve para dar indicações falsas) e se ela dois dias depois, completou os que completou, o número não interessa
o que interessa é que nesse dia a nossa diferença de idades passou a ser menor, menos um ano, ou não ? Se a nossa diferença de idades no passado dia dezanove era de X, no dia vinte e um passou a ser X menos 1. Isto é pura álgebra, e olhem que eu sempre fui bom na matemática, na universidade até fui muito bom, tenham respeito por quem se esfalfou a estudar os teoremas de Lagrange, as teorias de Leibnitz e a resolução daquele integral em menos passos que o professor de cálculo.
Os indivíduos excepcionais, e nesse rol consta a minha filha caçula, não precisam de pensar na modéstia.
Mas sigo com o aniversário da filha caçula . É todos os anos, sem falhar, dois dias depois do meu. E aí está a resposta para algumas dúvidas que ainda subsistam : se eu fiz oitenta e tres ( diz o bilhete de identidade, que só serve para dar indicações falsas) e se ela dois dias depois, completou os que completou, o número não interessa
o que interessa é que nesse dia a nossa diferença de idades passou a ser menor, menos um ano, ou não ? Se a nossa diferença de idades no passado dia dezanove era de X, no dia vinte e um passou a ser X menos 1. Isto é pura álgebra, e olhem que eu sempre fui bom na matemática, na universidade até fui muito bom, tenham respeito por quem se esfalfou a estudar os teoremas de Lagrange, as teorias de Leibnitz e a resolução daquele integral em menos passos que o professor de cálculo.
Os indivíduos excepcionais, e nesse rol consta a minha filha caçula, não precisam de pensar na modéstia.
O trajar
Fui sempre um pouco indiferente em relação à moda masculina no usar e no trajar.Sempre detestei as gravatas, nunca gostei de nada que me apertasse o pescoço ; nunca gostei de calçar sapatos bicudos, nunca gostei de sapatos que me apertassem os pés; não gosto de anéis, de enfeites nas mangas, de galões, de penachos ou ornamentos nos chapéus ou nas boinas.Nunca gostei de palavras ou simples arabescos, de propaganda ou de mensagens, escritas nas camisas de verão ou nos calções de banho.
Habituei-me na casa dos meus pais e no colégio, a ser asseado e de costas direitas.. E agora, como dizia o meu sogro com os seus noventa anos : "quanto mais velho mais aprumado".
Habituei-me na casa dos meus pais e no colégio, a ser asseado e de costas direitas.. E agora, como dizia o meu sogro com os seus noventa anos : "quanto mais velho mais aprumado".
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Porque cá estamos
Mais um ano hoje.Acho isto ridículo.Porque não dizemos, quando acordamos, porque não dizemos, "mais um dia !" ? O que me parece que seria muito menos ridículo, porque acordámos, porque, se não sonhámos, saímos mais uma vez do nada para a vida, depois de algumas horas, dias ou anos antes havermos saído do nada para a vida. O sono é isso , ouço para aí dizer muita cousa sobre o sono. Uma teoria diz que é morrer durante umas horas. Pura estultícia e vaidade, querer advinhar ou conhecer um dos mistérios que o criador resolveu nunca dar a conhecer. E resolveu muito bem, seria uma chatice sabermos para onde iremos todos dentro de horas,dias ou aninhos - ou até sabermos donde todos viémos quando por cá aparecemos saídos das barrigas das nossas mães, com a pequena colaboração dos nossos pais, que nunca souberam a hora e o dia em que colaboraram para nos gerarem, fecundando um óvulo da nossa mãe.
Como ridículas são as muitas teorias sobre as razões da nossa passagem neste planeta. A mais vulgar, prosaica e simplória é de que estamos aqui para a nobre missão da propagação da nossa espécie. E então, para que estão cá os que nenhuma espécie propagam ? Os argumentos são dos mais curiosos que os intelectuais inventaram e em geral servem apenas para engrossar o anedotário popular. Outra teoria fala dos que por aqui partilham connosco o planeta e que morrem cedo sem terem tempo de procriarem. Porque foram atropelados, porque foram fidelíssimos ministros de Deus ou por outras prosápias semelhantes. E tudo se justifica elegantemente com os superiores e insondáveis desígnios do Criador.Mas em geito de disculpa.
