Porque será que os políticos, os analistas, os jormalistas, porque será que todos esses cavalheiros não descortinam ou não querem ver onde está a causa de todos estes males que assolam o país?
Será porque os verdadeiros culpados são outros? Vejamos, pensemos um pouco, procurando não especular.
Primeiro: não sáo os senhores que cá veem impor-nos condições, isto é, os senhores estrangeiros que compoem a |chamada troi,ka, não sáo esses senhores que decidem essas condições. Eles são funcionãrios da união europeia, que não é uma união verdadeira mas um grupo de paises unidos por uma moeda única e pouco mais.E que manda nela, na aparência, talvez seja aquele grupo de bonzos que vemos na televisão, que lá estão e ditam ordens sem terem sido eleitos.Esses são os verdadeiros culpados, ninguem fala disto porquê?
Segundo: há mais de dez anos, quando aceitamos a moeda única, disseram que se seguiriam todos os passos para que se concretizasse uma verdadeira união europeia, numa espécie de federação.
Terceiro: dez anos passados, nem uma única medida foi tomada, foi decidida nesse sentido. Apesar de haver um parlamento com quase seiscentos deputados, suponho que nada foi proposto ou votado nesse sentido. Ou se o foi, ficou na gaveta.
Quarto: aproveirtando esses dez anos, pouco a pouco até ao presente a Alemanha foi dominando, pela chantagem exercida pelos seus bancos e até talvez por alguns bancos franceses.
Quinto: esses senhores que agora comandam a união, repito, sem para tanto terem sido eleitos, não lhes interessa perder os lugares que ocupam. E a senhora Merkel e não lhe interessa perder o comando porque isso convem sobremaneira ao seu país.
Sexto: todos eles sabem que a situação económica dos paises que veem sofrendo estas crises, cada dia piora, e não se resolverá com adiamentos, perdões de dívidas,e muito menos com mais austeridade.
E a situação do nosso país é irreversível, a menos que passem uma esponja sobre a nossa dívida, como começaram a faze-lo com a da Grécia.0
Mais uma vez podemos comparar com uma situação idêntica, na economia familiar. Se o chefe de família deve mais do que aquilo que ganha num ano e se continua a gastar mais do que ganha, o que lhe pode acontecer? Ou não paga, não se rala, continua na boa vida, ou lhe perdoam a dívida, na condição, quando muito, se ainda não esticer viciado, de gastar tanto ou menos do que ganha.
No futuro, ou ficaremo com outra dívida a cem anos, como a do ultimatum. E terá de tomar conta do governo uma outra ditadura.
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