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sábado, 20 de julho de 2013

Não me perguntem

Não me perguntem pelos fins
Pelos meios, nem pelos quartos às escuras
Nem me façam perguntas idiotas
Às quais eu não quero nem sei responder
Dêem-me seja o que for,
Que me vire a vida do avesso
Para ver o que lá tenho, o que lá conservo.
Como eu queria, em menino
Ver a outra face da lua
Que o severo professor
Dizia que estava sempre,sempre
E sempre às escuras.
Eu não acreditava
Na minha ingenuidade
Podia lá acreditar.

Por isso, um dia
Ele deu-me uma nota baixa
Porque eu lhe perguntei
No meio da sua lição,
Quando tinham apagado a luz
Do outro lado da lua.

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