Concluindo, não há dúvida que o homem ainda é muito pouco inteligente. Muito menos que a mulher. Que suspeito e me parece já saber muito mais disto tudo do que os masculinos.
Como ridículas são as muitas teorias sobre as razões da nossa passagem neste planeta. A mais vulgar, prosaica e simplória é de que estamos aqui para a nobre missão da propagação da nossa espécie. E então, para que estão cá os que nenhuma espécie propagam ? Os argumentos são dos mais curiosos que os intelectuais inventaram e em geral servem apenas para engrossar o anedotário popular. Outra teoria fala dos que por aqui partilham connosco o planeta e que morrem cedo sem terem tempo de procriarem. Porque foram atropelados, porque foram fidelíssimos ministros de Deus ou por outras prosápias semelhantes. E tudo se justifica elegantemente com os superiores e insondáveis desígnios do Criador.Mas em geito de disculpa.
Concluindo, não há dúvida que o homem ainda é muito pouco inteligente. Muito menos que a mulher. Que suspeito e me parece já saber muito mais disto tudo do que os masculinos.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Num almoço, à mesa , em 1937
Sempre que pensamos um pouco sobre um pouco das nossas vidas, por vezes a memória dá-nos uma surpresa e contempla-nos com o inesperado. Se nos concentramos numa determinada época, por vezes temos que esburacar e esquadrinhar o buraco do passado, para que surja uma situação insólita, uma cara cujo proprietário não nos lembramos, um acontecimento cujo cenário pouco a pouco retratamos na mente. É frequente, quando estamos conversando com alguém ( uma das vantagens de conversar) e por associação de ideias, encontrarmos mais um tema para discutir.
E agora, escrevendo mais uma mensagem deste blog, apareceu-me uma imagem bem nítida da época dos meus dez anos. Estou a ver os meus pais à mesa, durante o almoço, conversando. A minha Mãe apresentando problemas caseiros, o meu Pai quase sempre virando a conversa para factos da sua vida passada de oficial da marinha de guerra portuguesa.
Estou recordando o quanto ficava intrigado porque sem mais nem menos, eles começavam a falar em francês e, depois de rir muito, a conversa passava de novo a ser em português .
Com dez anos, comecei a frequentar o primeiro ano do liceu, onde o doutor Cardigos, nos leccionava francês. Próximo do Natal desse ano, o meu vocabulário dessa língua já era apreciável. E um dia, estou a recordar a cena, eu percebi uma brejeirice que o meu Pai disse e comecei a rir com eles. Entreolharam-se, a minha Mãe ficou muito corada e o meu Pai, tentando disfarçar mas rindo ainda mais alto disse :
- "Rosa, ele tem lições de francês no liceu" - e virando-se para mim, em jeito de satisfação e disfarçando o riso com o guardanapo, disse : "olha Alberto, às vezes eu e a tua Mãe temos de falar em francês para que as raparigas que nos servem à mesa não nos
compreendam..."
E agora, escrevendo mais uma mensagem deste blog, apareceu-me uma imagem bem nítida da época dos meus dez anos. Estou a ver os meus pais à mesa, durante o almoço, conversando. A minha Mãe apresentando problemas caseiros, o meu Pai quase sempre virando a conversa para factos da sua vida passada de oficial da marinha de guerra portuguesa.
Estou recordando o quanto ficava intrigado porque sem mais nem menos, eles começavam a falar em francês e, depois de rir muito, a conversa passava de novo a ser em português .
Com dez anos, comecei a frequentar o primeiro ano do liceu, onde o doutor Cardigos, nos leccionava francês. Próximo do Natal desse ano, o meu vocabulário dessa língua já era apreciável. E um dia, estou a recordar a cena, eu percebi uma brejeirice que o meu Pai disse e comecei a rir com eles. Entreolharam-se, a minha Mãe ficou muito corada e o meu Pai, tentando disfarçar mas rindo ainda mais alto disse :
- "Rosa, ele tem lições de francês no liceu" - e virando-se para mim, em jeito de satisfação e disfarçando o riso com o guardanapo, disse : "olha Alberto, às vezes eu e a tua Mãe temos de falar em francês para que as raparigas que nos servem à mesa não nos
compreendam..."
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
O que me importa
Não me importo com as sacanices, malandrices e deslealdades que me atingiram, eles, como dizia um anónimo, "dentro de cem anos serão todos calvos".
