Célia! a empregada domeéstica cortava batatas, nabos, chouriço, a carne aos bocados,os filhos em férias enchiam-na de preocupações,o marido no trabalhosafara-se aos despsdimentos na fábrica e os dois filhos em casa era uma preocupação, a televisão avariada, com q'é que se iriam entreter, lá estava a patroa com as recomendações do costume, sempre as mesmas recomendações, veja lá Célia a última vez que fez o cozido cheirava a bispo, mas o senhor arquitecto, dona Bábara, o senhor arquitecto disse que estava melhor que o da semana passada, ora Célia se não foi o cozido foi outro prato, já não me lembro,ela já disse o que lhe deu na veneta e agora vai gabar-se ao marido que o cozido hoje está como ela queria,eu q'aqui em casa há dez anos nunca deixei queimar nada e ainda por cima sou eu que tenho de pagar a caixa, faço a cozinha, engomo, limpo os quartos todos, aspiro, gasto uma esfregona por semana e ela a poupar na solarina pr'ás pratas e no detergente pr'ás carpetas.
Célia!
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