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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Folhetim - 11 - Coisas curiosas

      São curiosas estas coisas essas coisas que nos vêm à cabeça, desde a memória dos sonhos até às lembranças do bom que nos acontece.
     Não é que me preocupe ou que vos queira impingir pedaços da minha história vetusta..
     Mentiria dizer-vos que não quero ser rico disto ou daqueloutro.
     Quero ser rico nos meus futuros momentos presentes, que a este se seguirão. Quero ser rico, milionário, digo pentamilionário dos  beijos dos nossos filhos, dos abraços das nossos netos, dos abraços da minha esposa, de muitos momentos passados na risota e na galhofa, com amigos. Não para negócios ou reciclagem proveitosa ou metamorfoses de maravilha. Ao mesmo tempo por fora da saudade e por dentro da aventura, deixando que os sonhos me invadam. Pensem, se não vos for difícil, mas tentem começar a, irão constatar que é agradável, que a pouco e pouco aparecerão coisas engraçadas, boas surpresas, flashes suspensos da fantasia. E pensa no que a vida se transformaria se tudo estivesse resolvido. Ao acordares de manhã, encontrares-te lavado, barbeado, vestido ou lavada, maquilhada, perfumada, terias não fome, o problema do pequeno almoço resolvido, não perderias tempo no teu transporte,, verias resolvido o problema que te preocupava e o projecto em carteira, como seria chato assim  vivermos,  num mundo chato, plano, sem montanhas, sem vales , sem rochas, apenas plano, direitinho, imaculado, branco, sem rugas nem rumores, sem chuva e sem vento, sem gritos nem pregões matinais, sem os berros da vizinha ralhando com os filhos, sem a música dos pássaros e dos riachos brincando aos saltos sobre as pedras.

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