Não me importo com as inabilidades, compadrices e incompetências de alguns dos governantes do nosso país.
Não me importo de não ser rico de bens materiais, de ser pobre de muitas coisas.
Não me importo com o tempo que já passou nem com muitas efemérides passadas.
Não me importo com a subserviência, com a indiferença, com a ignorância de muitos.
Não me importo com tão pouca coisa.
O que me importa é ver a luz, continuar a pensar, apreciar o que esta vida me dá e seguir descobrindo.
Não me importo com as inabilidades, compadrices e incompetências de alguns dos governantes do nosso país.
Não me importo de não ser rico de bens materiais, de ser pobre de muitas coisas.
Não me importo com o tempo que já passou nem com muitas efemérides passadas.
Não me importo com a subserviência, com a indiferença, com a ignorância de muitos.
Não me importo com tão pouca coisa.
O que me importa é ver a luz, continuar a pensar, apreciar o que esta vida me dá e seguir descobrindo.
Os netos !
Tenho cinco. E ontem, o mais novo fez nove anos. Dia de namorados, domingo de carnaval, e dia de anos. Como crescem os netos ! Há pouco tempo davam-nos pelo joelho, não há muitos dias, pela cintura e agora começam a chegar-nos cá acima. Há pouco tempo mal sabiam falar, não há muitos dias que já falam inglês e agora já nos trocam as voltas. Há pouco tempo mal sabiam tocar uma campainha, não há muitos dias começaram a mexer em jogos electrónicos e agora já sabem mais de computadores do que eu. Há pouco tempo mal me percebiam, não há muitos dias resolviam equações e agora são todos mais inteligentes,mais despachados e mais desenrascados do que eu.
E, o que é muito importante para nós, os avós, todos os nossos netos nos dão beijos.
E, o que é muito importante para nós, os avós, todos os nossos netos nos dão beijos.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
O que quero e o que não quero
Não costumo desistir do que empreendo. Não me demito do que assumo, não me demito de pai,de avô, de bisavô, nem me demito desta vida. Embora pense que vim de outro lugar e que daqui a bastantes anos caminhe para outro lugar fora da terra, continuo a gostar de aproveitar a vida que tenho e a que terei. Por isso :
- Quero continuar a apreciar os que convivem comigo.
- Quero continuar a respeitar todos os outros, façam o que fizerem.
- Quero continuar a ler, a escrever e a pensar.
- Quero continuar a apreciar de dia o sol e à noite, as estrelas.
- Quero continuar a desprezar o dinheiro, desprendendo-me dele quando necessite e não o
servindo.
- Quero continuar a desvendar mistérios, a imaginar histórias e a entrar na fantasia.
- Não quero abandonar o futuro e trocá-li por um presente de marasmo contínuo.
- Quero continuar a apreciar os que convivem comigo.
- Quero continuar a respeitar todos os outros, façam o que fizerem.
- Quero continuar a ler, a escrever e a pensar.
- Quero continuar a apreciar de dia o sol e à noite, as estrelas.
- Quero continuar a desprezar o dinheiro, desprendendo-me dele quando necessite e não o
servindo.
- Quero continuar a desvendar mistérios, a imaginar histórias e a entrar na fantasia.
- Não quero abandonar o futuro e trocá-li por um presente de marasmo contínuo.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Num segundo
Num segundo,com calma faz-se um ror de coisas.Não sei se já pensaram neste assunto. Num
segundo acende-se um archote, uma lâmpada, um farol, cai uma raio, saltamos da altura de cinco metros e chegamos à água, um comboio apita,acende-se um fósforo.
Num segundo, há quase cinquenta e sete anos, eu disse "sim !", sem calma nenhuma, no meu casamento.
segundo acende-se um archote, uma lâmpada, um farol, cai uma raio, saltamos da altura de cinco metros e chegamos à água, um comboio apita,acende-se um fósforo.
Num segundo, há quase cinquenta e sete anos, eu disse "sim !", sem calma nenhuma, no meu casamento.
O sal
Pouca importância damos, hoje ao sal.No entanto, na economia do país, já foi bem influente : no século dezasseis, com a sua exportação, foi paga paga a nossa dívida à Holanda. Os holandeses e outro estrangeiros compravam tanto sal na zona de Setúbal que esse mercado estava muito desorganizado, o que levou o cardeal D.Henrique a instituir, por lei, a "roda do sal", disciplinando o mercado. Só no século dezanove, por nova lei, esse mercado passou a ser livre em todo o país.
Além de tudo o que se sabe sobre o sal marinho e o sal gema, sempre houve muitas lendas e superstições sobre ele. A que encontro mais curiosa, é a dos alemães que acreditam que quem vai de viagem, deverá por um pouco de sal no ombro, para garantir o seu regresso a casa.
Além de tudo o que se sabe sobre o sal marinho e o sal gema, sempre houve muitas lendas e superstições sobre ele. A que encontro mais curiosa, é a dos alemães que acreditam que quem vai de viagem, deverá por um pouco de sal no ombro, para garantir o seu regresso a casa.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Está cheirando a primavera
As andorinhas já voam baixo e as gaivotas lá bem por cima, muito as respeitam; as andorinhas dão voltas rápidas e bicadas de defesa bem perigosas: foi nelas que um inglês inventou o "spitfire",o melhor "caça" da aviação, durante a batalha aérea da Inglaterra na segunda guerra mundial. Os "caças" alemães, os "Messerchmits", mais pesadões e lentos a iniciar as curvas de defesa ou de ataque, só venciam os combates quando os pilotos ingleses eram novatos, de pouca experiência. Pela mesma razão, raramente as gaivotas provocam as andorinhas. E como já cheira a primavera, e as andorinhas começam a chegar, as gaivotas só as vemos a voar lá no alto.
É outra característica das primaveras algarvias.
É outra característica das primaveras algarvias.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Como era o carnaval em Portimão
Sabeis como era o carnaval, nos anos quarenta e cinquenta, em Portimão ? Muita gente se mascarava, para "intrigar" como se dizia nesse tempo. A minha Mãe nunca faltava, ninguém a reconhecia, fartava-se de dançar, até nascer o sol de quarta-feira, ia com o seu grupo de amigas percorrer alguns dos clubes desta cidade, alguns com nomes curiosos : o Glória ou Morte, o Boa Esperança ( o único que ainda hoje subsiste e se conserva mercê de alguns carolas),o União, o Vencedora. Na terça-feira do carnaval, um grupo percorria esses clubes transportando um caixão e apresentando em cada clube a farsa do enterro do carnaval. Havia quase sempre grossa pancadaria, porque choviam as críticas mordazes ao grupo que levava e fazia o enterro. Muitos copos de cerveja bebidos e rivalidades antigas despertadas, incendiavam os ânimos e, como então se dizia, havia um grande "sarrabulho", não raro apaziguado pela policia.
Uma das cenas desses "enterros" : o chefe do grupo pedia silêncio, dava umas palmadas com força no caixão, dizendo quase sempre o mesmo : "óh ,morto anda dançar umas modinhas que os gajos deste clube ainda não aprenderam e as meninas daqui precisam de par !". A frase era por vezes muito mais brejeira, as respostas quase sempre piores, daí o sarrabulho que se levantava.
Uma das cenas desses "enterros" : o chefe do grupo pedia silêncio, dava umas palmadas com força no caixão, dizendo quase sempre o mesmo : "óh ,morto anda dançar umas modinhas que os gajos deste clube ainda não aprenderam e as meninas daqui precisam de par !". A frase era por vezes muito mais brejeira, as respostas quase sempre piores, daí o sarrabulho que se levantava.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Valeu a pena
Valeu a pena ficar acordado até às tres da manhã de Domingo, porque acabo de receber uma mensagem, atravez do facebook, da nossa neta Josefina. Vale a pena viver,até é bom viver para termos estas oportunidades e momentos de alegria.Digam lá se não causa alegria receber uma mensagem duma neta (que é lindíssima, como não poderia deixar de ser uma neta nossa) ! Uma mensagem que vem do Chile, a catorze mil quilómetros...São momentos como este que nos fazem recuperar anos mal vividos e perdidos...
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Ainda é sexta
Já é sábado, no calendário mas eu ainda não dormi de sexta ontem para hoje que já é sábado.Raio de calendário que confunde as coisas,se ainda é noite porque haverá de ser já sábado ? Deixem-se de tretas, ainda é sexta, o resto poderá já ser sábado, mas como é sábado se ainda não tomei banho no sábado nem fiz a barba do sábado, nem tomei o pequemo almoço do sábado, nem ainda dei o beijo do sábado à minha esposa nem ela o deu ao seu marido ? Que estranho que são,( não são?) estes costumes de chamar amanhã o que sinda é hoje.
Pr'ó raio o calendário, pronto (pronto como se dizia há uns tempos atráz)agora quero que ainda é sexta-feira, vou-me deitar e ruminem lá vocês sobre isto.
Pr'ó raio o calendário, pronto (pronto como se dizia há uns tempos atráz)agora quero que ainda é sexta-feira, vou-me deitar e ruminem lá vocês sobre isto.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Tripas e Chouriços
Para fazer um chouriço pega-se numa tripa bem seca e mete-se lá dentro o que se quizer, alimentos e condimentos se o chouriço é para comer. Aperta-se bem com os dedos lavados, fecham-se as pontas e leva-se ao fumeiro. O fumo deve subir bem quente e a sala não deve estar muito fria.
Serve esta quase receita para proporcionar diversas metáforas, a mais usual: por vezes temos de fazer das tripas, coração. E sem coração não temos vida. E esta podemos enche-la de riquezas, de amores ou só de afectos, de ódios ou só de indiferenças,de alegrias ou de tristezas e apatia, de feridas e cicatrizes e audácias ou só de covardia.
E são muitos os que adoram recalcar as tristezas, as feridas, as indiferenças e os ódios, conservando-os em reserva sempre pronta a servir.
Serve esta quase receita para proporcionar diversas metáforas, a mais usual: por vezes temos de fazer das tripas, coração. E sem coração não temos vida. E esta podemos enche-la de riquezas, de amores ou só de afectos, de ódios ou só de indiferenças,de alegrias ou de tristezas e apatia, de feridas e cicatrizes e audácias ou só de covardia.
E são muitos os que adoram recalcar as tristezas, as feridas, as indiferenças e os ódios, conservando-os em reserva sempre pronta a servir.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
A vida,um tesouro inapreciado
Não apreciamos o tesouro da nossa vida.Porque não pensamos nisso, porque não damos à vida o que ela merece.A vida é muito mais que um chá e torradas,que uma biciclete, que um automovel ou que uma viagem à volta do mundo em cruzeiro de luxo. Pode dar-nos tudo isso ou muito menos, mas nada pagámos em troca. Nada nos foi exigido, e temos retribuição generosa de tudo o que fazemos : se foi bom sempre, recebemos mais, se foi mau o que recebemos não é por culpa da vida.E não damos à vida o que ela merece, porque sempre que damos um pouco, surge-nos a vontade de dar mais. Por vezes exigimos demais da nossa vida e ela não nos dá tudo mas raramente não nos dá mais.
Estamos sujeitos ás contingências,aos acasos, bons e maus.Mas pouco sabemos agradecer.
Estamos sujeitos ás contingências,aos acasos, bons e maus.Mas pouco sabemos agradecer.
Dizer e fazer
Há quem diga que vai fazer, há quem diga que está fazendo, há quem alvitre que logo se faz, há quem não pare de anunciar muita coisa, há quem se gabe do que pensa fazer, há quem diga "isso é uma boa ideia, já me lembrei disso", há quem diga que não se pode fazer porque é muito caro,porque não há verba, porque há outras prioridades, porque os pobres estão em primeiro lugar.
Há quem diga tudo isto sem pensar ou o diga pensando não fazer nada.
Há quem diga tudo isto sem pensar ou o diga pensando não fazer nada.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Auxílio da África do Sul ao Haiti
A África do Sul já concedeu um grande auxílio à África do Sul. Enviou algumas equipes de salvamento e ofereceu muitos milhões de dólares.
Que a minha mensagem anterior não seja mal interpretada.
Que a minha mensagem anterior não seja mal interpretada.
Auxílio ao Haiti
Muitos países têm auxiliado as vítimas do Haiti nós fomos dos primeiros, e o Brasil tem dado um auxílio enorme. Suponho que também a África do Sul, país de recursos e riquezas imensos...Tem sido assim ?
No" prós e contras" de ontem à noite
Pergunta do dr.M.Carreira à entrevistadora: " e a senhora,está contente? ".Não teve resposta.
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